O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de dezembro de 2018
DANIEL FALCÃO E DETETIVE JEREMIAS REFORÇAM LIDERANÇA
Daniel Falcão e Detetive Jeremias, campeões nacionais na vertente de decifração da modalidade em anos recentes, reforçam a sua liderança na classificação do torneio “Solução à Vista!”, agora com a mesma pontuação, quando faltam apenas duas provas para o final da competição. Por outro lado, no caso do torneio de produção policiária “Mãos à Escrita”, a dupla Búfalos Associados mantém a liderança da classificação, garantindo assim e desde já um lugar no pódio final, podendo neste momento apenas ser destronada por Bernie Leceiro e Detetive Jeremias, autores dos dois últimos enigmas. A este propósito, recordamos que o prazo de envio das propostas de solução ao problema do confrade de Leça da Palmeira expira no dia 15 de janeiro e que o enigma da detetive de Santarém será conhecido no dia 5 do primeiro mês do ano que se aproxima. Posto isto, e antes de passar à divulgação da solução da prova nº. 7 e do escalonamento das classificações atuais, aproveitamos o ensejo para desejar aos leitores do jornal Audiência GP e, em particular, aos nossos “detetives” um Feliz Natal e um Excelente Ano Novo.
TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”
Solução da Prova nº. 7
“Ida ao Teatro”, de Bigode
A ação passa-se em 1991.
Erro nº1 – a revista “Passa por mim no Rossio” esteve em exibição no Teatro Nacional D. Maria II, e não no Politeama.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_La_Féria:
Em 1990, escreve e encena “What happened to Madalena Iglésias” e aceita o convite para apresentar a peça da sua autoria “Passa por Mim no Rossio”, no Teatro Nacional D. Maria II. De seguida encena “As Fúrias”, de Agustina Bessa-Luís, também na D. Maria II. Em Bruxelas, dirige o espetáculo inaugural da Europália (1991), e em Sevilha o Dia de Portugal na Expo 92).
Erro nº 2 – Ayrton Sena sagrou-se tricampeão de fórmula 1, e não bicampeão.
Erro nº 3 – Tricampeão no dia 20 que foi um domingo, e não sábado.
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Temporada_de_Fórmula_1_de_1991:
Temporada de Fórmula 1 de 1991.
A Temporada de Fórmula 1 de 1991 foi a 42ª. realizada pela FIA, decorrendo entre 10 de Março e 3 de Novembro de 1991, com dezasseis corridas.
Teve como campeão o brasileiro Ayrton Senna, da equipa McLaren, sendo vice-campeão o britânico Nigel Mansell, da Williams. Marcou a despedida do tricampeão Nelson Piquet e a estreia do jovem Michael Schumacher).
(https://pt.wikipedia.org/wiki/1991:
20 de Outubro - Ayrton Senna é Tricampeão na Fórmula 1.
30 de junho - Portugal tornou-se bicampeã do Campeonato Mundial de Futebol Juniores ao vencer o Brasil nas cobranças de penalidades pelo placar de 4 a 2, já que terminou empatado no tempo normal e também na prorrogação em 0 a 0).
Erro nº 4 – O livro “As Palavras” é de Jean-Paul Sartre e não do Nobel desse ano, Nadine Gordimer.
Pontuação e Classificação (após a 7ª. Prova)
As quatro mentiras constantes da história de "amor" à primeira vista vivida por Beltrão e Maria, que começa na carruagem do comboio e acaba no quarto de um hotel, foram detetadas com facilidade pela maioria dos concorrentes mais experimentados, provocando contudo alguns dissabores aos menos atentos, como se pode constatar na tabela classificativa que se segue:
1ºs. Daniel Falcão (72+12) e Detetive Jeremias (71+13): 84 pontos;
3º. Bernie Leceiro (62+11): 73 pontos;
4ºs. Inspetor Mucaba (60+10) e Ma(r)ta Hari (60+10): 70 pontos;
6ºs. Ariam Semog (59+10), Madame Eclética (60+9) e Rigor Mortis (59+10): 69 pontos;
9º. Zé de Mafamude (58+10): 68 pontos;
10º. Bigode (56+10): 66 pontos;
11ºs. Abrótea (55+9), Carlota Joaquina (55+9), Charadista (54+10), Gomes (55+9), Inspetor Guimarães (55+9): 64 pontos;
16ºs. Chico da Afurada (54+9), Chico de Laborim (53+10), Holmes (54+9) e Pena Cova (54+9): 63 pontos;
20ºs. Arc. Anjo (53+9), Beira Rio (53+9), Broa de Avintes (53+9), Necas (54+8), Inspetor Madeira (53+9), Santinho da Ladeira (53+9) e Talismã (53+9): 62 pontos;
27ºs. Bota Abaixo (52+9), Detetive Bruno (52+9), Haka Crimes (52+9) e Solidário (53+8): 61 pontos;
31ºs. Martelo (51+9) e Mascarilha (51+9): 60 pontos;
33º. Vitinho (49+9): 58 pontos.
TORNEIO “MÃOS À ESCRITA!”
As avaliações feitas pelos 33 solucionistas e pelo orientador da secção ao enigma “Ida ao Teatro”, de Bigode, concorrente aos prémios em disputa no torneio de produção policiária “Mãos à Escrita!”, resultaram na seguinte pontuação média final: 7,00 pontos. Com esta pontuação, o confrade escalabitano junta-se ao lote de concorrentes que já não têm hipótese de ocupar lugar no pódio na classificação final desta competição. Entre eles estão os produtores A. Raposo, Daniel Gomes e Abrótea, que apresentaram a concurso enigmas de qualidade, mas que, por algumas décimas pontuais, estão definitivamente afastados dos lugares com direito a prémio. O que pode ser uma injustiça! Na verdade, como diz um dos nossos concorrentes (solucionista e produtor), “as pontuações atribuídas poderão não ser realmente justas”, já que a “pontuação consistente dos problemas apresentados deveriam ter em atenção também as soluções propostas pelos autores”. Por essa razão, propomo-nos fazer algumas mudanças no processo de atribuição da pontuação dos problemas a concurso no futuro. Mas vejamos como se encontra ordenada a classificação atual:
1º. “A Lógica não é uma Batata”, de Búfalos Associados: 7,90;
2º. “Contas Desajustadas”, de Verbatim: 7,40 pontos;
3º. “As 3 Poltronas”, de Rigor Mortis: 7,10 pontos;
4º. “Ida ao Teatro”, de Bigode: 7,00 pontos;
5º. “Camarada Tempicos”, de A. Raposo: 6,90 pontos;
6º. “O Enforcamento do Vigilante”, de Daniel Gomes: 6,80 pontos;
7º. “Um Regresso do Outro Lado”, de Abrótea: 6,60 pontos.
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 5 de dezembro de 2018
COM O NATAL NO HORIZONTE, O POLICIÁRIO NÃO PÁRA
Com a proximidade de mais um Natal no horizonte, as nossas atenções centram-se na preparação das festividades, na compra de presentes para os amigos e familiares, na montagem do presépio e da árvore de natal e na organização da noite da consoada, onde reunimos os membros do núcleo central da nossa família para um momento de convívio e de partilha de emoções único. Mas no meio de toda esta azáfama, haverá ainda tempo para dedicar à decifração de mais uma prova do torneio de decifração “Solução à Vista!”, da autoria do confrade Bernie Leceiro, que nos convoca para a audição de um dos discos mais importantes da história do rock português, da dupla Rui Veloso e Carlos Tê, que se debruça sobre a forma dura como nos é apresentada a vida durante a fase da adolescência. Este álbum histórico, que integra canções como “Não Há Estrelas no Céu”, “O Prometido é Devido”, “Baile da Paróquia”, “Mago do Bilhar” ou “A Paixão (Segundo Nicolau da Viola)”, entre outras, nas quais são abordados temas como a política ou a critica à globalização do rock, pode ser facilmente repescado do youtube.
TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”
Prova nº. 8
“O Dia em que Méno Rock Morreu”, de Bernie Leceiro
Esta é a estória de lenhas e lumes, de nomes e lugares comuns. É a estória banal de Mingos & os Samurais, banda de reconhecido insucesso, que se arrastou sem glória – mas com alegria e sedução – por diversos palcos durante os primórdios dos anos setenta, animando recintos dançantes. Esta é a estória imortalizada em disco por Rui Veloso e Carlos Tê no início dos anos 90. Esta é a estória que se tornou uma lenda mas da qual nunca foi conhecido o verdadeiro epilogo.
Arménio Marmita, imortalizado como Méno Rock vocalista de Mingos & os Samurais, um famoso bilharista da Areosa, estucador de profissão, foi incorporado no regimento de atiradores de Tavira. No fim do Inverno de 1972 recebeu guia de marcha para Moçambique. Reza a lenda que morreu em missão, perto do quartel, quando a mina rebentou. Vinha em pé na Berliet com a G3 em forma de guitarra a cantar Satisfaction dos Rolling Stones. Nunca se soube ao certo se foi assim.
No velório de corpo ausente em casa dos pais de Méno Rock, descobre-se afinal que Méno é casado com uma moça de Águas Santas, legítima viúva e da qual até tem um filho. Zira sua madrinha de guerra fica destroçada.
Lau, guitarrista da banda e amigo de ambos, convence-a que não importa a legalidade das uniões, porque Zira é que foi a eleita. Zira fica muito triste pois Méno Rock tinha-lhe prometido ir a Lisboa no dia dos seus anos e afinal o prometido é devido…
De promessas quebradas percebe Lau. Anos antes Berto convence Lau da Viola que estava em curso uma cruzada universal contra a música foleira. Lau tenta converter Mila que só gosta de Fernando Farinha e Roberto Carlos. Leva-a ao Rivoli ver os Vinegar Joe de Elkie Brooks, Mila vem embora por causa do barulho.
Algum tempo antes Nicolau, troca toda a coleção de Mundo de Aventuras, por uma viola empenada, tudo para conquistar a sua amada Mila. Falta ao emprego numa drogaria e perde o Portugal-Coreia em direto no Mundial de 66. Tudo por uma visão mais ousada da sua musa. Mila falta ao prometido e deixa Lau destroçado.
Quero ser um marinheiro sulcar o azul do mar/Vaguear de porto em porto até um dia me cansar/Quero ser um saltimbanco, saber truques e cantigas/Ser um dos que sobe ao palco e encanta as raparigas.
Assim respondeu Berto quando a professora o mandou fazer uma redação sobre o que queria ser quando fosse grande. Berto não sabia dançar, dedicava-se ao culto das paixões secretas e inevitavelmente ao culto das poesias. Tinha por hábito escrever poemas românticos ás suas paixões, das quais Zira não estaria excluída, que contrastavam com os aerogramas militares cheios de erros de ortografia de Méno. Ficou batizado de Berto Poeta e escrevia as letras da banda.
Gastão Santos, fuzileiro regressado do Ultramar, melómano sem emenda, andava perturbado pelos gases de guerra e pelas águas de África. É o empresário de Mingos & os Samurais e fica conhecido por Gastão Psicadélico. Gastão era famoso por ser o rei do twist e da sedução. Terá sussurrado várias vezes ao ouvido de Zira algumas das letras das músicas com quem calorosamente dançava.
Conta-se na cidade que Zira finalmente cumpriu o seu sonho e casou no dia dos seus anos, na igreja de Santo António na última das cerimónias patrocinada pelo Diário Popular, antes do interregno provocado pela revolução dos cravos, tendo dado a morada de uma prima afastada casada em Lisboa com um funcionário da Carris.
Zira casou com um dos membros dos Samurais, no entanto perdeu-se na memória popular qual foi o privilegiado, Berto Poeta, Lau da Viola ou Gastão Psicadélico.
Poderá o leitor reviver o prazer de ouvir esta obra de referência da música portuguesa dos anos 90 e ajudar a clarificar de vez quem poderá ter casado com Zira?
DESAFIO AO LEITOR
O que se pede é que o leitor dê resposta à questão suscitada pelo autor do enigma, justificando de forma pormenorizada o seu raciocínio, através de relatório a enviar para o orientador da secção, até ao próximo dia 15 de janeiro, por um dos seguintes meios:
- por correio postal, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel – Açores;
- por correio eletrónico, para salvadorpereirasantos@hotmail.com.
E, já sabe, não se esqueça de identificar a solução enviada com o seu nome (ou com o pseudónimo adotado), nem de indicar a pontuação que atribui ao enigma proposto pelo confrade Bernie Leceiro (entre 5 a 10 pontos, em função da sua originalidade, qualidade e grau de dificuldade). Recordamos mais uma vez que o vencedor do concurso de produção de enigmas policiários “Mãos à Escrita!” será encontrado através da pontuação média atribuída pelos participantes do torneio de decifração “Solução à Vista!” e pelo orientador desta secção.