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segunda-feira, junho 19, 2023
  BLOGUE REPÓRTER DE OCASIÃO

Notícias do Blogue Repórter de Ocasião

2º Torneio de Problemística Policiária RO

Problema 1

“Inspetor Rodriguinho em Londres, ENIGMA”, de O Gráfico


Pontuações/Classificações

Critérios de Avaliação

1 – Para quem indicou e justificou os indícios Ashtray/Cinzeiro e Everton/Javali, TOTALISTAS, 10 Pontos.

2 – Para quem somente apresentou a justificação Ashtray/Cinzeiro, NÃO TOTALISTAS, 09 Pontos.

3 – Para quem somente apresentou a justificação Everton/Javali, NÃO TOTALISTAS, 09 Pontos.

4 – Para quem apenas indicou o culpado Clayton Everton Ashtray e não mencionou os indícios Ashtray/Cinzeiro e Everton/Javali, NÃO TOTALISTAS, 08 Pontos.

5 – Para quem apresentou outro culpado, sem ser o pretendido Clayton Everton Ashtray e não mencionou os indícios Ashtray/Cinzeiro e Everton/Javali, NÃO TOTALISTAS, 06 Pontos, o mínimo previsto no Regulamento.

 

Resultados

TOTALISTAS (10 Pontos):

Detetive Excalibur (Laranjeiro); Detective Jeremias (Santarém); Duarte Cordeiro (Lisboa); Inspetor Moscardo (Santarém) e Os Mosqueteiros (Portugal). – 5 Concorrentes.

NÃO TOTALISTAS (09 Pontos):

Arjacasa (Valpaços); Bernie Leceiro (Matosinhos); Búfalos Associados (Lisboa); Detective Nabo (Aldeia do Nabo); Detective

Silva (Cova da Piedade); Donanfer II (Lisboa); Eduardo Oliveira (Loures); Faria (Évora); Fátima Bacharel (?); Feranames (Gondomar); Inspector Pevides (Oeiras); Inspectora Sardinha (Armação de Pêra); Inspetor Boavida (Charneca de Caparica); Inspector Ryckyi (Amora); JC Al (Londres); Loki (Trofa); LS (Coimbra); Mac Jr. (Apúlia); O Pegadas (Braga); Paulo (Viseu); Pintinha (Lisboa); 1.º Sargento (Laranjeiro); Ribeiro de Carvalho (Torres Novas); Satanás (Lisboa) e ZAB (Côja). – 25 Concorrentes.

NÃO TOTALISTAS (08 Pontos):

Carlos Caria (Lisboa); CSI (Las Vegas); Pedro Monteiro (Sobreda) e Sahina (Almada) – 4 Concorrentes.

NÃO TOTALISTAS (07 Pontos):

Inspetor Onabla (Almada) – 1 Concorrente.

NÃO TOTALISTAS (06 Pontos):

Abrótea (Setúbal); Ana Marques (Quintinhas); Cabanita (Mercês); CA7 (Sobreda... City); Carluxa (Lagos); CN13 (Charneca de Caparica); Decifraportugal (Almada); Detective Caracoleta (Charneca de Caparica); Fernando Bento (Monte de Caparica); Inspector Cláudio (Lagos); Joel Trigueiro (Costa de Caparica); Mali (Lisboa); Mário Abreu (Almada); Rainha Katya (Charneca de Caparica); Ricardo Silva (Lisboa); Sargento Estrela (Porto) e Sofia Ribeiro (Charneca de Caparica) – 17 Concorrentes.

 

As Melhores Soluções

1.º - DETETIVE EXCALIBUR (6 pontos)

2.º - DETECTIVE JEREMIAS (4 pontos)

3.º - INSPETOR MOSCARDO (2 Pontos)


As Soluções Mais Originais

1.º - INSPETOR ONABLA (6 pontos)

2.º - INSPECTOR PEVIDES (4 pontos)

3.º - INSPECTOR RYCKYI (2 Pontos) 
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de junho de 2023

            TUDO EM ABERTO NA CLASSIFICAÇÃO DO TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”

É hoje conhecida a “solução oficial” da antepenúltima prova do torneio “Solução à Vista!” e respetivas pontuações dos “detetives”, que deixa tudo em aberto na frente da classificação geral.

TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”

Solução da Prova nº. 10

“Um Dia Extraordinário!”, de Daniel Falcão

Gustavo Santos começou por organizar os factos disponibilizados. Em primeiro lugar, conhecia o período em que teria ocorrido o homicídio, nos 90 minutos anteriores às 2h45, de acordo com a médica-legista, ou seja, depois da 1h15 da madrugada. Em segundo lugar, conhecia os períodos em que os suspeitos estiveram junto da vítima, confirmados pelas imagens da gravação encontrada: Luís Vilaça, entre a 1h30 e a 1h40; Francisco Sousa, entre a 1h50 e as duas horas; e Artur Pires, após as 2h10. Queria isto dizer que, em princípio, todos se enquadravam no período horário do crime.

Como Artur Pires telefonou à polícia imediatamente após ter entrado no escritório e de lá não saiu (confirmado na gravação) e como não foi encontrada a arma do crime, nem na habitação nem nas suas imediações, tal significa que ele não pode ser o homicida. Entre os outros dois suspeitos, como Francisco Sousa referiu ter conversado com a vítima num horário posterior ao da visita de Luís Vilaça, este último ficaria ilibado, pelo que as suspeitas recairiam apenas sobre o Francisco Sousa.

Mas Gustavo Santos pensava na interrogação colocada pelo amigo: será que, prevendo que algo de muito grave poderia acontecer, a vítima deixara uma pista que poderia conduzir à identidade do seu algoz? Em caso de resposta afirmativa, o que significaria o algarismo cinco, repetido duas vezes, ou seja, o número 55, dentro de um círculo?

Após refletir sobre o nome dos três suspeitos, surgiu-lhe uma resposta possível. Resposta esta que, associada ao facto de existir uma gravação com a fita dos acontecimentos (lembrava-se do “mas não só…” com que o amigo terminara a sua descrição do caso), lhe indicava quem tinha sido o criminoso: fora o Luís Vilaça! O número 55 identificava-o, quando escrito em numeração romana, LV, ou seja, correspondia às letras iniciais de Luís Vilaça.

O crime fora cometido na madrugada de “um dia extraordinário” (um domingo) por um “par” de razões: uma delas era a reunião daquele grupo de amigos; a outra era o facto de se tratar do único dia do ano que durava vinte e cinco horas. Estava-se no último domingo de outubro (nos anos mais recentes), dia de mudança de hora, em que os relógios às duas horas da madrugada regressavam á uma hora da madrugada.

Por isso, sabia agora Gustavo Santos, a gravação era tão importante, pois embora confirmasse as horas de entrada indicadas pelos suspeitos, a ordem de entrada não fora a inicialmente considerada. De facto, naquela madrugada, o agiota reunira primeiro com o Francisco Sousa que chegara à 1h50 (já fora do período de 90 minutos), antes da mudança da hora. A seguir, o agiota reunira-se com o Luís Vilaça (que assim ilibava o primeiro suspeito) e ao aperceber-se que a conversa estava demasiado tensa, rabiscou o 55 na folha de papel, salientando o número ao riscar um círculo à sua volta. E confirmou que tinha razão quando se apercebeu da arma na mão do seu cliente. Mais tarde, Luís Vilaça afirmaria que chegou à 1h30, o que era verdade, mas já depois da mudança da hora.

Gustavo Santos considerava existir uma forte possibilidade de o homicídio ter sido mesmo intencional não apenas porque Luís Vilaça levara com ele a arma (quem sabe, munida de silenciador para não se ouvir o disparo), como também escolhera aquela noite com a esperança de aparecer algum cliente antes da mudança de hora que lhe pudesse servir de alibi. E, se não fosse a gravação (e também o sangue-frio do agiota), até se poderia ter safado!

TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”

PONTUAÇÓES / CLASSIFICAÇÃO ATUAL (10ª. PROVA)

1º. Búfalos Associados (103+8): 111 pontos;

2ºs. Da Vinci (98+12) e Paulo (100+10): 110 pontos;

4º. Detetive Jeremias (101+8): 109 pontos;

5º. Dona Sopas (90+13): 103 pontos;

6º. Inspetor Mucaba (89+11): 101 pontos;

7º. Inspetor Gigas (92+8): 100 pontos;

8ºs. Elisa Bethy (88+10), Inspetor Moscardo (90+8) e Pim-Pim Leite (88+10): 98 pontos;

11ºs. Ma(r)ta Hari (87+10) e Moura Encantada (87+10): 97 pontos;

13ºs. O Madeirense (86+10) e Zé de Mafamude (86-10): 96 pontos;

15ºs. Mário Gomes (87+8), Oluap Snitram (87+8) e Pena Cova (85+10): 95 pontos;

18º. Bernie Leceiro (85+9), Inspetor Madeira (84+10) e Mosca (84+10): 94 pontos;

21º. Príncipe da Madalena (85+8): 93 pontos;

22ºs. Agata Cristas (84+8), Haka Crimes (82+10), Holmes (84+8), Mancha Negra (84+8) e Mula Velha (84+8): 92 pontos;

27º. Anónimo (83+8): 91 pontos;

28ºs. Beira-Rio (83+7), Broa de Avintes (82+8), Inspetor Mostarda (81+9) e Mosca Morta (82+2): 90 pontos;

32ºs. Bota Abaixo (82+7), Detetive Bruno (81+8), Dragão de Santo Ovídio (81+8), Inspetor Guimarães (80+9) e Visconde das Devesas (82+7): 89 pontos;

37ºs. Amiga Rola (81+7), Arc Anjo (80+8), Mascarilha (81+7) e Pequeno Simão (81+7): 88 pontos;

41ºs. Faina do Mar (80+7) e Talismã (79+8): 87 pontos;

43ºs. Charadista (78+8), Chico da Afurada (79+7), Solidário (78+8) e Vitinho (78+8): 86 pontos;

47ºs. Necas (78+7), Santinho da Ladeira (77+8) e Tó Fadista (78+7): 85 pontos;

50º. Zurrapa Verde (76+8): 84 pontos;

51º. Detetive Vasofe (76+7): 83 pontos;

52ºs. Carlota Joaquina (75+7) e Martelo (75+7): 82 pontos;

54º. Abrótea (74+): 74 pontos;

55º. O Gráfico (20+8): 28 pontos;

56º. Os Mosqueteiros (20+‒): 20 pontos;

57ºs. Menino Lucas (18+‒) e Pedro Miguel (18+‒): 18 pontos.

 

CONCURSO “MÃOS À ESCRITA!”

PONTUAÇÓES / CLASSIFICAÇÃO ATUAL (ATÉ À 9ª. PROVA)

1º.Fado do Ladrão Enamorado”, de Bernie Leceiro: 7,80 pontos.

2º. “O Roubo do Conde Barão”, de Detetive Jeremias: 7,70 pontos;

3º.A Noite da Morte de Túlio Lavandas”, de Rigor Mortis: 7,40 pontos;

4º.Falta Dinheiro na Caixa”, de Ma(r)ta Hari: 7,20 pontos.

5º. Encontre as Inverdades”, de Subchefe Ferrolho: 6,70 pontos.

6º.O Roubo no Café Cerveja Maluca”, de Porthos:”: 6,60 pontos;

7º.Mataram o Mau-Diabo, de Detetive Ynpru Sedent: 6,30 pontos;

8º.Histórias… Apenas Histórias”, de Athos: 6,10 pontos;

9º.Que 31 Policiário”, de Aliby: 6,00 pontos.

 
domingo, junho 11, 2023
  BLOGUE REPÓRTER DE OCASIÃO

Notícias do Blogue Repórter de Ocasião

2º Torneio de Problemística Policiária

Problema Policiário - 1

Inspetor Rodriguinho em Londres

ENIGMA

Um Original (inédito) de O Gráfico

SOLUÇÃO DO AUTOR

Eu sou bom é em Francês!”- proferiu o Ajudante Lumafero, após o Inspetor Rodriguinho lhe ter segregado qualquer coisa ao ouvido, possivelmente o nome do assassino... escrutinado através do indício deixado pela vítima e que se tratava de “um pequeno cinzeiro, de barro, que tinha como fundo a cabeça de um javali”...

...Ora, reparando no significado dos nomes dos suspeitos em Língua Inglesa, temos o seguinte:

 

Washington – “o que vem da terra dos caçadores”

Ethan – “significa forte”

Cigar – “charuto”

 

Clayton – “aquele que vem do lugar argiloso”

Everton – “o que vem da cidade dos javalis”

Ashtray – “cinzeiro”

 

Cleiton – “do lugar ou da cidade cuja terra é argilosa” – “pessoa cujo relacionamento é fácil e amistoso”

Chain-Smoker – “fumador inveterado”

 

Taylor – “cortar/talhador”

Innocent – “sem culpa”

Tobacco – “tabaco”

 

... Portanto de todos os nomes dos suspeitos aquele que se assemelha na sua mais completa perfeição com o “cinzeiro”... “barro”... e “javali”... é sem qualquer espécie de equívocos...Clayton Everton Ashtray...

Clayton – “aquele que vem do lugar argiloso”

Everton – “o que vem da cidade dos javalis”

Ashtray – “cinzeiro” ...

Entre os suspeitos que fumavam pouco ou muito ou não fumavam... eram caçadores ou não... fortes ou menos fortes, amigos e familiares da vítima, ou não... conectados com o barro, ou não... a chave deste mistério incide sobre os nomes “Everton” (javalis) e “Ashtray” (cinzeiro). Sintomático. Eis o nome do detido e culpado deste crime.

Resposta simples

O culpado e incriminado deste assassínio foi encontrado através do seu nome... comparado com o indício deixado pela vítima nas suas mãos quando agarrou “um pequeno cinzeiro, de barro, que tinha como fundo a cabeça de um javali”... Clayton Everton Ashtray... “barro”... “javali”... e “cinzeiro”... é sem qualquer espécie de equívocos... Clayton Everton Ashtray...

Clayton – “aquele que vem do lugar argiloso”

Everton – “o que vem da cidade dos javalis”

Ashtray – “cinzeiro”

 

GOOGLE

O significado de Everton é “corajoso”, “bravo”, “forte”, “poderoso”. Etimologicamente seria a junção das palavras “eofor“, que significa javali e “tun” que significa cidade (que mais tarde derivou a palavra “town“). No sentido literal seria “cidade dos javalis” ou se referindo a pessoas, “aquele que veio da cidade dos javalis”.

 

COMENTÁRIO DO BLOGUE RO

O Autor, “O Gráfico” quando produziu este problema policiário ficou com a sensação que seria de resolução fácil, na pretensão do objetivo do Torneio, cativar aderentes para a problemística policiária, pois a tradução de “Ashtray” para cinzeiro saltava “à vista” e a definição do nome Everton estava à distância de um clique no Google, hoje fonte apetecível dos decifradores, verificando-se que estava relacionado com a imagem do javali! À medida que as “proposta de solução” foram chegando as surpresas tornaram-se abismais, pois os solucionistas concentraram-se, na sua maioria, na tradução Ashtray/cinzeiro e descuraram a “cabeça do javali”!! Como foi possível!? Não é justificável que os decifradores fossem atrás da afirmação “problemas policiários de pormenor único!” porque um pormenor (cinzeiro com cabeça de javali) indiciava duas verificações e, perante isto... novos e veteranos... como se diz na gíria... “espalharam-se ao comprido”! O barro, a carne, o talho, as amizades, o fumar ou não... poderiam lançar a confusão no solucionista, mas EVERTON e ASHTRAY, só podiam indicar um culpado, precisamente Clayton Everton Ashtray... sabendo-se, também que “Clay” representa barro/argila, mas estes estavam também atribuídos a outros suspeitos! As classificações, deste primeiro desafio, ainda não estão totalmente atribuídas, mas numa primeira apreciação podem-se contar pelos dedos de uma só mão... OS TOTALISTAS... aqueles que acertaram totalmente na decifração do problema e estão em consonância com os requisitos do produtor. Este é problema policiário de resolução irrefutável.

Saudações Policiárias

O Gráfico

 

 
domingo, junho 04, 2023
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 5 de junho de 2023

  COM AS FÉRIAS À PORTA, APROXIMA-SE O FIM DAS NOSSAS PROVAS

No limiar do Verão e com as férias à espreita, chega-nos aquele que é o penúltimo enigma do torneio de decifração “Solução à Vista!” e o último do concurso de produção “Mãos à Escrita!”.

TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”

Prova nº. 11

“O Mistério da Terceira Chave”, de Búfalos Associados

Esta história foi-nos contada pela Dona Rosa, uma lisboeta franzina, nada e criada num dos bairros populares da capital, e leitora assídua de romances policiais nas horas vagas. A senhora fora empregada numa pequena leitaria pertença de dois sócios que tinham feito grande amizade durante a guerra colonial e que, mais tarde, já regressados a Portugal, resolveram associar-se juntando alguns dinheiros que as famílias tinham guardados nas gavetas, e abrir um pequeno café de bairro.

Os dois sócios chamavam-se Vasco e Ribeiro, por coincidência exatamente os nomes de dois populares atores, protagonistas de um conhecido antigo filme português que naquela época passava com frequência na televisão, e por essa razão, resolveram batizar o café de “LEITARIA ESTRELA D'ALVA”. Ainda o mais curioso é que dois empregados que trabalharam na casa durante bastantes anos chamavam-se, um Silva e o outro Barroso, para além, claro, da Dona Rosa que chefiava a cozinha. O elenco parecia quase perfeito e durante algum tempo tudo parecia correr bem. O negócio prosperava, a casa tinha uma freguesia certa e a caixa registadora cantava bem.

Mas, como diz o ditado, não há bem que sempre dure e, aos poucos, a relação entre os dois sócios foi azedando, a ponto de começarem a suspeitas de que haveria por ali desvios de dinheiros. Todos, patrões e empregados, desconfiavam uns dos outros e o ambiente toldou-se. A clientela já comentava o caso. Quando se faziam as contas ficava sempre a impressão de que faltava dinheiro na caixa. E, uma vez que não havia grande controle, as primeiras desconfianças, como é costume nestes casos, iam sempre para o pessoal. Embora os patrões não pudessem ficar fora de suspeitas, até porque era voz corrente que ambos tinham começado a ter uma vida dissoluta e gastadora. O Ribeiro era um femeeiro incorrigível e sabia-se que despendia todo o dinheiro que ganhava com mulheres. O Vasco, por seu lado, tornara-se um jogador inveterado e gastava no jogo tudo o que tinha, mais o que ficava a dever. Na verdade, andavam ambos sempre fortemente endividados. Além disso, a antiga amizade que os unira, desaparecera como que por encanto, caso que não é raro. E, um belo dia, a bronca estalou.

Segundo o relato da Dona Rosa, o café estava sempre aberto entre as 7 e as 20 horas, ela entrava às 7 e saía às 15, depois de terminados os almoços que a casa servia. Quanto aos empregados, o Barroso fazia o horário das 7 às 15 horas e o Silva das 12 às 20, o que permitia que ambos estivessem presentes em simultâneo entre as 12 e as 15, no período dos almoços. O descanso semanal era ao domingo. Os patrões tinham horário livre, mas era hábito estarem quase sempre no café, havendo pelo menos um que procurava abrir a porta às 7 horas e outro fechá-la depois das 20, embora todos os cinco tivessem cada um a sua chave, o que lhes permitia sempre abrir ou fechar a porta da rua.

A partir de certa altura passou a haver maior controle nas contas e os dois sócios começaram a fazer todos os sábados, no fecho do café, um balanço final da semana, e o dinheiro remanescente na caixa passou a ser guardado num cofre que tinha sido adquirido e que ficava fechado no pequeno escritório. Só cada um dos patrões tinha a sua chave do cofre, bem como do escritório, mas, por segurança, tinham decidido mandar fazer uma terceira chave do cofre que ficaria escondida num local secreto que só eles sabiam qual era.

Contou a Dona Rosa que certa segunda-feira, pelas 7 horas da manhã, como de costume foi a primeira a chegar, pouco tempo depois entraram o Barroso e também o patrão Vasco, o qual daí a alguns minutos dava o alarme: “Fomos roubados! A porta do escritório foi arrombada, o cofre está aberto e completamente vazio. Mas ainda tem lá a chave na fechadura! E não é a minha pois essa estava aqui no meu bolso!” O Barroso e a Dona Rosa verificaram que tudo isto era verdade. Chamou-se o outro sócio, o Ribeiro, e foi resolvido apresentar queixa à polícia, a qual veio a tomar conta da ocorrência. A quantia em falta, referente a vários meses, ainda seria respeitável.

A Dona Rosa resumiu assim os depoimentos que ouviu cada um fazer à polícia, que não foram em privado:

O Vasco afirmou que, uma vez que a sua chave estava bem à vista, ali na sua mão, o cofre só podia ter sido aberto com a terceira chave, cujo esconderijo só os patrões deviam conhecer. Mas certamente que o ladrão teria sido um dos empregados, pois os dois sócios não tinham necessidade de arrombar a porta do escritório para lá entrar.

O patrão Ribeiro afirmou que desde o fim da tarde de sábado, depois de ter conferido a caixa com o Vasco e ambos terem guardado o dinheiro no cofre, fora passar o fim de semana fora de Lisboa em casa de uma senhora com quem até pensava casar. E mostrou a sua própria chave, que andava sempre no seu bolso.

O Silva disse ter sido o último a sair no sábado, porque o patrão Vasco lhe tinha dito que, antes de sair, tinha de fazer uma limpeza total ao frigorífico. Cerca das 22 horas fechara a porta da rua e tudo estava normal. Fora logo para fora de Lisboa para casa de uns amigos, onde ficara até domingo à noite.

O Barroso, à semelhança dos outros empregados, afirmou não fazer ideia sobre onde seria o esconderijo da terceira chave do cofre. Como todos os fins de semana, passara as noites de sábado e de domingo a trabalhar, integrado num serviço de segurança, numa empresa privada como forma de ganhar algum dinheiro extra.

A certa altura, atraído pelo movimento da polícia por ali, um vizinho que morava em frente, apareceu com uma declaração importante dizendo que na noite de sábado, seria talvez uma hora da manhã, quando estava à janela a fumar, viu um vulto de homem que não conseguiu identificar porque estava completamente embuçado talvez devido ao frio que fazia. O vulto abriu a porta do café, esteve lá dentro uns quinze minutos, e depois saiu com um saco na mão, fechando de novo a porta à chave. Não lhe pareceu estranho, pois pelo à-vontade achou que devia ser alguém da casa, e foi deitar-se.

Para surpresa geral, de repente, o Ribeiro surgiu com uma chave na mão, dizendo que afinal a terceira chave estava ali, encontrara-a agora mesmo onde a tinha escondido, na casa de banho por detrás dos rolos de papel higiénico.

- “Não, não! Não era aí que estava a terceira chave!” - atalhou o Vasco – “A terceira chave, eu tinha-a escondido no frigorífico, na gaveta das hortaliças. E é certamente essa que está na fechadura, porque já fui ao frigorífico procurá-la e não a encontrei.” Nesta altura os dois sócios exibiram as próprias chaves que cada um tinha no bolso, as quais foram juntar-se à chave encontrada na fechadura da porta do cofre e àquela que agora o Ribeiro acabara de trazer. Ou seja, eram já quatro as chaves do cofre. E todas foram experimentadas, funcionando todas bem.

Em face de tudo isto, a Dona Rosa acabou por concluir, e os patrões não desmentiram, que quando pensaram fazer uma terceira chave para o cofre, cada um deles terá mandado fazer a sua, que escondeu onde muito bem entendeu, cada uma em seu esconderijo secreto.

Parecia esclarecida a existência das duas terceiras chaves, só faltava saber quem teria sido o vulto que o vizinho tinha visto a entrar no café, seria uma hora da noite de sábado para domingo, e que seria muito provavelmente o gatuno. Mas a Dona Rosa já tinha uma ideia sobre quem poderia ser o suspeito do furto.

O DESAFIO AO LEITOR

Pergunta-se: qual terá sido o palpite da Dona Rosa e como o justificar? E já agora, qual o filme português que inspirou o nome da “Leitaria Estrela d'Alva” e por que pormenores? A solução deve enviada através do email salvadorsantos949@gmail.com, até ao último dia do presente mês de junho, juntamente com a pontuação atribuída ao enigma da prova nº. 10.

 
sexta-feira, junho 02, 2023
  BLOGUE REPÓRTER DE OCASIÃO

Notícias do Blogue Repórter de Ocasião

2º. Torneio de Problemística Policiária

(Em memória dos notáveis Policiaristas: Sete de Espadas, Detective Misterioso, M. Constantino, Detective Invisível)

Problema Policiário - 2

“Um Testamento Encriptado”, original (inédito) de O Gráfico

Um antigo proprietário de uma gigantesca e bem organizada empresa corticeira, já de idade avançada, esperava que os seus descendentes - quatro filhos e seis netos, todos rapazes! -continuassem o negócio com que fizera riqueza e realizara o bem-estar e todas as melhores condições financeiras aos seus familiares, porém sentia que os seus herdeiros, alguns igualmente já próximos de se reformarem..., não queriam saber do assunto e dos seis netos... apenas três... se mostravam interessados em dar continuidade ao sucesso do avô! Ora... o ancião inclinava-se para deixar a fortuna a todos, mas a gerência da empresa pretendia atribuir a um só neto... aquele que mais adorava e sentia que seria o mais indicado para conduzir os seus honrosos destinos! Porém não queria decidir, em vivo, o nome do nomeado, em testamento, para ficar com o seu legado e um dia... reuniu a família e entregou apenas a cada um dos netos interessados uma carta fechada... ordenando que somente a deveriam abrir... quando ele falecesse!! Adiantou que a fortuna podia ser dividida por partes iguais entre todos, os seus filhos e netos, mas quanto a chefiar a empresa... a administração ficaria a cargo do descendente que estava mencionado dentro daqueles envelopes cujas mensagens eram iguais!

...TODOS concordaram e guardaram as respetivas cartas! Até que um dia... passados alguns meses o proprietário morreu naturalmente, tinha 92 anos, e os netos, em simultâneo e na presença de todos... abriram as cartas... surpresa total... os escritos estavam encriptados com uma mensagem, a anteceder, bem legível que dizia: “Dá um passo em frente e... boa sorte!” e logo de seguida:

CDHVN NR CDRSHMNR CZ DLOQDRZ OZQZ

RDQDL CHQHFHCNR ODJN EQZMBHRBN

 

O proprietário tinha sido muito inteligente... em escrever em código... não fosse um dos netos abrir o envelope... antes da sua morte... o pior é que ninguém conseguia decifrar a mensagem encriptada... e como tal tiveram de pedir ajuda aos famosos e perspicazes Inspetor Rodriguinho e Ajudante Lumafero que eram os peritos da zona a desvendar casos complicados! Ora... perante os escritos codificados e ao ler todas as palavras deixadas pelo ancião... o notável Inspetor Rodriguinho e o sagaz Ajudante Lumafero resolveram o assunto... num abrir e fechar de olhos! Olharam para as letras... realizaram um exercício mental lógico e em segundos, sorriram um para o outro, piscaram o olho e revelaram, explicando minuciosamente aos herdeiros, a descodificação da mensagem! Muito simples. O tempo estava quente e ainda havia tempo para ingerirem umas “loiras” no café central lá da zona onde residiam. Mais um caso resolvido!

...Agora é a vez dos decifradores e solucionistas do Blogue do “Repórter de Ocasião” (RO), descodificarem esta mensagem enigmática baseando-se nos dados lançados no texto!

Apresentem a mensagem descodificada, bem legível, e indiquem como chegaram a essa conclusão.

(10 pontos)


As respostas devem ser enviadas até ao próximo dia 30 de junho, impreterivelmente, através de três exemplos:

a - Via MessengerFacebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de Luís Rodrigues 

b - Por emails, correio eletrónico, de Luís Rodrigues:

reporter.de.ocasiao@gmail.com

lumaferoma1958@sapo.pt  

c - Utilizando o Correio Normal (CTT):

Luís Manuel Felizardo Rodrigues

Praceta Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.

FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.

 


 
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