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TORNEIO POLICIÁRIO´2017
PONTUAÇÕES DA PROVA Nº. 5
1º. Rigor Mortis: 15 pontos;
2º. Detetive Bossiak: 14 pontos;
3º. Menino Lucas: 13 pontos;
4º. Vimaranes: 12 pontos;
5º. Detetive Jeremias: 11 pontos;
6ºs. Alex, Bernie Leceiro, Haka Crimes, Inspetor Mucaba, Madame Eclética, Ma(r)ta Hari e Zé de Mafamude: 10 pontos;
13ºs. Arnes e Solidário: 9 pontos;
15ºs. Arc. Anjo, Inspetor Guimarães, Santinho da Ladeira e Talismã: 8 pontos;
19ºs. Charadista, Holmes e Pena Cova: 7 pontos;
22º. Beira Rio: 6 pontos;
23º. Gomes 5: pontos.
CLASSIFICAÇÃO GERAL APÓS A PROVA Nº. 5
1º. Detetive Jeremias: 68 pontos;
2º. Menino Lucas: 67 pontos;
3º. Vimaranes: 66 pontos;
4º. Rigor Mortis: 57 pontos;
5º. Detetive Bossiak: 55 pontos;
6ºs. Alex e Madame Eclética: 52 pontos;
8º. Inspetor Mucaba: 51 pontos;
9ºs. Bernie Leceiro, Ma(r)ta Hari e Zé de Mafamude: 50 pontos;
12º. Haka Crimes: 48 pontos;
13º. Arc. Anjo: 45 pontos;
14º. Arnes: 44 pontos;
15ºs. Inspetor Guimarães, Pena Cova e Solidário: 43 pontos;
18ºs. Charadista, Santinho da Ladeira e Talismã: 42 pontos;
21º. Holmes: 41 pontos;
22º. Beira Rio: 40 pontos,
23º. Gomes: 38 pontos;
24º. Onaírda: 8 pontos.
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 16 de julho de 2017
MAIS UMA SOLUÇÃO E NOVA TABELA CLASSIFICATIVA
O destaque desta edição vai naturalmente para a publicação da “solução de autor” do problema que constituiu a prova nº. 5 do Torneio Policiário’ 2017 e a respetiva tabela geral classificativa, que atenua ligeiramente o fosso existente entre o trio que lidera a competição e alguns dos restantes concorrentes, situação que se vinha acentuando etapa-a-etapa desde o problema inaugural. A fechar, damos ainda conta da realização de um encontro de policiaristas de âmbito nacional ocorrido no passado dia 1 de julho, em Sintra, por ocasião da celebração do 25º. aniversário da secção “Policiário” do jornal Público, realizado sob a égide da Tertúlia Policiária da Liberdade, onde marcámos presença.
TORNEIO POLICIÁRIO’ 2017
Solução da Prova nº. 5
“Não há Nada para Ninguém”, de Detetive Jeremias
A desconfiança da tia Judite tem sido alimentada pela sua paixão por livros policiais, mas este interesse literário também a põe a par dos métodos e técnicas para assassinar sem deixar vestígios. A consciência do interesse dos sobrinhos – únicos legítimos herdeiros − e a sequência de alguns acidentes insólitos deixaram-na mais vigilante. Embora pressentisse que apenas um dos sobrinhos seria responsável pelos atentados contra a sua vida, nunca conseguira reunir qualquer prova digna desse nome. Por isso, quando eles volteavam por perto nunca baixava a guarda, porque “Cautelas e caldos de galinha, nunca fizeram mal a ninguém”.
A reação da tia Judite às prendas, com o telefonema para um seu conhecido na Policia Judiciária e a referência a análises toxicológicas, sugere que ela tinha fortes suspeitas de que um dos sobrinhos lhe ofereceu literalmente um “presente envenenado”.
Vejamos então sobre quem recaíram as suspeitas da velha senhora, analisando o presente de cada um dos sobrinhos, por ordem alfabética para não ferir suscetibilidades.
O ramo de Clara tinha um odor pouco habitual, sugerindo mesmo um veneno potente usado em diversas circunstâncias. No entanto, a forma como este atua inviabiliza qualquer possibilidade de um arranjo de flores perecíveis funcionar como arma do crime. Clara limitara-se a perfumar os caniços da prenda com uma fragância de amêndoa.
José Alberto levou como oferta um gelado que acabara de comprar. Apesar de o dia 15 de Agosto ser feriado nacional, no Porto há gelatarias abertas. O gelado poderia estar envenenado, mas a proposta de partilha feita por José Alberto coloca este sobrinho no rol dos inocentes, por motivos óbvios.
Rodrigo entregou à tia a caixa de bombons. A descrição da caixa e do seu conteúdo – o “requintado sortido” − e ainda a referência a “Ambrósio, apetecia-me tomar algo”, não deixam lugar a dúvidas quanto à marca dos bombons. A afirmação de Rodrigo sobre a compra efetuada na véspera põe a pulga atrás da orelha da tia Judite, porque ela sabe bem que todos os produtos desta marca são retirados do mercado durante o Verão. Foi por isso que decidiu tirar tudo a limpo e meteu a polícia ao barulho. Judite pensou que o sobrinho poderia estar simplesmente a mentir sobre o dia de compra, ou então a situação seria mais grave e a caixa de bombons faria parte de mais um plano astucioso para a assassinar.
A minha convicção é que Rodrigo, que saiu de casa da tia com o rabinho a dar-a-dar, está neste momento com o dito entre as pernas, porque a análise toxicóloga foi positiva para um veneno letal e as perícias identificaram o autor da adulteração dos bombons.
CLASSIFICAÇÃO GERAL APÓS A QUINTA PROVA
1º. Detetive Jeremias: (57+11): 68 pontos;
2º. Menino Lucas (54+13): 67 pontos;
3º. Vimaranes: (54+12): 66 pontos;
4º. Rigor Mortis (42+15): 57 pontos;
5º. Detetive Bossiak (41+14): 55 pontos;
6ºs. Alex (42+10), Madame Eclética (42+10): 52 pontos;
8º. Inspetor Mucaba (41+10): 51 pontos;
9ºs. Bernie Leceiro (40+10), Ma(r)ta Hari (40+10) e Zé de Mafamude (40+10): 50 pontos;
12º. Haka Crimes (38+10): 48 pontos;
13º. Arc. Anjo (37+8): 45 pontos;
14º. Arnes (35+9): 44 pontos;
15ºs. Pena Cova (36+7) Inspetor Guimarães (35+8) e Solidário (34+9): 43 pontos;
18ºs. Charadista (35+7), Santinho da Ladeira (34+8) e Talismã (34+8): 42 pontos;
21º. Holmes (34+7), 41 pontos;
22º. Beira Rio (34+6): 40 pontos;
23º. Gomes (33+5): 38 pontos;
24º. Onaírda (8+0): 8 pontos.
25º. ANIVERSÁRIO DO PÚBLICO-POLICIÁRIO
A nossa secção esteve presente na reunião da Tertúlia Policiária da Liberdade realizada no passado dia 1 de julho, na Taverna dos Trovadores, em São Pedro de Sintra, para balanço do seu XIV Convívio Nacional. Nesta reunião, aberta a todo o universo policiário nacional, foi também aprovada uma Saudação pelo 25º. aniversário da secção PÚBLICO-Policiário, que transcrevemos:
“Foi há precisamente 25 anos que, no jornal Público, surgiu uma secção semanal denominada Policiário, dedicada aos amantes de enigmas policiais. Era dirigida por Luís Pessoa que, sem desfalecimentos, a tem continuado a orientar.
Não esquecendo que a nossa Tertúlia se formou de modo espontâneo sob a égide do Público-Policiário, bem podemos dizer que, de algum modo, somos seus filhos.
Com efeito, os desafios publicados e os respetivos torneios têm constituído o principal combustível da nossa ação, pois somos solucionistas, produtores e críticos assim como gozadores confessos dos prazeres que nos dá esta atividade lúdica, que compartilhamos em fraterna tertúlia e à qual gostamos sempre de acrescentar alguma coisa. E temos ainda o consolo adicional de tudo isto nos fazer bem à mente e ao corpo sem prejudicar quem quer que seja.
Por isso, julgamos ser suficiente esta prazenteira confissão para mostrar quão gratos nos sentimos em relação ao Luís Pessoa, tanto mais quanto sabemos não ter estado isento de sacrifícios e sobressaltos o empreendimento que iniciou a 1 de julho de 1992.
Estamos também certos de que há centenas e centenas de policiaristas que não se sentem menos agradecidos do que nós e que, por consequência, hoje celebram com igual júbilo a presente data.
Bem-Haja, Luís Pessoa.”
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 1 de julho de 2017
MADAME ECLÉTICA DE REGRESSO À PRODUÇÃO DE ENIGMAS
A grande vencedora do nosso torneio de iniciação, realizado o ano passado, está de volta à produção de enigmas, desta feita com um desafio de maior fôlego. Leitora desta secção desde a primeira hora, ela tem marcado presença regular em todas as nossas iniciativas realizadas até hoje, apesar da sua exigente e absorvente profissão. Médica psiquiatra num hospital público do Grande Porto, Madame Eclética tem um particular interesse pela literatura de investigação e suspense policial e psicológica, nomeadamente aquela que explora a essência do medo e que deixa os leitores completamente sem fôlego mesmo depois de terminada a leitura. Sabendo da sua preferência por este género de literatura, o responsável por esta secção desafiou-a a experimentar a decifração de enigmas, desafio que nunca tinha experimentado e a que tem fielmente dado resposta em todas as edições, alargando quase de imediato a sua prestação como solucionista à faceta de produtora. A produção que agora apresenta à consideração dos nossos leitores tem por cenário os estúdios da TV Globo e aborda o início dos trabalhos de preparação das gravações que marcam a estreia nas telenovelas de uma popular vedeta do teatro musicado brasileiro, que aquela empresa emissora e produtora de televisão pretende manter em segredo.
TORNEIO POLICIÁRIO’ 2017
Prova nº. 6
“Uma Vedeta do Teatro Musicado na TV Globo”, de Madame Eclética
Uma das maiores vedetas do teatro brasileiro aceitara o convite da TV Globo para fazer a sua estreia em telenovelas, havendo o compromisso de ambas as partes em manter sigiloso aquele acordo negocial até ao arranque da transmissão da novela, ainda sem data marcada. Mas apesar de todas as precauções, dois dias após o início dos ensaios técnicos no “plateau”, envolvendo apenas o realizador, três dos artistas com participação na gravação dos quatro primeiros episódios e os chefes de câmaras, iluminação, cenografia, guarda-roupa e som, um dos mais importantes jornais do Rio de Janeiro fez chamada de primeira página sobre o assunto, com extenso desenvolvimento no interior, onde se refere alguém da produção como fonte da notícia.
O diretor de produção foi imediatamente convocado pela administração do canal para dar explicações sobre o assunto, tendo-se declarado surpreendido com o sucedido, alegando em sua defesa não ter notado quaisquer sinais que o levem a suspeitar de alguém. No final da reunião, foi-lhe então recordado que todos os artistas, técnicos e demais colaboradores envolvidos nos trabalhos estão obrigados ao dever de confidencialidade, sujeitos ao acionamento de uma cláusula que pode determinar despedimento com justa causa, com uma forte indeminização associada face a qualquer incumprimento. E, em jeito de ameaça, foi-lhe dito ser imperioso que o autor do homicídio cometido no início da novela seja apenas desvendado no último episódio.
Um conceituado detetive privado foi apresentado no dia seguinte como fotógrafo de “plateau”. De máquina em punho, foi registando diversos momentos dos ensaios. E, ao fim da tarde, com o pretexto de oferecer a cada um dos intervenientes uma foto dos trabalhos, trocou algumas palavras com todos. A vedeta, a popular Betty Frank, confidenciou não concordar com o segredo sobre os ensaios. O ator que faz par romântico com a protagonista, de seu nome Tony Claro, admitiu também não lhe agradar o segredo imposto pelo canal. A atriz que interpreta a personagem que é assassinada no primeiro episódio, a veterana Neuza Cocker, reconheceu ser um exagero a confidencialidade exigida. E a jovem revelação televisiva Débora Motta também.
No que respeita aos técnicos de “plateau”, foi possível apurar que o realizador, Aguinaldo Azeredo, também não estava de acordo com a política de silêncio imposta sobre a produção da novela. O chefe de câmaras, Gilberto Nery, declarava-se focado nas suas funções e completamente nas tintas para a divulgação dos trabalhos. O chefe de iluminação, Botelho Nora, não estava interessado em fazer luz sobre a opinião que tinha sobre o assunto. O chefe de cenografia, Afonso Xavier, não estava nada preocupado com o cenário da situação. O chefe de som, Moniz Falcão, fazia orelhas moucas sobre o problema. E a chefe de guarda-roupa, Tânia Carvalho, não dava ponto nem nó acerca do tema, despindo-se de qualquer interesse sobre tal.
Na manhã seguinte, a novela foi outra vez assunto numa notícia do mesmo jornal carioca, onde se fazia saber, através de fonte não identificada, que a personagem interpretada pela veterana atriz Neuza Cocker é assassinada no primeiro episódio da novela, num texto ilustrado com uma foto de ensaio da respetiva cena. E a fonte da notícia foi imediatamente identificada pelo detetive, para satisfação da administração do canal e grande surpresa do diretor de produção, que ainda está por saber como é que ele soube quem passava as notícias para o jornal.
DESAFIO AO LEITOR
E o leitor sabe como é que o detetive descobriu quem passava a informação sobre os trabalhos de preparação da telenovela para o jornal carioca? Antes, porém, aqui fica o conselho de leituras atentas julgadas necessárias a uma correta interpretação do enigma. E depois, sim, redija a sua proposta de solução, justificando-a convenientemente, e remeta-a para o orientador da secção, impreterivelmente até ao próximo dia 10 de agosto, por um dos seguintes meios:
- por correio, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel – Açores;
- por email, para salvadorpereirasantos@hotmail.com.
Mas, atenção: não se esqueça de identificar a solução enviada com o seu nome ou pseudónimo. Entretanto, prepare as “células cinzentas” para os enigmas que se seguem!