“O INSPETOR RICK ATACA DE NOVO” – UM LIVRO DE CONTOS EM EMBRIÃO
Um novo livro de contos assinado pelo nosso confrade Ricardo Azevedo (mais conhecido no universo policiário por Abrótea) espreita no horizonte do universo editorial, que deve conhecer a luz do dia nos próximos meses. Tem por título “O Inspetor Rick Ataca de Novo” e é constituído por 13 (treze) originais, todos eles com dedicatória em forma de homenagem a destacados nomes do policiarismo nacional, alguns deles felizmente ainda entre nós e outros fazendo já parte de uma numerosa tertúlia que se vem reunindo ano-após-ano no desconhecido além, deixando entre nós um rasto infinito de saudade. Um destes nossos amigos é recordado assim pelo autor, num conto que tem por protagonista uma jovem de boa memória, uma tal e muito famosa Nelinha: “António Raposo, rápido de raciocínio, amigo de todos os amigos, brincalhão, bom solucionista, melhor produtor. A última vez que estive com este nosso ‘menino’ foi em Sintra. A primeira vez, já nem me lembro. Amadora? Coimbra? Passávamos horas na Tertúlia da Liberdade, primeiro no Rossio, mais tarde na Avenida da Liberdade, até que passámos para o Mercado da Ribeira. Chegámos a ter mesa cheia, só para nós, e não era pouca gente não. E aqui relembro também a Azeret. Mas a Nelinha só apareceu na minha vida aqui, ou será a filha da Nelinha? Ou apenas…” E segue o conto, com direito a “filme e música”. Mas esse só vão ler quando o livro for editado. Por agora, ficaremos com o oitavo original que se apresenta no nosso concurso de contos… de sua autoria:
“Um Caso Policial no Natal” – OITAVO CONTO
CHEGARAM OS PAIS NATAIS…, de Abrótea
Dedicado aos meus avós maternos, que durante décadas trabalharam e
tiveram uma, não uma, mas duas pedras no Mercado do Livramento, o velho
(hoje arrebitavam as orelhas, porque este mercado é considerado o mais bonito
da Europa e não é por eu ser visigodo que o digo, visigodo ou setubalense. Meus
velhinhos no momento não o reconheciam.
A minha “linda velhota”, que eu nem me lembro de nada, diz que na altura eu
tinha apenas três aninhos e os varandins do primeiro andar já existiam. Apanhei
duas palmadas bem dadas, conta ela, porque me pendurava em cima dos varandins. Foi
do meu avô… foram bem dadas, não sei, porque fazia mais avarias. Vocês,
estranhos a Setúbal, não conhecem, mas antigamente todos, ou quase todos, os
autocarros paravam na porta principal do mercado. Eu saía e entrava dentro de
um, de outro ou ainda de outro. Até que um belo dia, e isto é a minha mãe que
me conta, fui no autocarro quatro e um polícia chegou comigo.
Já toda a gente andava a perguntar por onde eu andava. E eu nem
sabia. E nessa manhã levei dois puxões de orelhas e quatro sapatadas, duas do
meu avô e duas da minha avó. Agora, anos depois, estou no primeiro andar de
novo, mas já com direitos. As festas natalícias aqui normalmente começam a 15
de novembro e terminam depois do dia de Reis. E aqui começa todo o problema,
porque, já adulto e em Setúbal, o “Boss” sabia que conhecia aquilo.
Meia noite e estou no mercado do Livramento. Sabíamos que durante aqueles
dias dezenas de pessoas eram assaltadas. Mas que aquilo tem proteção, ninguém
sabia? Conversando, passei a saber algumas coisas, e voltei para o andar onde
eu em pequeno andava. Eu sabia que todos os funcionários entravam pelas seis da
manha, e as portas abriam pelas sete.
Também no local onde estava conseguia olhar todo o mercado, algumas
mariposas menos Volantins e três pais Natal. Foi esses que segui. As barbinhas,
magros e as crianças em volta deles. A minha avó falava que o Pai Natal era
gordo, saco nas costas e descia pelas chaminés. Nunca o vi e nem quero ver. Mas
estes três foram presos, entraram magrinhos saíram gordos… e sabem porquê!!!!...
Boas festas e todos presos!
A Parte dois…
Segunda parte um ano depois, mas …
Não fugiram os dois … nem um só!!!
(Apenas um aparte: este era o segundo conto, mas como o nosso Inspetor pediu para eu desenvolver a narrativa, aí está! Isto era para ser um PASTICHE, mas assim desenvolvo aqui e vamos ver se bate tudo certo. A quem se lembrar, peço que me ajudem porque sei que isto saiu naquelas revistas das quais apenas tenho cinco e nem sei se eram as do Lima Rodrigues)
Mas vamos para o outro lado de Setúbal. Fui buscar a Cebolinha. O LP no
seu Policiário organizava nesse Domingo uma tertúlia em Santo André. Mas não,
não foi o LP, mas sim o Dic Roland. O Inspetor Paulo ainda por cima conseguiu
uma proeza. Eu que nem gosto de andar de barco, obrigou-me a ir por Troia. Ao
sair do barco (apenas é já ali), só que o já ali fica longe de tudo o
resto. Ao passarmos por Pinheiro da Cruz, ufa que coisa, tivemos que
parar. Todos nós conhecemos isso, enviámos muitos para lá, uns menos violentos,
outros mais ou menos, e ainda outros que organizavam a festa de Natal. Uma
festa talvez normal, talvez não!!!
O Inspetor Paulo, ainda no barco, recebeu uma mensagem. Como eu estava de
folga o assunto era com ele e nada comigo. Passei de lado, mas não o podia
deixar solitário, nem a Cebolinha. Que acontecia então?
Os meninos decidiram fazer uma peça teatral onde entrava o Pai Natal. Não
apenas um, mas muitos, muitos mesmo, meninos que de meninos não tinham nada. E
como eu referi, viram o nome do estabelecimento. Os mais reguilas e também os
menos.
Quem cultivava andava mais à vontade, mas sabiam que ali existia um
pinheiro enorme. Havia sempre dinheiro lá dentro, isso para quem trabalhava,
era o óbvio. Uma semana antes de Natal pediram uma audiência com a diretora.
Foi aceite e eis o que pediram – Senhora doutora precisamos de um
pinheiro para o iluminarmos e decorar, estamos no Natal, podemos?
Saiu-lhes a sorte grande e a pequena. O pinheiro foi instalado junto ao
muro e enquanto a peça teatral era encenada, as cadeiras iam ficando vazias. O
maior azar foi que nós tínhamos que passar por uma aldeola, DEIXA O RESTO. E
isso estava escrito na peça.
Boa sorte para todos e deixa o resto, aquele abraço do Abrótea
AVALIAÇÃO-PONTUAÇÃO
Os
nossos leitores têm a partir de agora 30 (trinta) dias para proceder à
avaliação deste terceiro conto a concurso e ao envio da pontuação atribuída,
entre 5 a 10 pontos (em função da qualidade e originalidade), através do email
salvadorsantos949@gmail.com. Recorda-se que o conto vencedor do concurso será o
que conseguir alcançar a média de pontuação mais elevada após a publicação de
todos os trabalhos, sendo possível (e muito desejada!) a participação dos
autores no “lote de jurados”, estando, porém, impedidos de pontuar os seus
originais (escritos em nome próprio ou sob a forma de pseudónimo), de maneira a
não “fazerem juízo em causa própria”.
Torneio Memória
Problema nº. 6 (e último!)
“A Pasta Desaparecida”
Que belo dia de
sol radioso!
Na salinha,
pequenina, entra a luz a jorros coada pelos grandes cortinados em seda.
— Como o tempo é
parecido com as pessoas!... — pensava Quim, um rapaz louro, que sentado a uma
pequena escrivaninha, folheava um livro policial... um livro da coleção XIS...
Ele tinha razão,
para assim pensar!
É que a noite
que antecedera tão belo dia havia sido infernal. De uma escuridão profunda,
intensa, açoitada por um vento forte, uivante, fazia desejar um sono reparador
do esgotamento causado pela árdua faina diária. Apenas se comparava, no
negrume, àquelas noites em que a falta de iluminação pública se faz sentir...
depois de uma luz intensa.
Mas não, naquela
noite os típicos candeeiros não se apagaram. Mas nem por isso a
conseguiram destoar. Eles mais pareciam pequenas velas de cera.
… … … … … … … … … … … … … … … … … … ….
Trrim...
Trrim... Trrim... Trrim... O telefone que toca, um braço que se estende, e eis
que, como por encanto, o auscultador baila-lhe na mão. Eram assim, largos,
todos os movimentos daquele maquiavélico rapaz...
Uns passos
largos, ombros direitos, e uns magros braços, dum comprimento extravagante...
Enfim,
ele, genuinamente português, mais parecia um
duplo de Bannister.
Está lá?... Ah!
É da casa Borges & Ferreira Ld.a. O que deseja?... Eu não me
demoro. Chego já aí.
Levantando-se
dum salto, quase a correr, tira o «boné à Sherlock» do bengaleiro e põe os
óculos de automobilista.
Parte no seu
carro em grande velocidade.
… … … … … … … … … … …
— Inspector,
como a pasta desapareceu, é que não se sabe. Bem vê: são trezentos contos. Veja
o que nos pode suceder se ela não aparecer.
A ponte de onde
o carro se despenhou tinha cerca de cinco metros de altura. O rio levava muita
água, mas onde o carro se encontrava, havia pouca, não conseguindo a sua
submersão. À volta, porém, era bastante fundo.
O Inspector Quim
mandou que trouxessem à sua presença Norberto Silveira, o portador da pasta
onde se transportavam os trezentos contos, e que, naquele local havia
desaparecido.
Era de mediana
estatura, obeso. Quase calvo, usava, a denunciar a sua miopia, óculos de
grossas lentes com aros de tartaruga.
— Conte-me como
se deu o acidente — ordenou Quim.
— Eu, juntamente
com o meu colega Aniceto, seguíamos no carro. Ele guiava e eu seguia a seu
lado. Entre nós ia a pasta com o dinheiro. O carro rodava velozmente quando,
aqui na ponte, se despistou; o meu colega e o carro despenharam-se, partindo o
gradeamento cimentado. Eu não sei como isto foi. Dei um salto, senti-me voar e
depois rolar no solo. Salvei-me da morte, pois que o meu colega morreu. Se o
carro não fosse descapotável teria morrido também. A pasta ficou no carro, pois
na posição em que ele está eu via-a perfeitamente.
— Então, porque
é que, sabendo o senhor que só depois de três horas de caminho, poderia
encontrar auxílio, não se atirou à água? — atalhou Quim.
— Porque não sei
nadar.
— Bem. É uma
razão. Tem algo mais a contar?
— Apenas que
cheguei ao nascer do sol junto dos meus patrões, a quem contei o mesmo que ao
senhor.
… … … … … … … … … … … …
Examinou-se,
depois, o cadáver de Aniceto. Ocasionara--lhe a morte, uma pancada no temporal
direito.
1) Como procedeu
o Inspector Quim?
2) Porquê? (Exponha o seu raciocínio).
A solução deve
ser enviada até ao final do dia 30 de junho de 2024, através do email apaginadosenigmas@gmail.com
Torneio Memória
5º PROBLEMA (“UM
PORMENOR”)
SOLUÇÃO DO AUTOR
(X-13)
1.º —
Evidentemente que a observação do Insp. Novais está cheia de lógica. O senhor
de M. mentiu. Coitadinho, ele tinha-se esquecido que... (Alto lá, Abdim! isso
já faz parte da 2.º resposta!...)
2.º — Pois é
verdade. O sujeito esqueceu-se ou não percebia nada de FÍSICA (valha a verdade
que também não «vejo nenhum»!...), porquanto, o relógio, que tinha a
particularidade de ser de parede, não podia badalar na posição em que ia — na
horizontal! Ora isso não podia ser, porque — vamos às «mecano-explicações»
a) Nos relógios
de parede o órgão regulador do movimento é o PENDULO.
Foi o Huygens
(que pelos vistos não tinha mais nada que fazer...) quem empregou pela 1.º vez
o dito pêndulo no dito relógio, utilizando o isocronismo das pequenas
oscilações.
Ora um pêndulo
só oscila quando está na posição vertical, que é como quem diz, quando está
suspenso...
O já tantas
vezes escrito «pêndulo», mais as molas e os pesos, são os órgãos motores do
relógio de parede; isto é, são eles que fazem trabalhar este. Ora se o relógio
estiver na posição horizontal (o sr. de M. sobraçava o embrulho, logo este,
forçosamente, tinha de ir inclinado)
Portanto, o,
senhor de M. mentiu!
Possivelmente,
vendo as coisas mal paradas, inventou aquela história para entregar o relógio
que pretendera roubar, sem despertar suspeitas.
Mas esqueceu-se...
Critério
Classificativo
Os concorrentes
deverão referir que:
a) a afirmação
do inspetor tem lógica;
b) por causa do
seu mecanismo pendular, o relógio apenas funciona na posição vertical;
c) como o senhor
M. levava o relógio debaixo do braço, seria na posição horizontal, logo não podia
tocar as badaladas.
Em relação às
questões colocadas no problema termos que a) corresponde à questão 1 e b) e c)
se relacionam com a resposta à questão 2.
Distribuição da
classificação
As três
alíneas - 10 pontos
Duas das alíneas
- 9 pontos
Uma das alíneas
- 8 pontos
Outras
hipóteses- 7 pontos
Há um pequeno
elemento que poderia lançar a dúvida. Nada nos diz que o ladrão não podia levar
o relógio na posição vertical. Há o desenho, mas na publicação original também
não há informação de que o desenho representa a situação descrita. De
qualquer modo, o inspetor não faria aquela afirmação se não verificasse que o
relógio não estava a ser transportado debaixo do braço na posição
horizontal.
Uma questão
importante: Para ter os 10 pontos, era necessário escrever que não se ouviam as
pancadas porque o relógio na posição horizontal não podia badalar. Não bastava
dizer que não se ouviriam as badaladas. Era preciso explicitar que o relógio
era transportado na posição horizontal.
Aí, houve alguns
pontos perdidos.
CLASSIFICAÇÕES
Pontuações
neste problema nº 5
Geral
10 pontos
Arjacasa
(TPBRO), Bernie Leceiro, Búfalos Associados, Clovis, Detetive Alberto,
Detective Jeremias, Detetive Nabo, Inspetor Boavida, Inspector
Moscardo, Inspector Pevides (TPBRO), Inspetor Ryckyi (TPBRO), Mac
Jr., Mag, Mali (TPBRO), O Gráfico (TPBRO). 15 concorrentes)
9 pontos
Abrótea,
Detetive Rosa, Doula, Edomar (TPBRO), Vic Key, Virmancaroli (TPBRO) (6
concorrentes)
8 pontos
Detective
Vasofe; Tiago Reis. (2 concorrentes)
7 pontos
Poluidora (1
concorrente)
Melhores
Arjacasa - 5
pontos
Mac Jr. - 4
ponto
Inspector Ryckyi
- 3 pontos
O Gráfico - 2
pontos
Mag - 1 ponto
Originalidade
O Gráfico - 5
pontos
Detective
Jeremias - 4 pontos
Inspector
Pevides - 3 pontos
Búfalos
Associados - 2 pontos
Arjacasa - 1
ponto
Classificação
Geral
À frente da
pontuação está a alínea do artigo 12º do regulamento utilizada no desempate.
1º Mac
Jr. 49 pontos a)
2º Detective
Jeremias 49 pontos a)
3º O Gráfico
(TPBRO) 48 pontos a)
4º Inspector
Boavida 48 pontos a)
5º Búfalos
Associados 48 pontos a)
6º Inspector
Moscardo 48 pontos a)
7º Arjacasa
(TPBRO) 47 pontos a)
8º Mali (TPBRO) 47 pontos a)
9º Mag (Ex LS
& Mag) 46 pontos a)
10º Bernie
Leceiro 46 pontos a)
11º
Clóvis 46 pontos d) o)
12º Detective
Nabo 46 pontos d) o)
13º
Doula 45 pontos
14º
Abrótea 41 pontos
15º Detective
Vasofe 40 pontos
16º Karl Marques
37 pontos
17º Rosa
Marques 35 pontos
18º Tiago
Reis 34 pontos
19º
Poluidora 30 pontos
20º
Guilherme 28 pontos o)
21º
Núbis 28 pontos o)
22º Kali Mero 26 pontos d)
23º Bertita 26 pontos d) o)
24º Háspide
26 pontos d) o)
25º Inspetora
Marta 25 pontos
26º Detective
Lurma 24 pontos d)
27º Pedro
Ribeiro 24 pontos d)
28º Xá do Reino
20 pontos g)
29º Menino
Nelito 20 pontos o)
30º Mister H 20 pontos o)
31º Cris
19 pontos
32º Inspetor
Pevides 18 pontos
33º Detective
Rosa 16 pontos o)
34º Vic
Key 16 pontos o)
35º Inspector
Ryckyi 10 pontos a)
36º Cláudia
Martinho 10 pontos o)
37º Detetive
Alberto 10 pontos o)
38º Detective
Silva 9 pontos o)
39º
Virmancaroli 9 pontos o)
40º
Edomar 9 pontos o)
41º Inspectora
Sardinha 8 pontos o)
42º A Bela
Mariana 8 pontos o)
43º Detective
Caracoleta 8 pontos o)
44º
ZAB 8 pontos o)
Melhores
À frente da
pontuação está a alínea do artigo 10º do regulamento utilizada no desempate.
1º Mac Jr 16
pontos
2º O
Gráfico 10 pontos
3º LS &
Mag 9 pontos
4º Detective
Jeremias 7 pontos
5º
Arjacasa 5 pontos
6º Inspetor
Boavida 4 pontos
7º Búfalos
Associados 3 pontos c)
8º Inspector
Ryckyi 3 pontos c)
9º Bernie
Leceiro 1 ponto c)
10º Inspetor
Moscardo 1 ponto c)
Originalidade
À frente da
pontuação está a alínea do artigo 10º do regulamento utilizada no desempate.
1º O
Gráfico 23 pontos
2º Mac Jr. 14 pontos
3º Bernie
Leceiro 11 pontos
4º Detective
Jeremias 10 pontos
5º Inspetor
Pevides 4 pontos
6º Inspector
Boavida 3 pontos b)
7º Búfalos
Associados 3 pontos b)
8º Inspector
Moscardo 2 pontos c)
9º Karl
Marques 2 pontos c)
10º Mali (TPBRO)
1 ponto c)
11º Arjacasa 1 ponto c)
12º Xá do Reino 1 ponto c)
Combinado
1º Mac
Jr 4 pontos
2º O
Gráfico 6 pontos
3º Detective
Jeremias 10 pontos
4º Inspetor
Boavida 16 pontos
5º Búfalos
Associados 19 pontos
6º Bernie
Leceiro 22 pontos
7º
Arjacasa 23 pontos
8º Inspetor Moscardo 24 pontos
O vencedor do
Livro em Sorteio neste problema foi INSPECTOR RYCKYI
OITO ANOS DE DESAFIOS E ENIGMAS POLICIÁRIOS NO AUDIÊNCIA
Celebra-se
este mês o oitavo aniversário da nossa secção, nascida exatamente a 1 de junho
de 2016 nas páginas do jornal AUDIÊNCIA, replicada pouco tempo depois no blogue
LOCAL DO CRIME, onde ainda hoje se mantém com um crescente número de visitas
considerável (uma média de 8.700 mês) de seguidores nacionais e de vários
países estrangeiros, como Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Canadá, França,
Suíça, Suécia, Eslováquia, Irão, Turquia, Israel e outros. Por aqui têm passado
concursos de contos e de produção de enigmas policiais, torneios de decifração
policiária e muitas outras iniciativas que determinam o uso das células
cinzentas e constituem verdadeiros desafios à nossa destreza intelectual e a conhecimentos
de cultura geral.
Duas
dessas iniciativas (concurso de produção “Mãos à Escrita!” e torneio de
decifração “Solução à Vista!”), promovidas em 2023, conheceram no último
domingo de maio passado o seu epílogo, com a entrega dos prémios em disputa,
num alegre convívio realizado no restaurante Sabores de Sintra, em São Pedro de
Sintra, que reuniu 11 (onze) policiaristas de norte a sul país, de Viseu a
Setúbal, do qual publicaremos em próxima edição uma pequena nota de reportagem.
Entretanto, regressamos agora ao concurso de contos atualmente em curso, com a publicação da conclusão do sétimo original, recordando a parte final do texto da sua primeira parte:
“(…)
- Não diga isso homem, eu vivo só há muito tempo, depois de uma vida
feliz com mulher e filhos e não sei o que hei de fazer à minha vida…! - desabafou
o estranho e continuou…
-Olhe, neste momento, só tenho esta companhia (exibiu uma garrafa
de whisky na mão esquerda) e já estive a comer uma pizza numa pizzaria! Você
lá sabe o que é estar só em casa, sem ninguém!? Chegamos lá, à noite, a mesma
está fria, gelada, sem uma ponta de mimo, sem calor humano… nem me
apetece confecionar comida. Janto sandes e coisas enlatadas. Às vezes
nem mudo de roupa, sento-me no sofá vejo televisão e adormeço… De manhã acordo,
lavo a cara e vou para o trabalho… Não me apetece fazer nada e a casa está
sempre suja, desarrumada, húmida… Quem me dera que a minha mulher voltasse para
mim e me devolvesse os meus filhos… É que isto de estar e viver só, tem
muito que se lhe diga… uma coisa é querermos estar sós, sabendo conscientemente
que temos família em casa… há sempre o regresso e a família lá está à nossa
espera, mesmo havendo discussões e muitas arrelias… outra coisa é estarmos e
permanecermos realmente sós e vivermos sem qualquer companhia!!! Não desejo
isto a ninguém. É horrível. É uma miséria…
Ele ouviu, primeiramente perplexo e depois sereno, esta comunicação de
desgostos daquele homem desconhecido e abruptamente como que atingido por um
vislumbre fulminante retorquiu:
-Oh, homem, venha daí vamos passar a consoada a minha casa!...”
“Um Caso Policial no Natal” – SÉTIMO CONTO
YHWH, de L. Manuel F. Rodrigues
II – PARTE (conclusão)
Esquecera-se completamente do propósito da sua misteriosa saída noturna.
Caminharam juntos até à sua residência. A porta cá em baixo estava entreaberta…
estranhou porque ficava sempre trancada! Subiram as escadas e chegaram ao seu
2.º andar esquerdo daquele prédio trintenário… Ele à frente, como um cicerone
qualificável, o solitário na retaguarda. Colocou as mãos num dos bolsos do
agasalhado vestuário em busca da chave da porta e curiosamente não a encontrou…
Voltou-se para trás e comentou para o seu novo amigo:
– Não compreendo, quase jurava que tinha o porta-chaves no bolso! Não
faz mal, tocamos à campainha.
E assim sucedeu em simultâneo com um último desabafo:
– Amigo, prepare-se para a confusão… vai voltar a gostar de ficar
só!...
Trim… trim… (som da campainha).
A porta abriu-se e deu de caras com a esposa.
– Amigo, venha daí... -exclamou virando-se para trás… Não viu
ninguém... (!?) Estava só! Ficou estupefacto! Que coisa... O homem tinha
desaparecido...!
Proclama a mulher, perante a perturbação e o rosto pasmado do marido:
– Oh, homem, saíste!?... O que é que tens, o que foi!? Parece que
viste um fantasma?? -interrogou-se.
- Hem!? Não, nada, eu… não foi nada… fui só até lá fora espairecer…
- justificou-se.
-----oooOooo-----
Entrou de ombros encolhidos e despiu a pesada e confortável samarra
enquanto o seu odor preferido de bacalhau cozido com batatas se expandia pelo hall
de entrada. Olhou novamente para a porta de acesso ao seu lar, doce lar (!?) e
mantendo-se intrigado, depressa o mistério se desvaneceu proferindo de seguida
para as filhas que estavam na cozinha:
-Queridas, vamos ao bacalhauzinho que deve estar delicioso, como
sempre…!
Entrou na sala e aconchegou-se no sofá, a televisão estava ligada. Antes
de se sentar à mesa e enquanto meditava no sucedido olhou para a deslumbrante
árvore de Natal da família – era repetidamente a mesma, na última dezena de
anos! – e lá observou com um sorriso matreiro os embrulhinhos da praxe a si
destinados… De certeza, mais uma vez, as prendas da garrafinha do tinto
especial e o aftershave juntamente com a água-de-colónia de marca, para
não lembrar das peúgas e cuecas, estavam prontinhas para serem desembrulhadas…!
Mas, primeiro, havia que degustar o tentador e irrepreensível
fiel-amigo!!
-----oooOooo-----
Entram na sala de rompante com as travessas na mão, compostas de
suculenta comida, as suas três filhas e exclamam num misto de irritação e
carinho, em uníssono:
– Papá, ainda não te descalçaste…!?!
Natal de 2007
AVALIAÇÃO-PONTUAÇÃO
Os
nossos leitores têm a partir de agora 30 (trinta) dias para proceder à
avaliação deste terceiro conto a concurso e ao envio da pontuação atribuída,
entre 5 a 10 pontos (em função da qualidade e originalidade), através do email
salvadorsantos949@gmail.com. Recorda-se que o conto vencedor do concurso será o
que conseguir alcançar a média de pontuação mais elevada após a publicação de
todos os trabalhos, sendo possível (e muito desejada!) a participação dos
autores no “lote de jurados”, estando, porém, impedidos de pontuar os seus
originais (escritos em nome próprio ou sob a forma de pseudónimo), de maneira a
não “fazerem juízo em causa própria”.
Torneio Cultores do Policiário
CLASSIFICAÇÃO
PRÉMIO COMBINADO APÓS A 5ª ETAPA
1.º – Photus A.D.
- (10 Pontos) = (2+1+3+4)
2.º – Inspector
Aranha - (12 Pontos) = (4+3+4+1)
3.ª – Detective
Jeremias - (18 Pontos) = (3+2+8+5)
4.º – Mac Jr.
- (23 Pontos) = (10+5+5+3)
5.ºs – Búfalos
Associados - (26 Pontos) = (5+4+10+7)
6.º – Paulo
- (27 Pontos) = (15+8+2+2)
7.º – Inspetor
Boavida - (37 Pontos) = (11+6+12+8)
8.ª – Cocas
- (40 Pontos) = (1+11+16+12)
9.ª – Sofia
Ribeiro - (52 Pontos) = (7+14+11+20)
10.º – Inspector
Pevides - (55 Pontos) = (24+10+7+14)
11.º – Faria
- (57 Pontos) = (6+7+27+17)
11.º – Inspector
Ryckyi - (57 Pontos) = (12+13+13+19)
11.º – Inspetor
Moscardo - (57 Pontos) = (8+16+18+15)
14.º – O Pegadas
- (59 Pontos) = (16+9+25+9)
15.º – Arjacasa
- (78 Pontos) = (25+11+24+18)
16.º – Big Ben
- (82 Pontos) = (22+17+20+23)
17.º – Joel
Trigueiro - (83 Pontos) = (17+14+26+26)
18.ª – Rainha
Katya - (84 Pontos) = (19+19+16+30)
19.º – Eduardo
Oliveira - (95 Pontos) = (32+20+32+11)
20.º – Visigodo
- (96 Pontos) = (29+22+20+25)
21.º – Ribeiro de
Carvalho - (98 Pontos) = (18+17+28+35)
22.ª – Inspectora
Sardinha - (111 Pontos) = (39+20+30+22)
Únicos concorrentes que já conseguiram obter pontos nas “Melhores”, “Mais Originais” e
“Combatividade”.
Torneio Cultores do Policiário
CLASSIFICAÇÃO APÓS
A 5ª ETAPA
DECIFRAÇÃO + MELHORES + ORIGINALIDADE + COMBATIVIDADE
1.ª - Cocas (Portalegre) = 49,5+08+14+59.
2.º - Photus A.D.
(Belém-Lisboa) = 49+30+69+104.
3.ª - Detective
Jeremias (Santarém) = 49+28+54+97.
4.º - Inspector Aranha (Santarém) = 49+27+68+122.
5.ºs - Búfalos Associados (Lisboa) = 49+22+44+90.
6.º - Faria (Évora) = 49+17+06+43.
7.ª - Sofia Ribeiro (Charneca de Caparica) = 49+06+31+38.
8.º - Inspetor Moscardo (Santarém) = 49+05+13+44.
9.ª - CN13 (Charneca de Caparica) = 49+00+11+11.
10.º - Mac Jr. (Apúlia) = 48,5+20+67+117.
11.º - Inspetor Boavida (Charneca de Caparica) = 48,5+18+26+85.
12.º - Inspector Ryckyi (Amora) = 48,5+07+22+40.
13.º - Clóvis (Viseu) = 48,5+00+13+53.
14.º - Molécula (Évora) = 48,5+00+04+44.
15.º - Paulo (Viseu) = 48+15+82+120.
16.º - O Pegadas (Braga) = 48+14+08+76.
17.º - Joel Trigueiro (Costa da Caparica) = 48+06+07+18.
18.º - Ribeiro de Carvalho (Torres Novas) = 48+04+05+03.
19.ª - Rainha Katya (Charneca de Caparica) = 48+03+14+11.
20.ª - Mali (Lisboa) = 48+00+85+96.
21.ª - Pintinha (Lisboa) = 48+00+61+27.
22.º - Big Ben (Amadora) = 47,5+04+12+29.
23.º - Bernie Leceiro (Matosinhos) = 47,5+00+48+75.
24.º - Inspector Pevides (Oeiras) = 47+11+60+52.
25.º - Arjacasa (Valpaços) = 47+08+10+41.
26.º - Inspector Cláudio (Lagos) = 47+00+03+09.
27.ª - Carluxa (Lagos) = 47+00+00+02.
28.º - Jorrod (Burgau) = 47+00+00+00.
29.º - Visigodo (Setúbal) = 45+01+12+20.
30.º - Detective Nabo (Aldeia do Nabo) = 45+00+00+03.
31.ª - Margareth (Lagos) = 45+00+00+00.
32.º - Eduardo Oliveira (Loures) = 44,5+02+01+63.
33.º - Zé Alguém (Lagos) = 44+00+00+00.
34.º - Carlos Caria (Lisboa) = 43,5+00+00+08.
35.º - 1.º Sargento (Laranjeiro) = 43+00+00+14.
36.ª - Ana Marques (Lisboa) = 43+00+00+04.
37.º - JC Al (Londres) = 42+00+21+14.
38.º - Marino (Lisboa) = 40+00+00+00.
39.ª - Inspectora Sardinha (Armação de Pêra) = 39+02+03+32.
40.º - Detective Caracoleta (Charneca Caparica) = 39+00+00+00.
41.ª - Detective Silva (Cova da Piedade) = 38+00+00+00.
42.º - Vic Key (Bombarral) = 19,5+00+17+13.
43.º - Jartur (Porto) = 18+00+11+33.
44.ª - Sandra Ribeiro (Almada) = 17+01+00+00.
45.ª - Ana Carla Silva (Almada) = 17+00+00+00.
46.ª - Detective Suricata (Braga) = 16+00+00+00.
47.ª - CA7 (Sobreda... City) = 15+00+00+00.
48.ª - Edomar (Montijo) = 10+00+00+00.
48.º - Virmancaroli (Montijo) = 10+00+00+00.
50.º - Satanás (Lisboa) = 09+00+00+00.
51.º - Pedro Monteiro (Sobreda) = 07+00+00+01.