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quinta-feira, setembro 20, 2018
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de setembro de 2018 O POLICIÁRIO ESTÁ MAIS POBRE: VERBATIM DEIXOU-NOS! A notícia chegou-nos através de amigos comuns, seus parceiros na Tertúlia Policiária da Liberdade: “O Nove morreu!” (havia mudado há algum tempo o seu pseudónimo para Verbatim, mas ficou sempre Nove para os confrades mais próximos). Foi como se tivéssemos levado um soco no estomago! Tínhamos conversado com ele duas semanas antes, quando tivera alta do hospital onde viria a falecer. E pareceu-nos muito esperançado em conseguir vencer este novo combate contra mais um ataque da maldita doença que o atormentava há anos. Estava muito frágil, mas animado por uma tal força interior que nos convenceu de que sairia vitorioso de mais este desafio. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. O Nove partiu! Esteve connosco desde a primeira edição da nossa secção e deixou-nos quando os nossos leitores estavam a decifrar o seu último enigma, de que publicamos hoje a respetiva solução. Fica dentro de nós a saudade! TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!” Solução da Prova nº. 4 “Contas Desajustadas”, de Verbatim O Inspetor estagiário preparou o seguinte texto para apresentar aos três amigos que haviam feito a viagem até Nova Iorque: “Meus caros senhores, agradecendo a vossa presença, vou tentar mostrar-vos que, por não terem dado ou requerido explicações entre vós e em devido tempo, acabaram por se enredar em mal-entendidos na sequência de um engano inicial. 1 – Assim, em primeiro lugar, deverá notar-se que dos 2000 euros entregues por Afonso Sena, pertencem 1600 a João Liberto, e não apenas 1200, e a Carlos Guimarota pertencem somente 400 euros e não tanto como 800. Com efeito, cada um de vós gastou 2000 euros do total de 6000 euros. Como, para este total, João Liberto contribuiu com 3600 euros, ele terá de receber o que pôs a mais para além dos 2000 euros da sua despesa. Terá portanto de receber 3600 – 2000 = 1600 euros. Por seu lado, Carlos Guimarota, que contribuiu para o bolo com 2400 euros, terá a receber 2400 – 2000 = 400 euros. A sugestiva proporção de 3 para 2 entre as contribuições do João e do Carlos, ao ser aplicada nestas contas para as quais não tinha de entrar, conduziu a um engano. Portanto, João Liberto reclamou a quantia de 1600 euros com toda a razão. 2 – João Liberto, contudo, não explicou por que motivos estavam errados os quantitativos apurados por Afonso Sena. Teve oportunidade para o fazer e não o fez, gerando desse modo a revolta de Carlos e o distanciamento de Afonso, ambos aparentemente convencidos da inteira bondade das contas efetuadas anteriormente. Quer dizer, João Liberto, embora certo quanto á correção a fazer, não a soube apresentar e provocou, sem qualquer necessidade, a irritação dos seus dois amigos. 3 – Carlos Guimarota, por seu lado, não foi capaz de pedir uma explicação sobre os cálculos feitos por João Liberto. Preferiu dar a entender, a partir de certa altura, que João Liberto estaria a querer acusá-lo de ser capaz de ficar com dinheiro de outrem. Terá sido por isso que se encostou ao João para o intimidar e até apelidar de eventual gatuno. 4 – Afonso Sena também não ajudou a esclarecer a situação criada. Não estando em causa a totalidade do dinheiro que devia aos amigos nem a rapidez com que liquidou a sua dívida, bem podia ter-se esforçado para tentar compreender a pretensão de João Liberto quanto à divisão do dinheiro. Deixou que os ânimos azedassem entre João e Carlos, quando estava em posição privilegiada para moderar a questão surgida. 5 – Como se depreende do atrás exposto, que se fundamenta nas vossas declarações, nenhum de vós esteve inteiramente bem neste caso, tendo cada um contribuído, a seu modo, para a desastrada confusão gerada. Por isso, o melhor será talvez cada um esquecer alguma razão de protesto para, sobretudo, reconhecer os mal-entendidos que terá ajudado a criar, retirar qualquer queixa, aceitar a regularização das contas e cumprimentar os outros dois. Que vos parece?” Como o Inspetor estagiário, segundo sabemos, se saiu muito bem da sua incumbência conciliatória, podemos concluir que os três reconheceram não terem estado bem, se cumprimentaram entre si e que a queixa foi retirada. Quanto às feridas abertas, talvez nem todas tivessem ficado completamente saradas. Nota: A ilusão da sugestiva repartição que conduziu ao engano nas contas foi colhida no interessante livro de recreação matemática “O Homem que Sabia Contar” de Malba Tahan (pseudónimo de Júlio César de Mello e Souza), Editorial Presença, 2001. Pontuação e Classificação (após a 4ª. Prova) Detetive Jeremias (Santarém), Daniel Falcão (Braga) e Bernie Leceiro (Leça da Palmeira) voltaram a dividir entre si os “pontos especiais” destinados às melhores soluções, ocupando os lugares do pódio. No seu encalce, destacam-se os gaienses Inspetor Mucaba e Madame Eclética. 1º. Detetive Jeremias (35+12): 47 pontos; 2º. Daniel Falcão (33+13): 46 pontos; 3º. Bernie Leceiro (32+11): 43 pontos; 4ºs. Inspetor Mucaba (33+9) e Madame Eclética (32+10): 42 pontos; 6ºs. Ma(r)ta Hari (30+10) e Zé de Mafamude (30+10): 40 pontos; 8ºs. Ariam Semog (28+10), Carlota Joaquina (28+10), Gomes (28+10), Inspetor Madeira (28+10), Necas (28+10), Rigor Mortis (28+10) e Talismã (28+10): 38 pontos; 15ºs. Bigode (27+10), Chico de Laborim (27+10), Detetive Bruno (27+10) e Inspetor Guimarães (27+10): 37 pontos; 19ºs. Arc. Anjo (28+8), Beira Rio (27+9), Broa de Avintes (27+9), Charadista (26+10), Chico da Afurada (26+10), Haka Crimes (26+10), Holmes (27+9), Martelo (28+8), Pena Cova (27+9) e Solidário (27+9): 36 pontos; 29ºs. Abrótea (28+7) e Santinho da Ladeira (26+9): 35 pontos; 30º. Mascarilha (25+9): 34 pontos; 32ºs. Bota Abaixo (23+10) e Vitinho (26+7): 33 pontos. TORNEIO “MÃOS À ESCRITA!” As avaliações feitas pelos 33 solucionistas e pelo orientador da secção ao enigma “Contas Desajustadas”, concorrente aos prémios em disputa no torneio de produção policiária “Mãos à Escrita!”, resultaram na seguinte pontuação média final: 7,40 pontos. Com esta avaliação, o enigma do confrade Verbatim assume a liderança da classificação, que tem a seguinte ordenação: 1º. “Contas Desajustadas”, de Verbatim: 7,40 pontos; 2º. “As 3 Poltronas”, de Rigor Mortis: 7,10 pontos; 3º. “Camarada Tempicos”, de A. Raposo: 6,90 pontos; 4º. “O Enforcamento do Vigilante”, de Daniel Gomes: 6,80.  
quarta-feira, setembro 05, 2018
  MISSA DO SÉTIMO DIA – FALECIMENTO DE NOVE/VERBATIM A missa de sétimo dia do falecimento do nosso saudoso confrade NOVE / VERBATIM realiza-se na próxima sexta-feira, dia 7 de setembro, pelas 18h30, na Igreja da Divina Misericórdia, em Alfragide (junto ao Estado Maior da Força Aérea).  
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 5 de setembro de 2018 UM DESAFIO LÓGICO DA DUPLA BÚFALOS ASSOCIADOS Surgem pela primeira vez na nossa secção, mas são dois dos mais ativos policiaristas da atualidade. Membros da TPL - Tertúlia Policiária da Liberdade (Lisboa). São marido e mulher. Ele nasceu em Coimbra, está desde há muito radicado na Grande Lisboa e é um dos mais conceituados atores portugueses. Ela nasceu no Porto, mudou-se para Lisboa muito jovem e foi uma das nossas mais destacadas produtoras de televisão, atualmente aposentada da RTP, onde se iniciou no Centro de Produção do Monte da Virgem (Vila Nova de Gaia). Formam a dupla Búfalos Associados, conquistaram a Taça de Portugal da modalidade na vertente de decifração no passado ano e perfilam-se como principais candidatos à conquista daquele troféu em 2018 e ao título de campeões nacionais desta temporada, ocupando neste momento um dos primeiros lugares da tabela classificativa da principal prova nacional. Por aqui, na nossa secção, fazem a estreia como produtores, vertente em que se destacaram com a conquista do campeonato nacional da categoria em 2014, submetendo à apreciação dos leitores do AUDIÊNCIA GP e em particular aos concorrentes do Torneio “Solução à Vista!” um enigma que apela ao raciocínio lógico e à “descoberta” dos nomes de alguns dos nossos maiores poetas sugeridos no enunciado. TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!” Prova nº. 5 “A Lógica Não é Uma Batata”, de Búfalos Associados Toda a vida desgostoso por não ter tido netos, o inspetor Garrett substituía-os afetivamente por dois amiguinhos do prédio em que morava, netos de Miguel, um amigo também inspetor da PJ, e a quem gostava de dar muita atenção por serem dois rapazes espertos e encantadores. E como os miúdos tinham uma curiosidade inesgotável, passavam sempre as horas disponíveis em bate-papos de lógica ou matemática com o vizinho. O mais velho tinha 12 anos e chamava-se Cesário, o mais novo dava pelo nome de Eugénio e tinha 11 anos. “Nomes de poetas...”, como costumava dizer Garrett. – “Foi em homenagem à avó, explicava o pai. Ela chamava-se Florbela. Passou a ser uma tradição da família, mas já o pai dela se chamava Elmano. E o avô Bernardim.” Um dia, ao fim da tarde, o Cesário vinha entusiasmado com uma coisa que aprendera na aula de matemática. O professor tinha falado numa história que se conta ter-se passado há mais de duzentos anos. Nesse tempo, numa escola em que a disciplina não andaria a ser muito praticada, o professor, para castigar os alunos, ordenou-lhes que fizessem a soma de todos os números de um a cem e que aquele que o fizesse mais depressa teria um prémio. Todos se atiraram com entusiasmo ao papel e ao lápis na ânsia do conseguirem o prémio. Apenas um garoto ficou quieto, pondo-se a pensar e ao fim de alguns minutos levantou o braço no ar e perguntou se já podia dizer o resultado. O professor aceitou e ficou espantado por o miúdo ter feito a conta de cabeça em tão pouco tempo. E foi a vez de o mestre acorrer ao lápis e ao papel. Espanto: o resultado estava correto! - “Pois é, Cesário, essa é uma história muito conhecida e interessante. E ficou para sempre na história episódica da matemática. Mas olhem, agora vou propor-vos aos dois, um problema também já conhecido, de pura lógica e raciocínio. Gostam de histórias para pensar?” - “Venha ela!” - gritaram os dois entusiasmados. - “Sabemos que há três caixas, contendo cada uma delas duas bolas. Na primeira estão duas bolas pretas, na segunda duas bolas brancas e na terceira uma preta e uma branca. As bolas são todas iguais em tamanho e em peso, bem como as caixas. Por fora, as caixas dizem as cores das bolas que lá estão dentro: a primeira “Preto e Preto”, a segunda “Branco e Branco” e a terceira “Preto e Branco”. - “Muito bem, e agora?” - “Agora, longe das vistas dos assistentes, alguém muda o conteúdo de todas as caixas de forma a que nenhuma delas fique igual ao que tinha sido antes. Mas por fora nada se alterou, os dísticos é que estão agora todos errados. E a pergunta é: Qual será o menor número de bolas que é preciso tirar para ver a cor, e de quantas caixas e quais, para poder dizer com segurança que bolas estão agora dentro de cada caixa? Mas atenção que só se pode tirar uma bola de cada vez.” - “Oh, o vizinho só nos põe problemas difíceis. Acha que nós somos génios?” - “Meus amiguinhos, lembrem-se do que disse Einstein: Um génio é uma pessoa como toda a gente, só que nem toda a gente consegue ser um génio. Nada se faz sem trabalho. E já agora, além de responderem à minha pergunta, digam lá também qual é a soma dos números de um a cem inclusive, e qual a forma de o saber apenas por cálculo mental e em poucos minutos. Mas vou colocar-vos uma condição: desta vez, nessa sequência de 0 a 100 não podem estar os números 20 e 30. E não se esqueçam de que é preciso, num problema e noutro, descrever qual foi o raciocínio que seguiram.” - “Oh, senhor Garrett! E essas contas todas têm de ser feitas de cabeça e em pouco tempo?” - “Tentem. Vale sempre a pena. Tudo vale a pena, se a alma não é pequena. Foi mais ou menos o que disse um poeta que se chamava Fernando, como o vosso pai. E se pensarem um bocadinho vão ver que é mais fácil do que parece.” DESAFIO AO LEITOR Além de responder integralmente aos dois desafios do inspetor, indique quais os nomes de todos os poetas portugueses que o texto sugere, através de relatório a enviar para o orientador da secção, até dia 18 de outubro, através de um dos seguintes meios: - por correio postal, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel – Açores; - por correio eletrónico, para salvadorpereirasantos@hotmail.com. E, já sabe, não se esqueça de identificar a solução enviada com o seu nome (ou com o pseudónimo adotado), nem de indicar a pontuação que atribui ao enigma proposto pela dupla Búfalos Associados (entre 5 a 10 pontos, em função da sua originalidade, qualidade e grau de dificuldade). Recordamos mais uma vez que o vencedor do concurso de produção de enigmas policiários “Mãos à Escrita!” será encontrado através da pontuação média atribuída pelos participantes do torneio de decifração “Solução à Vista!” e pelo orientador desta secção. Nota: este texto já tinha sido enviado para impressão do jornal AUDIÊNCIA GP quando soubemos do falecimento do nosso confrade NOVE / VERBATIM, pelo que só faremos menção a esta triste notícia na próxima edição da secção O DESAFIO DOS ENIGMAS.  
enigmas e contos policiais

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