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TORNEIO POLICIÁRIO' 2017
PONTUAÇÕES DA PROVA Nº. 3
1º. Detetive Jeremias: 15 pontos;
2º. Menino Lucas: 14 pontos;
3º. Vimaranes: 13 pontos;
4º. Madame Eclética: 12 pontos;
5º. Arnes; 11 pontos;
6ºs. Alex, Detetive Bossiak, Haka Crimes, Inspetor Guimarães, Inspetor Mucaba, Ma(r)ta Hari e Zé de Mafamude: 10 pontos;
13ºs. Beira Rio, Gomes e Pena Cova: 9 pontos;
16ºs. Arc. Anjo, Bernie Leceiro, Rigor Mortis, Solidário e Talismã: 8 pontos;
21ºs. Charadista e Santinho da Ladeira: 7 pontos;
23º. Holmes: 6 pontos.
CLASSIFICAÇÃO GERAL APÓS A PROVA Nº. 3
1º. Detetive Jeremias: 43 pontos;
2º. Menino Lucas: 41 pontos;
3º. Vimaranes: 39 pontos;
4º. Rigor Mortis: 33 pontos;
5ºs. Detetive Bossiak e Madame Eclética: 32 pontos;
7ºs. Alex, Bernie Leceiro, Inspetor Mucaba, Ma(r)ta Hari e Zé de Mafamude: 30 pontos;
12ºs. Arc. Anjo e Haka Crimes: 28 pontos;
14º. Pena Cova: 27 pontos;
15ºs. Arnes, Charadista, Beira Rio, Santinho da Ladeira, Solidário e Talismã: 26 pontos;
21ºs. Holmes, Gomes e Inspetor Guimarães: 25 pontos;
24º. Onaírda: 8 pontos.
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 16 de maio de 2017
ALARGADO O PRAZO DO CONCURSO DE CONTOS POLICIAIS
Com a solução de autor da terceira prova do Torneio Policiário’ 2017, que hoje desvendamos, e que ameaça fazer algumas “mossas” na classificação geral, surge um alerta do agrado de alguns leitores que se têm pronunciado a favor de um alargamento do prazo de envio dos trabalhos referentes ao Concurso de Contos UM CASO POLICIAL EM GAIA. Com um pedido de desculpas aos nossos leitores que cumpriram escrupulosamente os prazos originalmente estabelecidos, de quem esperamos a melhor compreensão por esta radical decisão que visa sobretudo criar condições a uma maior participação possível dos nossos potenciais leitores-contistas, informamos que foi dilatado até final de junho o prazo de envio de originais.
TORNEIO POLICIÁRIO’ 2017
Solução da Prova nº. 3
“Morte na Banheira”, de Inspetor Boavida
O telefonema do subchefe Pinguinhas para a Polícia Judiciária indicia desde logo que se está perante um caso de homicídio, uma vez que em situações desta natureza o protocolo determina que seja comunicado o caso àquela autoridade policial, que tem a competência para conduzir as correspondentes investigações. Note-se também que a brecha existente na cabeça da vítima não podia ter sido provocada por um acidente, já que nesse caso a cabeça não estaria caída sobre o peito, mas sim tombada para trás sobre o local onde a pancada teria acontecido, uma vez que a morte fora instantânea. Por outro lado, a porta estava fechada à chave (sem que esta estivesse na fechadura) e o subchefe Pinguinhas não encontrou nada de relevante fora do seu sítio natural; logo, a chave não estava no interior da casa de banho, pelo que não restava dúvidas de que fora chaveada por fora.
Faltava saber quem teria cometido o crime. Não há quaisquer indícios claros de que a mulher da vítima e o irmão estejam envolvidos no homicídio, mesmo que as recorrentes discussões entre eles tenham por motivo razões muito fortes. Já quanto à criada não se pode dizer o mesmo.
A criada telefonou para a esquadra duas horas depois de o engenheiro Barbosa Ramos se ter dirigido para o seu habitual banho de imersão matinal, por ela preparado, alegando que este não respondia ao seu chamamento. Quando o subchefe Pinguinhas chegou a casa do engenheiro teve de utilizar uma das suas “chaves de trabalho” para conseguir abrir a porta do quarto de banho, o que só seria possível – sublinhe-se – se a chave daquela dependência não estivesse na fechadura. E depois de lá entrar deparou-se com os vapores da água, quando já haviam passado duas horas depois de o banho se ter iniciado. E, o que é mais estranho, a água presente na banheira estava fria!… Estranho é ainda o facto de não se verificar a existência de vestígios de sangue na água do banho, o que significa que a vítima não fora morta quando estava na banheira, sendo lá colocada posteriormente.
Perante estes indícios, Pinguinhas concluiu que a criada “roliça” (forte, com força suficiente para o sentar na banheira!) terá assassinado o engenheiro, após a saída da mulher e seu irmão, atingindo-o na cabeça com um objeto contundente, que terá escondido algures. Para o subchefe, a criada, antes de telefonar para a polícia, terá procedido à limpeza de marcas que pudessem revelar mais do que a preparação do banho durante a sua presença no quarto de banho, período durante o qual terá tido necessidade de abrir uma torneira de água quente do lavatório (o que provocou os vapores que Pinguinhas encontrou….), esquecendo-se, porém, de deixar sangue na água (fria!) da banheira. E, por último, fechou a porta do quarto de banho à chave, dando-lhe depois sumiço.
Não se sabe qual terá sido o móbil do crime, mas não se estranhará que a investigação venha a apurar que a “apetecível” criada vivia um romance com o patrão, situação da qual ela terá retirado alguns dividendos ainda por descortinar ou… que terá provocado uma crise de ciúmes que acabaria por se revelar fatal para o engenheiro. Este eventual relacionamento amoroso entre patrão e criada explicará a facilidade com que ela entrou no quarto de banho para o assassinar e as discussões recorrentes do engenheiro Barbosa Ramos com o irmão e a mulher… por ciúmes.
CONCURSO DE CONTOS
“Um caso policial em Gaia” é, como sabem, o tema do concurso de contos que temos em marcha, com o qual pretendemos estimular os nossos leitores a prestar o seu inestimável contributo para o desenvolvimento da escrita policial portuguesa, ao mesmo tempo que os convidamos a explorar o território do concelho de Vila Nova de Gaia como cenário das aventuras saídas da sua imaginação. O prazo inicialmente previsto para o envio de originais tinha como términus o final do mês passado, tendo sido até então recebidos diversos trabalhos que serão em breve submetidos a apreciação do júri do concurso. Entendemos, porém, face a alguns pedidos e alertas que nos chegaram, alargar o prazo da receção de contos até final de junho, dando assim oportunidade a que os retardatários ganhem algum tempo para ultimarem os seus trabalhos e os mais jovens, um dos nossos grupos-alvo, consigam vencer todos os receios e deitar mãos-à-obra.
Temos consciência de que a maioria dos mais jovens têm infelizmente uma relação um pouco distante com a literatura, nomeadamente com a de índole policial, mas alguns dos que nos leem e participam nos nossos passatempos já provaram ter um grande potencial como escritores. E basta apenas um pouco de mais autoconfiança para que esse potencial se manifeste na qualidade de contistas. É que, ao contrário do que possa parecer, produzir uma trama policial não é mais complicado do que planear e desenvolver outro tipo de escrita, como, por exemplo, a decifração de enigmas policiários, que alguns têm experimentado com sucesso nesta secção. Rigor, organização, astúcia e argúcia, capacidade de raciocínio, alguns conhecimentos científicos, tudo isto salpicado com umas pitadas de qualidade na prosa, a par de uma boa dose de imaginação, é quanto chega para escrever uma história policial. Portanto, vamos lá, não custa nada experimentar.
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 1 de maio de 2017
UMA VISITA A SÃO PEDRO DE MOEL… COM CINCO ERROS
O autor do quarto problema do Torneio Policiário’ 2017, que hoje publicamos, é um dos mais destacados solucionistas de enigmas policiais em atividade, detentor de uma recheada galeria de prémios. Professor de português aposentado, o seu pseudónimo nasceu como homenagem ao seu tio Zé, que lhe reconheceu, na adolescência, algumas qualidades e o iniciou no jornalismo e no teatro (mais tarde, na Escola onde lecionou, encenou dezenas de peças, com um grupo de alunos). A revista Mundo de Aventuras, na década de 1970, foi a grande responsável pela sua enorme paixão pelos enigmas policiais. Chegou, portanto, ao policiarismo através do gosto pela BD e pelo prazer de ler, pensar, pesquisar e escrever, hobby’s que divide com outros passatempos, como o modelismo e a pesca. Tudo isto sem prejuízo da família (valor que mais preza, acima de tudo).
A amizade e a ética social são outros dos valores que mais preserva e defende, sendo um conviva de eleição nos encontros de confraternização promovidos pelas diversas Tertúlias Policiárias espalhadas pelo país e um concorrente exemplar na sua relação com os seus opositores em todas as competições em que participa. Diz-se sem vocação para a produção de problemas, mas não deixou de dizer “presente!” quando o orientador desta secção o desafiou a experimentar uma nova incursão nesse universo criativo de extrema importância para o desenvolvimento e sobrevivência deste desporto mental. Ora, vejam o desafio que nos propõe e o estado atual da classificação do Torneio:
TORNEIO POLICIÁRIO’ 2017
Prova nº. 4
“O Meu Paraíso”, de Zé
S. Pedro de Moel é mesmo o meu paraíso, o local onde respiro o meu ar, ouço o meu barulho, piso o meu chão … Vou para lá desde que me conheço e os últimos anos dos meus pais lá foram passados, na casa que é ainda o nosso grande refúgio familiar…
Não é fácil, sem GPS, lá chegar pois, por estranho que possa parecer, não há uma placa a indicar o caminho. Já não pedia na A1 mas na A8 ou na A17 onde há placas a indicar outras praias do mesmo distrito e até do mesmo concelho. E isto é rigorosamente verdade. Para não haver enganos, vá até à Marinha Grande, a terra onde me orgulho de ter nascido, num tempo em que havia mais de uma dúzia de grandes fábricas em plena laboração, com milhares de operários lidando com o vidro em fusão, queimando-se, suando em bica, encharcando-se de litros de água; enfim, sobrevivendo. Outros pintavam ou lapidavam as belas peças que hoje são de museu. Homens substituídos pelas máquinas, claro. Mas ainda de lá saem milhões de unidades de vidro por dia, sobretudo de embalagem.
(A partir daqui, começa o problema)
Da Marinha a S. Pedro (como nós, os de lá, dizemos) são cerca de 29 quilómetros através do oficialmente designado por Pinhal de Leiria. Para nós, será sempre o Pinhal do Rei, que o nosso poeta Afonso Lopes Vieira cantou como a “catedral verde e sussurrante/ aonde a luz se ameiga e se esconde / e aonde, ecoando a cantar / se alonga e se prolonga a longa voz do mar”.
À chegada, somos recebidos pelas estátuas de D. Dinis e D. Isabel que a lenda associa à plantação do Pinhal de Leiria, apesar de se saber bem que esse pinhal já existia antes; o casal real terá contribuído para a sua evolução.
Começa a visitar uma terra calma, que parece ter parado no tempo. Há muitas casas com largas dezenas de anos; poucas abandonadas e em mau estado, mas a esmagadora maioria reparada ou reconstruída, mantendo a traça original. Muito poucas construções têm mais de dois pisos e nem as unidades hoteleiras mais de quatro…
Desça até à zona da praia. Relativamente pequena mas … linda! As rochas e as poças que se formam na baixa-mar são a delícia da miudagem. Aí desagua o Ribeiro de S. Pedro (ou Ribeiro de Moel), que nasce na mata, perto da Marinha Grande, atravessa o pinhal o oferece lugares maravilhosos como a Ponte Nova. Debruçada sobre a praia a ”casa nau” como Lopes Vieira chamava à sua casa de férias, hoje casa-Museu. À entrada, o ex-libris do poeta “alcança quem não cansa”.
Deixe os miúdos brincar no parque do Vale (atrás da Praça), outrora leiras cultivadas e onde ainda está o velho lavadouro…
Sempre que lá estou não resisto a ir à Praia da Vieira, onde ainda se pratica a pesca por “Arte Xávega”. Pelo caminho, paro na Pedra do Ouro para tomar um café e comer uma deliciosa Brisa do Lis. Regresso com aqueles fabulosos carapauzinhos que, num arroz de tomate, até um santo fazem pecar…
Claro que nem tudo é perfeito na minha praia. O mar é, normalmente, agitado, tendencialmente frio, perigoso e há anos em que o nevoeiro nos invade alguns dias de Verão (tudo isto é verdade).
Também pouco agradável é o cheiro que sinto em casa, raríssimas vezes, vindo da ETAR, na zona do Farol, estrada para a Vieira, quando o vento sopra do Sul.
Medidos os prós e os contras, há sempre quem ache S. Pedro uma maravilha e outros que a consideram uma grande praia… para quem gosta dela. E nós amamo-la!
Nada como lá ir ver o muito mais que temos e não cabe no texto. Por agora, peço-lhe que encontre os cinco erros grosseiros contidos no problema.
DESAFIO AO LEITOR
E, pronto, caro leitor, agora leia o problema com a máxima atenção, elabore a sua proposta de solução e envie-a para o orientador da secção, até ao dia 10 de junho, por um dos seguintes meios: - por correio, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel – Açores; - por email, para salvadorpereirasantos@hotmail.com.
CLASSIFICAÇÃO GERAL APÓS A SEGUNDA PROVA
1º. Detetive Jeremias (15+13): 28 pontos;
2º. Menino Lucas (13+14): 27 pontos;
3º. Vimaranes (14+12): 26 pontos;
4º. Rigor Mortis (10+15): 25 pontos;
5ºs. Bernie Leceiro (12+10) e Detetive Bossiak (11+11): 22 pontos;
7ºs. Alex, Arc. Anjo, Inspetor Mucaba, Madame Eclética, Ma(r)ta Hari e Zé de Mafamude (10+10): 20 pontos;
13ºs. Charadista (9+10), Holmes (10+9) e Santinho da Ladeira (10+9): 19 pontos
16ºs. Haka Crimes (10+8), Pena Cova (10+8), Solidário (9+9) e Talismã (10+8): 18 pontos;
20º. Beira Rio (7+10): 17 pontos;
21º. Gomes (10+6): 16 pontos;
22ºs. Arnes (10+5) e Inspetor Guimarães (8+7): 15 pontos;
24º. Onaírda (8+0): 8 pontos.