Em aditamento à
edição da secção O Desafio dos Enigmas de 5 de maio de 2025, publica-se a
solução de mais problema do I Grande Torneio organizado pela secção
“Mistério…Policiário”, orientada por Sete de Espadas, entre 13 de março de 1975
e 1 de abril de 1986, na Revista Mundo de Aventuras.
Mistério…Policiário,
da Revista Mundo de Aventuras em 1975
I
Grande Torneio
UMA CORRIDA CONTRA O TEMPO
Dr. Mistério
Solução do
Autor
1 – O roubo estava
escondido dentro do relógio. Ele tinha de estar aí porque era o único sítio que
os polícias não tinham visto.
2 – O indício foi
muito estilístico: «Está a desafiar o relógio. A correr contra o tempo. O ladrão
ao mesmo tempo que dizia que o inspector não tinha tempo para
encontrar o roubo, pois ele estava muito bem escondido, também dizia o lugar
onde ele estava.
FALTAM POUCOS DIAS para o envio de propostas de solução ao Problema nº 5 do “Torneio do Cinquentenário”, cujo prazo expira às 24 horas do dia 31 de maio. Até ao momento foram rececionadas 39 propostas subscritas pelos confrades abaixo referidos.
Ana Marques, CA7, Carlos Caria, Carluxa, Clóvis, Columbo, CN13, Detective Caracoleta, Detective Silva, Detective Suricata, Detetive Vasofe, Detetivesca, Dona Sopas, EDOMAR, Fátima Pereira, Haka Crimes, Inspector Aranha, Inspector Cláudio, Inspector Mokada, Inspector Mucaba, Inspector Ryckyi, Inspectora Sardinha, Joel Trigueiro, Jorrod, Mancha Negra, Mandrake Mágico, Margareth, Marino, Molécula, Mula Velha, Pedro Monteiro, Pintinha, Rainha Katya, Sandra Ribeiro, Sofia Ribeiro, Visigodo, Visconde das Devesas, ZAB e Zé Alguém.
Não deixe de
participar!
PROBLEMA Nº 5
A TABERNA DOS
TRÊS EFES,
de Bernie
Leceiro
No início de uma noite quente de julho 2022, Alves da Selva, retirado da
atividade policial, reuniu em tertúlia na qualidade de anfitrião, num conhecido
restaurante de Pedras Rubras, um grupo de antigos camaradas dos núcleos de
investigação por onde passou.
Queridos camaradas e amigos – dirigiu-se aos seus antigos companheiros – o menu para o nosso jantar é inspirado numa pequena lenda que encontrei ao ler um antigo manuscrito de um padre local sobre acontecimentos de Moreira da Maia do século XIX e que vos passo a ler:
«A entrada do exército liberal em Pedras Rubras no dia 8 de julho de
1832 à frente do qual vinha D. Pedro IV com o seu estado maior que todos
pernoitaram n’este logar para no dia seguinte entrarem no Porto. (…)
Foi por essa occasião, segundo se conta, que D. Pedro entrando numa locanda perguntando o que havia para comer, ao que lhe respondeu o bodegueiro: Peixe de FFF! “Então o que é peixe de três efes?” É faneca, fresca, frita. O Sr. D. Pedro comeu e depois disse ao locandeiro: “Não tenho aqui dinheiro para lhe pagar, então fica sendo o peixe dos 4 efes – faneca, fresca, frita, fiada “(si non e vero e bem trovato)”»
O dia de hoje marca 190 anos que o exército liberal acampou neste largo e onde D. Pedro jantou numa taberna mais ou menos neste local onde nos encontramos. Quanto ao prato principal acho que já todos sabem o que vamos jantar. Eu mesmo as apanhei hoje de madrugada a bordo do barco do meu amigo mestre Caravela em frente à praia da Memória, antiga praia dos ladrões onde ocorreu o desembarque. A acompanhar as benditas fanecas teremos um belo arroz de grelos que a D. Aninhas nos está a preparar na cozinha com todo o amor e carinho. Mas como diz um amigo meu – não há jantares grátis – deixo-vos para análise um curioso texto do mesmo livro de onde vos li a lenda de há pouco e não resisto a partilhar convosco para avaliar o estado das células cinzentas de alguns de vocês, tal como eu, já retirados destas andanças criminais. Aguardo os vossos comentários até ao final do jantar. O autor do relatório mais completo é meu convidado para petiscar, comigo e com o mestre Caravela, uns belos percebes fresquinhos, amanhã na Praia de Angeiras logo depois da baixa-mar na tasquinha do Quim Fateixa.
«Na noite de 27 para 28 de junho de 1882, lançou-se a um poço da sua
casa onde morreu afogada Maria Perpétua, casada com José Narcizo da Costa
Braga, fundidor de sinos, e moradores n’este logar, junto da estação do caminho
de ferro, ella com negócio na casa d’ António Vieira e elle com a sua fundição
junto a mesma casa.
Tinham ido ambos ao Porto no dia 27 e alli ficou para o outro dia o
marido, e ella voltando para casa, acolhendo-se na forma do costume, mas muito
triste, alta noite perguntou a uma mulher que ali passava na mesma casa se ella
tinha ouvido bater a porta da loja respondendo-lhe que não, nada mais se soube
até que pela manhã vendo-se que não aparecia e encontrando-se o candeeiro na
borda do poço logo se suspeitou que ella alli se tivesse lançado, apesar do
poço ser tapado e mesmo a tampa por onde se tirava a agua estava cahida,
fechada, mas supõem-se que ella quando se lançou ao poço levava atraz de si a
tampa. Tinha deixado na casa tudo em boa ordem inclusivamente apartadas todas
as roupass em que queria ser amortalhada não lhe esquecendo a minima cousa: fechou
todas as portas e metteo as chaves n’algibeira onde lhe foram encontradas.
Foi attribuido este horroroso atentado a dividas que tinha e também à pouca saúde da alma e do corpo.»
Terá sido suicídio como conclui o padre ou existem razões para suspeitas
de homicídio? Como poderia ser confirmado? Qual teria sido a conclusão da
autópsia no Instituto de Medicina Legal?
Um bom jantar a todos!
O desafio ao leitor é exatamente o mesmo que Alves da Selva lança aos seus companheiros. Relativamente às percebes e fanecas frescas fritas, independentemente da qualidade do relatório produzido, estão todos convidados a visitar a Praia de Angeiras e provar estas iguarias do nosso mar.
(Nota: Textos originais transcritos do livro Moreira da Maia no século XIX: Segundo o Manuscrito do Padre Joaquim Antunes de Azevedo / José Augusto Maia Marques; coord. Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia; il. António Matos PUBLICAÇÃO: Maia, Câmara Municipal da Maia, 1998)
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de maio de 2025,
através dos seguintes exemplos:
a -
Por email, correio eletrónico, de Inspetor
Boavida: salvadorsantos949@gmail.com;
b - Entregando
em mão ao orientador do Blogue LOCAL DO CRIME, onde quer que o encontrem;
c -
Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de
Salvador Pereira dos Santos;
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, constantes da Lista Oficial de Prémios, serão
sorteados em cada problema os seguintes prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
SINTRA RECEBE DIA 25 DE MAIO UM GRANDE CONVÍVIO POLICIÁRIO
Faltam
apenas cinco dias para a realização de mais um Convívio Policiário no conhecido
restaurante Sabores de Sintra, do músico e cantor de intervenção Fernando
Pereira (não confundir com o cantor/imitador, a voz de todas as vozes…), que há
muito passou a ser o local preferido da Tertúlia Policiária da Liberdade (TPL) para
as suas jornadas de confraternização e de “trabalho”, que começaram nos últimos
anos por ter por palco a vizinha Taverna dos Trovadores, do mesmo proprietário,
que recentemente fez nascer nas imediações mais um local de gula que se
aconselha vivamente (Canto dos Trovadores, uma “pizzaria à maneira” – dizem os
apreciadores de pizzas).
A
caminho de Sintra (rua 1º de dezembro, 16/18) estarão com certeza alguns dos muitos
confrades que participam neste momento num torneio que pretende homenagear um
dos maiores cultores e divulgadores dos desportos mentais, nomeadamente do
Policiário. Os nossos leitores que só agora, ou muito recentemente, tomaram
contacto com esta modalidade desconhecerão provavelmente a sua notável
importância na divulgação e consolidação deste nosso passatempo, amplamente
reconhecido como um veículo importante no estímulo da leitura e sua
interpretação, no desenvolvimento do sentido de análise, do poder de síntese e
do espírito observador. Estamos a falar de… Sete de Espadas: um cidadão nascido
na Chamusca, distrito de Santarém, em 1 de fevereiro de 1921, que também se
assinava como Tharuga Lattas (apelidos de família), que iniciou a sua atividade
policiária, em 12 de janeiro de 1947, como orientador de um espaço no Jornal de
Sintra, com o título “Mistério e Aventura”, que ele definia em subtítulo como
“secção policial”.
A
última vez que estivemos com o Sete de Espadas foi há cerca de treze anos, no
Fórum da Maia, num convívio organizado pela Tertúlia Policiária do Norte, onde ele
foi homenageado com a Lupa de Honra, troféu com que aquela associação informal
se propunha prestigiar anualmente um ilustre membro da família policiária
nacional. Comovido, Sete de Espadas agradeceu a simpatia do reconhecimento e
começou a desfiar as suas memórias, que nos levaram até aos seus nove anos de
idade, altura em que entrou na escola. Ficámos então a saber que concluiu o
ensino primário em apenas dois anos e que quando entrou para o Liceu descobriu
num livro policial o nome que adotaria como pseudónimo até ao fim dos seus
dias: Sete de Espadas! E foi com esse nome que andou pelos mais variados
jornais, revistas e livros, a promover o policiarismo, a literatura policial, o
charadismo e as palavras cruzadas, ao longo de quase seis intensas décadas.
Durante
todo esse tempo, cultivou amizades inabaláveis, formou e fidelizou leitores nas
publicações onde colaborou, conquistou milhares de praticantes para o
policiarismo, promoveu o gosto pela escrita e pela leitura junto dos jovens de
diferentes gerações, estimulou contistas e romancistas, divulgou os melhores
autores e ensaístas do género policial, acompanhou a par-e-passo a carreira de
decifradores e produtores de enigmas policiais… ajudou a formar Homens! Nomes
grandes da cultura, das artes, das letras, do desporto, da medicina, das forças
armadas e… até da política. Alguns chegaram a ministro. Mas Sete de Espadas
nunca os “denunciou”. Se eles usavam pseudónimo, era esse o nome que contava –
disse ele. Mas, talvez sem querer, deixou escapar a identidade de alguns
policiaristas com posição de relevo na sociedade portuguesa, como Matos Maia
(ilustre e influente homem da rádio), Luís Filipe Costa (radialista, jornalista
e realizador de cinema), Firmino Miguel (general do Exército e ministro da
Defesa dos I e II Governos Provisórios e do I Governo Constitucional de
pós-Revolução de 25 Abril de 1974.
Boa
parte dos mais destacados praticantes do policiário iniciaram-se nas secções
orientadas por Sete de Espadas e todos eles respeitam e honram o seu nome,
considerando-o como o maior divulgador de sempre do desporto mental no nosso
país. Mas não se pense, porém, que foi fácil o seu trabalho. Houve alturas em
que desanimou. Cansou-se da modalidade, afastou-se por algum tempo e esteve
dezassete anos sem ler nada… de policial. Mas não resistiu aos apelos dos
amigos e ao “bichinho” do policiarismo, voltando com um novo fôlego e ainda com
mais vontade de ensinar… e de aprender com cada um de nós, sobretudo com os
mais novos (sempre os mais novos – o seu universo preferido). E já que falamos
nos mais novos, não podemos deixar de recordar os grandes convívios por ele
organizados, onde era digno de ser visto o grande número de pais que chegavam
junto do Sete de Espadas e lhe confiavam os seus filhos, como se confia a um
avô…
São já
poucos os policiaristas em atividade que acompanharam o Sete de Espadas nas
grandes aventuras promovidas pelo Clube de Literatura Policial de boa memória
ou nas secções por ele orientadas no jornal Camarada e no Cavaleiro Andante e
em tantas outras secções insertas nas mais diversas publicações, durante os
anos 1940/1960. Mas a esmagadora maioria dos atuais praticantes desta
modalidade viveram, e jamais esquecerão, aquele que foi o marco decisivo na
história do policiário no nosso país. Decorria então o ano de 1975, quando, no
dia 13 de março, apareceu nas bancas, em todas as papelarias, quiosques e
outros pontos de venda de jornais e revistas, mais uma edição do Mundo de
Aventuras – uma revista de histórias aos quadradinhos –, que continha nas suas
últimas páginas uma secção denominada “Mistério… Policiário”, assinada por Sete
de Espadas. E foi a partir deste preciso momento que se gerou um novo impulso
no crescimento desta nossa modalidade, envolvendo toda uma geração de jovens,
alguns muito jovens, com menos de 12 anos, que geraram um movimento que nos
trouxe até aos dias de hoje.
A
partir daquele momento, a literatura policial conheceu uma grande e inusitada
procura, traduzida na corrida desenfreada da malta mais nova às livrarias e
alfarrabistas em busca dos grandes clássicos do género, o que acabaria por
originar o surgimento de novos escritores nos escaparates. Ao mesmo tempo, os
convívios policiários passaram a ter um número considerável de participantes,
com a malta nova “nascida” da revista Mundo de Aventuras em franca
confraternização com os “dinossauros” do policiarismo, tratando-se por
pseudónimos escolhidos pelos próprios, com inspiração nas personagens da banda
desenhada e da literatura policial ou construídos a partir dos nomes de
batismo, nomes que muitas vezes ficavam desconhecidos entre todos. E no centro
disto tudo estava um homem simpático de barbas brancas e cabelo ralo, com um
sorriso permanente nos lábios: o Sete de Espadas. Ele partiu no dia 10 de
dezembro de 2008, deixando uma eterna saudade nos que com ele cresceram… e
tentam agora continuar a sua obra.
E alguns desses seguidores de Sete de Espadas, que estão agora envolvidos no Torneio do Centenário de "Mistério... Policiário" (1975-2025), vão estar em Sintra no dia 25 de maio!!!
Já é conhecida a
solução (e as respetivas pontuações) do quarto problema do I-Torneio Policiário
“Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA n.º 4
|
OS AMANTES
Solução
Ricardo era
segurança no Centro Comercial repartindo funções ali em part-time numa loja de
fragâncias.
Durante o
período em que ali trabalhava, na loja, Ricardo aprendera certamente que o
aroma a alcaçuz funcionava, alegadamente, como um chamariz para as mulheres. De
facto, alguns estudos há muito realizados e tornados públicos, concluíram que o
alcaçuz tem o forte poder de aumentar o desejo sexual feminino.
Entretanto e
quando nessa noite Madalena o rejeitou, após alguma envolvência, por alguma
razão, o tipo errado e o forte cheiro que ele trazia consigo, e lhe acabaria
por transmitir, Ricardo deu-lhe dois tiros à queima-roupa e fugiu do local.
Para quem
passava a vida em negócios escuros, como Ricardo, ou pelo serviço de segurança,
certamente que uma arma com ou sem licença até, seria uma ferramenta
imprescindível … e que neste caso, perante uma situação de rejeição não se
inibiu de a utilizar!
Pontuações
neste 4º problema
10 PONTOS
Ana Marques,
Arjacasa, Búfalos Associados, Clarinha, Carlos Caria, Clóvis, CN 13, Columbo, Detective
Izadora, Detective Jeremias, Detective Verdinha, Detetivesca, Dick Tracy, EGO,
Faria, Inspetor Boavida, Inspetor Moscardo, Inspector Pevides, Inspectora
Sardinha, Inspector Ricky, Jorrod, Mali, Mandrake Mágico, Molécula, O Gráfico,
O Pegadas, Pintinha, Sofia Ribeiro e ZAB.
8 PONTOS
Bela, Carluxa, Detective
Silva, Detective Suricata, Inspector Cláudio, Inspector do Reino, Joel
Trigueiro, Margareth, Marino, Paulo, Rainha Katya, Vic Key, Visigodo e Zé
Alguém.
5 PONTOS
CA 7, Detective
Caracoleta, Fátima Pereira, Pedro Monteiro e Sandra Ribeiro.
Classificação
Geral (após o 4º problema)
40 PONTOS
Ana Marques, Arjacasa,
Clóvis, Faria, Inspetor Boavida, Jorrod, Mali, O Gráfico, O Pegadas e Pintinha.
38 PONTOS
Búfalos
Associados, CN13, Detective Jeremias, Detective Verdinha, Margareth, Rainha
Katya, Sofia Ribeiro e ZAB.
36 PONTOS
Carlinha, Carluxa
e Detective Silva.
35 PONTOS
EGO, Inspetor
Moscardo e Inspector Pevides.
34 PONTOS
Vic Key.
33 PONTOS
CA 7, Carlos
Caria, Columbo, Detetivesca, Inspector Claudio, Inspetor Rickyi e Joel
Trigueiro.
31 PONTOS
Detective
Izadora, Inspector do Reino e Paulo.
30 PONTOS
Dick Tracy, Inspectora
Sardinha, Mandrake Mágico e Molécula.
29 PONTOS
Visigodo.
28 PONTOS
Bela, Detective Caracoleta,
Pedro Monteiro e Zé Alguém.
26 PONTOS
Ribeiro de
Carvalho.
23 PONTOS
Detective
Suricata
20 PONTOS
Fátima Pereira.
13 PONTOS
Marino e Sandra
Ribeiro.
05 PONTOS
Bernie Leceiro.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 5
A TABERNA DOS
TRÊS EFES, de Bernie Leceiro
No início de uma noite quente de julho 2022, Alves da Selva, retirado da
atividade policial, reuniu em tertúlia na qualidade de anfitrião, num conhecido
restaurante de Pedras Rubras, um grupo de antigos camaradas dos núcleos de
investigação por onde passou.
Queridos camaradas e amigos – dirigiu-se aos seus antigos companheiros –
o menu para o nosso jantar é inspirado numa pequena lenda que encontrei ao ler
um antigo manuscrito de um padre local sobre acontecimentos de Moreira da Maia
do século XIX e que vos passo a ler:
«A entrada do exército liberal em Pedras Rubras no dia 8 de julho de
1832 à frente do qual vinha D. Pedro IV com o seu estado maior que todos
pernoitaram n’este logar para no dia seguinte entrarem no Porto. (…)
Foi por essa occasião, segundo se conta, que D. Pedro entrando numa
locanda [venda] perguntando o que havia para comer, ao que lhe respondeu
o bodegueiro: Peixe de FFF! “Então o que é peixe de três efes?” É faneca,
fresca, frita. O Sr. D. Pedro comeu e depois disse ao locandeiro: “Não tenho
aqui dinheiro para lhe pagar, então fica sendo o peixe dos 4 efes – faneca,
fresca, frita, fiada “(si non e vero e bem trovato)”»
O dia de hoje marca 190 anos que o exército liberal acampou neste largo e
onde D. Pedro jantou numa taberna mais ou menos neste local onde nos
encontramos. Quanto ao prato principal acho que já todos sabem o que vamos
jantar. Eu mesmo as apanhei hoje de madrugada a bordo do barco do meu amigo
mestre Caravela em frente à praia da Memória, antiga praia dos ladrões onde
ocorreu o desembarque. A acompanhar as benditas fanecas teremos um belo arroz
de grelos que a D. Aninhas nos está a preparar na cozinha com todo o amor e
carinho. Mas como diz um amigo meu – não há jantares grátis – deixo-vos para
análise um curioso texto do mesmo livro de onde vos li a lenda de há pouco e
não resisto a partilhar convosco para avaliar o estado das células cinzentas de
alguns de vocês, tal como eu, já retirados destas andanças criminais. Aguardo
os vossos comentários até ao final do jantar. O autor do relatório mais
completo é meu convidado para petiscar, comigo e com o mestre Caravela, uns
belos percebes fresquinhos, amanhã na Praia de Angeiras logo depois da
baixa-mar na tasquinha do Quim Fateixa.
«Na noite de 27 para 28 de junho de 1882, lançou-se a um poço da sua
casa onde morreu afogada Maria Perpétua, casada com José Narcizo da Costa
Braga, fundidor de sinos, e moradores n’este logar, junto da estação do caminho
de ferro, ella com negócio na casa d’ António Vieira e elle com a sua fundição
junto a mesma casa.
Tinham ido ambos ao Porto no dia 27 e alli ficou para o outro dia o
marido, e ella voltando para casa, acolhendo-se na forma do costume, mas muito
triste, alta noite perguntou a uma mulher que ali passava na mesma casa se ella
tinha ouvido bater a porta da loja respondendo-lhe que não, nada mais se soube
até que pela manhã vendo-se que não aparecia e encontrando-se o candeeiro na
borda do poço logo se suspeitou que ella alli se tivesse lançado, apesar do
poço ser tapado e mesmo a tampa por onde se tirava a agua estava cahida,
fechada, mas supõem-se que ella quando se lançou ao poço levava atraz de si a
tampa. Tinha deixado na casa tudo em boa ordem inclusivamente apartadas todas
as roupass em que queria ser amortalhada não lhe esquecendo a minima cousa:
fechou todas as portas e metteo as chaves n’algibeira onde lhe foram
encontradas.
Foi attribuido este horroroso atentado a dividas que tinha e também à
pouca saúde da alma e do corpo.»
Terá sido suicídio como conclui o padre ou existem razões para suspeitas
de homicídio? Como poderia ser confirmado? Qual terá sido a conclusão da
autópsia no Instituto de Medicina Legal?
Um bom jantar a todos!
O desafio ao leitor é exatamente o mesmo que Alves da Selva lança aos
seus companheiros. Relativamente às percebes e fanecas frescas fritas,
independentemente da qualidade do relatório produzido, estão todos convidados a
visitar a Praia de Angeiras e provar estas iguarias do nosso mar.
(Nota: Textos originais transcritos do livro Moreira da Maia no século XIX: Segundo o Manuscrito do Padre Joaquim Antunes de Azevedo / José Augusto Maia Marques; coord. Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia; il. António Matos PUBLICAÇÃO: Maia, Câmara Municipal da Maia, 1998)
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de maio de 2025,
através dos seguintes exemplos:
a -
Por email, correio eletrónico, de Inspetor
Boavida: salvadorsantos949@gmail.com;
b - Entregando
em mão ao orientador do Blogue LOCAL DO CRIME, onde quer que o encontrem;
c -
Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de
Salvador Pereira dos Santos;
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032
ALMADA.
ATENÇÃO
Apela-se aos confrades
interessados em participar no almoço-convívio de consagração do grande vencedor
do Concurso de Contos “Um Caso Policial no Natal” e de renascimento da TPL –
Tertúlia Policiária da Liberdade que façam a sua inscrição até ao próximo dia
19 de maio, segunda-feira, através dos seguintes meios: telemóvel 917340400;
email salvadorsantos949@gmail.com. O convívio tem
lugar no restaurante Sabores de Sintra (rua 1º de Dezembro, 16/18, São Pedro de Sintra.
Em aditamento à
edição da secção O Desafio dos Enigmas de 20 de abril de 2025, publica-se a
solução de mais um problema do I Grande Torneio organizado
pela secção “Mistério…Policiário”, na Revista Mundo de Aventuras, superiormente
orientada por Sete de Espadas entre 13 de março de 1975 e 1 de abril de 1986:
Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras
I Grande Torneio
UM TROVÃO FORTE FEZ VIBRAR A CASA…
de Camarada X
Solução de Big-Ben
1 – Em
meu entender, o inspector Gomes sé poderia prender «um homem novo e
há pouco tempo ao serviço, parecendo de bom carácter…», isto é, o mordomo.
2 –
Vejamos as razões que me levaram a esta afirmativa:
a) Depoimento
falso:
«…Um
trovão forte fez vibrar a casa e a luz falhou… Fusíveis, pensei.
Não obstante o barulho da trovoada, ouvi um tiro…»
Aí está!, primeira falha do plano do mordomo. Pois se a luz faltou e,
consequentemente, tudo ficou mergulhado em escuridão, não seria descabido um
tiro mas trevas, antecipadamente condenado ao fracasso?!...
Sim,
qual a garantia que teria o pseudo atirador de que a sua (futura)
vítima se conservaria no mesmo lugar, depois de a luz se apagar?! Na
circunstância, a reacção do mais vulgar dos mortais – inclusive
o milionário Fernandes – seria a de se levantar, a fim de constatar o
que se havia passado; logo o «alvo» fugiria…
(A
hipótese torna-se ainda mais inviável se atentarmos que a bala acertou
precisamente na fronte. Bem sei que o tiro podia ser à «queima-roupa», mas,
nesse caso, onde estão os vestígios de pólvora daí resultantes – não é feita
qualquer referência e, portanto, temos de partir do princípio de que não
existem…)
b) Horário
discordante:
«…Meia
hora depois estavam na morada indicada. Eram 23 horas». Assim, o telefonema do
mordomo foi recebido às 22,30 horas…
…Antes
disso, já a luz se teria apagado em casa do milionário Fernandes, pois, como é
evidente, o atrás referido telefonema só seria efectuado após o
mordomo verificar a morte daquele. Nesta conformidade – e a passar-se tudo
conforme o mordomo nos descreve – a luz estaria apagada um bom lapso de tempo,
talvez quinze ou vinte minutos, porquanto seria acesa pouco antes da chegada
do inspector Gomes («…e a luz voltou. Foi um alívio para mim a
chegada do senhor Carlos, logo a seguir…», afirmou o mordomo: «…e
só voltei há momentos, um pouco antes do inspector chegar…»,
disse Carlos).
Julgo,
pois, poder concluir que a luz estaria apagada das 22,25 até as 22,45 – quiçá,
22,50. Chegados a esta conclusão, suponho estar habilitado a destruir todo o
plano do mordomo, porquanto «…o rico relógio eléctrico colocado
na parede do escritório, que marcava vinte e três horas e trinta minutos» deixa
antever grande tramóia…
…É
que, tendo o inspector Gomes chegado às 23 horas, não demorou,
certamente, mais do que meia hora para proceder às «démarches» tradicionais,
isto é, observação do local e recolha de depoimentos. Portanto, o relógio
do inspector (ou de qualquer dos intervenientes) poderia marcar
23,30; porém, o relógio eléctrico – precisamente porque ficaria
parado durante o espaço de tempo em que os fusíveis estariam avariados –
deveria marcar apenas 23,10 ou 23,15…
c) «Não havia
sinais de luta e a janela estava aberta…» Não havia sinais de luta, nem tão
pouco, suponho, marcas da chuva copiosa que estava a cair, pois se as houvesse
a elas seria feita referência… Por outras palavras, se tudo tivesse ocorrido
conforme o criado conta, o assaltante teria vindo do exterior e, sendo assim,
dado que traria os sapatos e a roupa ensopada da chuva que caía, forçosamente
deixaria marcas no sobrado – ou na alcatifa.
d) «Estava uma noite chuvosa… a chuva continuava a cair com grande intensidade». Sim, era uma noite «bera»… porém, chuvosa não é o mesmo que trovejosa… E só o mordomo é que faz referência à trovoada… E como ele conseguiu, mesmo assim, ouvir o tiro, hem!!!...
Já é conhecido o
quinto problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex,
organizado pelo blogue Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-lo:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA n.º 5
|
Travagem
acidentada
Ricardo não
parava de bater com a palma da mão no meio do volante, fazendo soar a buzina
muito alto e durante muito tempo, embora apenas quisesse que o som atravessasse
os meros centímetros que separavam o seu para-choques traseiro do lento
sedã que lhe bloqueava a passagem. A Velhota parecia não perceber a dica e
limitava-se a continuar a guiar no limite de velocidade, impedindo-o de
acelerar a fundo para o almoço de negócios para o qual já estava demasiado
atrasado.
Ricardo estava
absolutamente farto do caminho que fazia todos os dias e dos condutores idiotas
com que tinha de lidar. Ele tornou a acelerar, na esperança de intimidar a
velhota a ponto de ela encostar para o deixar passar.
No momento em
que estava a levantar a mão para tornar a apitar, viu as luzes dos travões da
senhora acenderem-se à sua frente. A sua reacção instintiva foi virar o volante
para contornar o carro parado, mas isso obrigou o seu SUV a deslizar pela
estrada de duas faixas, a 65 quilómetros por hora. O veículo capotou, rolando
mais de três vezes, até que parou numa vala à beira da estrada. Ricardo não
estava a usar o cinto de segurança. Enquanto foi sacudido dentro do carro,
partiu o pescoço. Ricardo foi declarado morto no local, mas, surpreendentemente,
o veículo estava bastante intacto.
A velhota
continuou a guiar, até que a Polícia a mandou parar numa estrada local, que
ficava a uns dez minutos do sítio do acidente. Uma pessoa que estava a correr
tinha assistido a quase tudo e conseguiu identificar o Ford Taurus da senhora.
- Sabia que
houve um acidente lá atrás quando a senhora pisou o travão? – perguntou o
agente, examinando o veículo dela. Beatriz olhou para o agente com um ar
confuso.
- Oh lamento –
disse ela. – Eu não sabia que ele estava atrás de mim. Vi um animal na estrada,
um pequeno texugo, e tive de travar para o bichinho passar. Espero que ninguém
se tenha magoado.
- Morreu um
homem – explicou o agente, espantado por Beatriz estar a agir com tanta calma.
– A senhora está a dizer que travou a fundo para salvar um texugo?
- Sim, senhor –
respondeu ela, sorrindo com doçura.
Beatriz
estaria a dizer toda a verdade à Polícia? Dê a sua opinião … fundamentando-a!
NOTA FINAL:
Os projectos de
solução deverão ser enviados até ás 24h00 do dia 14 de Junho de 2025, para viroli@sapo.pt
Já é conhecida a
prova nº 4 do Torneio “Quem É”.
Ei-la:
Torneio “Quem
é?”
Prova nº 4
Autoras na
literatura policiária
Autor: Paulo
1 - Esta autora
nasceu no Reino Unido em 1965. Viveu algum tempo em Portugal, onde se
casou e divorciou.
Voltou para
Inglaterra onde começou a publicar o conjunto de livros, composto por sete
volumes, dedicados à juventude, que a tornariam famosa. Após ter terminado esta
saga escreveu um romance policiário, usando o seu nome, que não teve grande
sucesso.
Criou então,
usando um pseudónimo masculino, um detetive particular com uma prótese numa
perna, que contrata uma secretária que acaba por ser sua sócia. O primeiro
livro desta série foi publicado em 2013 e todos os episódios da série têm tido
edição portuguesa na editora Presença.
a) Qual é o
pseudónimo usado por esta escritora para escrever a série policiária
referenciada no texto?
b) Qual é o nome
do elemento feminino da dupla descrita no texto?
2- Esta
escritora nasceu em Miami, na Florida em 1956.
Criou várias
séries, mas a que lhe deu maior sucesso, e que é composta por muitos livros,
é protagonizada por uma médica legista, de baixa estatura e de origem italiana,
quase sempre envolvida em casos que envolvem assassínios em série. Em vários
dos seus casos surge a sua sobrinha, que acaba por se tornar agente do FBI.
Recebeu vários
prémios:
ECPA Gold
Medallion Book Award na categoria Biografia/Autobiografia;
Edgar Award,. John Creasey Memorial
Award, Anthony Award, e Macavity Award;
Prix du Roman d'Adventures;
Gold Dagger;
Sherlock Award
para o Melhor Detetive;
British
Book Awards' Crime
Thriller of the Year;
RBA Prize for Crime Writing.
a) Qual é
o nome pelo qual esta escritora é conhecida?
b) Qual é o nome
mais usado, da sobrinha da mais conhecida personagem criada pela escritora
referida?
3- É uma
escritora do Reino Unido, que nasceu em 1930 e faleceu em 2015, muito divulgada
em Portugal, com as suas obras espalhadas por várias editoras e diferentes
coleções. Criou a personagem de um inspetor da polícia casado e com duas
filhas, o que permite, ao leitor, acompanhar, simultaneamente, as investigações
e a vida familiar da personagem. Para localizar a série, a autora criou uma
cidade de ficção Kingsmarkham.
Além de várias
obras desta série esta autora escreveu muitos outros livros com histórias sem
ligação entre si, usando o pseudónimo que adotou e que possui um dos seus
nomes.
a) Qual é o nome
com que foi assinada a série referida no texto?
b) Qual é o
outro nome, muito usado pela escritora para assinar as suas obras?
4 - Esta é
uma das escritoras policiárias mais conhecidas da atualidade. Nasceu em 1974,
na Suécia, e criou uma dupla criada por uma escritora e por um inspetor da
polícia.
Uma pequena
localidade da costa ocidental da Suécia serve de cenário para a maior parte dos
romances, criando um enorme contraste entre a serenidade da paisagem e a
violência dos crimes.
É uma escritora
que esconde informação do leitor, parecendo que as investigações e a resolução
do crime são mais fruto da casualidade do que das deduções dos investigadores.
Apesar desta característica, que contrasta totalmente com Agatha Christie, há
quem a designe por Agatha Christie nórdica.
a) Qual é o nome
da autora?
b) Qual é o nome
da localidade referida no texto?
5
- Escritora que nasceu em 1942 nos Estados Unidos, em New Jersey.
Criou a
personagem de um polícia italiano da cidade de Veneza, cidade onde a autora
passou a viver a partir de 1981. É uma escritora que viajou por várias partes
do mundo, como a Suíça, o Irão, a China e a Arábia Saudita.
Através da sua
personagem, a escritora consegue mergulhar o leitor no ambiente aquático
veneziano e nas suas zonas mais lúgubres, dando uma visão da Itália, que acaba
por ser criticada por ser um pouco estereotipada.
Várias das obras
que envolvem os episódios protagonizados por este comissário da polícia
italiana estão publicados em Portugal, como por exemplo Morte numa
terra estranha.
a) Qual é o nome
da escritora?
b) Indique o
nome da personagem referida no texto.
ALMOÇO-CONVÍVIO
Recordamos que se
realiza no próximo dia 25 de maio, a partir das 12h30, no restaurante
Sabores de Sintra (rua 1º de Dezembro, 16/18, São Pedro de Sintra) o Almoço
Convívio de Consagração do Grande Vencedor do Concurso de Contos “Um Caso
Policial no Natal”.
Os confrades que
desejem marcar presença nesta iniciativa devem comunicar essa intenção junto do
Inspetor Boavida (contactos: 917340400; salvadorsantos949@gmail.com), com
a brevidade possível, de forma a que se possa determinar o número de convivas para
efeitos de reserva da sala com dimensão adequada.
Preço
do repasto: 22,50 euros/pessoa.
Ementa: entradas – pão rústico saloio, azeitonas
temperadas, tábua de queijos regionais e enchidos, peixinhos da horta com
maionese d’alho e salgadinhos variados; pratos – bacalhau com espinafres e
natas gratinado com broa de milho ou arroz de tamboril e camarão ou cachaço de
porco no forno com batatas fritas e saladas ou escalopes de vitela à casa;
sobremesas – as várias disponíveis no momento; bebidas – águas, refrigerantes,
cerveja, vinhos, sangria e café.
São já conhecidas
a solução e pontuações da Prova nº 3 do Torneio “Quem É?”, bem como a
classificação geral quando estão decorridas 3 provas.
TORNEIO QEM É?
PROVA Nº 3
Pseudónimos
Autor: Paulo
SOLUÇÃO
1 – a) A. A. Fair;
b) Frank Sellers
2 – a)) Lucy Beatrice Malleson,
b) Anthony Gilbert.
3 – a) Wiliam Irish
b) Cornell Woolrich
4 – a) Salvatore Albert Lombino
b) Ed Mcbain
5 – a) Michael Innes
b) Inspetor Appleby
PONTUAÇÕES
10 pontos
Ana Marques,
Arjacasa, Carluxa, Clóvis, Detective Jeremias, Detective Verdinha,
Detectivesca, Inspector Moscardo, Inspector Ryckyi, Mac Jr, Mali, Mandrake
Mágico, O Pegadas, Pintinha, Rainha Katya, Rodriguda, Vic Key.
9 pontos
Bernie Leceiro,
Inspetor Boavida
8 pontos
Abrótea, Columbo
7 pontos
Edomar,
Virmancaroli
CLASSIFICAÇÃO
GERAL (após 3 provas)
Com 30
pontos
1º lugar - Clóvis
2º lugar
- Detective Jeremias
3º lugar
- Rodriguda
4º lugar - Detective
Verdinha
5º lugar
- Mandrake Mágico
6º lugar
- Detectivesca
7º lugar
- Arjacasa
8º lugar - Vic
Key
9º lugar - Mali
10º lugar
- Inspector Moscardo
11º lugar
- Inspector Ryckyi
Com 29 pontos
12º lugar -
Bernie Leceiro
13º lugar - O
Pegadas
14º lugar
- Mac Jr.
Com 28 pontos
15º lugar -
Inspetor Boavida
16º lugar -
Columbo
Com 25 pontos
17º lugar -
Virmancaroli
18º lugar -
Edomar
19º lugar -
Abrótea
Com 10 pontos
20º lugar - Pintinha
21º lugar - Ana
Marques
22º lugar -
Carluxa
23º lugar -
Rainha Katya
Com 9 pontos
24º lugar -
Inspector do Reino
5º
PROBLEMA DO TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO JÁ É CONHECIDO
O
confrade Bernie Leceiro, de Leça da Palmeira-Matosinhos, é o autor do quinto
problema do Torneio do Centenário de “Mistério…Policiário”, que decorre
alternadamente nos blogues Local do Crime, Repórter de Ocasião, A Página dos
Enigmas e Momento do Policiário. O problema pode ser acedido em qualquer destes
quatro blogues, através dos endereços eletrónicos localdocrime.blogspot.com, reporterdeocasiao.blogspot.com,
apaginadosenigmas.blogspot.com e momentodopoliciario.blogspot.com, bem como no
site Clube de Detectives (clubededetectives.pt), que mantém em permanente
atualização as várias tabelas classificativas e acompanha todas as incidências
da prova, realizada em homenagem a um dos maiores dinamizadores do policiário
no nosso país, designadamente pelo seu percurso entre os anos de 1975 e 1986 –
Sete de Espadas.
Entretanto,
recordamos que no próximo dia 25 de maio (domingo), a partir das 12h30, vai ter
lugar no restaurante Sabores de Sintra (rua 1º de Dezembro, 16/18, São Pedro de
Sintra) o Convívio Policiário de consagração do grande vencedor do Concurso de
Contos “Um Caso Policial no Natal”, e de ressurgimento da Tertúlia Policiária
da Liberdade (TPL), que tem estado em pausa desde o falecimento de alguns dos
seus principais animadores. Com o seu regresso, a TPL propõe-se recuperar o
tempo perdido, embora sem o fulgor de outrora, com a realização anual de uma
jornada de confraternização da família policiária em redor de uma mesa recheada
de bons pitéus, sob amena cavaqueira em torno dos mais variados temas e com a decifração
de curiosos enigmas.
Por
tudo isto, impõe-se que ninguém deixe de responder à chamada. E, para o efeito,
aconselha-se que a confirmação das presenças seja feita até dia 15 de maio,
através dos seguintes meios: 917340400; salvadorsantos949@gmail.com. Eis o preço do
repasto: 22,50 euros/pessoa. E eis a ementa: entradas – pão rústico saloio,
azeitonas temperadas, tábua de queijo regional e enchidos, peixinhos da horta
com maionese d’alho e salgadinhos variados; pratos – bacalhau com espinafres e
natas gratinado com broa de milho ou arroz de tamboril e camarão ou cachaço de
porco no forno com batatas fritas e saladas ou escalopes de vitela à casa;
sobremesas – as várias delícias habitualmente disponíveis; bebidas – águas,
refrigerantes, cerveja, vinhos, sangria e café.
Entretanto,
voltamos a recordar mais um dos problemas que integraram o I Grande Torneio da
secção “Mistério…Policiário”, de que estamos a celebrar o cinquentenário do seu
nascimento.
O desafio é que os nossos seguidores leiam com a devida atenção o enunciado do problema, não dispensando as subsequentes releituras que as dúvidas suscitadas reclamem, de modo que o decifrem com sucesso antes se publicar aqui, no Local do Crime, a respetiva solução de autor.
Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras
I Grande Torneio
UMA CORRIDA CONTRA O TEMPO
de Dr. Mistério
Numa
tarde de março o Inspector Dias sentado na sua cadeira olhava para
outro homem sentado na sua frente. Depois de alguns momentos de silêncio
o Inspector acendeu o seu cachimbo, levantou-se e começou a falar
enquanto andava, com passadas largas, pela sala:
– Oiça
– disse o Inspector – você não adianta nada em manter esse silêncio. Temos
provas suficientes para o metermos atrás das grades por muito tempo. Se você
falasse isso poderia atenuar…
O
outro nada disse. Estava imperturbavelmente sentado. Parecia uma estátua.
O Inspector continuou
a andar pela sala, pensando:
– «Se
este tipo não disser nada, terei que fazer outra busca na casa dele… E se
aquela condessa não andasse sempre a chatear-nos por causa das jóias!...»
De
repente, o outro, como que adivinhando o pensamento do Inspector, disse:
– Você
está muito interessado nas jóias… Isso também o prejudica, não é… Tem de
entregar as jóias no dia do meu julgamento… Você nunca o conseguirá.
Está a desafiar o relógio, a correr contra o tempo…
– «Ele
tinha razão… Se tivesse mais tempo… Não havia outra alternativa, tinha que
fazer a busca!»
Eram
sete horas quando a busca começou. O Inspector e mais dois dos seus
homens passavam minuciosa busca a uma casa magnificamente mobilada.
O Inspector e
os seus homens começaram por fazer um plano de busca.
O Inspector mais um dos homens ficava na sala, o outro homem ficava
nos quartos.
Depois
disto, as mãos começaram a trabalhar… Uma hora depois ouviu-se
um ding-dong muito ruidoso que saía de um grande relógio de pé alto.
Um dos
homens do Inspector afastou-se do móvel que estava a rebuscar e
aproximou-se do relógio tentando abrir a portinhola de fechadura que estava na
sua base.
– Que
é que tu queres
encontrar aí?... – pergunta o Inspector. – Talvez um
cuco com um colar de diamantes ao pescoço?... Deixa isso em paz!
Eram
dez horas quando o Inspector foi para casa.
–
«Este arranjou um lugar muito original… Mas qual? Nós rebuscamos a casa de uma
ponta à outra…»
O Inspector sentou-se
numa cadeira e continuou a pensar…
De
repente disse em voz alta:
– Que
burro que eu fui! Não me soube servir do indício que ele me deu… Assim,
as jóias já estariam descobertas…
1 –
Onde estariam as joias?
2 – Qual o indício que o Inspector desprezou?
…………………………. /// ………………………………………
E
fechamos a nossa edição de hoje com uma chamada de atenção para as iniciativas
que vêm animando os blogues A Página dos Enigmas
(apaginadosenigmas.blogspot.com) e Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com), paralelamente ao Torneio do Cinquentenário.
No
primeiro serão conhecidas no próximo dia 10 de maio as questões do teste nº 5
do Torneio “Quem É?” e no segundo decorre neste momento o prazo para o envio de
propostas de solução relativas à prova nº 5 do Torneio “Português Suave”, que expira
no dia 14 maio, ao mesmo tempo que tem no forno o problema nº 5 que se dará a
conhecer nas primeiras horas do dia seguinte.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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SOLUÇÃO DO
PROBLEMA Nº 4
NAQUELA NOITE DE
MAIO, de Virmancaroli
SOLUÇÃO DO AUTOR E
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Aqui se expõem os
10 factores tidos em conta para a situação narrada e que possibilitarão
entender, de certa forma, o ocorrido:
P-1. Ouviu-se
o tilintar do vidro às 3 horas e 39 minutos, e às 3 horas e 41 minutos, o comerciante
já estava a telefonar à polícia. Prova assim que a sua perseguição ao gatuno
era pura invenção.
(Eram
precisamente três horas e trinta e nove minutos da madrugada quando um forte
ruído de vidros estilhaçados irrompeu pelo silêncio da noite)
(Pegou no
auscultador e simultaneamente olhou para o relógio que marcava três horas e
quarenta e um minutos. Depois atendeu o telefonema)
V-2. … o
sino da Torre da Igreja da Misericórdia, ali bem perto da Praça da República,
batia as quatro horas e meia, badaladas que bem se fizeram ouvir, nessa noite
bem escura e húmida.
(tendo por
referência este facto, relógio que dava horas de meia em meia hora e, atendendo
ás horas em que o vidro teria sido partido (03h39) , bem que poderemos supor
que as badaladas das 03h30 tenham sido aproveitadas para partir o vidro,
“camuflando” desse modo o barulho… )
(Não havendo
transporte na Esquadra do Borralhal , que se encontrava em mudança, o trajecto
até ao local do incidente teria de ser feito a pé, com algumas demoras
ocasionais ... e muita conversa pelo caminho!)
P-3. Conforme
diz o comerciante, o gatuno atirou um tijolo ao vidro. Num caso normal, os
estilhaços cairiam para dentro da loja. Mas neste caso não, estão todos na rua,
o que prova que o vidro foi partido no interior da loja, de dentro para fora,
logo pelo Zé Bastos.
(Via-se um enorme
buraco no vidro da porta, e o Sargento Oliveira juntou com o pé os estilhaços,
formando um monte considerável em frente da entrada)
V-4. Também
existe um factor a ter em conta, será a ausência (anunciada) nessa noite, do
Guarda Nocturno, propícia a levar por diante a simulação do roubo… sem
testemunhas ou entraves e até porque já há bastante tempo que nada ali se havia
registado… o que não deixará de ser uma grande coincidência este presumível
roubo!
(A ausência
anunciada, nessa noite, do Guarda Nocturno, pago pelos comerciantes da praça,
já poucos por sinal, possivelmente poderá ter deixado os comerciantes da praça
mais vulneráveis… mas até porque também já há bastante tempo que não se
registava ali nenhuma ocorrência de roubo, ou de outro abuso
qualquer!)
V-5. Entrar
na loja, assim, rapidamente no escuro e fugir quase que de imediato, ao ser
detectado, coloca muitos dúvidas como teria levado precisamente (escolhido)
aquele que seria o álbum de moedas mais valiosas.
(Os polícias
entraram na loja, sem deixarem, contudo, de observar a grande desarrumação de
álbuns em cima do balcão)
(…quando tenho
mercadoria para arrumar, pois, ontem fiz umas compras, costumo dormir sempre
aqui, porque tenho de começar bem cedo com as arrumações, antes da loja abrir.)
(Levou-me um dos
álbuns mais valiosos, com moedas romanas que eu tinha recebido ontem mesmo e
que estava ainda aqui em cima do balcão, que era para ser arrumado…)
V-6. Para
quem tem uma Loja na cidade de Montijo e reside na Jardia, estamos a falar de
uma distância bastante curta, digamos que de carro serão cerca de 10 minutos no
máximo. Não será então bem longe, a residência e a loja, como diz Zé Bastos,
para justificar o ter dormido nessa noite na loja. Claro que havia conveniência
estar na loja… !
(Como resido fora
da cidade, ali na Jardia, portanto, ainda bem longe da loja e quando tenho
mercadoria para arrumar, pois, ontem fiz algumas compras, costumo dormir sempre
aqui, porque tenho de começar bem cedo com as arrumações, antes de a loja
abrir.)
P-7. Com a
escuridão que na altura é referida (...vésperas de Lua Nova = noite
bastante escura!) ao dono da loja, seria pouco provável saber se era
um homem, se era alto ou baixo, se tinha óculos escuros ou mesmo se usava
gorro, tudo factores que estariam dissimulados pela escuridão e do momento
inesperado de ocasião.
(Mesmo no escuro
ainda deu para perceber a silhueta. Era um homem alto, de óculos escuros ...
"óculos escuros numa noite de véspera de Lua Nova, logo bem escura "
... e de gorro pela cabeça)
P-8. Eu
ainda fui atrás dele até ali ao fim da Praça, mas ele era jovem e bem rápido…
(Como numa noite
bastante escura, pois estamos na véspera de Lua Nova, e a Praça estaria mesmo
assim com uma iluminação ténue (referências no texto) logo uma das noites mais
escuras, o suposto assaltado deu para ver que o suposto ladrão, visto de
costas, era jovem?!)
P-9. De
facto, o valor do roubo foi perfeitamente calculado em função do momento baixo
em que a loja se encontrava, pelo que o valor do seguro seria muito bem-vindo.
Também e fazer um investimento tão alto com o negócio tão por baixo é
irrealista, isto presumindo o valor atribuído às moedas roubadas.
(É um grande
transtorno para mim, apesar de já as ter segurado, ontem mesmo, quando as
recebi.)
(…o negócio
tem andado ultimamente mesmo muito mal.)
P-10. Presença
na Prova
PONTUAÇÕES DO
PROBLEMA Nº 4
DECIFRAÇÃO
10 pontos
Arjacasa
Clóvis
Detective
Jeremias
Detective
Verdinha
Dick
Tracy
Dona
Sopas
Edomar
EGO
Faria
Fotocópia
Inspetor Aranha
Inspector Mucaba
Mali
Mandrake Mágico
O
Pegadas
Vic
Key
09 pontos
Bernie
Leceiro
Inspector
Detective
Inspetor
Moscardo
Inspector
Pevides
Inspector
do Reino
Inspector
Rickyi
Mula
Velha
Ribeiro
de Carvalho
Visconde
das Devesas
08 pontos
Ana
Marques
Bela
CN
13
Carlinha
Carlos
Caria
Carluxa
Haka
Crimes
Inspector
Mokada
Joel
Trigueiro
Jorrod
Mancha
Negra
Margareth
Molécula
ZAB
Zé
Alguém
07 pontos
Búfalos
Associados
Detective
Izadora
Detective
Silva
JC AL
Marino
Rainha
Katya
Sofia
Ribeiro
Visigodo
06 pontos
Detetivesca
Detective
Vasofe
Inspector
Cláudio
05 pontos
CA 7
Detective
Caracoleta
Detective
Suricata
Inspectora
Sardinha
Pedro
Monteiro
Pintinha
Sandra
Ribeiro
04 pontos
Fátima
Pereira
AS MELHORES
05 pontos: EGO
04 pontos: O
Pegadas
03 pontos: Vickey
02 pontos: Faria
01 ponto: Inspector
Mucaba
AS MAIS ORIGINAIS
05 pontos: Mali
04 pontos: Detective
Jeremias
03 pontos: Arjacasa
02 pontos: Dona
Sopas
01 ponto: Detective
Verdinha
PRÉMIOS SORTEADOS:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, oferta de Salvador Santos, juntamente
com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, oferta de José Silvério,
sorteado entre os concorrentes totalistas.
Premiada Detective
Verdinha
- 1 Conjunto
de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, oferta de Francisco Salgueiro,
sorteado entre todos os concorrentes não totalistas.
Premiada Pintinha