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O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 30 de junho de 2018
MAIS UM CONTO DO CONCURSO “UM CASO POLICIAL EM GAIA”
Como prometido numa edição anterior, publicamos hoje o texto original submetido pelo confrade António Raposo ao concurso “Um Caso Policial em Gaia”, com o qual conquistou o terceiro lugar da classificação geral, onde é notório o seu peculiar sentido de humor. Boa leitura!
O ROUBO DA ABELHA GAIA
Conto de António Raposo
Advertência ao leitor:
Para o leitor mais distraído, ou até indiferente, garantimos que esta história é uma verdadeira história policial. Entram ladrões, há roubo, há chantagem. Querem sangue?
Não sou portista nem sou gaiense. Gosto mais do Porto visto de Gaia e mais de Gaia visto do Porto. Afinal o que eu gosto mesmo é do Rio Douro. Sempre neutral acorrentado entre as margens, obrigado a correr para chegar ao mar antes da maré cheia.
Eu sou como ele. Independente e imparcial. E se não o sou faço por isso. Pressiono-me.
Um dia destes fui a Gaia para ver o Porto. Fui ao Jardim do Morro para ter a melhor vista do Porto. Gosto do casario a escorregar até cair na Ribeira. Gosto das cores das casas. Sobretudo gosto das muitas janelas de guilhotina. Coisas que mais ninguém tem senão o Porto.
Mas a vida não é feita de olhares sonhadores. As coisas acontecem e muitas vezes estamos nós no meio do turbilhão e nem damos por isso. Foi o que me sucedeu.
Junto ao miradouro onde me encontrava fica a quinta dos Smith – uma família inglesa que está em Gaia há várias gerações.
O Sr. Smith que atualmente gere os negócios da família tem um “hobby” e resolveu mandar construir à roda da quinta um alto muro e no interior tem um conjunto de colmeias e uma plantação de ervas aromáticas para as abelhas deixarem o mel com sabor a erva-cidreira. Mas o mais importante da quinta é um exemplar único e admirado pelos amantes da apicultura de todo o mundo – a abelha Gaia!
Vem gente de todo o mundo ver o fenómeno, desde os confins da Melanésia, até às Ilhas Vanuatu, passando pela Austrália e Nova Zelândia, só para terem o prazer de admirar o bichinho ao vivo.
Pois bem, estava eu ali a admirar a paisagem quando surgem, de lado nenhum, dois tipos encapuzados que em menos de um fósforo treparam o muro e saltaram para o interior da propriedade.
Passados talvez uns dez minutos, nem tanto, de novo saltaram para o exterior e desapareceram da minha vista, a correr. Ainda consegui distinguir uma coisa: um deles levava na mão uma gaiola pequena, tipo de “grilo”.
No dia seguinte vinha no jornal em grandes parangonas que alguém roubara a abelha Gaia!
E depois a notícia explicava que andava ali uma grande rivalidade entre os “Dragões da Foz” e a rapaziada de Gaia.
O Zeca Maluco chefe de fila dos tais “Dragões da Foz” tinha afirmado ao jornal que agora é que se ia ver quem dava cartas…
Saltar a propriedade de um ilustre gaiense tem os seus custos e não tardou muito que a polícia andasse a “cheirar” a casa do Zeca.
A malta do Porto, bairrista como é, tomou o partido. Os de Gaia reuniram-se na Junta a fim de tomar providências.
As coisas começaram a esquentar. A malta de Gaia topou o comité central dos “Dragões da Foz” a comer umas francesinhas no restaurante da Rosa Cabeluda, da Cedofeita.
Cercaram a rua e foi um ver se te avias. O tacho com o molho das francesinhas foi deliberadamente derramado sobre o Zeca Maluco.
A jogar à defesa este agarrou-se à Rosa Cabeluda, para se defender, e acabaram os dois no chão da cozinha, regados com três garrafas de vinho do Porto e dois frascos inteiros de “maionaise”.
Entretanto ouve-se o ruído característico do carro da polícia e toda a gente começou a correr para todos os lados, ficando no chão, chorosa e descomposta, a Rosa Cabeluda, uma moça gordalhufa cujo cabelo era mais que muito, mas agora completamente barrado de molho de francesinha e “maionaise”.
Se o Zeca Maluco já não se tivesse “pirado” lambia-a toda, carago!
Soaram petardos nas sedes dos clubes locais e às duas por três já ninguém sabia bem do que andava a perseguir.
Entretanto Zeca Maluco tinha em casa a gaiola para grilos com a abelha Gaia e para a alimentar tinha posto uma folha de alface. Se era bom para os grilos seria bom para a abelha Gaia.
Só que a bichinha nem tocava na folha – seria embirração?
Quem desvendou o mistério foi a Licas das Tranças que andava enrabichada com o Zeca –um rapaz de olhos grandes, inteligentes.
A Licas das Tranças foi lá a casa do Zeca e ao ver a gaiola e a folha de alface desmanchou-se a rir e a gozar com ele.
- Então não sabes?
- O quê, carago?
- As abelhas não comem alface! Tens que devolver a abelha à colmeia senão ela morre à fome. Vai negociar com o Sr. Smith – não sei – faz uma proposta de troca, ela por ela.
Zeca ficou uma boa meia hora parado a fitar a gaiola.
- Já sei! Vou telefonar àquele “morcão” do inglês e vou negociar.
Foi pedir o telemóvel emprestado ao primo Mário que tinha o número do telefone do inglês. E com um ar de negociante abastado falou para o aparelho.
- Alô! Alô! É o Mister Smith que está ao telefone? Daqui fala o proprietário atual da abelha Gaia.
Seguiu-se um silêncio profundo e uma tosse, como se alguém do outro lado estivesse a arrumar os factos.
- Sim, daqui fala Smith. Estou pronto para negociar.
- Bem, o senhor amanhã põe uma camioneta de “fruta” na rua da Cedofeita e estarei lá para fazer a troca – ela por ela.
- Pode ser às onze horas em ponto?
- Combinado!
No dia seguinte às onze da manhã estava o Zeca Maluco com uma caixa de cartão onde escondia a gaiola da abelha Gaia.
Uma camioneta de caixa fechada surgiu na curva da estrada e o Sr. Smith a fazer de motorista saiu da cabina. A troca fez-se e foi imediata. Smith recebeu o caixote, deu a chave da camioneta ao Zeca Maluco recomendando que a camioneta era para devolver vazia.
Zeca – excitado – abriu a caixa da camioneta e lá dentro, amontoadas umas sobre as outras, uma quantidade enorme de pera rocha!
Zeca Maluco não esperava por aquela fruta. O que ele queria era uma camioneta da “fruta” que se costumava dar aos árbitros para ajeitar os resultados.
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de junho de 2018
AS PRIMEIRAS PONTUAÇÕES SÃO HOJE CONHECIDAS
Em cumprimento do respetivo regulamento, são hoje conhecidas a solução “oficial” da primeira prova do nosso torneio de decifração “Solução à Vista!” e as pontuações alcançadas pelos concorrentes que apresentaram os seus relatórios dentro dos prazos previstos. Foram 32 os “detetives” que disseram “presente!” e apenas cinco deixaram pontos pelo caminho. Mas, nem para estes, nada está definitivamente perdido, porque a competição ainda agora começou e há muito caminho para fazer até chegar à meta final. Para já, o pódio é composto por três nomes que nos são familiares, com excelentes provas dadas no torneio de decifração realizado o ano passado, tendo no seu encalço um grosso pelotão de policiaristas de grandes recursos e cheios de vontade de tomar de assalto os lugares cimeiros da classificação. Está tudo em aberto, portanto!
Pelo caminho, até chegar à meta final do torneio, acontecerão com certeza alguns tropeções na tabela classificativa por via das escorregadelas nas armadilhas colocadas nos enunciados dos enigmas pelos seus autores, quer por parte dos concorrentes mais experimentados, quer por parte dos mais novatos nestas andanças policiárias, pelo que se aconselham leituras muito atentas dos textos submetidos a decifração. Todo o cuidado é pouco, porque por um ponto se ganha, por um ponto se perde, e muitas vezes perdem-se pontos por episódios de distração que levam ao cometimento de erros quase infantis. Por outro lado, na elaboração das propostas de solução, convém não desvalorizar nenhum pormenor, por mais irrelevante que ele pareça, porque muitas vezes são esses pormenores que fazem a diferença e permitem a conquista pontos suplementares, quase sempre determinantes nas grandes vitórias.
TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”
Solução da Prova nº. 1
“O Enforcamento do Vigilante”, de Daniel Gomes
O inspetor Macunaíma desvalorizou os depoimentos recolhidos durante as investigações, que poderiam indiciar a possibilidade de se estar perante um caso de homicídio, caso não fosse completamente impossível alguém ter estado na fábrica naquela tarde, no momento do enforcamento do vigilante Ventura Marques. As portas que comunicam com a dependência onde se encontrava o cadáver estavam todas chaveadas pelo interior, com as chaves na fechadura, sendo impossível a sua abertura pelo lado contrário, sem arrombamento, como se verificou nas várias tentativas feitas pela polícia na porta que comunica com o exterior. Por outro lado, o inspetor constatou, através das bandeiras das portas, feitas de vidro transparente, a ausência de quaisquer pessoas ou a inexistência de algo que pudesse estar de algum modo associado à morte do vigilante.
Face ao acima exposto, a morte de Ventura Marques, mesmo que esteja de alguma maneira relacionada com as suas alegadas más relações com o colega Jorge Cunha ou com o seu suposto envolvimento amoroso com uma tal funcionária da empresa de congelados, de seu nome Leninha, não se ficou a dever a um qualquer ajuste de contas ou discussão de desfecho trágico, por via de um desses casos. Não se está, por isso, na presença de um crime de homicídio. Aliás, muito antes de ouvir os depoimentos que desvendaram esses casos de reprovável relacionamento, já se fizera luz no cérebro do inspetor Macunaíma sobre a forma como ocorrera a morte do vigilante, o que deixou toda a gente espantada face à sua rapidez de raciocínio. E a verdade é que passara pouco mais de quinze minutos desde a chegada do consagrado inspetor ao local da ocorrência!...
Vejamos, então, como ocorreu a morte do vigilante Ventura Marques. Os agentes da PSP deslocados para o local depararam com o pobre homem preso pelo pescoço a uma corda amarrada na tubagem da água que passa junto ao teto e com os pés a cerca de meio metro do chão, já sem sinais de vida, chamando de imediato os serviços de emergência médica, que se limitaram a declarar o óbito e a comprovar que a morte fora devida a enforcamento. Só que no chão, alagado de água, não havia à vista nenhum objeto, um banco, uma cadeira, um caixote, nada em que o infeliz Ventura Marques se pudesse ter empoleirado para cometer aquele seu desesperado ato. Mas o que passou despercebido aos olhos dos agentes da PSP, não escapou ao privilegiado cérebro e capacidade de raciocínio do inspetor Macunaíma: o chão alagado de água significava que o vigilante usara um cubo de gelo com 50 cm de altura para cometer o suicídio.
Pontuação e Classificação (após a 1ª. Prova)
O pelotão do torneio “Solução à Vista!” é constituído no seu arranque por 32 concorrentes, treze dos quais participam pela primeira vez nas competições organizadas pela nossa secção. Entre os “detetives” que marcam presença no torneio, destacamos seis sérios candidatos à vitória final: Daniel Falcão, Detetive Jeremias, Rigor Mortis, Bernie Leceiro, Airam Semog e Abrótea, que carregam um historial de grande relevo na prática da modalidade. Para já, três deles conquistaram os pontos especiais que lhes garantem lugar no pódio:
1º. Detetive Jeremias: 13 pontos;
2º. Daniel Falcão (ex-Vimaranes): 12 pontos;
3º. Bernie Leceiro: 11 pontos;
4ºs. Abrótea, Arc. Anjo, Ariam Semog, Beira Rio, Carlota Joaquina, Charadista, Chico de Laborim, Detetive Bruno, Haka Crimes, Holmes, Gomes, Inspetor Guimarães, Inspetor Madeira, Inspetor Mucaba, Madame Eclética, Ma(r)ta Hari, Martelo, Necas, Pena Cova, Rigor Mortis, Santinho da Ladeira, Solidário, Talismã e Zé de Mafamude: 10 pontos;
28ºs. Broa de Avintes, Chico da Afurada e Vitinho: 9 pontos;
31º. Mascarilha: 8 pontos;
32º. Bota Abaixo: 7 pontos.
TORNEIO “MÃOS À ESCRITA!”
As avaliações feitas pelos 32 solucionistas e pelo orientador da secção ao enigma “O Enforcamento do Vigilante”, de Daniel Gomes, concorrente aos prémios em disputa no torneio de produção policiária “Mãos à Escrita!”, resultaram na seguinte pontuação média final:
6,80 pontos.
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 10 de junho de 2018
CONHECIDA A SEGUNDA PROVA DO TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”
O segundo enigma do nosso torneio de decifração é da autoria de um dos mais carismáticos policiaristas nacionais, reconhecido entre os seus pares pela sua criatividade e por um sentido de humor muito peculiar e um espírito crítico agudo, a que acresce a sua natural bonomia nas relações interpessoais e uma grande capacidade de síntese na sua escrita. Essa sua personalidade fica claramente patente na forma generosa e atenciosa como se relaciona com os outros no seu quotidiano e na forma divertida que imprime em toda a sua obra, tanto nos seus escritos policiários como na sua restante produção literária. No que respeita à sua escrita, já pudemos apreciar nesta secção, num passado muito próximo, um enigma que comprova o que acima se afirma, situação que se repete no enigma abaixo publicado e que constitui a segunda prova do torneio de decifração “Solução à Vista!”. E para que os nossos leitores possam ter outra forma de comprovar, ainda mais, a justiça das nossas palavras publicaremos em próxima edição o original submetido pelo policiarista de quem falamos ao nosso concurso “Um Caso Policial em Gaia”, com o qual alcançou um honroso terceiro lugar da classificação geral, num conjunto de oito contos analisados pelo júri. Posto isto, e sem mais demoras, passamos a publicar a segunda prova do torneio “Solução à Vista!”, que animará a nossa secção até final de janeiro do próximo ano.
TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”
Prova nº. 2
“Camarada Tempicos”, de A. Raposo
Vocês já conhecem o Tempicos de outras histórias. Pois ele continua malandreco, oportunista e pinga-amor. Tudo qualidades, como é óbvio.
Ultimamente, como o turismo aumentou, decidiu explorar esse filão.
Meteu-se nas suas tamanquinhas e começou a frequentar locais turísticos na cata de visitantes, preferentemente noviças e apetitosas, que ele não faz por menos!
Estava ele no Mosteiro dos Jerónimos quando vê aproximar-se duas loiras lindas e viçosas e, claro, ele meteu conversa. O velho “Do you speak english?” da ordem.
E o diálogo começou. Elas começaram por dizer que eram russas de Moscovo, professoras de educação física, estavam em Portugal pela primeira vez e arranhavam o português com sotaque do Brasil. Fora lá que estiveram um mês e aprenderam alguma coisinha.
Tempicos apresentou-se como político de carreira aposentado. Dizer que for da Judite não lhe dava status. Elas eram cópia fiel uma da outra o que quer dizer que eram gémeas.
Delicadamente, Tempicos ofereceu a sua casa, no Bairro Alto, bairro típico de Lisboa, num segundo andar, com janelinha para o Tejo e uma grande cama “big size” que daria para os três, sem prejuízo para quem ficasse ao meio, desde que fosse ele…
Mas como elas não tinham conseguido arranjar hotel – Lisboa estava sem camas, dado o grande boom de turistas – elas não se fizeram esquisitas… pois afirmaram ser socialistas e com grande mental aos costumes.
Uma delas que afirmou chamar-se Nádia tinha uma pequena mancha negra no mamilo esquerdo (esquerdo para quem saia, direito para quem entra) que era bem visível dado o generoso decote.
A mana chamava-se Galina.
Tempicos pensou que ela seria uma franganota de fácil e rápida digestão…
Eram moscovitas e tinham aprendido o português no Rio, de onde tinham chegado de manhãzinha a Lisboa, pela primeira vez, e estavam a gostar do que estavam a conhecer.
Tempicos levou-as até sua casa após a ida aos Jerónimos e a uma visita aos pastéis de Belém, comprar umas dúzias para comerem à noite que se apresentava agitada quiçá de insónia.
Tempicos apresentou-lhes uma bandeirinha do PCP que lhes ofereceu de lembrança visto que elas se confessaram partidárias do atual partido comunista da federação russa, e ele aproveitou para dizer uma mentirinha: que andara em tempos na clandestinidade.
Tovarish – disse Tempicos, a única palavra que sabia ser Camarada.
Nádia disse num português de sotaque brasileiro que gostaria de andar de carro elétrico. Galina acrescentou que gostaria de beber uma bica numa esplanada à beira Tejo.
Tempicos disse-lhes que sim e mudou de assunto.
Passaram uma noite agitada, cheia de risinhos, ruídos e boa disposição que nos escusamos de detalhar, pois os nossos libidinosos e perversos leitores são capazes de calcular sem esforço.
Às tantas da noite Tempicos precisou de se levantar para ir à casa de banho (coisas da natureza) e no regresso foi espreitar as langeries dispersas no chão. Nádia tinha um H bordado na calça vermelha e a mana um L igualmente bordado a dourado na calcinha preta.
Estes factos levaram o nosso herói a perguntar se elas não estariam ligadas aos serviços secretos.
Tempicos gostava de enganar mas não de ser enganado.
E os amigos leitores, que também não gostarão de ser enganados, saberão através da vossa dedução concluir da veracidade das afirmações das manas russas?
Tempicos sabia que aquela história não estaria a ser bem contada. Mas perdoava-lhes o mal que lhe fizeram pelo bem que lhe soube aquela aventura.
DESAFIO AO LEITOR
E o leitor, também desconfia da veracidade das afirmações produzidas pelas duas manas russas, ou não? E porquê? Justifique o seu raciocínio, pormenorizadamente, através de relatório a enviar para o orientador da secção, até dia 10 de julho, por um dos seguintes meios:
- por correio, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel – Açores;
- por email, para salvadorpereirasantos@hotmail.com.
E, já sabe, não se esqueça de identificar a solução enviada com o seu nome (ou com o pseudónimo adotado), nem de indicar a pontuação que atribui ao enigma proposto pelo confrade A. Raposo (entre 5 a 10 pontos, em função da sua originalidade, qualidade e grau de dificuldade). Recordamos mais uma vez que o vencedor do concurso de produção de enigmas policiários “Mãos à Escrita!” será encontrado através da pontuação média atribuída pelos participantes do torneio de decifração “Solução à Vista!” e pelo orientador desta secção.