NOVIDADES LITERÁRIAS DE DOIS CONFRADES POLICIARISTAS
Como
prometido na última edição, voltamos hoje a abordar a recente edição do livro
“Inspetor Fidalgo-Contos e Casos”, de Luís Pessoa (editora Primeiro
Capítulo/Grupo Atlântico). Não se trata obviamente de uma crítica literária ou
de qualquer pensamento analítico sobre a obra, mas de uma pequena nota que se
propõe sensibilizar os nossos seguidores para a sua aquisição, que poderá ser facilmente
consumada através de um contacto com o seu autor pelo email lumagopessoa@gmail.com. O livro
está à venda por 15 euros e será enviado com dedicatória a quem o desejar, para
qualquer ponto do país, bastando para o efeito a indicação da respetiva morada
postal. Entretanto, enquanto o livro não chega às mãos dos interessados, e para
lhes abrir desde já o apetite para a sua leitura, transcrevemos uma passagem do
texto de introdução da obra:
“(…) Mário
Soares, Jorge Sampaio, dois ex-Presidentes da República portuguesa, o que
podiam ter em comum para além das coisas públicas que todos lhes conhecemos?
Pois
bem, ambos se confessaram e assumiram como leitores atentos de livros
policiais.
Com um
pouco de ginástica mental, podemos imaginar Mário Soares como admirador de um
Maigret desengonçado e pesadão, ou Jorge Sampaio a seguir, deliciado, um caso
do mais importante “cabeça de ovo” da História do Policial, o sempre atuante
Poirot (…)”.
Boas leituras!
PAULO VENCE PRÉMIO LITERÁRIO GERMANO SILVA
E eis
que surge mais uma excelente notícia: Paulo Pereira Viegas (simplesmente Paulo
entre nós) foi o vencedor do Prémio Literário Germano Silva / Rotary Clube de
Penafiel-2022, com a obra “Os Caminhos de Idalécio”, de onde respigamos a
respetiva sinopse:
“Desde que nasce, toda a pessoa segue o seu
caminho. Este pode ser linear, labiríntico, cheio de curvas, esburacado, largo,
estreito, sobre precipícios ou sem saída.
Idalécio
vai percorrendo diversos caminhos: os que lhe apontam e os que escolhe. O que
outros decidem por ele e as decisões que toma marcam-lhe o futuro, definem a
sua vida e a dos que com ele se intercetam.
Nos
trilhos por onde passa, ao cruzar-se com os outros, Idalécio mostra o que eles
são, o que ele é, e como se organiza a sociedade onde vive.”
Mas este é apenas um prémio entre quatro distinções que já conquistou nos últimos dois anos. Em 2021, obteve uma menção honrosa com “A Ingenuidade das Palavras”, no Prémio Cónego Albano Martins, na Modalidade Poesia. Em 2022 venceu, com o Conto “As Dimensões do Medo”, o Prémio Literário Professora Rosinda de Oliveira, assim como o Prémio Literário Dr. João Isabel, na Modalidade Teatro, com a peça “Os Despojos”. Para ele, as nossas felicitações!
TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”
Solução da Prova nº. 5
“Falta Dinheiro na Caixa!”, de Ma(r)ta Hari
João pagou uma despesa de 2,50 euros com uma nota de 50 euros, recebendo
o respetivo troco. Reparou, entretanto, que tinha dinheiro trocado e deixou em
cima do balcão 50 euros em notas pequenas. Isto significa que, por esta altura,
a Ana recebeu os 2,50 euros e João recebeu o troco que lhe era devido.
A seguir João pediu a Ana que trocasse os 50 euros em notas pequenas que
estavam em cima do balcão, e que não faziam parte do troco original. A Ana
estendeu-lhe uma nota de 50 euros, que João aceitou, e a seguir colocou a nota
de 50 euros junto aos outros 50 euros em cima do balcão e pediu a Ana que lhe
trocasse o total pela nota de 100 euros que João dera anteriormente.
O problema é que, do dinheiro trocado pelos 100 euros, apenas 50 eram de
João e os outros 50 tinham sido dados por Ana. O João estava a trocar 50 euros
que não eram seus, devolvendo a nota que acabara de receber. Assim, a Ana foi
burlada em 50 euros.
PONTUAÇÓES / CLASSIFICAÇÃO ATUAL (5ª. PROVA)
1º. Búfalos Associados (47+12): 59 pontos;
2º. Detetive Jeremias (45+10): 55 pontos;
3º. Paulo (43+11): 54 pontos;
4ºs. Da Vinci (43+10) e Inspetor Gigas (40+13): 53
pontos;
6ºs. Dona Sopas (40+10), Inspetor Moscardo (40+10),
Inspetor Mucaba (40+10) e Zé de Mafamude (40-10): 50 pontos;
10º. Moura Encantada (40+9): 49 pontos;
11ºs. Elisa Bethy (38+10), Holmes (39+9), Mário
Gomes (38+10), Ma(r)ta Hari (38+10), Oluap Snitram (38+10) e Pim-Pim
Leite (38+10): 48 pontos;
17ºs. Inspetor Guimarães (38+9), Mancha
Negra (38+9),
Mosca (38+9)
e Pena Cova (37+10): 47 pontos;
21ºs. Abrótea (36+10), Agata Cristas (38+8), Beira-Rio
(36+10), Bernie Leceiro (36+10), Inspetor Madeira (36+10), Inspetor Mostarda
(36+10), O Madeirense (36+10) e Príncipe da Madalena (36+10): 46 pontos;
29ºs. Arc Anjo (37+8), Detetive Bruno (36+9), Mascarilha (37+8) e Mosca
Morta (36+9): 45 pontos;
33ºs. Anónimo (35+9), Bota Abaixo (36+8), Broa de Avintes
(34+10), Faina
do Mar (34+10),
Haka Crimes (36+8), Martelo (34+10), Mula Velha (36+8), Tó Fadista (34+10) e Visconde
das Devesas (36+8):
44 pontos;
42ºs. Chico da Afurada (35+8), Dragão de Santo Ovídio (34+9), Santinho
da Ladeira (33+10) e Talismã (34+9): 43 pontos;
46ºs. Amiga Rola (34+8), Carlota Joaquina
(32+10), Charadista (34+8), Necas (33+9): Pequeno Simão (34+8), Solidário
(34+8) e
Zurrapa
Verde (34+8): 42 pontos;
53º. Detetive Vasofe (31+10): 41 pontos;
54º. Vitinho (31+9): 40 pontos;
55º. Os Mosqueteiros (20+‒): 20 pontos;
56ºs. Menino Lucas (18+‒) e Pedro Miguel (18+‒): 18 pontos.
CONCURSO “MÃOS À ESCRITA!”
PONTUAÇÓES / CLASSIFICAÇÃO ATUAL (ATÉ À 4ª. PROVA)
1º. “Fado do
Ladrão Enamorado”, de Bernie Leceiro: 7,80 pontos.
2º. “A Noite da Morte de
Túlio Lavandas”, de Rigor Mortis: 7,40 pontos;
3º. “Mataram o Mau-Diabo”, de Detetive Ynpru Sedent: 6,30 pontos;
4º. “Que
31 Policiário”, de Aliby: 6,00 pontos.
UM JOVEM POLICIARISTA EM ESTREIA NA PRODUÇÃO DE ENIGMAS
No
arranque deste novo ano, que desejamos seja o mais feliz possível para todos os
nossos seguidores, apesar das ameaças que ensombram os dias de hoje, com o crescimento
do populismo e da extrema direita, um pouco por todos os continentes, e num momento em
que a Rússia prossegue a invasão da Ucrânia e ameaça a Paz mundial, fechamos a
primeira edição do ano com referência a uma novidade editorial, que tem como
autor um dos maiores divulgadores do policiário no nosso país: Luís Pessoa,
conhecido entre a nossa “tribo” como Inspetor Fidalgo.
A este
confrade se deve um trabalho de grande destaque na promoção e divulgação do
policiário, onde se iniciou como solucionista e mais tarde como produtor na
secção superiormente orientada por Sete de Espadas na revista Mundo de
Aventuras, onde “nasceria” assim o Inspetor Fidalgo. Dois anos depois, Luís
Pessoa criou uma secção policiária na revista Cruzadex, que orientou até meados
dos anos 80, altura em que surgiu na revista XYZ Magazine, de Sete de Espadas,
onde orientou a secção Ciência e Técnica Policial e assumiu o cargo de diretor-adjunto.
Em julho de 1992, Luís Pessoa iniciou uma secção policiária semanal no jornal Público, que se estendeu até 2018, a que se seguiu, nos anos 2020 e 2021, uma secção na revista Sábado. Nestas duas secções, que agregaram mais de dois mil concorrentes, o “pai” do Inspetor Fidalgo, foi também conquistando inúmeros novos participantes, como é o caso do policiarista que se segue.
UMA NOVA ESTREIA NA PRODUÇÃO
Damos
hoje espaço a um dos três jovens mosqueteiros que integram uma “parceria” que
envolve D’Artagnan (estudante do 8º ano, de momento em pausa nos domínios do
policiarismo), Athos e Porthos (ambos alunos do 1º ano do 3º ciclo) e Aramis (policiarista
de profissão, o seu elemento sénior), que se assina Os Mosqueteiros. Como
curiosidade, refira-se que este quarteto iniciou nas “lides policiárias” em
2020, na revista Sábado, tendo escolhido este pseudónimo porque na altura os
seus componentes tinham adotado quatro gatos (encontrados ao abandono num
contentor de obras), a que foram dados os nomes dos mosqueteiros criados por
Alexandre Dumas.
Porthos e Athos concorrem ambos ao concurso de enigmas policiários “Mãos à Escrita!”, sendo da autoria do primeiro o enigma que constitui a Prova nº 6 do torneio “Solução à Vista!”, que hoje publicamos. O seu irmão Athos, e membro da parceria Os Mosqueteiros, mostrará os seus dotes de produtor na Prova nº. 8, na transição deste frio inverno para mais uma amena primavera.
TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”
Prova nº. 6
“O Roubo no Café Cerveja Maluca”, de Porthos
O detetive Zacarias Almocreve dirigiu-se para o local do assalto. Era um
café denominado Cerveja Maluca. Tinha uma esplanada com três mesas e cadeiras à
volta. O detetive Zacarias dirigiu-se para a porta de entrada onde dizia
empurre. Após a empurrar, para abrir, viu que o café era pequeno, com poucas
mesas e um balcão pequeno. O detetive dirigiu-se à dona do café, que o recebeu
dizendo:
– Obrigado por ter vindo, detetive Almocreve. Roubaram-nos o dinheiro
todo, até à última nota. Eu não estava cá, só cheguei há pouco. Se quiser fazer
questionários, vai ter de falar com a minha sócia, a Rosália Almeida. Ela está
ali ao fundo, com um saco de gelo na cabeça.
– Obrigado, minha senhora.
O detetive dirigiu-se para sócia da dona do café, que estava sentada numa
cadeira. Zacarias sentou-se ao lado dela, tirou o bloco de notas da algibeira e
perguntou-lhe:
– Por favor, minha senhora, conte-me o que aconteceu.
– Eu estava a chegar ao café para o abrir. Quando ia por a mão na
maçaneta da porta, ela abriu-se de rompante e acertou-me em cheio na cabeça,
atordoando-me. – disse Rosália, apontando para o sítio da cabeça onde segurava
o gelo – Vi que os bandidos entraram num BMW azul-escuro. Felizmente consegui
decorar a matrícula do carro que era 51-GL-14. Depois disso entrei no café para
ver o que tinham roubado. Fiquei horrorizada ao perceber que tinham levado todo
o dinheiro da caixa registadora. Logo a seguir liguei à polícia e a si, pois
era o detetive que estava mais perto. Enquanto isso, a senhora Albertina Amorim
chegou e eu contei-lhe o sucedido. Pouco tempo depois chegou o senhor detetive,
e a polícia deve estar a chegar.
Assim que ela acabou de falar, ouviram-se as sirenes da polícia. Pouco
depois o sargento Alcaide abria a porta e perguntava:
– Bom dia. Muito bem, vamos ao que interessa. Quem foi a testemunha do
roubo? Temos de interrogá-la.
Mas antes de a senhora Rosália responder, o detetive Zacarias Almocreve
disse:
– Sim, vai ser preciso, para ela nos dizer onde escondeu o dinheiro,
claro.
Qual foi a falha que o detetive Almocreve detetou na história de Rosália Almeida?
O DESAFIO AO LEITOR
E pronto. Agora pede-se ao leitor nos diga qual a falha detetada por Almocreve na história de Rosália Almeida, através de relatório circunstanciado a ser enviado para o orientador da secção, através do email salvadorpereirasantos@hotmail.com, até ao último dia do mês de janeiro, acompanhada da pontuação atribuída ao enigma que constitui a prova nº. 5 (“Falta Dinheiro na Caixa!”, de Ma(r)ta Hari). Recordamos que as pontuações a atribuir, entre 5 e 10 pontos, terão como objetivo definir a ordenação da tabela classificativa final dos enigmas concorrentes ao concurso “Mãos à Escrita!”, a decorrer paralelamente ao torneio “Solução à Vista!”.
NOVO LIVRO DE INSPETOR FIDALGO
“O
Inspetor Fidalgo-Contos e Casos”, é o título do novo livro de Luís Pessoa,
editado com a chancela da editora Primeiro Capítulo, do Grupo Atlântico. Composto
por doze contos, alguns deles distinguidos em diversos concursos literários,
como são os casos de “2” (1º classificado no Concurso de Contos Manuel
Constantino – Almeirim 2015), “A Marca” (1º classificado no Concurso de Contos
“Um Caso Policial na Maia” – 2005), “Brilho Perpétuo” (2º classificado no
Concurso de Contos da Tertúlia Policiária da Liberdade / Tema: Aristides de Sousa
Mendes, Cabanas de Viriato – 2009), “Prateleira 13” (Menção Honrosa no Concurso
de Contos da Tertúlia Policiária da Liberdade / Tema: Aristides de Sousa
Mendes, Cabanas de Viriato – 2009) e “Sol de Inverno” (1º classificado no
Concurso de Contos “Um Caso Policial em Gaia” – 2017), originalmente publicado
no AUDIÊNCIA GP. Voltaremos a falar sobre o livro na próxima edição.