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O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 5 de fevereiro de 2020
DESAFIOS POLICIÁRIOS DÃO LUGAR A CONTOS
POLICIAIS
O problema que hoje se publica encerra o concurso de produção “Mãos à
Escrita!” e constitui a penúltima prova do torneio de decifração “Solução à
Vista!” da temporada 2019-2020. No primeiro caso, está desde já garantida a
presença de um dos enigmas concorrentes (“Crime Leaks”, de Daniel Falcão), num dos três lugares do pódium,
com fortes possibilidades de conquistar o troféu que premeia o grande vencedor.
No segundo caso, parece matematicamente pouco provável que os dois primeiros
lugares escapem aos atuais líderes da competição (Búfalos Associados e Detetive
Jeremias), faltando agora saber quem vai ocupar o outro lugar disponível no
pódium. Ainda há, porém, muitas contas a fazer, através da soma dos pontos
obtidos pelos nossos “detetives” no enigma que agora se publica e no último, da
autoria de Inspetor Boavida.
O pano só desce sobre estas nossas duas competições no final de abril, estando
portanto tudo praticamente em aberto, numa altura em que a tarefa da maioria
dos nossos “detetives” nesta ponta final é desempenhada cumulativamente com a
apreciação do primeiro problema do torneio inaugural da secção policiária da
revista Sábado, orientada por Luís Pessoa/Inspetor Fidalgo, que aconselhamos
vivamente a visitar. Com edição semanal, às quintas-feiras, esta secção arrancou
na segunda semana de janeiro com a publicação de problemas e desafios rápidos
para aquecimento das “células cinzentas” dos confrades policiaristas, na sua
esmagadora maioria afastados há mais de um ano da modalidade. Fazemos, por
isso, aqui no AUDIÊNCIA GP, uma pausa nos desafios policiários a partir de maio
próximo, dedicando-nos quase em exclusivo aos contos policiais.
Com efeito, o concurso de contos “Um Caso Policial em Gaia”, que procura
estimular os nossos leitores a aventurarem-se na escrita de ficção policial,
vai preencher a secção O Desafio dos Enigmas até final do ano em curso. Recordamos, entretanto, que o concurso está aberto a todas e a
todos, sem quaisquer condicionalismos de idade ou nacionalidade, podendo
inclusive qualquer “escritor/a” apresentar mais do que um original, desde que o
faça com pseudónimos diferentes.
TORNEIO
“SOLUÇÃO À VISTA!”
Prova nº. 9
“Um Pedido de Ajuda”, de Detetive
Jeremias
No passado dia 15 de Maio O Desafio dos Enigmas
recebeu o seguinte e-mail, que transcrevemos na íntegra, apenas salvaguardando
a identificação completa da autora.
para: salvadorpereirasantos@hotmail.com
data: 15/05/2019, 15:27
assunto: Pedido de ajuda
Bom tarde, Senhor Salvador Santos,
O meu nome é Maria. Fiz este mês 12 anos e sou
aluna do 6º ano. Tenho boas notas e gosto de todas as disciplinas. Adoro imenso
ler, jogar futebol e descobrir coisas. Estou a escrever-lhe porque como tem uma
página no jornal com um concurso para as pessoas resolverem enigmas e pode ser
que alguém me consiga ajudar. Antes de dizer qual é o meu problema, tenho de
explicar como é que me vi metida nisto. O meu avô Zé assina o Jornal Audiência
por causa de O Desafio dos Enigmas. Ele foi professor de história e adora fazer
(e pôr-nos a fazer) desafios, enigmas, problemas, adivinhas e tudo que ponha a
cabeça a trabalhar, como ele costuma dizer. Eu acabei de ler o “Harry Potter e
a Pedra Filosofal” no feriado do 1º de maio e adorei imenso. Desde essa altura,
ando a pedir que me ofereçam o “Harry Potter e a Câmara dos Segredos” que é o
volume seguinte. Tenho um mealheiro com o dinheiro que me dão, mas é de barro e
só o posso abrir quando estiver cheio. Foi um “compromisso”, como dizem os meus
pais, por isso não o posso partir. Já fui à biblioteca, mas não têm estes
livros e os meus amigos e colegas também não. Eles também não gostam lá assim
muito de ler. O meu avô viu-me triste e perguntou se eu estava com a mosca.
Contei-lhe e ele foi falar com a minha mãe e passado um grande bocado disse:
“Mia” (chamam-me Mia porque o meu irmão mais novo era um trapalhão quando era
bebé e não conseguia dizer o meu nome. Ele agora já cresceu, é trapalhão na
mesma, mas já sabe dizer Maria). Então o meu avô disse isto mais ou menos: “Mia,
no cofre tenho um cheque oferta para poderes ir a livraria comprar a coleção
completa dos livros do Harry Potter. Tens de descobrir o código para abrir o
cofre e poderes tirar o sobrescrito com o teu nome”. O meu avô Zé diz
sobrescrito e não envelope como toda a gente, porque diz que é um
aportuguesamento. Ao mesmo tempo o avô Zé entregou-me um papel. Só tinha
escrito, na mesma linha isto:
13 13 22 9 9
O meu avô já me explicou o que é a
criptografia, palavra que quer dizer escrita escondida e até me começou a
ensinar uma maneira ou duas simples de fazer um código.
O cofre tem teclas de zero a nove e só pode ser
aberto se carregar um código com 4 algarismos. O avô explicou-me que podia ir
experimentar as vezes que quisesse porque o cofre não bloqueava e que podia
repetir teclas, como no código do multibanco Também me avisou para não me pôr a
fazer contas. “Mia, vê com atenção o papel que te dei e descobre como podes
chegar a um número com quatro algarismos”. Já experimentei umas soluções meio
tontas e não consegui nada. O meu avô também diz que eu já tenho conhecimentos
para descobrir o código porque é super simples, mas posso pedir ajuda, desde
que isso me dê algum trabalho e “mostre imaginação e criatividade”. A minha
imaginação foi enviar este mail.
Será que me podem ajudar? Vou ter de esperar
até o mealheiro encher, ou pelas prendas de aniversário?
Obrigada pela atenção.
Maria
P.S. Os meus pais ajudaram a corrigir o mail um
bocadinho. Não foi muita coisa, umas aspas, vírgulas e faltas de atenção.
DESAFIO AO LEITOR
Para responder ao apelo da nossa amga Maria (Mia, para o avô e demais
familiares) só tem de nos fazer chegar o código do cofre e explicar como chegou
a essa conclusão, através de relatório dirigido ao organizador da secção, até ao
próximo dia 29 de fevereiro, por um dos seguintes meios:
- por correio postal, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio
dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel –
Açores;
- por correio eletrónico, para
salvadorpereirasantos@hotmail.com.
E, já sabe, não se esqueça de identificar a solução enviada com o seu
nome (ou pseudónimo), nem de remeter juntamente a pontuação atribuida ao enigma
“A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça”, de
Bernie Leceiro, para efeitos de classificação no concurso “Mãos à
Escrita!”.
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de janeiro de 2020
ENIGMAS NA RETA FINAL E
CONCURSO DE CONTOS EM MARCHA
Já começaram a entrar na caixa de correio eletrónico do orientador da
secção alguns dos originais candidatos ao concurso de contos “Um Caso Policial
em Gaia”, de que se publica hoje o respetivo regulamento. Nesta edição damos
ainda conta dos resultados alcançados pelos nossos “detetives” na sétima prova
do torneio de decifração “Solução à Vista!” e por Daniel Falcão no concurso de
enigmas “Mãos à Escrita!”. Mas vejamos primeiro as regras do concurso de contos:
CONCURSO “UM
CASO POLICIAL EM GAIA”
Regulamento
1. O
concurso está aberto a todos, sem quaisquer condicionalismos idade, sexo ou
nacionalidade, podendo cada concorrente apresentar mais do que um original.
2. Os
trabalhos, na modalidade de conto policial, em língua portuguesa, deverão
ter ação no concelho de Gaia, terão obrigatoriamente
o mínimo de duas páginas de formato A4 e o máximo de quatro, escritas a 1,5
espaços, na fonte Times New Roman e corpo de letra 12.
3. Os
originais deverão ser enviados em formato digital, a partir de 1 de janeiro de
2020, para o endereço eletrónico salvadorpereirasantos@hotmail.com;
4. Os trabalhos serão publicados por ordem de receção, a partir de
5 de junho de 2020.
5. A classificação dos contos será definida através da média da
pontuação atribuída pelos seus leitores.
6. No final da publicação de cada conto, os
leitores do jornal AUDIÊNCIA GP e os seguidores do blog LOCAL DO CRIME
terão 30 dias para enviar a sua pontuação, numa escala de 5 a 10 pontos, em
função da qualidade e originalidade, através do email referido no ponto 3.
7. Será vencedor do concurso o conto que alcançar uma maior
pontuação média, sendo distinguidos os restantes trabalhos classificados nas dez
primeiras posições;
8. Serão atribuídos os seguintes prémios: 1º a 4º Lugar – Taças; 5º
a 10º Lugar – Medalhas;
9. Os casos omissos serão resolvidos pelo orientador da secção O
Desafio do Enigmas, não havendo recurso das decisões tomadas.
TORNEIO
“SOLUÇÃO À VISTA!”
Solução da Prova nº. 7
“A Estranha Morte do Barão”, de
Abrótea
Primeira pista: marcado no calendário a lua em
quarto CRESCENTE uma semana depois, então o ciclo estava em LUA NOVA nesta
altura.
Segunda pista: a chave pelo lado de dentro
indica alguém da casa, alguém muito próximo do patrão, pois este só abriria a
porta descontraidamente aos seus mais íntimos amigos.
Terceira pista: os vidros, muitos no lado de
fora e poucos no lado de dentro. O vidro foi partido de dentro para fora.
Quarta pista: a mentira do Doutor Pinto, com
LUA NOVA não existe luar. E aqui ele tenta incriminar o Jorge (só que este foi
o primeiro a chegar), calçando os sapatos que lhe estão grandes demais. Para
isso, e isto é pura especulação, calça dois ou três pares de meias e uns
sapatos grandes demais para o seu pé. Jorge é um gigante, logo tem pé grande. O
Doutor Pinto implica também o “Coxo”, deixando uma pegada mais funda que a
outra. Mas o “Coxo”, além de não ter o pé grande (ele é baixo), coxeia sempre
do mesmo lado. As pegadas que iam e vinham, a mais funda é uma ao contrário da
outra, isto é uma direita e outra esquerda, uma partidinha do nosso amigo para
incriminar o “Coxo”, mas enganou-se. Porquê? A pessoa manca faz sempre mais
força na perna sã, nunca troca a força para a perna mais curta ou menos sã. Por
tudo isto o nosso advogado é o “EL MATADOR”.
Pontuação/Classificação
(após a 7ª. Prova)
As quatro grandes pistas deixadas no enunciado do enigma não escaparam a
um número significativo dos nossos “detetives”, se bem que alguns deles acabassem
por apostar no criminoso errado. Mas houve ainda quem deixasse escapar a pista
da inexistência de luar na noite do crime ou a pista do grande volume de
partidos no exterior da mansão, o que determinou a perda de preciosos pontos. E
assim vai a tabela classificativa, quando estamos apenas a três provas do
final:
1º. Búfalos Associados (74+13): 87 pontos;
2º. Detetive Jeremias (74+12): 86 pontos;
3ºs. Inspetor Moscardo (62+10) e Tempicos &Tempicas (62+10): 72
pontos;
5º. Zé de Mafamude (59+11): 70 pontos;
6ºs. Ego (60+9) e Rigor Mortis (59+10): 69 pontos;
8ºs. Donanfer II (56+10), Inspetor Mucaba (56+10) e Ma(r)ta Hari
(57+9): 66 pontos;
11ºs. Bernie Leceiro (54+10) e Carlota Joaquina: (54+10): 64
pontos;
13ºs. Bota Abaixo (51+9), Chico da Afurada (50+10), Detetive Bruno
(51+9), Detetive Vasoff (50+10), Holmes (51+9), Mancha Negra (51+9), Pena Cova
(51+9) e Príncipe da Madalena (50+10): 60 pontos;
21ºs. Charadista (49+10), Mosca (51+8), Martelo (49+10) e Necas (51+8):
59 pontos;
25ºs. Beira Rio (48+10), Haka Crimes (50+8) e Mascarilha (50+8): 58
pontos;
28ºs. Broa de Avintes (47+10), Dragão de Santo Ovídio (50+7),
Faina do Mar (49+8), Inspetor Guimarães (49+8), Talismã (49+8) e Tó Fadista
(48+9): 57 pontos;
34ºs. Amiga Rola (47+9) e Inspetor Madeira (49+7): 56 pontos;
36ºs. Agata Cristas (45+10), Arc. Anjo (46+9), Inspetor Mostarda
(48+7), Pequeno Simão (45+10), Santinho da Ladeira (46+9), Solidário (46+9) e Vitinho
(47+8): 55 pontos;
43ºs. Abrótea (40+10) e O Madeirense (40+10): 50 pontos;
45ºs. Moura Encantada (37+10) e Oluap Snitram (37+10): 47 pontos;
47º. Airam Semog (26+0): 26 pontos.
CONCURSO “MÃOS
À ESCRITA!”
As avaliações feitas pelos solucionistas e pelo orientador da secção ao
enigma “Crime Leaks” de Daniel
Falcão, resultaram na seguinte pontuação média final: 8,60 pontos. Desta
forma, este enigma, que constituiu a prova nº. 6, alcança o topo da
classificação, que está assim ordenada:
1º. “Crime Leaks”, de Daniel Falcão:
8,60.
2º. “Whisky Fatal”, de Rigor Mortis: 8,40 pontos;
3º. “…E Também não é uma Cebola”, de
Búfalos Associados: 8,30 pontos;
4º. “O Caso do Capitão Venâncio”, de A. Raposo: 8,20;
5º. “O Estranho Caso da Falsa
Mobilidade”, de Bigode: 7,60 pontos;
6º. “Abílio Vai à Bola”, de Daniel Gomes: 6,20 pontos.
O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 5 de janeiro de 2020
UM CADÁVER SEM
CABEÇA EM LEÇA DA PALMEIRA
A anteceder a publicação de mais um enigma do torneio de decifração
“Solução à Vista!”, recordamos que já é possível remeter para o orientador da
secção os originais candidatos ao concurso de contos “Um Caso Policial em
Gaia”. Os trabalhos deverão ter ação centrada em Gaia, deverão de ser escritos em língua portuguesa e ter o mínimo de duas
páginas de formato A4 e o máximo de quatro, redigidas a 1,5 espaços, na fonte
Times New Roman com corpo de letra 12.
TORNEIO
“SOLUÇÃO À VISTA!”
Prova nº. 8
“A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça”,
de Bernie Leceiro
A mulher tanto podia ter vinte e cinco como
trinta anos, mas isso já não era importante pois entre ela e o tempo abria-se
um vazio de indiferença total. De costas sobre um tabuleiro de aço reluzente e
inoxidável não era mais que um vulto à espera do selo do expedidor.
Identidade desconhecida, corpo decapitado. A
garganta foi cortada da esquerda para a direita, dois cortes distintos sendo do
lado esquerdo, a traqueia, a garganta e a espinal medula. Na zona da clavícula
do ombro esquerdo do corpo uma contusão, aparentemente de um polegar. O abdómen
foi aberto do centro da parte inferior das costelas ao longo do lado direito
sob a pélvis, à esquerda do estomago, ali a ferida era irregular. O
revestimento do estomago também foi cortado em vários lugares, aparentemente
feito com uma faca de lâmina forte. A morte terá sido quase instantânea. Só
depois lhe terá sido subtraída a cabeça.
Alves da Selva observava o corpo com total
indiferença remetendo as suas memórias para o filme de Tim Burton The Legend of
Sleepy Hollow, colocando-se de repente no lugar do protagonista o inspetor
Ichabod Crane. Meses antes aparecera na Praia de Leça da Palmeira, a cabeça de
uma mulher de origem oriental junto a um contentor do lixo cujo corpo nunca
apareceu, tão pouco a principal suspeita do homicídio assumira a autoria do
mesmo. Alves da Selva, profundo conhecedor da cultura daquele país asiático,
fruto da relação de quase um ano com uma belíssima massagista Tailandesa, de
nome Anong, fazia jus ao seu nome como é tradição no país, fora à data chamado
como tradutor e consultor nos interrogatórios. Existiria alguma ligação entre
os casos?
Nessa noite dormiu bastante mal, sonhando que
era Ichabod Crane perseguido pelo Cavaleiro Sem Cabeça quando tentava desvendar
uma série de assassinatos misteriosos onde as vitimas são encontradas
decapitadas. No sonho de Crane o Cavaleiro era encarnado pela mulher que horas
antes vira no Instituto de Medicina Legal que cavalgava incessantemente em
busca da sua cabeça vinda de Matosinhos em direção a Leça da Palmeira, mas tal
qual como no filme, neste caso não conseguia atravessar uma estranha ponte em
pedra com dezoito arcos sobre o rio Leça onde mulheres cantavam alegremente
enquanto lavam roupa nas suas margens.
Na manhã seguinte, após uma dose dupla de café,
encaminhou-se para a esquadra. O corpo fora descoberto por um sem abrigo junto
ás “alminhas da ponte”. A ausência de sangue ou outros sinais de violência
indicavam que o corpo fora abandonado aí tendo o crime sido cometido noutro
local. Da cabeça nem sinal.
A vítima já tinha sido identificada. O
especialista adjunto em criminalística, Saraiva, nunca perdendo o seu apurado
sentido de humor mesmo nas situações mais horripilantes, sabendo do gosto do
Inspetor por uma boa charada deixou uma nota escrita na mesa do seu chefe:
“Bom dia Inspetor-chefe, a vítima já foi
identificada, mora num condomínio fechado, em Leça da Palmeira, muito curioso,
constituído por 10 habitações e conhecido localmente pela relação de amizade e
familiar dos seus habitantes – o Condomínio Friends.
Cinco amigos, Aquiles, Bernardo, Celso, Dinis e
Ernesto, têm cada um deles, um filho e uma filha. São tão amigos que cada um
casou a filha com o filho de um dos outros quatro e resolveram em conjunto
comprar um terreno e dessa forma viver em comunidade junto das pessoas que amam
e no futuro acompanharem o crescimento dos seus netos.
Deste modo, a nora do pai do genro de Aquiles é
cunhada do filho de Bernardo e o genro do pai da nora de Celso é cunhado da
filha de Dinis.
Ainda que a nora do pai da nora de Bernardo
tenha a mesma cunhada que o genro do pai do genro de Dinis, a situação é muito simples,
pois nenhuma nora é cunhada da filha do seu sogro. A vítima era casada com o
filho do Bernardo.”
Identificada a vítima, era hora de apanhar o
homicida. Num breve inquérito ao marido, familiares e amigos, mergulhados numa
profunda consternação, a dedução do problema do seu adjunto estava correta. Foi
fácil atendendo à concentração de todos no Condomínio Friends. A vítima era
proprietária de um restaurante tailandês e uma loja gourmet de venda de
produtos alimentares oriundos do mesmo país asiático. Rapidamente foram
identificados pelos familiares e amigos quatro suspeitos com ligações recentes
à vítima, que poderiam ter razões para tão hediondo crime:
Khalan, proprietário de um centro de massagens
em Matosinhos;
Preecha, cozinheiro no restaurante da nora de
Bernardo;
Thaksin, importador e distribuidor de produtos
tailandeses a restaurantes e lojas da especialidade, entre os quais os da
vítima;
Somehai, proprietário de um restaurante
asiático na mesma rua do da vítima.
Alves da Selva, resolveu devolver o enigma ao
seu adjunto deixando uma nota escrita em cima da sua secretária, antecipando o
interrogatório que iria conduzir individualmente com os suspeitos:
“Caro Saraiva, devolvo-lhe com carinho o enigma
que me deixou. Tenho 4 suspeitos, dou-lhe uma hora para descobrir quem é o
principal suspeito, cujo nome deixo escrito e fechado na gaveta da minha
secretária. Será esse suspeito que será presente ao juiz para ser arguido como
autor do crime de homicídio e profanação de cadáver. (…)”
Os leitores poderão confirmar as deduções de
Alves da Selva e Saraiva sobre o principal suspeito do crime e a identidade do
pai da vítima?
DESAFIO AO LEITOR
Caro leitor. Desenvolva a sua teoria, sustentando-a com os factos
disponíveis, e envie depois a proposta de solução, até ao próximo dia 30 de janeiro,
através dos seguintes meios:
- por correio postal, para AUDIÊNCIA GP / O Desafio
dos Enigmas, rua do Mourato, 70-A – 9600-224 Ribeira Seca RG – São Miguel –
Açores;
- por correio eletrónico, para salvadorpereirasantos@hotmail.com.
E, já sabe, não se esqueça de identificar a solução enviada com o seu
nome (ou com o pseudónimo adotado), nem de remeter juntamente a pontuação
atribuída ao enigma “A Estranha Morte
do Barão”, de Abrótea, para efeitos de classificação do concurso “Mãos à
Escrita!”