INICIATIVAS POLICIÁRIAS HOMENAGEIAM MEMBROS DA TPL
As
próximas iniciativas de enigmas policiários (produção e decifração) da nossa
secção homenageiam alguns membros da TPL (Tertúlia Policiária da Liberdade),
entretanto desaparecidos, dando os seus nomes aos troféus que premiarão o
desempenho dos concorrentes mais destacados nas respetivas classificações
finais, pormenor que não deve ter escapado aos policiaristas veteranos que nos
acompanham desde a primeira hora. Depois da homenagem prestada recentemente aos
nossos saudosos confrades António Raposo (A. Raposo) e Pedro Paulo Faria
(Nove/Verbatim), recordaremos agora também Coriolano M. Carvalho, Dic
Roland, Rip Kirby e Avlis e Snitram, cujas personalidades nos marcaram pela elegância
e cordialidade com que trilharam os caminhos deste passatempo de que foram
alguns dos mais empenhados cultores.
Responsáveis,
a solo ou em equipa, por algumas das páginas mais bonitas da nossa modalidade,
escritas no âmbito da atividade desenvolvida pela dinâmica e entusiástica TPL
ou nas mais diversas iniciativas promovidas pelas secções e tertúlias que foram
fazendo a história do policiário entre as décadas de 1950 e 2020, os seus nomes
figurarão assim junto das melhores memórias com que alguns dos nossos
seguidores vão construindo o “álbum de recordações” das suas vidas de
policiaristas. Mas para que esse momento chegue é preciso primeiro garantir que
as iniciativas de índole policiária projetadas aconteçam. E para isso
precisamos antes de mais de contar com a colaboração dos produtores no ativo e
de outros que se queiram juntar a esta “causa”.
E é esse o apelo que fazemos hoje, a fechar esta edição, imediatamente antes da divulgação da solução de autor de mais um problema protagonizado pelo professor Fordney, que submetemos agora mesmo ao julgamento das capacidades dedutivas dos nossos leitores, potenciais “detetives”.
Problema Policial 4 – de Austin Ripley
(Diário Popular 4013 – 05.12.1953)
Meia-noite – Com a gola do sobretudo repuxada para cima, o professor Fordney
enfrenta a noite chuvosa e ventosa, gozando antecipadamente o prazer de voltar
ao conforto da sua casa, agora que acabava de desvendar o mistério do caso
Holman.
Uma hora da manhã – Fordney chega a casa.
Uma e meia da manhã – Fordney, de roupão e pantufas, encontra-se
instalado em frente de um bom fogo, lendo um bom romance.
Duas horas da manhã – o livro desliza das mãos de Fordney. O professor
adormeceu. O vento açoita as janelas e a chuva cai em catadupa.
Quatro horas da manhã – A campainha do telefone retine insistentemente.
Fordney pega no auscultador, sonolento e mal-humorado, escuta por alguns
momentos e por fim murmura. Irritado: “Está bem, já vou. Que diabo de vida a
minha!”.
Quatro e meia da manhã – Fordney volta a rua, tremendo de frio. Maldito tempo!
O
chapéu alto, enfiado na cabeça da vítima, põe uma nota grotesca nas feições do
professor.
Personagens:
o Inspetor Kelley, o Doutor Winslow e diversos agentes da Polícia.
Winslow:
“Hendrick foi morto entre a meia noite e a uma hora da manhã. Assassinaram-no
com dois tiros”.
Kelley:
“Que diacho estaria ele fazendo, sentado num banco de jardim, a uma hora
dessas, ao vento e à chuva?”
Winslow:
“Deve ter sido morto por alguém que o conhecia, e com quem havia combinado um
encontro aqui. Mas porque o teriam morto?”
Seis e meia da manhã – Fordney encontra-se de novo em sua casa,
entregue aos cuidados da sua solicita governanta.
Fordney: “Deliciosos folhados, estes! Este café é muitíssimo bom, Mary!” …Mesmo que algum sangue tivesse sido vertido sobre o banco, a chuva tê-lo-ia feito desaparecer… “Dê-me outra chávena de café, Mary! Obrigado” … O trabalho de Kelley consiste agora em descobrir onde é que Hendrick foi morto. Eu avisei-o de que Hendrick não foi assassinado naquele banco de jardim. Ah, que belo charuto!
DESAFIO
AO LEITOR
O leitor é capaz de concluir como soube o professor que Hendrick não tinha sido assassinado no sítio onde encontraram o seu cadáver? Sugerimos que faça uma nova leitura um pouco mais atenta do enunciado e, depois de uma breve pausa para reflexão, procure elaborar mentalmente a sua solução. Posto isto, prossiga a leitura do texto que se segue para saber se a sua conclusão coincide com a solução do autor.
NOTA
DE RODAPÉ
Antes de passar à publicação da solução de autor do problema hoje publicado, sublinhamos a necessidade do surgimento de novos produtores de enigmas policiários, matéria fundamental à prática da vertente-rainha do nosso passatempo (a decifração!). É cada vez mais escasso o número de confrades que se dedicam à criação de enigmas, pelo que apelamos aos leitores que nos seguem mais atentamente e têm manifestado algum interesse por esta modalidade, “prometendo” até alguns uma participação mais efetiva nas nossas iniciativas, nomeadamente através da escrita de contos e problemas policiários, que não deixem de o fazer agora nesta temporada. O concurso de contos que arranca a 1 de dezembro e o concurso de enigmas policiários que se lhe segue são as oportunidades ideais para uma primeira experiência nestas aventuras da escrita policiária. Vá lá, caros leitores, não façam “orelhas moucas” a este apelo. Está na hora de deitar “mãos à escrita!...”
Posto isto, passemos à solução do problema desta edição:
Problema Policial 4 – de Austin Ripley
Solução do Autor
Hendrick foi morto entre a meia-noite e a uma hora da manhã. A essa hora o vento açoitava o jardim e o vento varria tudo. Porém, o chapéu alto da vítima estava ainda na sua cabeça no momento em que encontraram o cadáver sobre o banco do jardim. Se Hendrick tivesse sido assassinado naquele sítio, o vento teria levado o chapéu ou este teria caído quando a vítima tombou sobre o banco.
2º Torneio de Problemística Policiária RO
PONTUAÇÕES/CLASSIFICAÇÕES
Problema 5
“Insp. Rodriguinho Investiga / Mataram o Gulliver”, original (inédito) de O Gráfico
TOTALISTAS (10 Pontos):
Ana Marques (Quintinhas); Arjacasa (Valpaços); Bernie Leceiro (Matosinhos); Búfalos Associados (Lisboa); CA7 (Sobreda... City); Carlos Caria (Lisboa); Carluxa (Lagos); Clóvis (Viseu); Cocas (Portalegre); Detective Caracoleta (Charneca de Caparica); Detective Jeremias (Santarém); Detective Nabo (Aldeia do Nabo); Detective Silva (Cova da Piedade); Detective Suricata (Braga); Detetive Excalibur (Corroios); Donanfer II (Lisboa); Duarte Cordeiro (Lisboa); Eduardo Oliveira (Loures); Faria (Évora); Feranames (Gondomar); Inspector Cláudio (Lagos); Inspector Pevides (Oeiras); Inspector Ryckyi (Amora); Inspectora Sardinha (Armação de Pêra); Inspetor Boavida (Charneca de Caparica); Inspetor Moscardo (Santarém); JC Al (Londres); Joel Trigueiro (Costa de Caparica); Jorrod (Burgau); Loki (Trofa); LS (Coimbra); Mac Jr. (Apúlia); Mali (Lisboa); Margareth (Lagos); Marino (Lisboa); Molécula (Évora); Omases et Erba (Vila Flor); Os Mosqueteiros (Portugal); Paulo (Viseu); Pedro Monteiro (Sobreda); Pintinha (Lisboa); 1.º Sargento (Laranjeiro); Rainha Katya (Charneca de Caparica); Ribeiro de Carvalho (Torres Novas); Satanás (Lisboa); Sofia Ribeiro (Charneca de Caparica); ZAB (Côja) e Zé Alguém (Lagos). – 48 Concorrentes.
NÃO TOTALISTA: (07 Pontos):
Sargento Estrela (Porto) – 01 Concorrente
NÃO TOTALISTA: (06 Pontos):
CN13 (Charneca de Caparica) – 01
Concorrente
As Melhores (na 5ª Etapa)
1.º - BÚFALOS ASSOCIADOS (Lisboa) - (6
Pontos)
2.º - EDUARDO OLIVEIRA (Loures) - (4 Pontos)
3.º - LS (Coimbra) - (2 Pontos)
As Mais Originais (na 5ª Etapa)
1.ºs – OS MOSQUETEIROS (Portugal) - (6
Pontos)
2.ª - MALI (Lisboa) - (4 Pontos)
3.º - INSPETOR MOSCARDO (Santarém) - (2 Pontos)
Classificação Geral (Após 5 Etapas)
1.ª - Detective Jeremias (Santarém) =
50+08+00.
2.º - Duarte Cordeiro (Lisboa) = 50+04+06.
3.º - Inspetor Moscardo (Santarém) =
50+02+02.
4.º - Os Mosqueteiros (Portugal) =
50+00+06.
5.º - LS (Coimbra) = 49+14+00.
6.º - Búfalos Associados (Lisboa) =
49+10+02.
7.º - Mac Jr. (Apúlia) = 49+06+00.
7.º - Eduardo Oliveira (Loures) = 49+06+00.
9.º - Inspector Pevides (Oeiras) =
49+00+10.
10.º - Arjacasa (Valpaços) = 49+00+00.
10.º - Cocas (Portalegre) = 49+00+00.
10.º - Detective Nabo (Aldeia do Nabo) =
49+00+00.
10.º - Donanfer II (Lisboa) = 49+00+00.
10.º - Faria (Évora) = 49+00+00.
10.º - Inspetor Boavida (Charneca de
Caparica) = 49+00+00.
10.º - Loki (Trofa) = 49+00+00.
10.º - Ribeiro de Carvalho (Torres Novas) =
49+00+00.
10.º - Satanás (Lisboa) = 49+00+00.
10.º - ZAB (Côja) = 49+00+00.
20.º - Detetive Excalibur (Corroios) =
48+06+08.
21.º - Paulo (Viseu) = 48+04+04.
22.º - Inspector Ryckyi (Amora) = 48+00+02.
23.º - Bernie Leceiro (Matosinhos) =
48+00+00.
23.º - Detective Silva (Cova da Piedade) =
48+00+00.
23.º - Feranames (Gondomar) = 48+00+00.
26.º - 1.º Sargento (Laranjeiro) =
47+00+00.
26.º - Inspectora Sardinha (Armação de
Pêra) = 47+00+00.
26.º - Pedro Monteiro (Lisboa) = 47+00+00.
29.º - Ana Marques (Quintinhas) = 46+00+00.
29.º - CA7 (Sobreda... City) = 46+00+00.
29.º - Carluxa (Lagos) = 46+00+00.
29.º - Inspector Cláudio (Lagos) =
46+00+00.
29.º - Joel Trigueiro (Costa de Caparica) =
46+00+00.
29.º - Pintinha (Lisboa) = 46+00+00.
35.º - Rainha Katya (Charneca de Caparica)
= 45+00+00.
36.º - Mali (Lisboa) = 44+00+14.
37.º - Sofia Ribeiro (Charneca de Caparica)
= 43+00+00.
38.º - Sargento Estrela (Porto) = 42+00+00.
39.º - CN13 (Charneca de Caparica) =
41+00+00.
40.º - Omases et Erba (Vila Flor) =
40+00+00
41.º - JC Al (Londres) = 39+00+00.
42.º - Carlos Caria (Lisboa) = 38+00+00.
43.º - Detective Caracoleta (Charneca
Caparica) = 36+00+00.
44.º - Cabanita (Mercês) = 33+00+00.
45.º - Clóvis (Viseu) = 30+00+00.
46.º - O Pegadas (Braga) = 29+00+00.
47.º - Inspector Onabla (Lisboa) =
27+00+06.
48.º - Molécula (Évora) = 27+00+00.
49.º - Decifraportugal (Almada) = 26+00+00.
49.º - Detetive Kualaking (Almada) =
26+00+00.
51.º - Jorrod (Burgau) = 20+00+00
51.º - Margareth (Lagos) = 20+00+00
51.º - Zé Alguém (Lagos) = 20+00+00
54.º - Detective Suricata (Braga) =
10+00+00
54.º - Marino (Lisboa) = 10+00+00
56.º - CSI (Las Vegas) = 08+00+00.
56.º - Sahina (Almada) = 08+00+00.
58.º - Abrótea (Setúbal) = 06+00+00.
58.º - Fernando Bento (Monte de Caparica) =
06+00+00.
58.º - Ricardo Silva (Lisboa) = 06+00+00.
As Melhores (Após 5 Etapas)
1.º - LS (Coimbra) - (14 Pontos)
2.ºs - BÚFALOS ASSOCIADOS (Lisboa) - (10
Pontos)
3.ª - DETECTIVE JEREMIAS (Santarém) - (8
Pontos)
4.ºs - DETETIVE EXCALIBUR (Corroios), EDUARDO
OLIVEIRA (Loures) e MAC JR. (Apúlia) - (6 Pontos)
7.ºs - DUARTE CORDEIRO (Lisboa) e PAULO
(Viseu) - (4 Pontos)
9.º - INSPETOR MOSCARDO (Santarém) - (2
Pontos)
As Mais Originais (Após 5 Etapas)
1.ª - MALI (Lisboa) - (14 Pontos)
2.º - INSPECTOR PEVIDES (Oeiras) - (10
Pontos)
3.º - DETETIVE EXCALIBUR (Corroios) - (8
Pontos)
4.ºs - DUARTE CORDEIRO (Lisboa), INSPETOR
ONABLA (Almada) e OS MOSQUETEIROS (Portugal) - (6 Pontos)
7.º - PAULO (Viseu) - (4 Pontos)
8.ºs - BÚFALOS ASSOCIADOS (Lisboa), INSPETOR
MOSCARDO (Santarém) e INSPECTOR RYCKYI (Amora) - (2 Pontos)
Prémio Combinado (Após 5 Etapas)
1.º - DUARTE CORDEIRO (Lisboa) - (13
Pontos) = (2+7+4)
2.º - BÚFALOS ASSOCIADOS (Lisboa) - (16 Pontos)
= (6+2+8)
3.º - INSPETOR MOSCARDO (Santarém) - (20 Pontos)
= (3+9+8)
4.º - DETETIVE EXCALIBUR (Corroios) - (27 Pontos)
= (20+4+3)
5.º - PAULO (Viseu) - (35 Pontos) = (21+7+7)
TORNEIO
“SOLUÇÃO À VISTA!” - 2024 TAMBÉM JÁ FAZ O SEU CAMINHO
A dois meses do arranque do concurso de contos “Um Caso Policial no Natal”, com que inauguramos as competições da temporada 2023-2024 da nossa secção, publicamos mais um dos problemas de Austin Ripley datados da década de 1950 que fazem parte do espólio do Arquivo Histórico da Problemística Policiária, disponível online no site Clube de Detetives (clubededetectives.pt), que aconselhamos a visitar. Entretanto, a fechar esta edição, imediatamente antes da divulgação da solução de autor de mais um problema protagonizado pelo professor Fordney, damos conhecimento do regulamento do torneio de decifração “Solução à Vista!” – 2024.
Problema Policial 3 – de Austin Ripley
(Diário Popular 4007 – 28.11.1953)
- Como
sabe que isto pertence à senhora Brentwood? – perguntou Fordney pegando num
revólver de calibre 32 que se encontrava em cima do toucador.
- Por
causa dessa mancha, aí na coronha – respondeu a criada da jovem e rica viúva,
uma mulata de olhos astuciosos chamada Mitzi Zaruba.
- Viu
muitas vezes esta arma?
-
Claro que sim. Vivíamos sozinhas.
-
Esteve alguém de visita a esta casa, a noite passada?
- Sim,
mas não sei quem foi. Quando me preparava para subir ao meu quarto – sei que
eram dez e meia porque olhei para o relógio da escada – ouvi tocar a campainha.
A senhora disse-me que iria abrir a porta. Antes de chegar ao meu quarto, ouvi
uma voz de homem que sussurrava um cumprimento muito terno. Depois ele e a
senhora foram para a sala de estar e nada mais ouvi. Só soube que a senhora se
tinha suicidado quando esta manhã, às nove horas, me preparava para a acordar.
-
Ouviu o tiro?
- Não,
não ouvi tiro algum.
-
Tocou em alguma das coisas que se encontram neste quarto? – inquiriu o
professor ao mesmo tempo que lançava novo olhar ao toucador e, dirigindo-se
para a cama, voltava a olhar a ferida existente na têmpora esquerda da senhora
Brentwood, evidentemente causada por uma bala de revólver.
- Não
toquei em coisa alguma – respondeu a crida.
- A
senhora Brentwood era canhota?
- Era,
sim senhor.
-
Fordney olhou para o seu relógio de pulso. Eram nove horas e dez minutos da
manhã. A senhora Brentwood devia estar morta há cerca de dez horas.
Ao
descer a escada de acesso ao andar inferior, o criminologista olhou para o
relógio suspenso da parede e voltou a consultar o seu relógio. Mitzi olhou para
Fordney.
- Há
alguma coisa de extraordinário? – perguntou a criada.
- Sim… A sua patroa não se suicidou: foi assassinada!
DESAFIO
AO LEITOR
O leitor é capaz de concluir que facto levou o professor a tal conclusão? Sugerimos que faça uma nova leitura um pouco mais atenta do enunciado e, depois de uma breve pausa para reflexão, procure elaborar mentalmente a sua solução. Posto isto, prossiga a leitura do texto que se segue para saber se a sua conclusão coincide com a solução do autor.
NOTA
DE RODAPÉ
Antes de passar à publicação da solução do autor, divulgamos o
regulamento do torneio de decifração “Solução à Vista!”, que decorrerá em
paralelo com o concurso “Mãos à Escrita!”.
Ei-lo:
“Solução à Vista!” – 2024
Torneio de Decifração de Enigmas Policiários
1. O torneio de decifração de enigmas policiários é aberto a todos
os leitores do jornal AUDIÊNCIA GP e do blogue Local do Crime, não necessitando
de inscrição prévia
2. O torneio será constituído pelos enigmas apresentados ao
concurso “Mãos à Escrita!”, que serão publicados ao longo do ano de 2024.
3. As propostas de solução de cada enigma deverão ser enviadas até
ao último dia do mês da sua publicação, para o email salvadorsantos949@gmail.com.
3.1. A partir da prova nº.2, as propostas de solução deverão ser
acompanhadas de pontuação atribuída ao enigma que constituiu a prova anterior (o
enigma que constitui a última prova do torneio, da autoria do orientador da
secção O Desafio dos Enigmas, não será pontuado).
3.2. As pontuações a atribuir, entre 5 e 10 pontos, terão como
objetivo definir a ordenação da tabela classificativa final dos enigmas
concorrentes ao concurso “Mãos à Escrita!”, a decorrer paralelamente.
4. Cada proposta de solução será classificada entre 5 e 10 pontos,
correspondendo 5 à simples presença e 10 à solução integral do enigma, sendo as
pontuações intermédias definidas de acordo com o grau de resolução.
5. Em cada prova, das propostas de solução enviadas serão
selecionadas pelo orientador da secção as três melhores, que somarão mais 3, 2
e 1 pontos.
6. Será vencedor do torneio, o concorrente que no final acumule o
maior número de pontos, sendo distinguido com a Taça Dic Roland.
7. Os concorrentes posicionados nos dois lugares subsequentes da
classificação final serão distinguidos com as Taças Rip Kirby e Avlis e Snitram.
8. Os classificados entre o quarto e o décimo lugar serão
distinguidos com medalhas de participação.
9. Os caos omissos serão resolvidos pelo orientador da secção O Desafio dos Enigmas, não havendo recurso das decisões tomadas.
Posto isto, passemos à solução do problema desta edição:
Problema Policial 3 – de Austin Ripley
Solução do Autor
Se a senhora Brentwood se tivesse suicidado, o revólver não poderia estar em cima do toucador.
2º Torneio de Problemística Policiária RO
Problema 5
“Insp. Rodriguinho Investiga / Mataram o Gulliver”, original
(inédito) de O Gráfico
Solução do Autor
Jorge Baixinho, apesar
de se mostrar fiel ao João Silvestre (o “Gulliver” desta história) foi ele quem
disparou sobre a vítima e mentiu descaradamente nas suas declarações porque...
se afirmou não distinguir, ao longe, quem disparou, era quase noite, jamais poderia saber tratar-se de um daqueles dois... que
incriminou... Joaquim ou José.
Se a vítima estava de
joelhos quando levou com o tiro, estando o seu assassino de pé, a bala nunca
poderia ter entrado pelo seu queixo e sair pelo occipital... aconteceria precisamente
o contrário... a bala entraria pela parte superior do crânio, talvez testa e
sairia pela parte de trás... do pescoço! É sabido que o João, o José e o
Joaquim eram todos de elevada e semelhante estatura!!
O Jorge Baixinho, sendo pequenino, considerado anão e minorca, com metade da altura do João Silvestre, arreliado pelas constantes provocações do “Gulliver”, aproveitou aquela ocasião para se vingar e dar-lhe um tiro... devido à sua baixa estatura desferiu o disparo de baixo para cima apanhando de surpresa o “Gulliver” a bala entrou pelo queixo e saiu pelo occipital! Ficou próximo do corpo e atirou a arma de fogo para o meio de um dos arbustos que se situavam próximos! Como não foi mencionado nenhum invólucro no local do crime depreende-se que a arma utilizada foi um revólver que não o ejeta após o disparo! Ou usou uma pistola e recolheu a cápsula ejetada... que não é mencionada no local do crime! Depois, quando chegaram o “Fortalhaço” e o “Musculoso” engendrou a sua história... que não convenceu o Inspetor Rodriguinho nem o seu Ajudante Lumafero peritos em desvendar crimes, roubos, casos complicados e outras coisas mais! Caso o “anão” assassino não usasse luvas... uns posteriores exames às suas mãos revelariam partículas de pólvora provenientes do disparo! Uma busca aos arbustos próximos resultaria na descoberta da arma utilizada para vitimar o “Gulliver” e provavelmente com as impressões digitais do autor do crime!
RESPOSTA SIMPLES:
O assassino foi o Jorge Baixinho porque dadas as características da trajetória do disparo -que fez com que a bala entrasse por baixo do queixo e saísse pelo occipital -só ele, devido à sua baixa estatura, poderia ser o seu autor! Se tudo tivesse sucedido como ele contou... estando a vítima de joelhos... esta nunca receberia um disparo com aquele trajeto... proveniente dos outros suspeitos, José e Joaquim, porque eram do seu equivalente tamanho... neste caso a bala entraria pela testa e saía pela parte de trás do pescoço. Jorge, cansado de ser vítima de gozo e constantemente rebaixado e achincalhado pelo “Gulliver”, aproveitou a ocasião e disparou sobre ele, de baixo para cima, porque tinha metade do tamanho do “Gigante”! Atirou a arma para os arbustos circundantes e inventou a sua história!
PORMENOR INCRIMINATÓRIO:
- a) Trajetória do
disparo, só possível por uma pessoa muito baixa comparada com o “Gulliver”!
Culpado Jorge Baixinho. b) Disparo efetuado de baixo para cima. c) Móbil:
Vingança por se sentir menosprezado.
FATORES DE VALORIZAÇÃO:
1 – O crime ocorreu num
local sombrio, era quase noite, impossível o Jorge Baixinho identificar as
pessoas ao longe.
2 – Supostamente se a
vítima estivesse de joelhos, quando recebeu o tiro, a bala entraria pelo osso
frontal e sairia pelo occipital.
3 – Arma do crime
possivelmente atirada para os arbustos circundantes.
4 – Ausência de cápsula
no local do assassínio, provavelmente porque a arma utilizada foi um revólver
que não a ejeta após disparo. Ou o assassino utilizou pistola e recolheu o
invólucro!
5 – Vestígios de
pólvora nas mãos do Jorge Baixinho, caso não usasse luvas.
6 – Impressões digitais
na possível arma encontrada.
7 – Explicação de como ocorreu o assassinato!
NOTA DO AUTOR: (O
Gráfico)
...Apesar de se tratar
de um caso aparentemente de fácil resolução... haveria muita “coisa” para
explicar num relatório a condizer, minucioso e pertinente, técnico, direto e
infalível, se se tratasse de um torneio para “especialistas” de Problemística
Policiária... pelo que a indicação de Jorge Baixinho como culpado... devido à
trajetória do disparo (de baixo para cima!) por se tratar de uma fraca e baixa
figura comparada com a vítima... foi o suficiente para os decifradores, na
maioria estreantes (!), conseguirem os “10 pontos” da praxe! Todavia, para a
“seleção” dos “melhores”... todos aqueles fatores de valorização... contaram...
não importando apresentações de textos muito longos ou... curtos... o
importante foi referir... OS PORMENORES! E estes são critérios classificativos
de quem coordena, dirige e orienta, não ficando expostos a qualquer
contestação! A maneira como os relatórios foram apresentados, textualmente ou
com desenhos, fotos e “bonecos” serviram para os destaques da
“originalidade”... nunca esquecendo que os critérios de avaliação são sempre
submetidos, e indubitavelmente, à subjetividade da criatividade do orientador!
NÚMERO DE PARTICIPANTES
NAS 5 PROVAS ATÉ AO MOMENTO:
Problema Policiário n.º
1 = 52 Concorrentes.
Problema Policiário n.º
2 = 46 Concorrentes.
Problema Policiário n.º
3 = 50 Concorrentes.
Problema Policiário n.º
4 = 48 Concorrentes.
Problema Policiário n.º
5 = 50 Concorrentes.
Total de participantes,
até à Prova n.º 5: 60!
2º Torneio de Problemística Policiária RO
Problema 6
“Insp. Rodriguinho Investiga / Uma Morte Colorida”, original (inédito) de O Gráfico
O inesperado aconteceu entre um grupo de quatro amigos, já reformados,
todos eles com muito mais de setenta anos, mas aparentando boa saúde e
excelente forma física... uma morte violenta... que coisa... entre bons
companheiros! Os quatro inseparáveis compinchas eram ferrenhos adeptos do
futebol, cada um adepto de clube diferente... e adoravam jogar à “Sueca” aquele
jogo tradicional, em que cada um dos quatro jogadores, dois a dois, fica com
dez cartas, após o embaralhar e o “partir” ou “cortar” o baralho, entre um e
respetivo parceiro, onde quem dá cartas retira uma, por cima ou por baixo, para
mostrar o trunfo... referente a um naipe. Encontravam-se sempre para estas
jogatanas costumadamente na residência do Rolando que neste caso... é a vítima
encontrada morta! Rolando era Benfiquista e como anfitrião destas jogatinas que
eram intensas e se prolongavam por tardes e às vezes... noite oferecia sempre
apetitosos petiscos, pelo meio, cerveja, vinho tinto e água para o Patrício que
não ingeria bebidas alcoólicas e era sócio do Braga... manias, ele que nasceu e
foi criado na Cova da Piedade. Viam televisão, especialmente jogos de futebol,
aos fins-de semana, jogavam às cartas e, por vezes, os ânimos “aqueciam”...
juntando as rivalidades da “Sueca” com o clubismo... ui... quase dava
pancadaria, mas no outro dia já nada contava nem valia... nova reunião... mais
patuscadas e estava tudo bem, como se nada tivesse acontecido na véspera!
Joaquim, o mais idoso, gabava-se de ser sportinguista desde pequenino e ficava bastante exaltado quando lhe diziam que só ganhava um campeonato de 20 em 20 anos e não gostava nada, mesmo nada, de perder à “Sueca” e perdia... quase sempre, com o seu parceiro inseparável, o Zacarias que só tinha olhos para o F. C. do Porto! O mais abastado era o dono da sumptuosa vivenda onde vivia, na Charneca da Caparica, o Rolando, por isso proporcionava o convívio com os seus amigos de infância. Todos viviam sem companhia... um viúvo, neste caso, o Rolando, um divorciado o Patrício, um solteiro, nunca se casou, o Joaquim e outro viúvo, o Zacarias.
A residência do Rolando era enorme com terrenos em redor da moradia
repletos de flores e árvores, algumas de frutos, tudo bem tratado, mas a
“menina dos seus olhos” era a bem imaginada e arquitetada piscina, muito funda,
pintada no chão, dividido a meio, de azul-celeste e amarelo, com paredes
grandes e distintas, brilhantes, de cor igualmente amarela que originava uma
aparência enérgica, algo extravagante, excêntrica e sensual com os envolvidos e
misturados tons levemente azulados e cristalinos da água que a enchia.
Rolando trabalhou, desde tenra idade, em Artes Gráficas, assistindo ao
progresso e à evolução desta Indústria, durante 50 e longos anos desde
Tipografia, Litografia e Impressão Offset e tornou-se um mestre na arte de
misturar e achar novas cores utilizando as primárias: amarelo, vermelho e azul.
Estas cores envolvidas entre si, com o talento e engenho do manuseador dão
origem às chamadas secundárias e que são, como exemplo, o roxo, laranja e o
verde.
Patrício, apenas se queria divertir, nestes convívios, para ele perder ou
ganhar pouco lhe interessava, formou-se em Desporto e fez a sua vida como
Professor de Natação administrando aulas em piscinas aos seus praticantes de
Coletividades, Clubes e Câmaras Municipais. Era um ancião calmo e sereno.
Joaquim foi Polícia. Completou a Universidade e enveredou pela carreira
competente da Segurança Pública. Tinha o feitio mais problemático de todos.
Gostava do rigor e ria poucas vezes.
Zacarias trabalhou eternamente na Construção Civil era um homem alto e
corpulento, mas queria era galhofa, comer, beber bem e fazer passar o tempo.
A morte de Rolando, o crime, como ficou provado e foi solucionado pelo
Inspetor Rodriguinho e o seu Ajudante Lumafero -ambos documentaram este caso
como “Uma Morte Colorida”... devido ao aparato brilhante e expressivo como o
corpo foi encontrado! -foi perpetrado em casa da vítima, não se sabendo bem o
momento, mas evidentemente, após um dia de jogos de “Sueca”, televisão, comida
e bebida e talvez algumas discussões! Um dos habituais amigos, presentes nestes
convívios, em pleno verão, após terem saído da vivenda do Rolando, regressou ao
local e... deu-lhe um tiro no peito! A arma não se encontrava no local da morte
nem foi encontrado nenhum invólucro proveniente do disparo. Nas redondezas
ninguém ouviu o disparo pelo que talvez tenha sido usado um silenciador. O
cadáver foi encontrado na manhã seguinte e encontrava-se dentro da piscina... o
vermelho do sangue derramado misturava-se com as cores da água da piscina e do
fundo e paredes da mesma, numa visualização colorida de emoções fortes! Com o
corpo já fora de água, retirado pelos Bombeiros, o Inspetor Rodriguinho
verificou que o morto tinha numa das suas mãos, fechada, umas quantas folhas das
plantas trepadeiras que decoravam e embelezavam os muros dos arredores da
piscina, mas o que lhe fazia, a princípio, mais confusão era o facto bem
visível, devido aos rastos de sangue, do Rolando, ainda vivo e moribundo, após
ter levado o tiro, ter-se arrastado e atirado para dentro da piscina... onde
acabou por falecer, dando a ideia de tentar deixar pistas para a descoberta do
seu assassino! Que coragem! Uma ação destemida e incrível!
...Foi dentro destes pensamentos que o Inspetor Rodriguinho e o seu
Ajudante Lumafero se reuniram com os velhos amigos da vítima, o Patrício, o
Joaquim e o Zacarias, para uma breve conversa e prestação de depoimentos! E, na
verdade, concluídas todas as deduções e após recolhidas as informações de cada
um dos suspeitos... foi encontrado o assassino.
...Agora é a vez dos decifradores e solucionistas do Blogue do “Repórter
de Ocasião” (RO), dizerem de sua justiça perante esta morte colorida!
Apresentem a sua resposta/solução de como tudo teria acontecido e indiquem o
nome do culpado e o(s) pormenor(es) que o incriminam.
ENDEREÇOS E PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS/SOLUÇÕES
As respostas devem ser enviadas, impreterivelmente até 31 de outubro, através
de três exemplos:
a - Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de Luís
Rodrigues.
b - Por emails, correio eletrónico, de Luís Rodrigues:
reporter.de.ocasiao@gmail.com lumaferoma1958@sapo.pt
c - Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel Felizardo Rodrigues
Praceta Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA