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quarta-feira, fevereiro 22, 2017
  CONCURSO DE CONTOS POLICAIS - MAIS DICAS SOBRE GAIA “Um caso policial em Gaia” é, como sabem, o tema do concurso de contos que a secção O DESAFIO DOS ENIGMAS tem em marcha, com o qual pretende estimular os leitores do quinzenário AUDIÊNCIA GP (e os visitantes deste blogue) a prestar o seu contributo para o desenvolvimento da escrita policial portuguesa, ao mesmo tempo que os convida a explorar o território do concelho de Gaia como cenário das aventuras saídas da sua imaginação. A pitoresca freguesia da Afurada é um dos potenciais cenários a ter em conta no desenvolvimento das narrativas a concurso, sobre a qual deixamos aqui algumas dicas. São Pedro da Afurada De nome primitivo “Furada”, nos forais de D. Dinis de 1288 e de D. Manuel I em 1518, considerada um areal próprio para a pesca à varga, nasce como povoação na segunda metade do século XIX, sendo os seus primeiros habitantes oriundos das praias de Espinho, Ovar, Furadouro e Murtosa, que aqui chegados se dedicam a várias fainas de pesca. Com o decorrer dos tempos o seu nome foi mudado para Afurada porque os pescadores, quando questionados sobre o seu destino, diziam que iam pescar para “A Furada”. Por influência das suas características naturais e diversificadas do resto do concelho de Vila Nova de Gaia, com uma forte ligação ao mar e à pesca, gera-se na década de 1950 um movimento popular que culmina com a elevação daquele importante e pitoresco centro piscatório a Freguesia, adotando o São Pedro como seu padroeiro. Após um significativo período de forte emigração piscatória para a marinha mercante holandesa e alemã, no último quartel do século XX a freguesia da Afurada teve um salto económico significativo com o regresso desses emigrantes, tendo sido eles os grandes investidores de uma frota renovada com a criação de postos de trabalho. Daí para cá, Afurada tem sido uma freguesia em constante crescimento, com grande predominância no setor pesqueiro, do qual dependem economicamente mais de quinhentas famílias. E, ao contrário do que muitos poderiam prever, a frota pesqueira da Afurada tem-se modernizado constantemente até aos tempos atuais, tendo sido dotada de várias infraestruturas de apoio à sua atividade, que vem sendo pontualmente melhorada. Ao longo das últimas duas décadas tem nascido na parte alta da freguesia aquilo a que se poderá chamar uma nova Afurada, constituída por um núcleo de novas urbanizações de qualidade, hotéis e grandes superfícies comerciais, que no seu todo têm contribuído para o seu desenvolvimento e lançado novos desafios para a potenciar cada vez mais na importância que tem no contexto concelhio. Aliás, a freguesia de São Pedro da Afurada enfrenta hoje os grandes desafios de modernidade e de grandes projetos para a sua zona, o que inevitavelmente a potenciará para um desenvolvimento significativo no sector do Turismo, como foi o caso da construção da vizinha Marina, havendo no entanto por parte das autoridades responsáveis um alto sentido de responsabilidade para que todo este crescimento se concilie numa não-descaracterização desta pitoresca cascata piscatória. Apesar de todos os movimentos realizados com vista à expansão da zona para o turismo e da crescente modernização do local a nível urbanístico, tem havido a preocupação de se manter a identidade única da freguesia da Afurada. Nesse sentido, o seu Lavadouro e Estendal públicos, que são uma das suas marcas mais particulares, foram preservados e melhorados, ao mesmo tempo que foi construído um Centro Interpretativo do Património da Afurada, espaço destinado a interpretar, refletir e expor o ambiente e a atividade humana naquele território. Entretanto, o seu Mercado encontra-se em fase final de construção e a nova Igreja projetada pelo arquiteto Siza Vieira avança nos estudos de especialidade com vista à sua construção até final da presente década. E enquanto isso, os festejos em honra do seu Santo Padroeiro não param de nos surpreender todos os anos. As Festas de São Pedro da Afurada, que têm início quando a vizinha cidade do Porto festeja o São João e vão até à primeira segunda-feira de julho, com um programa vasto e diversificado onde sobressaem uma deslumbrante sessão de Fogo-de-Artifício e uma majestosa Procissão, rapidamente se afirmaram como uma das nossas mais importantes celebrações populares, arrastando todos os anos multidões de forasteiros provenientes das restantes freguesias do concelho, das mais variadas localidades da região norte e de quase todo o país, para além de turistas estrangeiros que visitam a cidade de Gaia atraídos pelas suas Caves de Vinho do Porto e que acabam por se perder de amores pela pureza e genuinidade das gentes da Afurada e pelas características naturais da terra.  
quinta-feira, fevereiro 16, 2017
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 15 de fevereiro de 2017 CONCURSO DE CONTOS EM MARCHA E PAUSA NO TORNEIO POLICIÁRIO Enquanto aguardamos pelo envio das propostas de soluções à prova inaugural do Torneio Policiário’2017 e colocamos em marcha o Concurso de Contos UM CASO POLICIAL EM GAIA, deixamos à consideração dos leitores um novo desafio que “esconde” um dos nomes maiores da literatura policial universal e desvendamos a solução do desafio anterior desta modalidade que coloca à prova os nossos conhecimentos sobre os grandes vultos da escrita de enigma, policial e de mistério. Com estas três iniciativas contamos mobilizar a participação de novos leitores e manter a presença daqueles que nos seguem desde a primeira hora, como a acontece com a leitora Madame Eclética, grande vencedora do nosso primeiro passatempo, com quem estivemos à conversa e que se assume desde já como concorrente em todas as frentes: – Depois do grande triunfo no passatempo anterior, e a confirmar-se a sua participação no Torneio Policiário’2017, quais são de facto as suas expectativas? – Em tudo em que me envolvo, pessoal ou profissionalmente, nunca parto para nada com grandes expectativas, embora coloque sempre o melhor de mim em tudo. E o facto de ter vencido o passatempo anterior não me acrescenta responsabilidades às que devo a mim própria. – E quanto ao Concurso de Contos Policiais, no caso de já ter decidido a sua participação, será que tem uma ideia concreta sobre a trama que pretende desenvolver? – Tenho uma ideia, sim, mas subsiste neste momento uma grande dúvida sobre a extensão do trabalho a produzir. Algo me diz que devo optar por um conto micro, mas pode ser que, com o evoluir da escrita, venha a necessitar de mais espaço para desenvolver a história. – No que concerne aos desafios sobre a identificação de escritores de romances policiais, será que se sente satisfeita com a solução enviada para o primeiro desafio do ano? – Como lhe disse atrás, nunca tenho grandes expectativas sobre o reconhecimento dos outros em nada do que faço, bastando-me a satisfação própria para me sentir realizada. Mas, como neste género de enigmas considero-me muito forte, será que apresentei a melhor solução? – Vai já saber, cara leitora Madame Eclética. Leia, então, o que vem a seguir. QUEM É O HOMEM DE QUEM SE FALA? (SOLUÇÃO) O destino reservou-lhe um duro golpe ainda criança, matando seus pais de tuberculose. Encontrou abrigo em casa de um tio rico, mas as dificuldades do início de vida provocaram-lhe um permanente pessimismo e um espírito macabro que o acompanharam até à sua morte. Por ser aventureiro e rebelde, foi para a Grécia lutar contra os turcos. No regresso alistou-se num Batalhão de Artilharia e acabou por frequentar a Academia Militar de West Point. No entanto, nessa época, os seus sentidos estavam voltados para a poesia, e após publicar o seu primeiro livro de poemas, “Tamerlane and other poems”, decidiu abandonar a carreira militar. Em 1833 ganhou o prémio do jornal Philadelphia Saturday Visitor com o conto “Manuscript found in a bottle”, em 1840 publicou a sua primeira coleção de contos, “Tales of grotesque and arabesque”, e um ano depois “Os crimes da rua Morgue”, onde surge a figura do detetive Dupin, inspirador/antecessor de Sherlock Holmes de Arthur Conan Doyle. Com a morte da sua mulher, em 1847, afundou-se num estado de profundo desespero e passou a viver em constante embriaguez. Aos 40 anos, numa taberna, em Baltimore, sentiu-se mal e acabou por falecer três dias depois num hospital. Estávamos a 7 de outubro de 1849 quando morreu o Homem de quem se fala – Edgar Allan Poe. (É da autoria da leitora Madame Eclética a solução premiada com um exemplar do livro “Escaravelho de Ouro” deste notável escritor. Responderam também acertadamente os leitores Haka Crimes, Insp. Guimarães, Insp. Moscardo, Insp. Mucaba, Onaírda, Rigor Mortis, Solidário, Talismã e Zé de Mafamude). QUEM É A MULHER DE QUEM SE FALA? (DESAFIO) Norte-americana, filha de pais separados, nascida no Texas, em Fort Worth, em 19 de janeiro de 1921, a mulher de quem se fala só conheceu o pai biológico aos doze anos e adotou o apelido do padrasto para o seu nome de escritora. Frequentou a Júlia Richmond High School em Nova Iorque e a Bernard College em Colúmbia, onde estou latim, inglês e grego, tendo evidenciado desde cedo vocação para a pintura, escultura e… literatura. Escreveu os seus primeiros contos aos quinze anos, abordando histórias e temas para adolescentes, que não chegou a publicar. E quando saiu da Universidade ilustrou livros de outros escritores. O seu romance de estreia, publicado em 1950, foi adaptado para cinema pelo realizador Alfred Hitchock, e tanto o filme como o livro são hoje considerados grandes clássicos do suspense. Os cineastas René Clément, Wim Venders e Anthony Minguella verteram também para o grande ecrã outras das suas obras, interpretadas por algumas das maiores estrelas da sétima-arte, como Alain Delon e Dennis Hopper. O seu segundo livro foi escrito e editado em 1953, sob o pseudónimo de Claire Morgan, onde ela versou pela primeira vez o universo do homossexualismo, atingindo vendas que quase ultrapassaram um milhão de cópias. Da imensa e complexa galeria de personagens que criou, destaca-se um sofisticado colecionador de arte e criminoso que não conhece remorsos os sentimentos de culpa, cujos traços de personalidade variam de obra para obra. A crítica especializada premiou-a diversas vezes, sendo de destacar dois importantes galardões: em 1957 recebeu o Grand Prix de la Littérature Policière e, no mesmo ano, a British Crime United Association distinguiu-a com a Silver Dagger. Em 1963 radicou-se definitivamente na Europa, onde viveu primeiro em Itália, depois na Inglaterra, França e, por fim, na Suíça onde viria a falecer a 4 de fevereiro de 1995. Quem é ela? (Responda até 10 de março, através do e-mail salvadorpereirasantos@hotmail.com. A melhor solução será premiada com um livro da autoria da Mulher de Quem se Fala).  
quarta-feira, fevereiro 01, 2017
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 1 de fevereiro de 2017 UM FESTIVAL DE MENTIRAS NO ALENTEJO Sobe hoje o pano para o arranque do Torneio Policiário’ 2017, com a publicação de um problema original da dupla A. Raposo & Lena, formada por um casal de brilhantes produtores e decifradores, que antes de se assumirem formalmente como equipa, o que aconteceu muito recentemente, já há muito que vinham trabalhando em conjunto nas produções então assinadas por A. Raposo, o primeiro a sucumbir ao “bichinho” do policiário. Tudo começou nos anos cinquenta do século passado, andava ele na Escola Veiga Simão, junto ao Chiado, em Lisboa, quando se deparou com a revista Camarada. Por entre as estimulantes páginas assinadas por uma magnífica equipa de desenhadores responsáveis por alguma da melhor banda desenhada que então se produzia por cá, surgia uma secção rubricada por uma figura lendária deste desporto mental – Sete de Espadas, um homem que tinha uma qualidade incomum: fazia tudo por gosto. Por essa mesma altura surgiram grandes coleções de livros policiais – a Vampiro e a Xis são dois bons exemplos. Leu muitos deles, quase todos, e ficou fã de alguns dos maiores escritores da época. Por volta de 1956 fundou, com mais um grupo de carolas e sob a batuta do saudoso Sete de Espadas, um clube que se chamou CLP – Clube de Literatura Policiária. Como o seu nome figurava na lista do requerimento feito ao Governo Civil de Lisboa para que o Clube fosse aprovado, a PIDE foi a sua casa para o conhecer melhor, saber se ele era bom rapaz, trabalhador… ou, enfim, se tinha ideias subversivas. Pobre dele, que se confessava completamente analfabeto político! Hoje diz que é um “anarquista-agnóstico… graças a Deus”. Em 1974 perdeu o contacto com o policiário e ganhou com a política. Foram bons tempos que viveu e que valeram a pena, “apesar do estado a que isto chegou”. Por essas e por outras é que regressou ao policiário. Nos fins da década de 1980, o confrade Gráfico começou a enviar-lhe o Jornal de Almada. E voltou. Hoje, diz estar “agarrado”. Está no Policiário do jornal Público desde o começo, já lá vão duas décadas e meia. Nos torneios está sempre entre os primeiros, mas “como é um bocado preguiçoso e curto nas respostas, passam-lhe quase sempre à frente”! Só uma vez ganhou um torneio. Mas o importante para ele é participar. Diz, aliás, que é como os atletas olímpicos, dos antigos, daqueles que gostavam de receber uma simples coroa de louros! TORNEIO POLICIÁRIO’ 2017 Prova nº. 1 “O Primeiro Festival da Peta”, de A. Raposo & Lena Tempicos foi convidado para abrir em Janeiro de 2017, em Vila de Frades, Alentejo, o I Festival da Peta. Havia já uns belos dias que Tempicos ficara em Vila de Frades para assistir às Festas Báquicas e aproveitar e fazer uma cura de vinhos da talha, grande especialidade da terra. Para quem não saiba são uns vinhos feitos em grandes talhas, como já faziam os romanos, poderemos dizer que são ecológicos, pois não levam leveduras nem enzimas, nem sulfuroso, nem aquelas merdas que as grandes marcas colocam que só fazem dor de cabeça e dão cabo da tripa. Tempicos precisa de ter cuidado com a alimentação e a bebida porque anda meio mundo a enganar o outro e a vida é curta e é preciso ter um olho no burro, outro no cigano e o terceiro no político. A Comissão de Festas do Festival da Peta – uma novidade a implementar num País cheio de gente com jeito para a aldrabice – conseguiu “engatar” o detetive Tempicos após ter oferecido estadia e um cachet em géneros: torresmos de porco preto, uma especialidade ainda praticamente desconhecida. E, sem mais delongas, Tempicos iniciou a abertura dos trabalhos com a sua voz avinhada tão do agrado de algumas viúvas endinheiradas e com falta de carinhos: “Muita gente me tem chamado de aldrabão – injustamente diga-se! Sou muito criativo e o pessoal confunde. Tenho sido uma vítima. Vou contar-vos uma faceta da minha já longa vida. Faço anos no oitavo dia do mês em que terá início o ano de 5778 da era israelita. O sol vai nascer em Lisboa às 07h06m e vai pôr-se às 20h08m, no primeiro dia do mês em que nasci. E no ano em que nasci Salazar por lei determinou a ilegalização de todas as sociedades secretas incluindo a Maçonaria. Tudo que vos contei é verdadeiro exceto um pequeno pormenor para que os nossos amigos descubram a Peta, conforme a organização do Festival obriga. Deixei o meu cartão de cidadão nas mãos da organização do Festival o qual será exibido no final da festa. Façam o favor de se pronunciar. E aqui vai mais um copo de tinto da talha, para acabar a história.” E assim falou Tempicos. DESAFIO AO LEITOR Qual o seu parecer, caro leitor? Elabore um relatório circunstanciado, não descurando nenhum pormenor que considere relevante para a fundamentação do seu raciocínio, e depois envie-o para o orientador da secção, até ao dia 10 de março, por um dos seguintes meios: - por correio, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel – Açores; - por email, para salvadorpereirasantos@hotmail.com. Mas, atenção: não se esqueça de identificar a solução enviada com o seu nome ou pseudónimo. Entretanto, prepare as “células cinzentas” para os enigmas que se seguem!  
enigmas e contos policiais

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