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sexta-feira, setembro 29, 2017
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 26 de setembro de 2017 UM CASO POLICIAL EM GAIA: CONCURSO DE CONTOS NA RETA FINAL Entramos hoje na reta final de todas as decisões do Concurso de Contos “Um Caso Policial em Gaia”. Perante oito trabalhos apresentados, o Júri começou por selecionar seis para uma nova leitura com premiação garantida, tendo decidido numa segunda fase atribuir menções honrosas a dois deles. Flor (Madame Eclética) e Jardim do Morro (Gomes) foram os autores dos contos que mereceram essa distinção. Os restantes quatro contos ficam agora sujeitos ao crivo final do Júri, de onde sairá o grande vencedor, que autorizou, entretanto, a pré-publicação das primeiras linhas desses originais. E é o que passamos a fazer a partir de agora, respeitando a ordem da sua receção. O Roubo da Abelha Gaia, de Tutan Kamon Advertência ao leitor: Para o leitor mais distraído, ou até indiferente, garantimos que esta história é uma verdadeira história policial. Entram ladrões, há roubo, há chantagem. Querem sangue? Não sou portista nem sou gaiense. Gosto mais do Porto visto de Gaia e mais de Gaia visto do Porto. Afinal o que eu gosto mesmo é do Rio Douro. Sempre neutral acorrentado entre as margens, obrigado a correr para chegar ao mar antes da maré cheia. Eu sou como ele. Independente e imparcial. E se não o sou faço por isso. Pressiono-me. Um dia destes fui a Gaia para ver o Porto. Fui ao Jardim do Morro para ter a melhor vista do Porto. Gosto do casario a escorregar até cair na Ribeira. Gosto das cores das casas, Sobretudo gosto das muitas janelas de guilhotina. Coisas que mais ninguém tem senão o Porto. Mas a vida não é feita de olhares sonhadores. As coisas acontecem e muitas vezes estamos nós no meio do turbilhão e nem damos por isso. Foi o que me sucedeu. Junto ao miradouro onde me encontrava fica a quinta dos Smith – uma família inglesa que está em Gaia há várias gerações. (…) Cruzeiro no Douro, de Z. B. Deu Tempo maravilhoso. Céu quase limpo, nuvens esparsas que não cobriam o sol. Uns vinte e poucos graus excelentes, convidando à manga curta sem incomodar pelo calor… Assim tinha decorrido o cruzeiro, nos seus quase oito dias pelo Douro! Paisagens de deleite, encostas verdejantes polvilhadas de casas lindas. Várias paragens e excursões para visitar a Régua, Pinhão, Castelo Rodrigo e, claro, um par de produtores de vinho do Douro e do Porto. Com provas, naturalmente. Agora, já no fim do cruzeiro, os viajantes davam por bem empregue a semana, já um pouco cansados de tanta movimentação em tão poucos dias. Não tinham sido apenas as vistas e as visitas. A convivência dentro do excelente barco, as refeições em conjunto, as pernoitas todos num mesmo local tinham levado a que os viajantes se tivessem conhecido em pouco entre si, eles que, à partida, se desconheciam completamente. O encanto dos locais visitados, aliado à natural predisposição de todos para passarem uma semana agradável, facilitou o estabelecimento de amizades ou, pelo menos, de uma convivência bem para além de simples “compagnons de route”. A ponto mesmo de gerar alguns flirts ocasionais… Ou, quem sabe, talvez não tão ocasionais… (…) Sol de Inverno, de Papa Gaia O dia amanheceu frio. O Sol brilhava em todo o seu esplendor, mas o vento cortante que soprava dos lados do Marão, fazia com que todos se refugiassem em roupa bem quente, encolhendo o pescoço para quase só sobrarem as orelhas de fora. Carreira estava debaixo de fogo. A sua vida tinha dado uma cambalhota quando meses atrás se envolveu na investigação de um caso muito completo, em Lisboa, que o obrigou a correr riscos extremos, que se estenderam à sua família, à mulher Vera e aos filhos Joca e Sara. No momento de maior risco, foi mesmo forçado a retirar toda a sua família de Lisboa e instalá-la na aldeia, perdida na Beira Alta, numa operação de recurso, na calada da noite, em que foi auxiliado pelo seu colega e amigo de sempre, o Farinha. Toda a restante investigação acabou de forma trágica, com elevados danos colaterais, o que deixou profundas marcas em Carreira. Dois civis foram mortos em trocas de tiros e a repercussão nos meios de comunicação foi muito forte, ao ponto de quase ter sido crucificado na praça pública. (…) Assalto ao Banco, de Cherloque Lobão Começava a amanhecer. Rui aproximava-se de Vila Nova de Gaia. Conduzia veloz o carro roubado. Celso tinha-lhe ligado para ir ter com ele e o Zé, ao hotel onde estavam hospedados. Entrou numa rua movimentada, abrandou. Os transeuntes apressados caminhavam até à paragem do autocarro, a fim de se deslocarem para o trabalho. No hotel, Celso – o chefe da quadrilha. Cara de patife, erudito mal sucedido, vagamente licenciado em qualquer coisa, com o crime por profissão – brincava por se ter acabado a cerveja e o tabaco simultaneamente. De telemóvel no ouvido esperava que a namorada atendesse. Não sabia dela. Entretanto Zé chamou-o. Rui estava ao telemóvel a perguntar pelo domicílio do hotel. – Não tens que enganar, rua da Bélgica, mais ou menos a um quilómetro da ponte da Arrábida – disse-lhe. Rui chegou, estacionou e dirigiu-se à receção. Minutos depois estava com os amigos. Tratava-se de um “trabalhinho” lucrativo, a efetuar numa discreta agência bancária, que tinham debaixo de olho. (…) O JURI DECIDIU, ESTÁ DECIDIDO Estes são os contos que o júri do concurso decidiu agrupar numa única classificação geral, cabendo-lhe agora a responsabilidade de os escalonar entre o 1º e o 4º lugar da tabela. E dessa decisão daremos conta em próxima edição. Até lá, deixamos os nossos leitores que se escondem por detrás dos pseudónimos com que assinaram os quatro contos objeto de uma última análise “à beira de um ataque de nervos”. Qual deles conquistará o primeiro lugar? – eis a grande questão!  
sábado, setembro 16, 2017
  TORNEIO POLICIÁRIO' 2017 PONTUAÇÕES DA PROVA Nº. 7 1º. Detetive Jeremias: 15 pontos; 2º. Rigor Mortis: 14 pontos; 3º. Detetive Bossiak: 13 pontos; 4º. Madame Eclética: 12 pontos; 5º. Bernie Leceiro: 11 pontos; 6ºs. Arnes, Pena Cova e Vimaranes: 10 pontos; 9ºs. Inspetor Mucaba e Solidário: 9 pontos; 11ºs. Arc. Anjo, Beira Rio, Inspetor Guimarães, Ma(r)ta Hari, Santinho da Ladeira e Zé de Mafamude: 8 pontos; 17ºs. Charadista, Gomes, Holmes, Haka Crime e Talismã: 7 pontos. CLASSIFICAÇÃO GERAL APÓS A PROVA Nº. 7 1º. Detetive Jeremias: 96 pontos; 2º. Vimaranes: 84 pontos; 3º. Rigor Mortis: 79 pontos; 4ºs. Detetive Bossiak, Inspetor Mucaba, Madame Eclética e Menino Lucas: 75 pontos; 8º. Bernie Leceiro: 73 pontos; 9º. Ma(r)ta Hari: 72 pontos; 10º. Zé de Mafamude: 66 pontos; 11º. Arnes: 64 pontos; 12º. Haka Crimes: 62 pontos; 13º. Pena Cova: 61 pontos; 14ºs. Arc. Anjo e Solidário: 60 pontos; 16º. Inspetor Guimarães: 59 pontos; 17º. Charadista e Santinho da Ladeira: 57 pontos; 19ºs. Holmes e Talismã: 56 pontos; 21º. Beira Rio: 55 pontos; 22º. Gomes: 53 pontos; 23º. Alex: 52 pontos; 24º. Onaírda: 8 pontos.  
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 16 de setembro de 2017 DETETIVE JEREMIAS REFORÇA LIDERANÇA A uma solução de todas as decisões, relativa ao oitavo e último enigma do Torneio Policiário’ 2017, a Detetive Jeremias mantém a liderança da classificação, aumentando inclusive a diferença pontual sobre toda a concorrência. No segundo lugar, a doze pontos da líder, posiciona-se agora Vimaranes, que fica à espreita de um deslize da líder no último enigma para se consagrar vencedor da prova, se bem que tal desiderato pareça neste momento pura utopia. O “detetive” Menino Lucas, que ocupava anteriormente a segunda posição, ao ver-se impedido de apresentar proposta de solução da prova nº. 7 (por motivos de força maior), foi relegado para o quarto lugar, perdendo assim a possibilidade de aspirar vencer o torneio. E o mesmo acontece com os demais concorrentes, uma vez que estes se encontram a mais de quinze pontos do primeiro posto, não tendo por isso qualquer hipótese de alcançar a liderança, mesmo que a Detetive Jeremias “falte à chamada” na derradeira prova do torneio. Já quanto aos lugares que dão direito a taças (até ao quinto posto), são dezasseis os concorrentes com possibilidades de lhes “deitar as mãos”, estando esse feito sobretudo ao alcance dos “detetives” que se posicionam neste momento até o nono lugar. Quanto aos lugares com direito a medalhas (até ao décimo posto), é ainda possível que mais de metade dos concorrentes em prova alcance esse desiderato. Vejamos, então, como está ordenada a classificação geral, face à última prestação dos concorrentes. Mas antes de fazer essa divulgação e de desvendar a solução do problema que constituiu a prova nº. 7, cumpre-nos corrigir o título deste. É que ele devia ter sido grafado como “Datas Misteriosas” e surgiu intitulado “Um Enigma…”, um lapso de que nos penitenciamos e pelo qual pedimos as maiores desculpas ao seu autor, a todos os concorrentes e demais leitores. TORNEIO POLICIÁRIO’ 2017 Solução da Prova nº. 7 “Datas Misteriosas”, de Daniel Falcão Eis chegado o momento de, cada comensal, confirmar ou infirmar a respetiva escolha. Assim, a alínea correta é a: d) - Todas as datas dos manuscritos estão corretas. A decifração do mistério resultará do conhecimento de quando foi abandonado, nos Estados a que as cidades em causa pertencem, o Calendário Juliano (com origem na época de Júlio César) e, consequentemente, implementado o Calendário Gregoriano (pelo qual nos regemos na atualidade). O Papa Gregório XIII com o intuito de corrigir alguns problemas originados pelo calendário em vigor na época sendo o principal a determinação do dia da Páscoa) e no seguimento de diversas propostas para o reformar, publicou em 24 de fevereiro de 1582 a Bula Papal Inter Gravissímas que estabelecia a Reforma Gregoriana. Um dos aspetos da Reforma Gregoriana consistiu em omitir dez dias do calendário, tendo sido decretado que à quinta-feira, 4 de outubro de 1582, se seguiria a sexta-feira, 15 de outubro de 1582 (sexta-feira, 5 de outubro de 1582, segundo o Calendário Juliano). O Calendário Gregoriano foi imediatamente adotado nos Estados católicos de Itália, Portugal, Espanha e Polónia. A França adotou o novo calendário um pouco mais tarde, isto é, apenas ao dia 9 de dezembro de 1582 (domingo, segundo o Calendário Juliano) se seguiu o dia 20 de dezembro de 1582 (segunda-feira). A Inglaterra e os restantes Estados protestantes só viriam a adotar o Calendário Gregoriano muito mais tarde, em pleno século XVIII, em setembro de 1752. Explicados os factos que sustentam a solução do mistério, facilmente nos apercebemos que o dia 17 de outubro de 1582 (já Gregoriano) em Portugal (Lisboa) caiu a um domingo. Em França (Paris) o dia 25 de novembro de 1582, com o Calendário Juliano ainda em vigor, caiu também a um domingo (neste dia, em Portugal, estava-se já a 5 de dezembro de 1582, no Calendário Gregoriano). Finalmente, em Inglaterra (Londres) o dia 30 de dezembro de 1582 (no Calendário Juliano) também caiu a um domingo (neste mesmo dia, em Portugal e em França, estava-se já a 9 de janeiro de 1583). Como era previsível, a larga maioria dos comensais confirmou a respetiva escolha. CLASSIFICAÇÃO GERAL APÓS A SÉTIMA PROVA 1º. Detetive Jeremias (81+15): 96 pontos; 2º. Vimaranes (74+10): 84 pontos; 3º. Rigor Mortis (65+14): 79 pontos; 4ºs. Detetive Bossiak (62+13), Inspetor Mucaba (66+9), Madame Eclética (63+12) e Menino Lucas (75+0): 75 pontos; 8º. Bernie Leceiro (62+11): 73 pontos; 9º. Ma(r)ta Hari (64+8): 72 pontos; 10º. Zé de Mafamude (58+8): 66 pontos; 11º. Arnes (54+10): 64 pontos; 12º. Haka Crimes (55+7): 62 pontos; 13º. Pena Cova (51+10): 61 pontos; 14ºs. Arc. Anjo (52+8) e Solidário (51+9): 60 pontos; 16º. Inspetor Guimarães (51+8): pontos 59; 17º. Charadista (50+7) e Santinho da Ladeira (49+8): 57 pontos; 19ºs. Holmes (49+7) e Talismã (49+7): 56 pontos; 21º. Beira Rio (47+8): 55 pontos; 22º. Gomes (46+7): 53 pontos; 23º. Alex (52+0): 52 pontos; 24º. Onaírda (8+0): 8 pontos. UM CASO POLICIAL EM GAIA A fechar, damos nota de que faremos na próxima edição um ponto da situação do nosso concurso de contos, que se encontra neste momento numa fase de todas as decisões, com o júri a braços com a difícil tarefa de escolher o melhor de entre os melhores originais submetidos à sua apreciação. Podemos adiantar, para já, que foram seis os contos que passaram num primeiro crivo, sendo certo que todos estes serão objeto de distinção. E mais não diremos, por agora…  
sexta-feira, setembro 01, 2017
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 1 de setembro de 2017 UM CRIME PASSIONAL NO ÚLTIMO PROBLEMA DO TORNEIO POLICIÁRIO Após uma jornada que ficou marcada por algumas derrapagens na classificação geral protagonizadas por alguns dos concorrentes favoritos à conquista do principal troféu do Torneio Policiário, damos hoje a conhecer o derradeiro problema da nossa competição. Quem o assina é uma jovem policiarista que nos brindou no torneio de iniciação do ano passado com um enigma de grau de dificuldade médio, como acontece desta feita, embora a atual produção apresente características distintas, fazendo sobretudo apelo a um exercício de raciocínio de dedução lógica. TORNEIO POLICIÁRIO’ 2017 Prova nº. 8 “Um Copo de Leite Noturno”, de Ma(r)ta Hari O guarda Abílio Necas está cada vez mais desencantado com a sua profissão e com o trabalho que realiza. Confessa-se muito desanimado e cansado de servir apenas para prender pequenos larápios de supermercados, aturar turistas ébrios, admoestar maridos que maltratam esposas, perseguir vendedores ambulantes sem licença para a prática da sua atividade, proteger velhinhas nos dias em que levantam as sua magras pensões e afugentar pessoas sem-abrigo que permanecem pelo dia adentro por debaixo das arcadas onde pernoitam. Ser polícia era o seu sonho de criança, mas não foi isto que ele ambicionou nas noites passadas em claro a imaginar as suas vitórias no combate contra o crime, designadamente nas áreas da prevenção e investigação. No fim de mais um dia de serviço, em conversa com o seu superior direto, o chefe Machado Faria, Necas confidenciou o seu desânimo pelo tipo de trabalho que lhe é destinado e manifestou o desejo de concretizar o sonho de menino que acalentou ao longo da adolescência, e que ainda conserva, que passaria por executar operações de captura de grandes criminosos após recolha de fortes indícios de crimes, entretanto confirmados em provas irrefutáveis das práticas dos ilícitos de que são objeto de acusação. O chefe Faria, depois de o ouvir repetir até à exaustão que está sem qualquer motivação para os serviços que lhe são destinados, resolveu pô-lo à prova. - Vamos lá, então, testar a sua vocação para a investigação criminal. E devo adiantar que estamos perante um crime passional. Tome, por isso, a máxima atenção. - Vamos a isso, chefe. - Dois casais amigos resolveram alugar uma casa isolada na Serra da Estrela, em tempos de invernia, para passar alguns dias de convívio na neve. António é casado com Berta e Carlos é marido de Dália. Mas o curioso é que Berta é a “ex” de Carlos e Dália é a “ex” de António. - É muito curioso, na verdade. - Curioso é ainda o facto de todos eles terem levado consigo obrigações profissionais para cumprir, fazendo-o de forma quase religiosa. António reservara os fins de tarde para despachar assuntos através do telemóvel. Berta ocupava os fins da manhã com troca de e-mails. Carlos passava as primeiras horas de todas as manhãs agarrado ao seu portátil. Dália ganhara o hábito de escrevinhar durante a noite, até meio da madrugada, o que se tornara há muito num vício. - Há quanto tempo é que eles trocaram de parceiros? - Os seus primeiros casamentos dissolveram-se há cerca de seis anos, mudando de parceiros cerca de cinco meses depois. E eles conhecem-se todos há mais de dez anos, desde quando frequentavam a faculdade. - Uma amizade muito antiga, portanto… - António e Dália começaram a namorar na festa de finalistas e casaram cerca de quatro meses depois. Hoje, ele é um muito bem-sucedido advogado e ela transformou-se numa afamada escritora de romances policiais. - E os outros dois? - Carlos e Berta enamoraram-se logo que se conheceram, no primeiro ano de faculdade, durante a praxe de receção aos caloiros. Hoje, ele é um destacado quadro de uma instituição bancária e ela assumiu recentemente a direção de comunicação de uma importante empresa de relações internacionais, onde trabalha há mais de cinco anos. - Até aqui, tudo indica que os quatro são mesmo grandes amigos. - A amizade que os unia era muito grande, de facto. Mas quando os primeiros casamentos se desfizeram houve troca de acusações mútuas sobre a responsabilidade das crises desencadeadas e a amizade dos tempos de faculdade acabou por não resistir às agressões verbais, situação que se normalizou apenas há meia dúzia de meses. E imagine que tudo começou com uma discussão por causa de um copo de leite morno noturno. Agora para celebrar a retoma das relações, decidiram reviver um género de convívio que repetiam frequentemente no passado. - Bom, mas ó chefe, até agora, ainda não vislumbrei o crime passional. - Calma. A vítima levantou-se durante a noite, desceu as escadas até ao piso inferior, onde se situa a sala de estar, e deslocou-se à cozinha para cumprir um hábito que ganhara há mais de seis anos. - E foi nessa altura que se deu o crime? - Nem mais. Nas primeiras horas da manhã, a vítima foi encontrada por um dos amigos deitada numa poça se sangue com uma faca espetada no peito. - Quando quem cometeu o crime saiu do seu quarto para assassinar a vítima, a pessoa com quem dormia não acordou, não deu por isso? - Não, alegando ele que se deitara muito mais cedo, como era aliás normal acontecer todos os dias. - E a pessoa que vivia com a vítima também não acordou, quando esta saiu do quarto? - Também não, sublinhando até que as saídas do quarto àquela hora era um hábito diário. - Mas ninguém ouviu nada, nenhum barulho? - Nos depoimentos à polícia, todos os ocupantes da casa declararam não ter problemas de insónias, adormecendo mal caem na cama quando se dispõem a dormir. E não me pergunte como, mas os colegas da polícia científica confirmaram que todos falavam verdade. Ah, é verdade: os nossos colegas que investigaram o crime relevaram a existência de um copo com leite que arrefecera em cima do balcão da cozinha. - É tudo muito estranho! - E, considerando os elementos conhecidos, o que eu quero saber é: quem morreu, quem matou e quem descobriu o corpo. DESAFIO AO LEITOR O que se pede é que o leitor vista a pele do agente Abílio Necas e dê resposta ao chefe Machado Faria, através de um relatório circunstanciado que deve ser enviado para o orientador da secção, até ao dia 10 de outubro, por um dos seguintes meios: - por correio, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel – Açores; - por email, para salvadorpereirasantos@hotmail.com.  
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