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segunda-feira, setembro 19, 2022
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de setembro de 2022

SOLUÇÃO DA PRIMEIRA PROVA E CLASSIFICAÇÃO ATUAL

Desvendamos hoje a “solução de autor” da primeira prova do torneio “Solução à Vista!” e as respetivas pontuações alcançadas pelos nossos “detetives”, que dão origem à tabela classificativa que se publica a fechar esta edição. Entretanto, recordamos que o envio da proposta de solução à segunda prova, publicada no início deste mês, cujo prazo expira no próximo dia 30, deve ser acompanhada da pontuação atribuída por cada um dos concorrentes ao enigma “Que 31 Policiário”, de Alybi, tendo em vista o alinhamento da classificação final do concurso de produção “Mãos à Escrita!”, que decorre em paralelo com o nosso torneio de decifração, e que envolve os seguintes produtores: Alybi, Detetive Ynpru Sedente, Rigor Mortis, Bernie Leceiro, Ma(r)ta Hari, Porthos, Subchefe Ferrolho, Athos, Detetive Jeremias, Daniel Falcão e Búfalos Associados.

TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”

Solução da Prova nº. 1

“Que 31 Policiário”, de Alybi

Antes da publicação da “solução de autor” da primeira prova, recordamos o seu enunciado, sublinhando agora “a bold” as passagens que ajudaram os concorrentes a responder com sucesso ao pretendido, pesquisando depois os nomes dos criadores deste “31 Policiário” de Alybi:

Está a sair do cais — soube-se mais tarde — o barco da morte, onde a mulher dos olhos cinzentos, alta morena e fatal jogou a última cartada, e disse: ninguém é eterno, e ordenou: sepultem-me bem fundo! E eis que lhe respeitaram a vontade, tão rica, tão bela e… morta. Tragédia em 3 actos. Cai o pano. Ele recebeu o dinheiro fatal, por ironia salteador e cavalheiro da fortuna indesejável, distraído, tropeça no cadáver inesperado, antes de uma visita macabra, dos mercadores de heranças e o inevitável choque de ambições. A mulher fantasma, marcada a fogo, no reino da perversidade. Carago! Foi trágico o último encontro. Knock-out. Quem sabe a verdade? As três beldades? O impostor? O tio prodigioso? — Perfídia que mata! Viagem sem regresso, um enigma para loucos, ou talvez, o mistério do iate desaparecido, certamente um desafio à polícia. Como assim? O diabo que resolva. São 31! Quais são eles?”

1. O Barco da Morte, de Agatha Christie

2. A Mulher de Olhos Cinzentos, de Harold Q. Masur

3. Alta, Morena e Fatal, de Harold Q. Masur

4. A Última Cartada, de Harold Q. Masur

5. Ninguém é Eterno, de Harold Q. Masur

6. Sepultem-me Bem Fundo, de Harold Q. Masur

7. Tão Rica, Tão Bela e… Morta, de Harold Q. Masur

8. Tragédia em 3 Actos, de Agatha Christie

9. Cai o Pano, de Agatha Christie

10. Dinheiro Fatal, de Harold Q. Masur

11. Salteador e Cavalheiro, de Edgar Wallace

12. Fortuna Indesejável, de A. A. Fair

13. Cadáver Inesperado, de Harold Q. Masur

14. Uma Visita Macabra, de Harold Q. Masur

15. Mercadores de Heranças, de Harold Q. Masur

16. Choque de Ambições, de Harold Q. Masur

17. A Mulher Fantasma, de William Irish

18. Marcada a Fogo, de Ben Benson

19. No Reino da Perversidade, de Hartley Howard

20. O Último Encontro, de Hartley Howard

21 Knock-out, de Sapper

22. Quem Sabe a Verdade?, de Nicolas Freeling

23. As Três Beldades, de Frank Gruber

24. O Impostor, de E. Phillipe Oppenheim

25. O Tio Prodigioso, de Frederic Brown

26. Perfídia que Mata, de Nicolas Freeling

27. Viagem sem Regresso, de Hartley Howard

28. Um Enigma para Loucos, de Patrick Quentin

29. O Mistério do Iate Desaparecido, de John D. Macdonald

30. Desafio à Polícia, de Carter Dickson

31. O Diabo que Resolva, de Ellery Quee                  

PONTUAÇÓES / CLASSIFICAÇÃO ATUAL (1ª. PROVA)

1º. Paulo: 13 pontos;

2º. Detetive Jeremias: 12 pontos;

3º. Da Vinci: 11 pontos;

4ºs. Abrótea, Agata Cristas, Amiga Rola, Arc Anjo, Beira-Rio, Bernie Leceiro, Bota Abaixo, Broa de Avintes, Búfalos Associados, Charadista, Detetive Bruno, Dona Sopas, Dragão de Santo Ovídio, Elisa Bethy, Faina do Mar, Haka Crimes, Holmes, Inspetor Guimarães, Inspetor Gigas, Inspetor Madeira, Inspetor Moscardo, Inspetor Mostarda, Inspetor Mucaba, Mancha Negra, Mário Gomes, Ma(r)ta Hari, Martelo, Menino Lucas, Mosca, Mosca Morta, Moura Encantada, Mula Velha, Oluap Snitram, O Madeirense, Os Mosqueteiros, Pedro Miguel, Pim-Pim Leite, Príncipe da Madalena, Solidário, Talismã, Tó Fadista, Visconde das Devesas e Zé de Mafamude: 10 pontos;

47ºs. Anónimo, Chico da Afurada, Mascarilha, Pena Cova: 9 pontos;

51ºs. Carlota Joaquina, Pequeno Simão, Santinho da Ladeira e Zurrapa Verde: 8 pontos;

55ºs. Detetive Vasofe, Necas e Vitinho: 7 pontos.

            OITO NOVOS CONCORRENTES

            No torneio de decifração “Solução à Vista!” (2022-2023), registamos a presença de oito novos “detetives” em iniciativas organizadas pela nossa secção. São eles Anónimo, Dona Sopas, Elisa Bethy, Inspetor Gigas, Mosca Morta, Paulo, Pedro Miguel e Pim-Pim Leite, que saudamos vivamente, desejando-lhes os maiores sucessos. Com eles, foram 57 (cinquenta e sete) os concorrentes que alinharam à partida.

 
sexta-feira, setembro 02, 2022
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 1 de setembro de 2022

            COM O FIM DAS FÉRIAS REGRESSA O TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”

O torneio “Solução à Vista!” regressa hoje, com a publicação da sua segunda prova, de Detetive Ynpru Sedent, que nos traz um enigma para resposta de escolha múltipla, de dificuldade aparentemente baixa, mas a requerer como sempre a maior atenção de todos os nossos “detetives”.

TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”

Prova nº. 2

“Mataram o Mau-Diabo”, de Detetive Ynpru Sedent

Gazua estava cansado. O ajudante Alavanka andava preocupado com os resultados do futebol, sem se deixar afetar pela intensidade do trabalho. A quantidade de casos a resolver, o crime violento e não violento a aumentar. O comissário Lanterna elogiava o trabalho do agente Gazua, sabia que no fundo ele o tinha em boa conta, embora o modo de o mostrar não fosse o mais indicado.

Gazua olhou para o relógio, estava na hora de tomar o complexo vitamínico. Alavanka discordava da estagiária Maria, sobre o trabalho do árbitro no derby decisivo para a conquista da Liga. Foi nesse momento que o telemóvel tocou. Encontrara-se um cadáver escondido, atrás de uns contentores de lixo, numa rua de um bairro residencial. Gazua meteu-se no carro patrulha com o ajudante e foram de imediato tomar conta da ocorrência.

Um grupo de curiosos rodeava o corpo a uma distância prudente. A rua era estreita, meia dúzia de pessoas pareciam logo uma turba. Gazua acotovelou quem estava a estorvar e chegou-se ao corpo estendido no chão. Tinha a carteira com ele. Verificou a identidade. Nome, Silva da Selva, data do nascimento 31 de julho de 1982, técnico de informática. Um buraco à altura do coração. Fora morte imediata. Os curiosos debandaram com o antigo receio ‒ partilhado de geração para geração ‒ de lhes perguntarem algo sobre o sucedido. A equipa forense chegou e começou a fazer o seu trabalho. Não se encontrou a arma do crime.

Contactou-se a família. A esposa, chorando com o desgosto marcado na cara, disse que ele fora a uma comemoração, feita por antigos colegas de escola secundária, a propósito de uma viagem de finalistas à Suíça, corolário dos cursos concluídos. Nada dissera ainda aos filhos.

Cerca de 13 convivas. Tinham-se portado bem, à parte um “agarro” inofensivo de colarinhos, a propósito de um polémico resultado de futebol. Ouvidos um por um, confirmaram a amizade que tinham pelo desditoso, nada faria prever que o estimado Silva da Selva, acabaria assim. O anfitrião, agora industrial, disse que nada tinha notado de estranho, embora tivesse também observado da varanda, com a sua esposa, os colegas a afastarem-se.

O grupo saíra para a rua sem novidade, dispersara aparentemente tranquilo, cada um de regresso a sua casa.

A vítima não chegara a entrar no seu carro, fora abordado por alguém e atingido antes. Inquirida a vizinhança ninguém ouvira o tiro ou barulho de briga.

Sem mais pistas até então, o agente Gazua e o ajudante Alavanka, foram até a um café dos que não fecham a noite toda, onde, de uma mesa perto da sua, escutaram uma conversa em que se comentava o crime.

‒ Havia ali um ódio de morte. ‒ Perceberam dizer sem nitidez.

Reconheceram alguns dos recém-interrogados. O Si, auxiliar administrativo, com uma cicatriz na cara, resultado de um acidente, triste e divorciado. Lá, engenheira do ramo alimentar, loura e bonita. Mi, arquiteto paisagístico, despenteado mental, não se esquecia da cabeça por se encontrar agarrada ao corpo. Fá, diretora de um estabelecimento de ensino ruiva, sardenta, irrequieta, bela, capaz de ressuscitar um morto.

Certos que falavam do caso, sentaram-se junto dos interlocutores.

Partilhavam da mesma estima pelo colega falecido, mas sabiam de umas antigas altercações com outros estudantes, de um estabelecimento de ensino rival, por causa de andarem alguns a quererem a mesma rapariga. Não pareciam, no entanto, discórdias que justificassem ou merecessem rancores e tal desfecho trágico. Intimaram-os para uma segunda audição.

Dizia a Fá que nesse tempo, o morto não a largava, falava-lhe de namoro, mas era de tal maneira melga, que num dia daqueles, do mês de maior perturbação, o regalou com um par de estalos. Mas daí, ele era apenas um sonhador, militante do cristianismo libertário, leitor atento de Tolstoi, despassarado, sempre a cravar tabaco.

O Si, declarou que à parte o mau hábito de pretender constantemente roubar a mulher dos outros, não era mau diabo:

‒ Nada que não se emendasse, se o avisassem de modo a fazer ver as coisas.

‒ Saiu um pouco mais cedo? ‒ Perguntou-lhe Alavanka.

‒ Não, esqueci-me do telemóvel no carro, fui buscá-lo para acompanhar a malta na sessão de fotografias.

‒ Não notou nada de estranho no exterior, alguém, algum vulto?

‒ Não, nada me chamou a atenção. Mas espere, houve sim, um vulto, que acelerou o passo, quando olhei, a sair da área iluminada pelos candeeiros.

A Lá, encontrava-se com ele às escondidas, por causa da severidade moral de seus pais, entendiam-se bem, mas, porque ele ganhara o mau hábito de beber, começou a enxotá-lo o mais polidamente possível.

O Mi não o gramava nem com molho de tomate. Diz que ele era um fala barato, um arruaceiro de meia tigela, que não merecia que se desperdiçasse nele qualquer tipo de munição, se usasse qualquer tipo de arma, com ou sem silenciador, automática ou de carregar pela boca.

Feito isto, Gazua e Alavanka regressaram às suas lucubrações.

‒ Parece não haver nos suspeitos o tal ódio de morte ‒ disse o Agente Gazua a Alavanka ao reparar, que o comissário Lanterna ia à frente da porta da esquadra, num passo nervoso e rosto descomposto. ‒ O tal vulto o esperara emboscado?

Gazua fez cara de pensativo, sem saber ainda qual dos suspeitos teria feito o crime.

Maria que escutava a conversa disse:

‒ Eu sei.

O comissário Lanterna ouvira da entrada da porta, chegou-se à frente e perguntou-lhe:

‒ Como foi que descobriste?

‒ Um passarinho bisnau me contou.

Quem seria:

a) Fá.

b) Si.

c) Lá.

d) Outro antigo companheiro de quem o narrador não fala, não convidado, talvez por o Silva da Selva ser naquele tempo o melhor da turma, em vez de ele, claro.

O DESAFIO AO LEITOR

Na sua opinião, quem matou Silva da Selva? A proposta de solução deve ser enviada para o orientador da secção, através do email salvadorpereirasantos@hotmail.com, até ao último dia deste mês de setembro, acompanhada da pontuação atribuída ao enigma que constitui a prova nº. 1 (“Que 31 Policiário”, de Alybi). Recordamos que a pontuação a atribuir, entre 5 e 10 pontos, terá como objetivo definir a ordenação da tabela classificativa dos enigmas concorrentes ao concurso “Mãos à Escrita!”, a decorrer paralelamente ao torneio de decifração “Solução à Vista!”.

 

 
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