Já é conhecida a
solução de autor do Problema a Prémio “de aquecimento para o Torneio Rápido”, publicado
a 10 de julho de 2024. Ei-la:
O MISTÉRIO DA
MORTE DE JACINTO, de Paulo
A alínea correta
é B – Rodrigo matou o padrasto.
Qual é o
fundamento desta acusação?
Comece-se por
definir que se está perante um assassínio e não um suicídio.
Jacinto é
esquerdino como o provam a caneta e a arma sob a mão esquerda.
O narrador foi o
único que entrou no compartimento onde estava o corpo, além do assassino, e
fechou a porta quando saiu. Não fez nenhuma referência à arma do crime. Quando
Narciso Morais chegou, sabia que a morte ocorrera por efeito de um revólver.
Considerando que Narciso Morais não era o assassino, e só este e o narrador
sabiam da existência da arma, só poderia ter sido o assassino a fazer ao
investigador esta comunicação.
A única pessoa
ligada ao caso que falou com o Narciso Morais antes de ele chegar foi o
Rodrigo, e por isso só pode ter sido ele a fazer essa comunicação. Logo, o
Rodrigo é o assassino.
POLICIARISTA PREMIADO
Foram 29
os concorrentes que apresentaram propostas de solução a este enigma, com 23
concorrentes a escolher a opção certa e 6 concorrentes a apontar uma das
restantes opções. Entre todos os concorrentes foi sorteado o livro “A
Mulher à Janela” de A. J. Finn e o premiado foi… Tiago Reis.
Caros Amigos,
Como aqui, no LOCAL DO CRIME, não há qualquer limitação de espaço, como acontece nas páginas do jornal AUDIÊNCIA GP, publicamos na íntegra o décimo primeiro conto do Concurso “Um Caso Policial no Natal”:
“Um Caso Policial no Natal” – DÉCIMO PRIMEIRO CONTO
UM CRIME NA NOITE DE NATAL, de Paulo
Está
um homem totalmente repousado, pensando que no dia de Natal não acontece nada, quando, logo pela manhã, lhe atiram
com um crime para os braços. Reconheço que
estava de serviço, mas sempre pensei que sucedesse o mesmo que acontece quase todos os anos, e refiro-me a todos
aqueles em que fiz serviço no dia de Natal:
nada. Só que, desta vez, fui mesmo atirado para o centro de um crime.
Demorei
cerca de quarenta minutos a chegar à casa onde ocorrera a morte. Ficava afastada do centro da cidade, já em pleno meio rural.
Normalmente, demoraria entre quinze a vinte
minutos para fazer o percurso, mas o piso da estrada não estava a pedir velocidades elevadas nem a permitir uma condução nos
limites do perigo. Havia neve, muita neve,
embora o negro do asfalto ficasse disponível na zona onde passavam as rodas dos veículos automóveis. Para ser sincero,
também não tinha muita pressa para chegar ao destino.
Dispensava bem um crime naquele dia.
Estacionei
na rua e dirigi-me para um portão que estava com uma das duas metades aberta, mantendo-se a outra fechada. Da rua
até à entrada da casa, já não seria possível
caminhar sem me furtar à neve que cobria os cerca de dez metros que mediria o carreiro até à porta. Para evitar contaminar, com os
meus resíduos, o ambiente que cercava o crime,
coloquei os pés sobre uma das séries de pegadas ali existentes, que saiam de outro carro estacionado na estrada, junto do
meu, e que eram, quase de certeza, pertencentes
a algum dos elementos que já estava dentro da casa a fazer as perícias técnicas.
A
porta estava fechada e eu tive que bater, com a esperança que alguém me ouvisse e viesse abri-la. Tinha-me esquecido de
premir o botão da campainha, que estava junto do
portão que dava acesso à rua, e só me restava a expectativa de que agora me escutassem.
Ouviram!
A porta foi aberta por uma mulher vestida com um fato-macaco branco, luvas e óculos de proteção. O facto de já nos
conhecermos evitou que eu tivesse que mostrar a
minha identificação.
Olhei
para o relógio que tinha no pulso. Eram dez horas e cinquenta minutos, e, só após esta verificação horária, os meus passos
avançaram para o interior da casa, deixando que
os olhos começassem a verificar o cenário onde ocorrera o crime que me estragara o dia de Natal.
As paredes
que eu observava tinham todas a mesma cor, que eu não conseguia definir, estando pintadas com um branco mais escuro
do que o verdadeiro branco que cobria o teto.
Eram visíveis dois pequenos quadros: um, com uma paisagem de um casebre junto a um rio, numa pintura de cores muito
luminosas, e o outro, com uma composição
abstrata, em tons de azul, branco e amarelo.
Transpus
o pequeno átrio e deparei-me com uma sala, onde, junto de uma lareira apagada, se acumulavam alguns presentes, que
obviamente ninguém abrira, e uma árvore de
Natal. Mais para o centro do aposento, existia uma mesa com uma toalha com desenhos de árvores e sinos, sobre a qual estavam
alguns recipientes com doces, daqueles que
normalmente associamos ao Natal, e ainda alguns frutos secos. Claro que também havia um morto no chão do compartimento.
Via
dois técnicos a espalharem pó pela sala, em busca de possíveis impressões digitais que explicassem alguma coisa, o que não me
parecia muito provável, e um médico, o Renato
Rebocho, com quem eu já me cruzara inúmeras vezes em trabalho, que me informou, numa primeira análise, pouco fiável,
conforme me avisou, de que a vítima morrera
entre a uma hora e as duas da manhã com uma violenta pancada na cabeça. Claro que esse embate nem precisava de ser
descrito, pois era perfeitamente visível, no
corpo caído, uma massa ensanguentada que só poderia vir de um ferimento na zona parietal direita.
— E o
que lhe terá provocado o ferimento?
— Deve
ter sido este ferro, — apontou uma barra preta que estava caída no chão junto da lareira — que serve para mexer nas brasas e
nas cavacas.
Após
estas palavras, o Renato fixou a olhar em mim.
— E
não me vais perguntar quem é o assassino?
—
Claro que não! Essa descoberta é o meu trabalho. O teu é mais simples.
Fiz
uma pausa, e o Rebocho logo acrescentou.
— Dá
para perceber, por ter usado uma arma improvisada, que o assassínio não estava planeado.
Se ele
queria guerra, iria tê-la.
Mas,
entretanto, eu desviei os olhos para um técnico que se aproximava do atiçador com um saco plástico numa das mãos.
—
Estão aqui uns cabelos colados. — Disse, enquanto os metia no saco.
A
vítima parecia ter sido apanhada de surpresa, uma vez que não havia sinais de luta no cenário. Um combate entre duas pessoas,
naquele local, levaria a que os embrulhos com os
presentes tivessem alguma desarrumação.
O rumo
dos pensamentos desviou-se.
— E
tu, Natália? Que me contas? — Perguntei para a pessoa que me abrira a porta. Deparar com alguém com aquele nome, naquele
dia e naquele local, só contribuía para eu ficar
mais incomodado. Bastava-me ter que falar com ela, para sentir uma pequena irritação.
— Há
mais três pessoas cá em casa. Fernanda, a mulher de Casimiro, a vítima, e os seus dois filhos com sete e oito anos: dois
rapazes.
— Mais
três, não. Se calhar são mais quatro. O assassino?
A
Natália franziu as sobrancelhas.
— É
por ser Natal? Estás mal disposto?
Achei
melhor não ligar àquela provocação e pedi-lhe mais informações.
—
Ainda não falei com os filhos, mas devem ter passado a noite a dormir. A esposa diz que ela e o marido se deitaram pouco
depois da meia-noite, e ele ficou de, passado algum tempo, vir colocar os
presentes para os filhos os encontrarem de manhã. Deve
ter vindo, mas ela estava a dormir e não deu por nada. Hoje, de manhã, quando acordou e não o viu, pensou que ele já se teria
levantado, antes dela, pelo que quando chegou à
sala teve uma grande surpresa ao ver o marido morto.
—
Veremos se foi assim uma surpresa tão grande.
Fiz
uma pausa para olhar em redor. Continuava a azáfama da recolha de vestígios.
— E lá
fora? É melhor vermos bem o exterior antes de chegar a ambulância que transportará o corpo, e que vai estragar todos os
vestígios que lá possam estar.
Dirigi-me
para a porta. Era uma sorte estar neve. Se tivesse existido um assassino a fugir da casa, a neve, que parara de cair por volta
das nove da noite, teria deixado a memória da
sua passagem.
Entre
a porta da casa e a rua viam-se várias séries de pegadas que deveriam pertencer aos elementos da polícia. Perto da porta,
numa zona sem arbustos, à direita, havia marcas
no chão. Dois riscos paralelos, como se duas tábuas ali tivessem estado pousadas, e umas estranhas pegadas: oito. Pareciam
meias luas, lado a lado, simetricamente, como
imagem e objeto num espelho.
—
Vacas? Cavalos? — Perguntou-me a Natália.
Não me
apeteceu responder, embora estivesse a perceber o que se passara. Fiquei a observar umas pegadas de bota que se dirigiam para
parede, como se alguém fosse por lá subir, e
depois a virem no sentido oposto.
—
Natália, vai saber junto da viúva a que horas é que a lareira ficou apagada, e
se ela já verificou se alguém mexeu nos
presentes.
Começava
a formar-se uma ideia na minha mente. Um filme do que se passara. Apenas precisava das confirmações. Casimiro, a
testemunha imprevista, estivera no local errado,
na hora incorreta, e isso custara-lhe a vida.
Voltei
para dentro, onde a Natália já me aguardava.
— Diz
que a lareira se apagou um pouco antes da meia-noite, e, — parou um instante, como se esperasse que eu dissesse algo —
parece que adivinhas: há dois embrulhos que ela
não conhecia; mas admite que tenham sido comprados pelo falecido.
Não
mostrei a Natália o que eu estava a cogitar. Então a viúva achava que houvera presentes ocultos. Que pensasse o que lhe aprouvesse,
porque eu já não tinha dúvidas.
—
Vou-me embora! Já resolvi este caso, mas agora vou tratar de arranjar quem pegue na minha resolução.
— E
não vais ouvir a viúva?
Deixei-a
sem resposta e nem me despedi de mais ninguém. Tinha tempo de ouvir quem quisesse. Depois! Agora tinha que, na sede,
fazer um telefonema urgente. Queria continuar a
ter o meu dia de Natal. Tinha que resolver aquele assunto.
—
Estou, sim… Obrigado! É do Ministério dos Negócios Estrangeiros?... Daqui, é da
Polícia Judiciária! Inspetor Felisberto Salmoura…. Sim, é verdade. Podem devolver
a chamada para a Polícia Judiciária e verificarem que sou eu mesmo.… Estou com
um problema, que julgo que também é vosso…. Sim, não estou enganado, também é
vosso. Sim… nós descobrimos crimes, e é por isso que vos estou a ligar….
Mataram um homem! O que é que têm a ver com isso? … Têm muito!... Deixem-me
falar, que eu já explico. Eu sei que é Natal, mas é Natal para todos. Para mim,
para si, para o criminoso, e só não é para a vítima, porque já morreu. Por
isso, se está aí de serviço, faça como eu: trabalhe, ou seja, ouça-me.
O problema não é o crime, é o criminoso!… Sim,… é convosco. Não, não foi ninguém do ministério que foi o criminoso, nem o senhor ministro foi assassinado, nem o senhor secretário de estado, nem ninguém daí. Por que é que eu vos estou a ligar?... Deixe-me terminar. Eu sei quem é o criminoso, mas ele não é português. Foi apanhado a colocar dois presentes e não gostou. Devo contactar a embaixada do país do assassino? Claro que eu poderia fazê-lo, se pudesse, …mas eu faria isso, se fosse fácil. O caso é complicado. Ultrapassa o que eu posso fazer!... Finlândia, Noruega, Suécia e Rússia. Escolham! Para onde se deve enviar o pedido de extradição? O assassino é o Pai Natal. Vem da Lapónia”
MAIS UM CONTO POLICIAL PARA LER NESTE TEMPO DE FÉRIAS
Enquanto alguns dos nossos confrades gozam as delícias dos dias quentes deste verão, estendidos à beira-mar numa qualquer praia do nosso país, ou fora de portas, e outros o fazem à sombra de uma frondosa árvore num qualquer lugar deste planeta à beira do colapso iminente, devido à existência de buracos cada vez maiores na camada superior do ozono que põem em perigo a estabilidade do nosso habitat, por aqui vamos cumprindo rigorosamente as datas de publicação da nossa secção, dando a conhecer desta feita a primeira parte do décimo primeiro conto policial.
“Um Caso Policial no Natal” – DÉCIMO PRIMEIRO CONTO
UM CRIME NA NOITE DE NATAL, de Paulo
I – PARTE
Está
um homem totalmente repousado, pensando que no dia de Natal não acontece nada, quando, logo pela manhã, lhe atiram
com um crime para os braços. Reconheço que
estava de serviço, mas sempre pensei que sucedesse o mesmo que acontece quase todos os anos, e refiro-me a todos
aqueles em que fiz serviço no dia de Natal:
nada. Só que, desta vez, fui mesmo atirado para o centro de um crime.
Demorei
cerca de quarenta minutos a chegar à casa onde ocorrera a morte. Ficava afastada do centro da cidade, já em pleno meio rural.
Normalmente, demoraria entre quinze a vinte
minutos para fazer o percurso, mas o piso da estrada não estava a pedir velocidades elevadas nem a permitir uma condução nos
limites do perigo. Havia neve, muita neve,
embora o negro do asfalto ficasse disponível na zona onde passavam as rodas dos veículos automóveis. Para ser sincero,
também não tinha muita pressa para chegar ao destino.
Dispensava bem um crime naquele dia.
Estacionei
na rua e dirigi-me para um portão que estava com uma das duas metades aberta, mantendo-se a outra fechada. Da rua
até à entrada da casa, já não seria possível
caminhar sem me furtar à neve que cobria os cerca de dez metros que mediria o carreiro até à porta. Para evitar contaminar, com os
meus resíduos, o ambiente que cercava o crime,
coloquei os pés sobre uma das séries de pegadas ali existentes, que saiam de outro carro estacionado na estrada, junto do
meu, e que eram, quase de certeza, pertencentes
a algum dos elementos que já estava dentro da casa a fazer as perícias técnicas.
A
porta estava fechada e eu tive que bater, com a esperança que alguém me ouvisse e viesse abri-la. Tinha-me esquecido de
premir o botão da campainha, que estava junto do
portão que dava acesso à rua, e só me restava a expectativa de que agora me escutassem.
Ouviram!
A porta foi aberta por uma mulher vestida com um fato-macaco branco, luvas e óculos de proteção. O facto de já nos
conhecermos evitou que eu tivesse que mostrar a
minha identificação.
Olhei
para o relógio que tinha no pulso. Eram dez horas e cinquenta minutos, e, só após esta verificação horária, os meus passos
avançaram para o interior da casa, deixando que
os olhos começassem a verificar o cenário onde ocorrera o crime que me estragara o dia de Natal.
As
paredes que eu observava tinham todas a mesma cor, que eu não conseguia definir, estando pintadas com um branco mais escuro
do que o verdadeiro branco que cobria o teto.
Eram visíveis dois pequenos quadros: um, com uma paisagem de um casebre junto a um rio, numa pintura de cores muito
luminosas, e o outro, com uma composição
abstrata, em tons de azul, branco e amarelo.
Transpus
o pequeno átrio e deparei-me com uma sala, onde, junto de uma lareira apagada, se acumulavam alguns presentes, que
obviamente ninguém abrira, e uma árvore de
Natal. Mais para o centro do aposento, existia uma mesa com uma toalha com desenhos de árvores e sinos, sobre a qual estavam
alguns recipientes com doces, daqueles que
normalmente associamos ao Natal, e ainda alguns frutos secos. Claro que também havia um morto no chão do compartimento.
Via
dois técnicos a espalharem pó pela sala, em busca de possíveis impressões digitais que explicassem alguma coisa, o que não me
parecia muito provável, e um médico, o Renato
Rebocho, com quem eu já me cruzara inúmeras vezes em trabalho, que me informou, numa primeira análise, pouco fiável,
conforme me avisou, de que a vítima morrera
entre a uma hora e as duas da manhã com uma violenta pancada na cabeça. Claro que esse embate nem precisava de ser
descrito, pois era perfeitamente visível, no
corpo caído, uma massa ensanguentada que só poderia vir de um ferimento na zona parietal direita.
— E o
que lhe terá provocado o ferimento?
— Deve
ter sido este ferro, — apontou uma barra preta que estava caída no chão junto da lareira — que serve para mexer nas brasas e
nas cavacas.
Após
estas palavras, o Renato fixou a olhar em mim.
— E
não me vais perguntar quem é o assassino?
—
Claro que não! Essa descoberta é o meu trabalho. O teu é mais simples.
Fiz
uma pausa, e o Rebocho logo acrescentou.
— Dá
para perceber, por ter usado uma arma improvisada, que o assassínio não estava planeado.
Se ele
queria guerra, iria tê-la.
Mas,
entretanto, eu desviei os olhos para um técnico que se aproximava do atiçador com um saco plástico numa das mãos.
—
Estão aqui uns cabelos colados. — Disse, enquanto os metia no saco.
A
vítima parecia ter sido apanhada de surpresa, uma vez que não havia sinais de luta no cenário. Um combate entre duas pessoas,
naquele local, levaria a que os embrulhos com os
presentes tivessem alguma desarrumação.
O rumo
dos pensamentos desviou-se.
— E
tu, Natália? Que me contas? — Perguntei para a pessoa que me abrira a porta. Deparar com alguém com aquele nome, naquele
dia e naquele local, só contribuía para eu ficar
mais incomodado. Bastava-me ter que falar com ela, para sentir uma pequena irritação.
— Há
mais três pessoas cá em casa. Fernanda, a mulher de Casimiro, a vítima, e os seus dois filhos com sete e oito anos: dois
rapazes.
— Mais
três, não. Se calhar são mais quatro. O assassino?
A
Natália franziu as sobrancelhas.
— É
por ser Natal? Estás mal disposto?
(continua na próxima edição)
NOTÍCIAS DO
BLOGUE “A PÁGINA DOS ENIGMAS”
Já é conhecido o
primeiro problema do Torneio Rápido. Rápido porque não tem
muitos problemas, e rápido no tipo de resposta exigida: apenas a indicação da
opção correta.
Torneio
Rápido
Problema nº 1
O mistério da
morte do traficante
Autor: Paulo
Era uma
residencial barata numa rua escura e mal frequentada. As paredes exteriores do
prédio, de um amarelo esburacado e desbotado, coincidiam com o interior mal
conservado. Lá dentro, um homem jazia de bruços, no chão, com as mãos sob
o ventre. Brotara sangue do nariz, em quantidade não muito elevada, e a
posição da cabeça em relação ao tronco não deixava qualquer dúvida sobre o
estado de cadáver do corpo a meus pés. Olhando para cima observei, após o
último degrau das escadas, o patamar sem proteção.
A vítima vestia
uma camisola verde, onde pousava o corrimão do patamar, que caíra lá de
cima, e umas calças de ganga azul. Sapatilhas azuis com riscas brancas
escondiam-lhe os pés.
Subi os degraus
de madeira decadente até ao topo. No percurso, lancei a mão ao corrimão da
escada, que estremeceu, mostrando não ser necessária grande força para que se
precipitasse no vazio. No patamar, na extremidade oposta àquela onde
desembocavam os degraus, via-se a passadeira levantada. Sem dúvida que se
alguém tropeçasse e se desequilibrasse, não teria sido o corrimão do patamar
que teria evitado a queda.
Eu conhecia o
morto. Um conhecido consumidor e traficante de heroína. Se não se curasse
da toxicodependência, um dia qualquer uma overdose seria a
causa da sua morte. O destino, ou alguém por ele, antecipara-se.
Depois de
observar o cenário a partir do patamar, voltei para baixo.
Tinha sido o
proprietário e rececionista da residencial quem dera o alarme. Só estava mais
um hóspede no edifício no momento da queda, também ele conhecido por traficar
droga.
- Eu estava a
sair do meu quarto, ao fundo (apontou para a extremidade do corredor que
desembocava no patamar fatídico), quando vi o Melro (era esta a alcunha do
morto), a caminhar, a tropeçar na passadeira, a deitar a mão ao corrimão e a
cair com grande estrondo lá em baixo. Apareceu logo o senhor Lopes,
vimos que o Melro estava morto e chamámos a polícia.
O senhor Lopes,
o proprietário, confirmou tudo.
- Eu estava
aqui, na entrada, ouvi um ruído no patamar, olhei, ainda vi o Melro a deitar as
mãos ao corrimão e a cair no chão agarrado a ele. Corri para o sítio onde
ele caiu, mas pela posição da cabeça vi logo que tinha o pescoço partido.
Entretanto o Afonso desceu, e como não podíamos fazer mais nada
chamámos a polícia.
Depois de ouvir
as duas testemunhas ainda dei uma vista de olhos ao quarto do Melro. Cama,
mesa-de-cabeceira, um armário, uma cadeira, e nada mais de mobiliário. Roupa
velha e em mau estado acumulava-se no roupeiro.
Enfim….
Faltava a
autópsia do corpo, que iria determinar a efetiva causa da morte, mas para já,
havia algumas ideias que poderiam ser tiradas sobre aquele caso e que
encaminhariam a investigação.
Posto isto,
colocam-se quatro hipóteses, para elaborarem uma possibilidade que explique o
sucedido com base no texto apresentado. Pede-se que selecionem uma.
A – Tudo aponta
para que a morte do Melro tenha sido causada por um acidente.
B – O
proprietário da residencial matou o Melro sem cumplicidade de ninguém.
C – O Afonso
matou o Melro sem cumplicidade de ninguém
D – O Afonso e o
Lopes agiram em cumplicidade para matar o Melro.
As soluções devem ser enviadas até ao dia 30 de agosto para apaginadosenigmas@gmail.com.
O POLICIÁRIO CONTINUA DE “PORTAS ABERTAS” EM AGOSTO
Agosto é tradicionalmente o mês preferido dos portugueses para um período de férias no campo ou na praia, o que origina habitualmente uma fuga em massa para uma daquelas paragens a partir dos primeiros dias. Porém, na praia ou no campo, há sempre espaço para um tempinho de dedicação à atividade policiária. E, neste momento, além de estar em preparação um grande torneio de decifração e de produção com “tiro de partida” anunciado para 1 de janeiro de 2025, decorre em velocidade de cruzeiro um torneio de decifração no blogue d’O Gráfico, e arranca no próximo dia 10 uma nova iniciativa do blogue do confrade Paulo também a não perder. Entretanto, prossegue no Local do Crime e nas páginas do jornal AUDIÊNCIA GP o concurso de contos “Um Caso Policial no Natal”, que conhece hoje a publicação do décimo original. A todos, Boas Férias!
“Um Caso Policial no Natal” – DÉCIMO CONTO
SONHO DE UMA NOITE DE NATAL, de Rui Mendes
(Inspirado
pela novela de Ian McEwan “Numa Casca de Noz”)
Devem ser umas cinco horas da manhã. Acordei assustado, talvez mesmo em
estado de pânico. Não é normal eu recordar-me dos sonhos, às vezes fica
só a recordação de algumas imagens difusas, mas esta noite tive um
sonho tão extraordinário e perturbador, que consigo neste momento
recordar-me de tudo sem faltar nada. De tal maneira que resolvi não tentar
dormir mais, e sentar-me aqui a escrever exatamente o que acabei de sonhar
para não correr o risco de, mais tarde, vir a escapar-me algum
pormenor.
Felizmente que hoje é dia de Natal e não tenho aulas, portanto posso
estar aqui sem receio de que alguém venha incomodar-me. Mas, antes
de tudo, acho que devo fazer uma introdução que ajude quem me
leia a entender o significado de tudo o que vou contar.
O meu nome é Amílcar, tenho doze anos e vivo desde sempre com os meus
pais, num ambiente familiar que anda a deixar-me cada vez mais
preocupado, como se houvesse coisas que não percebo muito bem e que não
parecem completamente normais. De há uns tempos para cá o casal
passa a vida a discutir e o meu pai anda cada vez mais agressivo comigo.
Durante esta mesma noite da Consoada, quando toda a gente devia estar
feliz e simpática, ele não perdia uma oportunidade para me chatear, quase
sempre sem razão, e eu podia ver o desagrado estampado na cara da minha mãe.
A certa altura resolvi usar um truque e pedir licença para ir à casa de
banho. Aí, acendi a luz, fechei a porta, mas não entrei, e sem fazer barulho
fiquei ali no corredor a escutar. Eles, num tom muito baixo murmuraram palavras
que a música não deixava perceber bem, mas a certa altura ouvi a minha mãe
dizer: “Aníbal, se continuas a tratá-lo assim, ele vai acabar por desconfiar de
tudo.” Ele respondeu: “Não lhe devíamos ter dado o nome de Amílcar. A ideia foi
tua”. E ela: “Tinha esse direito, ele não é teu filho!”
Quando voltei à sala o ambiente comigo tinha-se alterado bastante, e até
quiseram que eu bebesse vinho, que foi coisa que, até aí, nunca me tinham
deixado. Bebi só um pequeno copo, pois não queria perder o entendimento e
deixar de observar o que se passasse.
A noite seguiu sem nada de anormal, mas o meu espírito continuava muito
perturbado. Quase não liguei aos presentes e fui deitar-me. O sono custou a
chegar, mas quando veio, adormeci como uma pedra.
É agora o momento mais importante da minha noite de Natal. O
inacreditável sonho que eu tive e que nunca me tinha passado pela cabeça que
fosse possível. O mais incrível é que, enquanto o “vivia”, tudo no sonho me
parecia absolutamente normal e nada era estranho. Apesar de que não via
rigorosamente nada, a escuridão era completa e assim continuou até final. Mas
eu estava bem, e ouvia. Ouvia com absoluta clareza duas vozes que não tive
dificuldade em identificar como sendo as dos meus pais. Eu não me conseguia
mexer, não precisava de respirar, tinha os joelhos muito perto da boca, quase
não sentia os braços cruzados no peito e parecia-me que o meu pequeno corpo
estava todo dentro de um líquido e ocupava apenas um espaço que não teria mais de
vinte centímetros de comprido. Que estranho! Como se eu não passasse de um feto
dentro da barriga da mãe, foi o que pensei! Mas ouvia, ouvia... E que ouvia?
“Ela: Achas que vai resultar? Ele: Não tenho dúvidas. É uma droga que
mata e não se consegue identificar nem na autópsia. Está provado. Ela: Ouve
Aníbal, devias fazê-lo antes deste aqui nascer. Quero ser mãe em paz. Ele: Vou tratar
do assunto quanto antes. O Amílcar não vai chegar a saber que é pai. E tu?
Estás segura de que as propriedades estão mesmo em teu nome? Ela: Claro que
estou. Que raio de ideia que os teus pais tiveram. Aníbal e Amílcar! Que nomes
tão estranhos para dar aos dois filhos! Ele: Eram os nomes dos nossos dois
Avôs. Ela: Tens é de te despachar! Preferia ser viúva estando ainda grávida e
casar-me contigo uns tempos depois para poder dizer que és tu o pai. Ele: Sabes
bem que não sou. Até ver sou o tio e já não é mau. Depois, então posso
perfilhá-lo, juro-te. Ela: Aquele que está aqui dentro nunca o saberá. E vai
chamar-se Amílcar. Sempre é uma homenagem... Agora vira-te para lá e deixa-me
dormir”.
Foi aqui que acordei. Estas vozes parecem ainda soar dentro da minha
cabeça. Não tenho a menor dúvida de que eram as vozes de ambos. E não posso
evitar que as lágrimas quase rebentem nos meus olhos, coisa que já não me
acontecia desde criança. Que sonho terrível! Parece que alguma força
desconhecida me quis revelar uma verdade de que já suspeitava! Como é triste
nunca ter chegado a conhecer o meu pai! O meu verdadeiro pai! Chamava-se Amílcar
como eu. E é horrível a ideia de que foi morto pelo irmão dele, o meu tio. E
também pela minha mãe! Como é que eu vou atuar daqui em diante? Ficarei toda a
vida amarrado à lembrança deste meu sonho de uma noite de Natal. O testemunho
que ouvi de um ser que ainda não tinha nascido! Eu próprio, antes de vir ao
mundo! E agora? Que fazer? Quem me poderá dizer que este sonho não revela a
verdade? É que não foi só um sonho!... Foi como se me tivesse aparecido durante
a noite um fantasma a revelar a verdade!... Quem sabe se não terá sido o
fantasma do meu verdadeiro pai?...
Espera lá, Amílcar! Aqui há tempos vi na televisão um filme sobre uma peça de teatro inglesa muito antiga que tinha uma história que podia ser... É isso!... Podia ser parecida com a minha. Ser?... Ou não ser?... Eis a questão...
AVALIAÇÃO-PONTUAÇÃO
Os
nossos leitores têm a partir de agora 30 (trinta) dias para proceder à
avaliação deste décimo conto a concurso e ao envio da pontuação atribuída,
entre 5 a 10 pontos (em função da qualidade e originalidade), através do email
salvadorsantos949@gmail.com. Recorda-se que o conto vencedor do concurso será o
que conseguir alcançar a média de pontuação mais elevada após a publicação de
todos os trabalhos, sendo possível (e muito desejada!) a participação dos
autores no “lote de jurados”, estando, porém, impedidos de pontuar os seus
originais (escritos em nome próprio ou sob a forma de pseudónimo), de maneira a
não “fazerem juízo em causa própria”.
Torneio Cultores do Policiário
Prémio
Combinado / Classificação Após a Prova n.º 7
1.º – Photus
A.D. - (20 Pontos) = (10.º+3.º+3.º+4.º)
2.ª – Detective
Jeremias - (21 Pontos) = (2.ª+6.ª+7.ª+6.ª)
2.º – Inspector
Aranha - (21 Pontos) = (12.º+4.º+4.º+1.º)
2.º – Mac
Jr. - (21 Pontos) = (9.º+2.º+7.º+3.º)
5.º – Paulo - (22 Pontos) =
(13.º+5.º+2.º+2.º)
6.º – Inspetor
Boavida - (27 Pontos) = (8.º+1.º+11.º+7.º)
7.ºs – Búfalos
Associados - (31 Pontos) = (4.º+10.º+9.º+8.º)
8.ª – Mali - (34 Pontos) =
(15.ª+13.ª+1.ª+5.ª)
9.ª – Cocas - (36 Pontos) =
(1.ª+9.ª+15.ª+11.ª)
10.º – Inspetor
Moscardo - (44 Pontos) = (5.º+11.º+16.º+12.º)
11.º – Faria - (53 Pontos) =
(3.º+7.º+28.º+15.º)
12.ª – Sofia
Ribeiro - (56 Pontos) = (6.ª+17.ª+12.ª+21.ª)
13.º – O
Pegadas - (58 Pontos) = (14.º+8.º+27.º+9.º)
14.º – Inspector
Pevides - (61 Pontos) = (24.º+14.º+6.º+17.º)
15.º – Arjacasa - (69 Pontos) =
(23.º+12.º+18.º+16.º)
15.º – Inspector
Ryckyi - (69 Pontos) = (19.º+15.º+17.º+18.º)
17.º – Clóvis - (72 Pontos) =
(21.º+19.º+19.º+13.º)
18.º – Big Ben - (82 Pontos) =
(20.º+16.º+21.º+25.º)
18.ª– CN13 - (82 Pontos) =
(7.ª+24.ª+23.ª+28.ª)
20.º – Joel
Trigueiro - (84 Pontos) = (16.º+18.º+26.º+24.º)
21.ª – Rainha
Katya - (91 Pontos) = (17.ª+21.ª+21.ª+32.ª)
22.º – Eduardo
Oliveira - (97 Pontos) = (28.º+22.º+33.º+14.º)
23.º – Visigodo - (105 Pontos) =
(30.º+24.º+24.º+27.º)
24.º – Ribeiro
de Carvalho - (111 Pontos) = (25.º+20.º+29.º+37.º)
25.ª – Inspectora
Sardinha - (112 Pontos) = (39.ª+22.ª+31.ª+20.ª)
* 25 Concorrentes
que já conseguiram obter pontos nas “Melhores”, “Mais Originais”
e “Combatividade”.
Torneio Cultores do Policiário
Classificação
Geral / Após a Prova n.º 7
DECIFRAÇÃO + MELHORES + ORIGINALIDADE + COMBATIVIDADE
1.ª - Cocas
(Portalegre) = 69,5+24+30+74.
2.ª - Detective
Jeremias (Santarém) = 69+34+84+121.
3.º - Faria
(Évora) = 69+29+06+61.
4.ºs - Búfalos
Associados (Lisboa) = 69+22+55+107.
5.º - Inspetor
Moscardo (Santarém) = 69+17+28+71.
6.ª - Sofia
Ribeiro (Charneca de Caparica) = 69+08+38+41.
7.ª - CN13
(Charneca de Caparica) = 69+01+13+15.
8.º - Inspetor
Boavida (Charneca de Caparica) = 68,5+43+49+119.
9.º - Mac
Jr. (Apúlia) = 68,5+42+84+149.
10.º - Photus
A.D. (Belém-Lisboa) = 68,5+39+106+144.
11.º - Molécula
(Évora) = 68,5+00+04+45.
12.º - Inspector
Aranha (Santarém) = 68+36+101+158.
13.º - Paulo
(Viseu) = 68+35+112+156.
14.º - O
Pegadas (Braga) = 68+28+08+88.
15.ª - Mali
(Lisboa) = 68+12+122+123.
16.º - Joel
Trigueiro (Costa da Caparica) = 68+07+10+32.
17.ª - Rainha Katya (Charneca de Caparica) = 68+03+14+11.
18.ª - Pintinha
(Lisboa) = 68+00+94+40.
19.º - Inspector
Ryckyi (Amora) = 67,5+10+27+50.
20.º - Big
Ben (Amadora) = 67,5+09+14+31.
21.º - Clóvis
(Viseu) = 67,5+05+24+67.
22.º - Bernie
Leceiro (Matosinhos) = 67,5+00+54+75.
23.º - Arjacasa
(Valpaços) = 67+16+26+60.
24.º - Inspector
Pevides (Oeiras) = 67+11+85+58.
25.º - Ribeiro
de Carvalho (Torres Novas) = 67+04+05+03.
26.º - Inspector
Cláudio (Lagos) = 64+00+03+09.
27.ª - Carluxa
(Lagos) = 64+00+00+02.
28.º - Eduardo
Oliveira (Loures) = 63,5+02+01+63.
29.º - Carlos
Caria (Lisboa) = 63,5+00+00+08.
30.º - Visigodo
(Setúbal) = 63+01+12+20.
31.ª - Ana
Marques (Lisboa) = 63+00+00+04.
32.º - Jorrod (Burgau) = 63+00+00+00.
33.º - JC Al (Londres) = 61+00+34+21.
34.º - 1.º
Sargento (Laranjeiro) = 60+00+00+15.
35.º - Detective
Nabo (Aldeia do Nabo) = 60+00+00+03.
36.ª - Margareth
(Lagos) = 60+00+00+00.
37.º - Zé
Alguém (Lagos) = 59+00+00+00.
38.ª - Detective
Silva (Cova da Piedade) = 56+00+00+00.
39.ª - Inspectora
Sardinha (Armação de Pêra) = 55+02+03+42.
40.º - Detective
Caracoleta (Charneca Caparica) = 55+00+00+00.
40.º - Marino
(Lisboa) = 55+00+00+00.
42.º - Vic
Key (Bombarral) = 39,5+00+36+13.
43.ª - CA7
(Sobreda... City) = 35+00+00+00.
44.º - Virmancaroli
(Montijo) = 29+00+15+15.
45.ª - Edomar
(Montijo) = 29+00+00+04.
46.º - Jartur
(Porto) = 18+00+11+33.
47.ª - Sandra
Ribeiro (Almada) = 17+01+00+00.
48.ª - Ana
Carla Silva (Almada) = 17+00+00+00.
49.ª - Detective
Suricata (Braga) = 16+00+00+00.
50.º - Aka
Miguel (Lisboa) = 10+00+00+00.
50.º - Detective
Verdinha (Lisboa) = 10+00+00+00.
50.º - Donanfer
II (Lisboa) = 10+00+00+00.
53.º - Feranames
(Gondomar) = 09+00+00+00.
53.º - Satanás
(Lisboa) = 09+00+00+00.
55.º - Pedro
Monteiro (Sobreda) = 07+00+00+01.
NOTÍCIAS DO
BLOGUE RO
Torneio Cultores
do Policiário
7º Problema
“EXPOSIÇÃO
FOTOGRÁFICA FAUNA AFRICANA”, de Molécula (Évora)
As Melhores
1.ª – Cocas (Portalegre) - (13 Pontos)
2.º –
Inspetor Boavida (Charneca de Caparica) - (12 Pontos)
3.º – Mac
Jr. (Apúlia) - (11 Pontos)
4.º – Paulo
(Viseu) - (10 Pontos)
5.º –
Inspector Aranha (Santarém) - (9 Pontos)
6.º –
Arjacasa (Valpaços) - (8 Pontos)
7.º – O
Pegadas (Braga) - (7 Pontos)
8.ª – Mali
(Lisboa) - (6 Pontos)
9.º –
Clóvis (Viseu) - (5 Pontos)
10.º –
Inspetor Moscardo (Santarém) - (4 Pontos)
11.º –
Inspector Ryckyi (Amora) - (3 Pontos)
12.ª –
Detective Jeremias (Santarém) - (2 Pontos)
13.ª – CN13
(Charneca de Caparica) - (1 Ponto)
As Melhores /
Classificação Geral Após a 7ª Prova
1.º –
Inspetor Boavida (Charneca Caparica) - (00+00+06+12+00+13+12=43 Pontos)
2.º – Mac
Jr. (Apúlia) - (00+05+05+10+00+11+11=42 Pontos)
3.º –
Photus A.D. (Belém-Lisboa) - (00+03+07+06+14+09+00=39 Pontos)
4.º –
Inspector Aranha (Santarém) - (00+00+08+09+10+00+09=36 Pontos)
5.º – Paulo
(Viseu) - (00+00+00+00+15+10+10=35 Pontos)
6.ª –
Detective Jeremias (Santarém) - (00+04+00+11+13+04+02=34 Pontos)
7.º – Faria
(Évora) - (00+00+01+07+09+12+00=29 Pontos)
8.º – O
Pegadas (Braga) - (00+00+03+00+11+07+07=28 Pontos)
9.ª – Cocas
(Portalegre) - (03+00+00+05+00+03+13=24 Pontos)
10.ºs –
Búfalos Associados (Lisboa) - (00+02+00+08+12+00+00=22 Pontos)
11.º –
Inspetor Moscardo (Santarém) - (00+00+00+00+05+08+04=17 Pontos)
12.º –
Arjacasa (Valpaços) - (00+00+00+00+08+00+08=16 Pontos)
13.ª – Mali
(Lisboa) - (00+00+00+00+00+06+06=12 Pontos)
14.º –
Inspector Pevides (Oeiras) - (00+00+00+04+07+00+00=11 Pontos)
15.º –
Inspector Ryckyi (Amora) - (00+00+00+03+04+00+03=10 Pontos)
16.º – Big
Ben (Amadora) - (00+00+04+00+00+05+00=09 Pontos)
17.ª –
Sofia Ribeiro (Charneca de Caparica) - (02+01+00+00+03+02+00=08 Pontos)
18.º – Joel
Trigueiro (Costa da Caparica) - (00+00+00+00+06+01+00=07 Pontos)
19.º -
Clóvis (Viseu) - (00+00+00+00+00+00+05=05 Pontos)
20.º –
Ribeiro de Carvalho (Torres Novas) - (04+00+00+00+00+00+00=04 Pontos)
21.ª –
Rainha Katya (Charneca de Caparica) - (00+00+00+01+02+00+00=03 Pontos)
22.º –
Eduardo Oliveira (Loures) - (00+00+02+00+00+00+00=02 Pontos)
22.ª –
Inspectora Sardinha (Armação de Pêra) - (00+00+00+02+00+00+00=02 Pontos)
24.ª – CN13
(Charneca de Caparica) - (00+00+00+00+00+00+01=01 Ponto)
24.ª –
Sandra Ribeiro (Almada) - (01+00+00+00+00+00+00=01 Ponto)
24.º – Visigodo (Setúbal) - (00+00+00+00+01+00+00=01 Ponto)
Torneio Cultores do Policiário
7º Problema
“EXPOSIÇÃO
FOTOGRÁFICA FAUNA AFRICANA”, de Molécula (Évora)
Prémio
Combatividade
1.º –
Photus A.D. (Belém-Lisboa) - (21 Pontos)
2.º –
Inspetor Boavida (Charneca de Caparica) - (20 Pontos)
3.º –
Arjacasa (Évora) - (19 Ponto)
4.º –
Inspector Aranha (Santarém) - (18 Pontos)
5.º – Mac
Jr. (Apúlia) - (17 Pontos)
6.º – Paulo
(Viseu) - (16 Pontos)
7.ª –
Detective Jeremias (Santarém) - (15 Pontos)
8.ª – Mali
(Lisboa) - (14 Pontos)
9.ª – Cocas
(Portalegre) - (13 Pontos)
10.º – O
Pegadas (Braga) - (12 Pontos)
11.º –
Inspetor Moscardo (Santarém) - (11 Pontos)
12.º –
Inspector Ryckyi (Lisboa) - (10 Pontos)
13.º –
Clóvis (Viseu) - (9 Pontos)
14.º – Virmancaroli (Montijo) - (8 Pontos)
15.º – JC
Al (Londres) - (7 Pontos)
16.º – Faria
(Évora) - (6 Pontos)
17.ª –
Pintinha (Lisboa) - (5 Pontos)
18.ª – CN13
(Oeiras) - (4 Pontos)
19.º – Joel
Trigueiro (Costa da Caparica) - (3 Pontos)
20.º – Big
Ben (Amadora) - (2 Pontos)
21.º – 1.º
Sargento (Laranjeiro) - (1 Ponto)
Prémio
Combatividade / Classificação Geral Após a 7ª Prova
1.º –
Inspector Aranha (Santarém) - (21+20+27+26+28+18+18=158 Pontos)
2.º – Paulo
(Viseu) - (23+24+23+23+27+20+16=156 Pontos)
3.º – Mac
Jr. (Apúlia) - (22+23+25+22+25+15+17=149 Pontos)
4.º –
Photus A.D. (Belém-Lisboa) - (20+21+26+11+26+19+21=144 Pontos)
5.ª – Mali
(Lisboa) - (17+13+24+21+21+13+14=123 Pontos)
6.ª –
Detective Jeremias (Santarém) - (19+22+08+25+23+09+15=121 Pontos)
7.º –
Inspetor Boavida (Charneca de Caparica) - (07+16+18+24+20+14+20=119 Pontos)
8.ºs –
Búfalos Associados (Lisboa) - (16+18+21+13+22+17+00=107 Pontos)
9.º – O
Pegadas (Braga) - (06+17+19+18+16+00+12=88 Pontos)
10.º –
Bernie Leceiro (Matosinhos) - (12+10+22+19+12+00+00=75 Pontos)
11.ª –
Cocas (Portalegre) - (02+04+15+20+18+02+13=74 Pontos)
12.º –
Inspector Moscardo (Santarém) - (10+08+07+00+19+16+11=71 Pontos)
13.º –
Clóvis (Viseu) - (13+09+04+14+13+05+09=67 Pontos)
14.º –
Eduardo Oliveira (Loures) - (04+19+20+16+04+00+00=63 Pontos)
15.º – Faria
(Évora) - (00+00+16+17+10+12+06=61 Pontos)
16.º –
Arjacasa (Valpaços) - (00+07+17+00+17+00+19=60 Pontos)
17.º –
Inspector Pevides (Oeiras) - (08+06+02+12+24+06+00=58 Pontos)
18.º –
Inspector Ryckyi (Amora) - (15+03+00+08+14+00+10=50 Pontos)
19.º –
Molécula (Évora) - (00+12+11+10+11+01+00=45 Pontos)
20.ª – Inspectora Sardinha (Armação de Pêra) -
(09+00+14+09+00+10+00=42 Pontos)
21.ª –
Sofia Ribeiro (Charneca de Caparica) - (14+11+00+06+07+03+00=41 Pontos)
22.ª –
Pintinha (Lisboa) - (00+00+12+15+00+08+05=40 Pontos)
23.º –
Jartur (Porto) - (18+15+00+00+00+00+00=33 Pontos)
24.º – Joel
Trigueiro (Costa da Caparica) - (00+00+06+07+05+11+3=32 Pontos)
25.º – Big
Ben (Amadora) - (05+14+05+05+00+00+02=31 Pontos)
26.º – JC
Al (Londres) - (11+00+03+00+00+00+07=21 Pontos)
27.º –
Visigodo (Setúbal) - (00+05+00+00+15+00+00=20 Pontos)
28.ª – CN13
(Charneca de Caparica) - (00+02+09+00+00+00+04=15 Pontos)
28.º – 1.º
Sargento (Laranjeiro) - (00+01+13+00+00+00+01=15 Pontos)
28.º –
Virmancaroli (Montijo) - (00+00+00+00+00+07+08=15 Pontos)
31.º – Vic
Key (Bombarral) - (00+00+00+04+09+00+00=13 Pontos)
32.ª –
Rainha Katya (Charneca de Caparica) - (00+00+10+00+01+00+00=11 Pontos)
33.º –
Inspector Cláudio (Lagos) - (00+00+01+02+06+00+00=09 Pontos)
34.º –
Carlos Caria (Lisboa) - (00+00+00+00+08+00+00=08 Pontos)
35.ª – Ana
Marques (Lisboa) - (00+00+00+01+03+00+00=04 Pontos)
35.ª –
Edomar (Montijo) - (00+00+00+00+00+04+00=04 Pontos)
37.º –
Detective Nabo (Aldeia do Nabo) - (00+00+00+03+00+00+00=03 Pontos)
37.º –
Ribeiro de Carvalho (Torres Novas) - (03+00+00+00+00+00+00=03 Pontos)
39.ª –
Carluxa (Lagos) - (00+00+00+00+02+00+00=02 Pontos)
40.º –
Pedro Monteiro (Sobreda) - (01+00+00+00+00+00+00=01 Ponto)
Torneio Cultores do Policiário
7º Problema
“EXPOSIÇÃO
FOTOGRÁFICA FAUNA AFRICANA”, de Molécula (Évora)
As
Mais Originais
1.ª – Mali
(Lisboa) – (22 Pontos)
2.º – Photus
A.D. (Belém-Lisboa) – (21 Pontos)
3.ª – Pintinha
(Lisboa) – (20 Pontos)
4.º – Inspector
Aranha (Santarém) – (19 Pontos)
5.ª – Detective
Jeremias (Santarém) – (18 Pontos)
6.º – Inspetor
Boavida (Charneca de Caparica) – (17 Pontos)
7.º – Arjacasa
(Valpaços) – (16 Pontos)
8.º – Inspector
Pevides (Oeiras) – (15 Pontos)
9.ª – Cocas
(Portalegre) – (14 Pontos)
10.º – Paulo
(Viseu) – (13 Pontos)
11.º – Mac
Jr. (Apúlia) – (12 Pontos)
12.º – Clóvis
(Viseu) – (11 Pontos)
13.º – Vic
Key (Bombarral) – (10 Pontos)
14.º – JC
Al (Londres) – (9 Pontos)
15.º – Inspector
Moscardo (Santarém) – (8 Pontos)
16.º – Virmancaroli
(Montijo) – (7 Pontos)
17.º – Bernie
Leceiro (Lisboa) – (6 Pontos)
18.º – Inspector
Ryckyi (Oeiras) – (5 Pontos)
19.ª – Sofia
Ribeiro (Charneca de Caparica) – (4 Pontos)
20.º – Joel
Trigueiro (Costa de Caparica) – (3 Pontos)
21.ª – CN13 (Charneca de Caparica) –
(2 Pontos)
22.º – Big
Ben (Amadora) – (1 Ponto)
As
Mais Originais Após a 7ª Prova
1.ª –
Mali (Lisboa) - (15+16+18+15+21+15+22=122 Pontos)
2.º –
Paulo (Viseu) - (16+15+17+14+20+17+13=112 Pontos)
3.º –
Photus A.D. (Belém-Lisboa) - (14+09+15+09+22+16+21=106 Pontos)
4.º –
Inspector Aranha (Santarém) - (18+10+08+13+19+14+19=101 Pontos)
5.ª –
Pintinha (Lisboa) - (00+13+16+16+16+13+20=94 Pontos)
6.º –
Inspector Pevides (Oeiras) - (13+12+07+10+18+10+15=85 Pontos)
7.ª –
Detective Jeremias (Santarém) - (10+06+06+18+14+12+18=84 Pontos)
7.º –
Mac Jr. (Apúlia) - (17+14+14+11+11+05+12=84 Pontos)
9.ºs –
Búfalos Associados (Lisboa) - (12+04+13+00+15+11+00=55 Pontos)
10.º –
Bernie Leceiro (Matosinhos) - (07+08+09+12+12+00+06=54 Pontos)
11.º –
Inspetor Boavida (Charneca de Caparica) - (00+00+00+17+09+06+17=49 Pontos)
12.ª –
Sofia Ribeiro (Charneca de Caparica) - (11+07+00+00+13+03+04=38 Pontos)
13.º –
Vic Key (Bombarral) - (00+00+00+00+17+09+10=36 Pontos)
14.º –
JC Al (Londres) - (02+03+10+05+01+04+09=34 Pontos)
15.ª –
Cocas (Portalegre) - (00+02+02+07+03+02+14=30 Pontos)
16.º –
Inspector Moscardo (Santarém) - (06+00+05+00+02+07+08=28 Pontos)
17.º –
Inspector Ryckyi (Amora) - (09+05+00+08+00+00+05=27 Pontos)
18.º –
Arjacasa (Valpaços) - (00+00+04+00+06+00+16=26 Pontos)
19.º –
Clóvis (Viseu) - (08+00+00+00+05+00+11=24 Pontos)
20.º –
Virmancaroli (Montijo) - (00+00+00+00+00+08+07=15 Pontos)
21.º –
Big Ben (Amadora) - (04+01+03+04+00+01+01=14 Pontos)
21.ª –
Rainha Katya (Charneca de Caparica) - (00+00+12+02+00+00+00=14 Pontos)
23.ª –
CN13 (Charneca de Caparica) - (00+00+11+00+00+00+02=13 Pontos)
24.º –
Visigodo (Setúbal) - (01+00+01+00+10+00+00=12 Pontos)
25.º –
Jartur (Porto) - (00+11+00+00+00+00+00=11 Pontos)
26.º –
Joel Trigueiro (Costa da Caparica) - (00+00+00+00+07+00+03=10 Pontos)
27.º –
O Pegadas (Braga) - (00+00+00+00+08+00+00=08 Pontos)
28.º –
Faria (Évora) - (00+00+00+06+00+00+00=06 Pontos)
29.º –
Ribeiro de Carvalho (Torres Novas) - (05+00+00+00+00+00+00=05 Pontos)
30.º –
Molécula (Évora) - (00+00+00+00+04+00+00=04 Pontos)
31.º –
Inspector Cláudio (Lagos) - (00+00+00+03+00+00+00=03 Pontos)
31.ª –
Inspectora Sardinha (Armação de Pêra) - (03+00+00+00+00+00+00=03 Pontos)
33.º –
Eduardo Oliveira (Loures) - (00+00+00+01+00+00+00=01 Ponto)
Torneio Cultores do Policiário
7º Problema
“EXPOSIÇÃO
FOTOGRÁFICA FAUNA AFRICANA”, de Molécula (Évora)
Classificações/Pontuações
TOTALISTAS: (10
Pontos)
Aka
Miguel (Lisboa); Ana Marques (Lisboa); Arjacasa (Valpaços); Big Ben (Amadora);
Bernie Leceiro (Matosinhos); Búfalos Associados (Lisboa); CA7 (Sobreda...
City); Carlos Caria (Lisboa); Clóvis (Viseu); CN13 (Charneca da Caparica);
Cocas (Portalegre); Detective Jeremias (Santarém); Detective Silva (Cova da
Piedade); Detective Verdinha (Lisboa); Donanfer II (Lisboa); Edomar (Montijo);
Eduardo Oliveira (Oeiras); Faria (Évora); Inspector Aranha (Santarém);
Inspector Pevides (Oeiras); Inspetor Boavida (Charneca de Caparica); Inspetor
Moscardo (Santarém); Inspector Ryckyi (Amora); JC Al (Londres); Joel Trigueiro
(Costa da Caparica); Mac Jr. (Apúlia); Mali (Lisboa); Molécula (Évora); O
Pegadas (Braga); Paulo (Viseu); Pintinha (Lisboa); Rainha Katya (Charneca de
Caparica); Ribeiro de Carvalho (Torres Novas); Sofia Ribeiro (Charneca de
Caparica); Vic Key (Bombarral) e Virmancaroli (Montijo). – 36
Concorrentes
NÃO
TOTALISTA: (9,5 Pontos)
Photus
A.D. (Belém-Lisboa). – 01 Concorrente
NÃO
TOTALISTAS: (9 Pontos)
Feranames
(Gondomar) e 1.º Sargento (Laranjeiro). – 02 Concorrentes
NÃO
TOTALISTAS: (8 Pontos)
Carluxa
(Lagos); Detective Caracoleta (Charneca de Caparica); Inspector Cláudio
(Lagos); Inspectora Sardinha (Armação de Pêra); Jorrod (Burgau) e Visigodo
(Setúbal). – 06 Concorrentes
NÃO
TOTALISTAS: (7 Pontos)
Detective
Nabo (Aldeia do Nabo); Margareth (Lagos); Marino (Lisboa) e Zé Alguém
(Lagos). – 04 Concorrentes