DESVENDADA A ESCRITORA DA QUARTA PROVA: PATRÍCIA HIGHSMITH

Quando estamos apenas a pouco mais de um mês do fim do prazo para o envio de enigmas para o concurso “Mãos à Escrita!”, que decorrerá em paralelo com o torneio de decifração “Solução à Vista!”, apresentamos o texto da sexta prova do torneio “Quem é? Quem é?” e desvendamos o nome da escritora (Patrícia Highsmith) que se “escondia” no enunciado da quarta prova e a classificação geral que resultou da sua solução pelos concorrentes, onde se destaca a prestação de Bernie Leceiro, que reforçou a liderança ao obter uma vez mais a pontuação máxima.

Na perseguição ao líder surgem, em posição mais próxima, Detetive Jeremias e Inspetor Moscardo (a 7 e 8 pontos de distância, respetivamente), à espreita de um deslize do concorrente de Leça da Palmeira, que alcançou pela terceira vez consecutiva a pontuação máxima nas propostas de solução apresentadas. No seu encalce estão também Inspetor Mucaba e Os Mosqueteiros, que se evidenciaram nas últimas provas, a par de Abrótea e Búfalos Associados, com pontos especiais, fazendo antever uma disputa renhida no topo da tabela classificativa até ao final da competição.

TORNEIO QUEM É? QUEM É?

            Prova nº. 6

Os primos Frederic Dannay (de seu verdadeiro nome Daniel Nathan) e Manfred B. Lee (Manford Lepofsky), ambos nascidos em 1905, leitores ávidos das histórias de Sherlock Holmes, escreveram em dupla o seu primeiro romance, em 1929.

Dannay e Lee, experientes publicistas, usaram como pseudónimo da dupla o nome também escolhido para o protagonista das suas obras, ele próprio escritor de romances policiais, formado em Harvard, dono de uma genialidade tão grandiosa quanto a sua arrogância.

No romance inicial foi estabelecida a fórmula básica das aventuras seguintes do protagonista, dotando-o de um grande poder de observação e dedução, um misto de Sherlock Holmes e Dr. Watson, de Arthur Conan Doyle. E assim como Holmes precisava de Watson, ele precisava do pai e de um assistente irascível.

Outros condimentos da escrita dos primos são um crime incomum, uma série complexa de pistas e aquilo que viria a tornar-se a parte mais famosa dos seus romances: um desafio ao leitor, numa página próxima do fim do livro e quando este já possuía todas as pistas do respetivo caso, de forma a que tentasse resolvesse o mistério antes da leitura do final da obra.

Herói de mais de trinta romances, numerosas novelas, peças radiofónicas, filmes e séries de televisão, o protagonista deixou também a sua marca na história da literatura policial pela criação, em 1941, de uma famosa revista policial que ainda hoje se mantém em atividade.

Quem é ele, quem é?

As propostas de solução a este enigma devem ser enviadas no prazo máximo de 15 (quinze) dias para o orientador da secção, através do email salvadorpereirasantos@hotmail.com.

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TORNEIO QUEM É? QUEM É?

            Solução da Prova nº. 4

            Mary Patrícia Hangman foi o seu nome completo de batismo, mas não foi o apelido de nascimento que escolheu para o seu nome de escritora. Nasceu em Forth Worth, Texas, e aos seis anos mudou-se para Nova Iorque com a mãe e o padrasto, do qual herdou o apelido artístico.

Aos quinze anos de idade começou a escrever os seus primeiros contos. O livro de estreia, “Pacto Sinistro”, veio a ser publicado em 1950 e descreve a história de dois homens que se encontram num comboio. Alfred Hitchcock, famoso realizador, conhecido também como mestre do suspense, pegou na história e fez um filme que é hoje considerado um clássico do género.

            O seu mais famoso personagem, Tom Ripley, bissexual e serial killer, apareceu pela primeira vez em 1955 no romance “O Talentoso Mr. Ripley” e foi transposto para a sétima arte por três vezes: primeiro pelo francês René Clément, depois pelo realizador e argumentista britânico Anthony Minghella, e, mais tarde, pelo cineasta, fotógrafo e dramaturgo alemão Wim Wenders.

            Ela foi uma escritora que se destacou por explorar o lado psicológico e a culpam dos que transitam num mundo sem moral. Morreu na Suiça, em 4 de fevereiro de 1995, e chama-se… Patrícia Highsmith.

PONTUAÇÓES / CLASSIFICAÇÃO ATUAL (4ª. PROVA)

1º. Bernie Leceiro (27+10): 37 pontos;

2º. Detetive Jeremias (21+9): 30 pontos;

3º. Inspetor Moscardo (23+6): 29 pontos;

4ºs. Abrótea (22+5), Inspetor Mucaba (19+8) e Os Mosqueteiros (20+7): 27 pontos;

7º. Búfalos Associados (18+5): 23 pontos;

8ºs. Agata Cristas, Amiga Rola, Arc Anjo, Bota Abaixo, Beira-Rio, Broa de Avintes, Charadista, Detetive Bruno, Dragão de Santo Ovídio, Faina do Mar, Haka Crimes, Holmes, Inspetor Guimarães, Inspetor Mostarda, Madame Eclética, Mancha Negra, Mário Gomes, Ma(r)ta Hari, Martelo, Mascarilha, Menino Lucas, Mosca, Moura Encantada, Mula Velha, Oluap Snitram, O Madeirense, Pena Cova, Pequeno Simão, Príncipe da Madalena, Santinho da Ladeira, Solidário, Talismã, Tó Fadista, Zé de Mafamude e Visconde das Devesas (15+5): 20 pontos;

43ºs. Chico da Afurada (15+0) e Zurrapa Verde (15—): 15 pontos;

45ºs. Carlota Joaquina e Inspetor Madeira (0+5): 5 pontos;

47ºs. Necas e Vitinho (0+0): 0 pontos.

“MÃOS À ESCRITA!” – CONCURSO DE PRODUÇÃO

Recordamos os nossos seguidores que o concurso de enigmas policiários é aberto a todos, sem condicionalismos de idade, e que cada concorrente pode apresentar mais do que um original. Note-se que os trabalhos devem ser enviados impreterivelmente até 31 de maio, através do email salvadorpereirasantos@hotmail.com, em documento de formato A/4, com tipo de letra Time New Roman, em corpo 12 e com 1,5 de espaçamento entre linhas, contendo o enunciado (no máximo de duas páginas) e respetiva solução (uma página e meia), em língua portuguesa. Participem!

                        ELEMENTAR, MEUS CAROS: ARTHUR CONAN DOYLE

Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes e de seu inseparável amigo Watson, não escapou ao “faro” da esmagadora maioria dos nossos “detetives”, que não tiveram quaisquer dificuldades em descobrir o médico-escritor irlandês que se escondia no enunciado da Prova nº. 3 do torneio “Quem é? Quem é?”, o que decerto não constituirá surpresa para nenhum dos leitores.

Bernie Leceiro, Inspetor Moscardo, Abrótea e Detetive Jeremias são neste momento os concorrentes que se mais destacam pela positiva, ultrapassando a barreira das duas dezenas de pontos quando são cumpridas as três primeiras rondas, enquanto Carlota Joaquina, Insp. Madeira, Necas e Vitinho se afundam na cauda da classificação, sem nenhum ponto conquistado até agora.

É verdade que ainda há muitas rondas pela frente, onde os concorrentes mais atrasados possam recuperar os pontos entretanto perdidos, mas à medida que a competição avança vai aumentando o grau de dificuldade das provas, como se pode constatar pelo enunciado que hoje se publica. Por essa razão, aconselha-se a todos esses “detetives” um trabalho de pesquisa o mais aturado possível, através, por exemplo, dos meios ao dispor no maravilhoso mundo da internet.

E depois da consulta no espaço cibernético, sugere-se a passagem por uma das nossas livrarias, bibliotecas ou alfarrabistas para um mergulho numa obra do escritor que hoje retratamos. 

TORNEIO QUEM É? QUEM É?

            Prova nº. 5

            Nasceu nos Estados Unidos da América, em Malden, Massachusetts. Morou em Portland, Oregon, Klondike e Oroville. Formou-se em Palo Alto High School, em São Francisco. Enquanto trabalhava como datilógrafo num escritório de advocacia na Califórnia, aprendeu tanto sobre leis que foi admitido como advogado, sem qualquer ensino formal sobre o assunto.

            No início dos anos 1920, começou a escrever histórias de western e mistério para revistas populares e foi um dos escritores de maior sucesso daquele tempo, mesmo antes de ter publicado o seu primeiro romance. Para ganhar mais algum dinheiro, escreveu contos populares sob o nome de Charles M. Green, e contribuiu regularmente para a revista “Black Mask”, criando várias personagens de muito agrado junto do público.

            Durante a época da grande recessão, escreveu westerns, cobrando um centavo por cada palavra que escrevia, para revistas como “Western Round-Up”, “West Weekly” e “Western Tales”, onde tentava adiar o confronto final o máximo possível, pois cada vez que escrevia “bang” ele ganhava mais um centavo.

            Antes de criar a sua maior e mais importante personagem (um advogado de teve honras de série televisiva nos Estados Unidos e em diversos países da Europa, como Portugal, e sobre o qual escreveu perto de noventa casos), ele criou um casal de investigadores muito “patuscos”, uma grande e bruta mulher e um pequeno homem de leis, escrevendo sob o pseudónimo de A.A. Fair.

            Devido à popularidade das suas histórias, deixou de advogar e foi um dos primeiros membros do “Court of Last Resort” (The Case Review Comitee), associação que tinha como missão reabrir processos de casos antigos, sempre que se suspeitava de que pudesse haver condenações injustas.

            Distinguido com o Fact Crime Edgar Award, da Associação de Escritores de Mistério dos Estados Unidos (Mystery Writers of America), morreu a 1 de março de 1970, na sua casa em Rancho del Paisano.

Quem é ele, quem é?

As propostas de solução a este enigma devem ser enviadas no prazo máximo de 15 (quinze) dias para o orientador da secção, através do email salvadorpereirasantos@hotmail.com.

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TORNEIO QUEM É? QUEM É?

            Solução da Prova nº. 3

            O detetive A. Dupin, concebido por Edgar Allan Poe, foi um dos seus heróis de infância, mas ele sonhava criar uma personagem diferente, que, para além de grande investigador, tornasse essa atividade, fascinante mas desorganizada, em algo mais próximo de uma ciência exata. Tinha que ter um nome que não denunciasse o seu caráter, como Sharp (agudo) ou Ferret (furão), por exemplo. Primeiro, pôs-lhe o nome de Sherringford e só depois é que passou a chamar-lhe Sherlock… Holmes.

            O seu detetive não podia contar as suas próprias proezas como fazem quase todos, de forma que era preciso dar-lhe um companheiro banal – um homem culto e altivo, capaz de acompanhá-lo em todas as aventuras… e de narrá-las. Um nome simples e banal, para esse homem modesto, podia ser… Watson.

            E foi assim que nasceu o detetive mais célebre e imitado da história da literatura policial e o seu inseparável amigo (“elementar, meu caro…”). Quem os criou foi um médico irlandês, de raízes católicas, que se converteu ao espiritismo no fim da vida, de nome… Arthur Conan Doyle!

PONTUAÇÓES / CLASSIFICAÇÃO ATUAL (3ª. PROVA)

1º. Bernie Leceiro (17+10): 27 pontos;

2º. Inspetor Moscardo (17+6): 23 pontos;

3º. Abrótea (17+5): 22 pontos;

4º. Detetive Jeremias (16+5): 21 pontos;

5º. Os Mosqueteiros (12+8): 20 pontos;

6º. Inspetor Mucaba (10+9): 19 pontos;

7º. Búfalos Associados (11+7): 18 pontos;

8ºs. Agata Cristas, Amiga Rola, Arc Anjo, Bota Abaixo, Beira-Rio, Broa de Avintes, Charadista, Chico da Afurada, Detetive Bruno, Dragão de Santo Ovídio, Faina do Mar, Haka Crimes, Holmes, Inspetor Guimarães, Inspetor Mostarda, Madame Eclética, Mancha Negra, Mário Gomes, Ma(r)ta Hari, Martelo, Mascarilha, Menino Lucas, Mosca, Moura Encantada, Mula Velha, Oluap Snitram, O Madeirense, Pena Cova, Pequeno Simão, Príncipe da Madalena, Santinho da Ladeira, Solidário, Talismã, Tó Fadista, Zé de Mafamude, Zurrapa Verde e Visconde das Devesas (10+5): 15 pontos;

45ºs. Carlota Joaquina, Inspetor Madeira, Necas e Vitinho: 0 pontos.