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segunda-feira, julho 28, 2025
  TORNEIO DE VERÃO

ÚLTIMA HORA

O TORNEIO DE VERÃO (as melhores, mais criativas e originais soluções) arranca no dia 5 de agosto, com a publicação do seu primeiro problema (um original inédito de NOVE), de forma a não “criar ruído” no "Torneio do Cinquentenário de Mistério... Policiário", que conhece o seu oitavo enigma no dia 1 de agosto. Assim, os problemas do TORNEIO DE VERÃO serão publicados no LOCAL DO CRIME nos dias 5, 15 e 25 do próximo mês de agosto. Juntamente com o primeiro problema, será publicado o regulamento da prova. Estão todos desafiados a marcar presença. NÃO FALTEM!!!

 
segunda-feira, julho 21, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "MOMENTO DO POLICIÁRIO"

Já é conhecida a solução (e as respetivas pontuações) do sexto problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:

I - Torneio Policiário “Português Suave”

| PROBLEMA N.º 6 |

PAIXÃO ASSASSINA

Solução

O Inspector constata que a caligrafia da carta, que Nazário lhe mostrou, se inclinava muito para a esquerda e a tinta da carta estava esborratada, indícios de como se tivesse sido escrita febrilmente, com presença de suores ao momento e, possivelmente por uma pessoa canhota. Também a análise do grafólogo que Nazário poderia mostrar ao Inspector que a carta tinha sido escrita por uma pessoa fria, sem carácter, calculista e muito mais … presume-se isso!

A arma do crime tinha sido encontrada do lado esquerdo de Helena, o que significa que era provável que o assassino tivesse usado a mão esquerda para a espancar. Helena estava a segurar a espátula com a mão direita, o que para o Inspector era sinal de que seria destra. As suas suposições estavam correctas: o NOVO namorado de Helena era canhoto e fora ele que escrevera a carta a Nazário, para tentar mantê-lo longe de Helena. Quando mais tarde ouviu a voz amigável de Nazário no atendedor de chamadas, o assassino ficou convencido que Helena estava a traí-lo, e por isso, matou-a num ataque de ciúmes. E depois armou uma cilada a Nazário.

Também torna-se claro se a Helena tinha um NOVO namorado, e tudo aponta que sim, este obviamente deveria ter participado a ocorrência, já que a visitaria regularmente, mas se não o fez torna-se claro foi ele que a matou, não voltando mais à casa, depois do ocorrido, esperando então que alguém aparecesse, o que levou alguns dias a acontecer...!

Convém ainda salientar que numa descrição sumária do estado em que a casa se encontrava, não é referida qualquer menção a haver telefone, mas se Nazário disse que ligou várias vezes e que deixou até mensagem no atendedor, torna-se óbvio que o Inspector confirmou isso durante a investigação … logo seria um tremendo absurdo se não houvesse mesmo telefone e Nazário o tivesse mencionado, até porque ele garante com firmeza ter feito várias chamadas até e deixado mensagem. Tudo isto teria sido confirmado pelo Inspector e aí os seus juízos sobre o ocorrido.

NOTA :

Para este problema e, porque houve supostos intervenientes, na narração, “ausentes”, foi tomada a opção de se reavaliar as pontuações, o que é perfeitamente justo, não havendo assim a pontuação única de presença (5 pts.), sendo esta automaticamente acoplada (em acréscimo) quer à solução tida como correcta, em parte, (8 pts.) quer à mais elaborada (10 pts .)! Neste cenário, ilibar Nazário do crime e não apontar sequer um culpado, justificando, foram considerados, só por si, factores determinantes na pontuação.

E porque de um Torneio SIMPLEX se trata … participar, marcando presença, é sem dúvida alguma muito mais apelativo, essa a finalidade, não existindo assim a mais leve pressão de ter que ser-se melhor…ou diferente!

Pontuações neste 6º problema

10 PONTOS

Ana Marques, Arjacasa, Búfalos Associados, Carlos Caria, Detective Jeremias, Detective Lupa de Pedra, Detective Verdinha, Dick Tracy, EGO, Inspector 27797, Inspetor Boavida, Inspector Ricky, Joel Trigueiro, Jorge Amaral e O Gráfico.

8 PONTOS

Agente Silva, Bela, CA 7, Carlinha, Carluxa, Clóvis, CN 13, Detective Izadora, Detective Silva, Detective Suricata, Faria, Fátima Pereira, Inspector Cláudio, Inspector Pevides, Inspector do Reino, Inspectora Sardinha, Inspetor Moscardo, Jorrod, Mali, Mandrake Mágico, Margareth, Marino, Molécula, O Pegadas, Paulo, Pedro Monteiro, Pintinha, Rainha Kátya, Sandra Ribeiro, Sofia Ribeiro, Vic Key, Visigodo, ZAB e Zé Alguém.

Classificação Geral (após o 6º problema)

60 PONTOS

Ana Marques, Inspetor Boavida e O Gráfico.

58 PONTOS

Arjacasa, Detective Verdinha e Jorrod.

56 PONTOS

Búfalos Associados, Clóvis, Detective Jeremias, Faria, Mali, Margareth, O Pegadas, Pintinha, rainha Kátya e Sofia Ribeiro.

55 PONTOS

EGO.

54 PONTOS

Carlinha, Carluxa, CN 13, Detective Silva e ZAB.

53 PONTOS

Carlos Caria, Inspector Pevides, Inspector Ryckyi e Joel Trigueiro.

51 PONTOS

CA 7, Inspector Moscardo

50 PONTOS

Dick Tracy e Vic Key.

49 PONTOS

Inspector Cláudio, Inspector do Reino e Paulo.

48 PONTOS

Mandrake Mágico.

47 PONTOS

Detective Izadora.

46 PONTOS

Bela, Inspectora Sardinha, Molécula, Pedro Monteiro e Zé Alguém.

43 PONTOS

Columbo.

39 PONTOS

Detective Suricata.

37 PONTOS

Visigodo

36 PONTOS

Fátima Pereira

33 PONTOS

Detetivesca

29 PONTOS

Marino e Sandra Ribeiro.

28 PONTOS

Detective Caracoleta.

26 PONTOS

Ribeiro de Carvalho.

20 PONTOS

Inspector 27797

16 PONTOS

Agente Silva

10 PONTOS

Dtective Lupa de Pedra e Jorge Amaral

05 PONTOS

Bernie Leceiro

 
domingo, julho 20, 2025
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de julho de 2025

              VAMOS DECIFRAR ENIGMAS POLICIÁRIOS NAS FÉRIAS DE VERÃO

Nas próximas edições vamos ter um torneio especial de decifração de enigmas policiários, denominado Torneio de Agosto (as melhores, mais criativas e mais originais soluções), que permeia exatamente as soluções que se destaquem pela sua qualidade, inovação e originalidade, tendo por base três problemas inéditos da autoria do nosso saudoso confrade Pedro Paulo Faria, escritos em 2006, quando ainda usava o seu primeiro pseudónimo (NOVE), por ele adotado pelo facto de ser então muito NOvato nestas andanças do policiário, mas (segundo o próprio) já VElho de idade (e na altura tinha pouco mais de 56 anos…), vindo a afirmar-se como um dos maiores dinamizadores da atividade policiária, como seccionista, produtor, decifrador e júri de concursos.

NOVE nasceu em Leiria em 1936, vindo a falecer em Alfragide (concelho da Amadora) em 31 de agosto de 2018. Para trás ficava uma vida de grande dedicação à família e à sua profissão, ocupando os tempos livres preferencialmente em volta dos livros e da escrita. Ele, que viera das áreas da matemática e da química, voltava sempre às letras, razão porque tinha um grande prazer em resolver problemas de recreação matemática, enigmas e quebra-cabeças, e afirmava-se leitor assíduo de obras de divulgação matemática e científica, incluindo a policial, poesia e ensaios. E NOVE, que costumava participar em comunidades de leitores (reuniões para discussão de livros), depressa passou a ser presença assídua nos encontros nacionais de policiaristas, tendo sido membro ativo da Tertúlia Policiária da Liberdade, o que revela o seu apreço pelo convívio e pelo debate.

NOVE chegou a admitir, num breve autorretrato publicado no fanzine O Lidador das Cinzentas, da Tertúlia Policiária do Norte, editado em colaboração com o pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Maia, que as respostas aos primeiros desafios policiários eram muito incompletas. Com o tempo foi se apurando, em especial depois de ter começado a participar na Tertúlia Policiária da Linha de Sintra, onde, em 1996, se iniciou como produtor para a extinta secção “Enigmas & Desafios” do jornal Notícias da Amadora e, logo a seguir, para a secção “Policiário” do jornal Público, onde viria a consagrar-se Campeão Nacional por duas vezes (nas temporadas 2001/2002 e 2003/2004), tendo sido também Policiarista do Ano e nº 1 do Ranking da mesma secção, em 2003/2004, onde viria, alguns anos mais tarde, a adotar o pseudónimo VERBATIM (o que significa “literalmente, textualmente ou que reproduz com exatidão”). 

Mesmo quando não ocupa lugar no pódio, o seu nome (NOVE ou VERBATIM) aparece sempre entre os primeiros classificados nas provas em que participa, como decifrador ou autor de enigmas, afirmando-se sempre como um dos melhores de todos nós, não só nessa dupla qualidade, mas também como companheiro e amigo, justo merecedor desta simples, mas sincera homenagem, em forma de Torneio, cujo regulamento publicaremos na próxima edição (dia 1 de agosto).

Entretanto, terminamos por aqui a publicação de alguns dos problemas que integraram o I Grande Torneio (o primeiro de 25 torneios realizados, após a publicação de problemas isolados), organizado por Sete de Espadas na secção “Mistério…Policiário”, da revista de banda desenhada Mundo de Aventuras, que fez furor sobretudo entre a “malta” mais jovens durante onze anos.

Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras

I Grande Torneio

O CASO DA PISCINA VAZIA…

de Sir Lock

O inspector Nelson Bravo foi chamado ao palacete do milionário Pedro d'Alpuim em virtude do infortunado industrial ter sofrido um fatal acidente. A crer nas palavras dos dois sobrinhos: Abel e Dorindo d'Alpuim, a vítima saltara de uma prancha a dois metros de altura para a piscina vazia… Acrescentaram que o tio tinha perdido a vista cinco anos antes mas que continuara a praticar o seu desporto favorito. Por outro lado o jardineiro jurou que tinha mudado a água da piscina no dia anterior como o vinha fazendo desde que trabalhava na casa pois o sr. Pedro d'Alpuim não tolerava falta de método. Esvaziava a piscina e enchia-a todas as terças, quintas-feiras e sábados, pelo que, o tampão se soltara por qualquer razão e a água escoara-se ou então a piscina estaria cheia naquele dia: sexta-feira.

E ali, encostado à cancela, dando urna vista de olhos para o carreiro ensaibrado e ladeado por um alto renque de arbusto laboriosamente trabalhado e tratado para guardar a piscina de olhares indiscretos, o inspector escutava as vozes dos seus homens atarefados em volta do corpo de Pedro d'Alpuim e sentia-se ligeiramente comprometido por ter procurado um local onde pudesse evitar a visão daquela cena de sangue e horror.

– Portanto, ambos almoçaram com o vosso tio… O sr. Abel saiu para a cidade às 8,30 horas e o senhor Dorindo subiu para o escritório às 8,40 horas, enquanto o sr. Pedro d'Alpuim ficou na saleta. Às 9 horas o jardineiro abandonou o palacete, pelo que só ficaram em casa o sr. Dorindo e o sr. Pedro. Embora o escritório fique em frente da piscina o sr. Dorindo não reparou se a piscina ainda estava cheia pois esteve a trabalhar e só foi à janela quando o sr. Abel d'Alpuim;, ao abrir a cancela, deu um grito de aviso para o vosso tio.

– Eu ouvi o grito do Abel e percebi as palavras: «…piscina… vazia…» – corroborou Dorindo d'Alpuim.

– Você viu o jardineiro encher a piscina, sr. Abel d'Alpuirn? – o inspector coçou o queixo. – Disse-me que reparou no facto ontem à tarde! E o sr. Dorindo não viu! Resumindo: o sr. Abel saiu às 8,30 horas e…

Saí, cheio de pressa. Tinha um encontro marcado e vim por este carreiro. Lamento não ter passado pela piscina pois poderia ter evitado o acidente!

– O sr. Dorindo nunca assomou à janela sobranceira à piscina?

– Só quando o Abel gritou.

– Ficou em casa e no escritório das 8,40 até às 11,30, hora do acidente! Não viu o jardineiro encher a piscina e…

O inspector calou-se… Um pequeno e desanimado cortejo apareceu vindo da curva do carreiro e levando o corpo de Pedro d'Alpuim. Tornou a olhar para a prancha que sobressaia por cima do reque de arbustos e suspirou. Disse para os dois:

– Não foi acidente. Um de vocês preparou-o. Um de vocês tirou o tampão… – voltando-se para um dos sobrinhos avisou: – Está preso por assassínio, meu rapaz!

1 – Quem matou Pedro d'Alpuim?

2 – Em que se baseia para afirmá-lo?

 
quinta-feira, julho 17, 2025
  O DESAFIO DOS ENIGMAS – Solução do Problema publicado a 5 de julho de 2025

Em aditamento à edição da secção O Desafio dos Enigmas de 5 de julho de 2025, publica-se a solução de mais um problema do I Grande Torneio organizado pela secção “Mistério…Policiário”, orientada por Sete de Espadas, entre 13 de março de 1975 e 1 de abril de 1986, na Revista Mundo de Aventuras. 

Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras em 1975

I Grande Torneio

NATAL!..., de Big-Ben

Solução do Autor 

Começaremos a solução com as palavras que terminavam o problema. Recordemo-las: «Querem os leitores-solucionistas de «Mistério… Policiário» dar uma ajuda ao pai Dinis? Julgo que só eles o poderão fazer…». Reparem bem: «Julgo que só eles o poderão fazer…», isto é, só eles (leitores-solucionistas) poderão dar urna ajuda ao pai Diniz (na descoberta de quem seria o causador da jarra ter caído).

Mas porquê só os leitores-solucionistas? A resposta é óbvia: só eles têm conhecimento de algo que os restantes mortais (inclusive o pai Diniz) desconhece, ou seja as deambulações do vulto que, embora involuntariamente, derrubou a jarra. E é precisamente nessas deambulações que está a «chave» (ou melhor, as «chaves» do «caso»…

(Abrimos um parêntesis para esclarecer que a família Diniz é composta por quatro pessoas: pai, mãe e dois filhos: a Maria José (Zezinha) e o Fernando Manuel (Nandinho). Aliás, é fácil chegar a esta conclusão se atentarmos convenientemente no texto: «os gritos de contentamento da Zezinha… entrou no quarto dos pais… seguiu-se-lhe o irmão… e toda a família Diniz se uniu…».

Como não há mais ninguém, só os dois irmãos poderão ser apontados como possíveis derrubadores da jarra, porquanto, «pai Diniz acordou cora o barulho…», estando, portanto, a dormir quando aquela caiu, e mãe Diniz idem-idem, aspas-aspas – «mirou a esposa, que continuava a dormir, sem dar por nada».

Posto isto, fechemos o parêntesis…).

As deambulações do vulto foram feitas sobre um chão não alcatifado («…a jarra a desfazer-se em estilhas no pavimento de tacos…). Logo o frio que normalmente se depara nas noites da época natalícia, forçosamente atingiria a personagem que tão ansiosamente desejava saber se os pais lhe davam a prenda que tinha pedido…

…Ora, sabe-se que a Zezinha tinha as faces rosadas, sinal de que estava quentinha; em contrapartida, seu irmão estava frio, indício assaz revelador, não é verdade?!...

…Além disso, o Nandinho foi encontrado «…quase totalmente destapado…», o que não sendo de admirar («Como já esperava, encontrou-o enrodilhado na roupa…»), poderá, no entanto, de igual modo, deixar antever a rapidez com que se deitou…

Porém, a chamada «prova-provada» está no princípio do texto, precisamente na primeira palavra: «silenciosa e rapidamente…». Pois se o vulto conseguia avançar em silêncio, apesar da pressa com que o fazia, é evidente que não poderia ser a Zezinha, pois ela vestia uma «…camisinha de noite em tafetá…», tecido que produz um «fru-fru» contínuo quando roça uma parte na outra. A rapidez, logicamente acentuaria o ruído…

…Já o mesmo não aconteceria com o Nandinho, que esse – sim! – poderia andar silenciosamente, dado apenas vestir roupas interiores («…o costume que ele apanhara de não querer dormir com o pijama vestido…»).

Suponho, pois, não restarem dúvidas de ter sido o Nandinho quem derrubou a jarra, ao saltar de contentamento, por ter verificado que, junto ao pinheiro, se encontrava a tão desejada bicicleta!...

(Nota final: a hipótese da Zezinha ter despido a camisa de noite para proceder às deambulações – não provocando, portanto, o tal «fru-fru» e podendo, consequentemente, andar em silêncio –, além de ilógica, não é viável, dado que pai Diniz «de imediato, saiu da cama e foi investigar…» e «dirigiu-se, primeiramente, ao quarto da Zezinha…», o que não lhe daria tempo a vesti-la, nem tão pouco a apresentar o belo aspecto («faces rosadas») que tinha...).

 
terça-feira, julho 15, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "MOMENTO DO POLICIÁRIO"

 

Já é conhecido o sétimo problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-lo:

I - Torneio Policiário “Português Suave”

| PROBLEMA N.º 7 |

A Causa da Morte

Diniz deixava a sua cadela golden retriever sair todas as manhãs para vasculhar o terreno do parque estatal até ela esgotar o instinto exploratório. Fany era uma boa cadela e voltava sempre passado uma hora. Hoje Diniz olhou para o relógio e reparou que Fany tinha saído há muito mais tempo. Ele espreitou pela porta das traseiras e chamou-a.

Depois assobiou, mas ela não deu sinal.

- Não podia ter escolhido uma manhã mais quente para uma caminhada longa miúda? – resmungou ele enquanto vestia o casaco e calçava as botas, para depois avançar com passos pesados pelo terreno alagadiço à procura dela. De tantos em tantos passos, Diniz ia chamando: «Fany!» E lá se ia arrastando até à beira da água. Fany era retriever, era recolectora, e muitas vezes regressava a casa com um presente especial para ele, na boca, em geral um animal. Por isso Diniz tinha um mini-cemitério atrás da garagem, cheio de patos, texugos e outros animais que morreram de uma forma ou de outra na floresta.

Quando ele chegou à margem, avistou Fany a pouco menos de 50 metros. Ela estava a farejar qualquer coisa que dera à costa; algo muito maior que um pato.

- Fany – chamou Diniz. Ela olhou para cima, ganiu e abanou a cauda, mas não se afastou do seu tesouro.

Diniz caminhou pela gravilha da margem até se aproximar o suficiente para ver o que ela tinha encontrado. Ao chegar, assobiou de espanto. Depois prendeu a trela de Fany ao anel da coleira, ligou o telemóvel e telefonou para a esquadra da Polícia.

-Temos uma flutuadora, Prazeres – disse ele a quem atendeu. – Uma mulher. A cabeça e membros estão muito desfeitos. Não tem roupa. Tem uma aliança na mão esquerda. Parece ter estado na água durante muito tempo. Tem uma tatuagem de uma borboleta na base das costas.

Quando a equipa de agentes chegaram, tiraram fotografias ao corpo muitíssimo decomposto da mulher. Inspector Prazeres, de costas voltadas para a vítima. Aquela visão deixava-o mal disposto. Ele tornara-se Inspector daquele burgo adormecido porque não tinha qualquer interesse em resolver casos de mortes como esta.

Depois de uma inspecção visual, o médico-legista disse:

 - Nesta altura do ano, a água está muito fria. Pode estar aqui há mais tempo. Mas parece ser mais ou menos isso.

- Bem, vou precisar de algum tipo de estimativa para começar a analisar as participações de pessoas desaparecidas – disse Inspector Prazeres, enquanto fumava um cigarro para controlar os nervos.

- Consegues dizer-me alguma coisa sobre a causa da morte?

O médico-legista virou o corpo com muito cuidado. O rosto da mulher, ou o que restava dele, tornou-se bem visível.

- Parece-me muito óbvio – afirmou Diniz.

Qual acha que teria sido a causa da morte? Justifique a sua resposta!

NOTA ADICIONAL:

Embora a "Causa da Morte" seja a CHAVE do problema, a justificação da resposta não sendo tão óbvia como possa parecer, é que a valoriza...!

NOTA FINAL:

Os projectos de solução deverão ser enviados até ás 24h00 do dia 14 de Agosto de 2025, para viroli@sapo.pt

 
segunda-feira, julho 07, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "A PÁGINA DOS ENIGMAS"

Já é conhecida a solução (e as respetivas pontuações) do quinto teste do “Torneio Quem É?”, organizado pelo blogue A Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com). Ei-las:

Torneio “Quem é?”                                                           

Prova nº 5

Detetives Particulares

SOLUÇÃO  

1

a) Agente da Continental

b) Dashiel Hammett

2

a) Spenser

b) Virgil Cole e Everett Hitch

3

a) Mike Hammer

b) Velda

4

a) Lew Archer

b) Sue

5

a) Glenn Bowman

b) Leopold

Pontuações no 5º Teste

8 pontos

Arjacasa, Bernie Leceiro, Columbo, Detective Jeremias, Detective Verdinha, Inspector 27797, Inspector Moscardo, Inspetor Boavida, Mali, Mandrake Mágico, O Pegadas, Pintinha, Rodriguda, Vic Key

7 pontos

Clóvis, Mac Jr.

Classificação Geral (após o 5º Teste)

48 pontos

1ª Detective Jeremias

2º Rodriguda

3ª Vic Key

4º Arjacasa

5ª Mali

6º Mandrake Mágico

7ª Detective Verdinha

8ª Inspector Moscardo

47 pontos

9º Clóvis

10º Bernie Leceiro

11º O Pegadas

46 pontos

12º Mac Jr.

13º Columbo

14º Inspetor Boavida

35 pontos

15º Abrótea

16º Virmancaroli

17ª Edomar

30 pontos

18ª Detectivesca

19º Inspector Ryckyi

28 pontos

20ª Pintinha

20 pontos

21ª Ana Marques

22ª Carluxa

23ª Rainha Katya

10 pontos

24ª Inspectora Sardinha

25ª Detective Silva

26º Detective Suricata

27ª Inspector Cláudio

28º Zé Alguém

29ª Margareth

30ª Sandra Ribeiro

31ª Pedro Monteiro

9 pontos

32º Inspector do Reino

8 pontos

33º Inspector 27797


 
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - Solução do Problema publicado em 20 de junho de 2025

Em aditamento à edição da secção O Desafio dos Enigmas de 20 de junho de 2025, publica-se a solução de mais um problema do I Grande Torneio organizado pela secção “Mistério…Policiário”, orientada por Sete de Espadas, entre 13 de março de 1975 e 1 de abril de 1986, na Revista Mundo de Aventuras.

Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras em 1975

I Grande Torneio

A MORTE ENTROU NO CAMARIM, de Anel

Solução de Miss X

1 – «Isto encaminha-nos para…» John Bell.

2 – Tanto Bob Denny como Roy Kelly têm, em comum, nos seus depoimentos, o facto de imaginarem a morte de Jim Rogers ao «gosto» de cada um – mas errada no momento. Só John Bell fiz ao inspector que «…tem de descobrir o assassino que lhe meteu uma bala no coração…» Porquê?... Como sabia ele o que provocara a morte?... Como sabia de que tinha sido uma arma de fogo?... E uma só bala?... E que «estava metida» no coração?... O próprio diz precisar da autópsia para garantir a sua hipótese… Mas ele, John Bell, o criminoso!, afirma!

Bob Denny diz não ter álibi. Até certo ponto isto pode permitir-nos pô-lo de parte: onde já se viu um assassino que não pretenda apresentar um álibi, falso ou verdadeiro?... Roy Kelly esteve a falar com o director desde as 23 horas até o irem chamar. É a sua testemunha, o seu álibi! Temos Bell: estava no seu camarim quando o chamaram… E antes?... Ou demorou horas a tirar a maquilhagem?... Também, como Bob, não tem álibi, pois não… Mas «sabia demais!»…


 
sábado, julho 05, 2025
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 5 de julho de 2025

              TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO ENTRA NA SUA SEGUNDA FASE

            O Torneio do Cinquentenário de “Mistério… Policiário” entrou no passado dia 1 de julho sua segunda e derradeira fase, com o seu sétimo enigma, que tem como autor o confrade Rigor Mortis. Ao cair do pano dos seus primeiros seis enigmas, as várias tabelas classificativas da prova são lideradas no feminino, com a Detective Jeremias a comandar a classificação geral na “decifração” e nas “melhores”, enquanto Mali avança imparável nas “mais originais”. No pódio das várias categorias, mas a grande distância das respetivas lideranças, posicionam-se Inspector Aranha e Inspector Mucaba, na decifração; O Pegadas e Detective Verdinha nas melhores; e Detective Jeremias, Arjacasa e Dona Sopas, nas mais originais. Mas tudo pode ainda acontecer nas seis etapas que faltam cumprir até ao termo desta iniciativa que pretende homenagear um dos mais destacados cultores e divulgadores do policiário de sempre: o saudoso Sete de Espadas!

Para já, vamos ver o que nos reservam os resultados dos policiaristas que responderam ao sétimo enigma ainda em análise, que teve publicação original no blogue “A Página dos Enigmas” (apaginadosenigmas.blogspot.com) e foi replicado depois nos blogues “Local do Crime” (localdocrime.blogspot.com), “Repórter de Ocasião” (reporterdeocasiao.blogspot.com) e “Momento do Policiário” (momentodopoliciario.blogspot.com), além do site “Clube de Detectives” (clubededetectives.net), onde se pode aceder também às várias classificações atualizadas da prova. Porém, até ao final do torneio tudo pode acontecer. Até porque normalmente é na ponta final das competições que se revelam os grandes “campeões”. E o que parece impossível acaba muitas vezes por acontecer. Basta um deslize dos que vão na frente para que tudo mude…

Entretanto, por aqui, vamos continuando a recordar alguns dos problemas que integraram as inúmeras provas organizadas por Sete de Espadas na revista de BD Mundo de Aventuras, que fez furor sobretudo entre a “malta” mais jovem durante onze anos, começando exatamente por enigmas que integraram o I Grande Torneio (o primeiro de 25 torneios realizados, após a publicação de problemas isolados), que decorreu de 4 de setembro de 1975 a 5 de janeiro de 1976.

Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras

I Grande Torneio

NATAL!...

de Big-Ben

(Ao «Dr. Aranha», com um forte abraço)

Silenciosa e rapidamente, o vulto avançava na semi-obscuridade do corredor. O seu objectivo estava perto!... Na sala onde se encontrava colocada a árvore simbólica da época natalícia, relampejavam, a espaços regulares, as luzes que enfeitavam o pinheiro. Aquele «acende-apaga» era o seu guia…

O vulto parou à entrada do compartimento, perscrutando o interior… As lâmpadas cintilaram e, embora fugidiamente, o vulto viu aquilo que pretendia: lá estava, junto ao pinheiro, a prenda tão desejada!

O vulto pulou. De contentamento… Mas, nessa altura, foi infeliz; o seu incontível salto fê-lo esbarrar contra a mesinha atrás de si, no corredor, e onde se encontravam o telefone e uma grande jarra.

No silêncio da noite, ouviu-se um estardalhaço medonho, que teve como epílogo a jarra a desfazer-se em estilhas no pavimento de tacos. Célere, o vulto correu para o seu quarto…

Pai Dinis acordou com o barulho. É certo que ainda há pouco se deitara, pois estivera à espera que os filhos adormecessem para ir buscar à mala do carro as prendas que lá estavam escondidas. Mas, a verdade, é que «ferrara» logo no sono; no entanto, em flagrante contraste com sua esposa, despertava com facilidade.

Acendeu o candeeiro da mesinha-de-cabeceira e olhou o relógio despertador: duas e picos da manhã! «Que diacho seria aquela barulheira toda?», interrogou-se. Mirou a esposa, que continuava a dormir, sem dar por nada. De imediato, saiu da cama e foi investigar…

Começou pelo quarto dos filhos, não fosse dar-se o caso de algum deles ter caído da cama. Não seria a primeira vez… Acendeu a luz do «hall», para onde abriam as portas dos quartos – do seu e dos seus filhos. Assim, teria claridade e não os despertaria…

Dirigiu-se, primeiramente, ao quarto da Zezinha, cinco anos lindos e rabinos. Quedou-se à entrada, olhando, amorosamente, a cena que se lhe deparava: de faces rosadas, quase da cor da sua camisinha, de noite em tafetá, agarrada à boneca favorita, a filha dormia a sono solto. Pelo menos, assim parecia…

Foi, depois, ao quarto do Nandinho, dez anos bastante desenvolvidos em idade e inteligência. Como já esperava, encontrou-o enrodilhado na roupa, quase totalmente destapado, frio. Que mau dormir tinha aquele rapaz! E o costume que ele apanhara de não querer dormir com o pijama vestido. Cuidadosamente, consertou-lhe a posição do corpo e aconchegou-lhe a roupa, entalando-a bem no fundo da cama, enquanto o filho resmungava um «hum-hum» sonolento. Pelo menos, assim parecia…

Pai Dinis prosseguiu nas suas «investigações» e só voltou à cama depois de descobrir a origem da barulheira que o acordara. Aliás, não foi difícil…

Manhã cedo ainda, os gritos de contentamento da Zezinha acordaram a casa toda. Como um furacão, entrou no quarto dos pais, abraçando-os e beijando-os, agradecendo-lhes a grande boneca e o respectivo carrinho para a passear. Aquilo era, o seu sonho!

Seguiu-se-lhe o irmão. Também ele entrou de rompante e, «louco» de alegria, rivalizava com a mana na gratidão pela prenda recebida: uma bicicleta. «Aquilo» era o seu sonho!

E toda a família Dinis se uniu num forte abraço. De felicidade!...

…No entanto, algo estava por esclarecer… Qual foi o «elemento» causador de a jarra ter caído?

Querem os leitores-solucionistas de «Mistério… Policiário» dar uma ajuda ao pai Dinis? Julgo que só eles o poderão fazer…

 

1 – Qual o «elemento» causador da jarra ter caído?

2 – Escreva a sua dedução?

 ……………………………. /// ……………………………….

O nosso desafio é que o leitor leia com a devida atenção o enunciado do problema, não dispensando as subsequentes releituras que as dúvidas suscitadas reclamem, de modo que o decifre com sucesso antes de aqui se publicar, no próximo dia 17 de julho, a respetiva solução de autor.

 
terça-feira, julho 01, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 


TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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PROBLEMA Nº 7

O ASSASSINATO DO VELHO MILIONÁRIO, de Rigor Mortis

Júlia era uma moça atraente, simpática, mas longe de ser bonita. A verdadeira beleza dela estava na sua inteligência e na extraordinária capacidade de observação e perceção de pormenores. Como desde ainda pequena tinha percebido o seu tio, Tiago Rodrigues, inspetor da Judiciária. Devotado à sua paixão pela investigação criminal, não resistiu a submeter a sobrinha, a partir dos seus doze aninhos, à descrição pormenorizada dos casos em que ia estando profissionalmente envolvido. Poupando-a aos aspetos mais violentos ou sórdidos, colocava-lhe cada caso como um mistério a resolver. E a Júlia, nunca se fazendo rogada, correspondia com plena vontade, descobrindo invariavelmente a solução.

Nessa tarde, Tiago conversava com ela sobre o seu último caso.

Um velho milionário tinha sido assassinado em casa, sentado à sua secretária. Um tiro na cabeça, com o projétil a entrar logo acima da testa, junto à sutura coronal, e a sair logo abaixo da nuca, por cima da primeira vértebra. O tiro tinha sido disparado a relativamente curta distância, entre metro e meio e dois metros, e não havia quaisquer indícios de que o corpo tivesse sido mexido após o crime. A arma não estava no escritório.

Os suspeitos eram os seus dois filhos, adultos na casa dos vintes e, obviamente, potenciais herdeiros da sua fortuna. Os dois estavam em casa na altura do crime, mas era a tarde de domingo e os dois criados, o mordomo e a empregada, estavam a gozar a sua folga. Como acontecia muitas vezes em casos semelhantes, não se davam particularmente bem com o pai.

O mais velho, Rui, um homem atlético a roçar os dois metros de altura, ainda mantinha um relativo contacto com o pai. Não os unia propriamente uma amizade recíproca, ainda menos um amor filial ou paternal, mas falavam-se diariamente, com normalidade, e o velho milionário aprovava sem reservas a atividade profissional do Rui, num cargo de direção na área comercial de uma das empresas da família.

Mas a irmã, Susana, que parecia uma criança ao seu lado, magra e no seu escasso metro e sessenta, já nem sequer falava com ele há um bom par de meses, profundamente revoltada com o facto de o pai se opor ao seu relacionamento com o namorado. A sua última interação tinha sido uma violenta discussão, em que o pai ameaçou deserdá-la se ela prosseguisse aquela relação e em que ela, furiosa, lhe atirou com um livro à cabeça.

Filhos de dois casamentos tardios sucessivos do velho, em ambos os casos terminados em viuvez. Se as relações deles com o pai eram más, entre eles também não havia mais do que uma tolerância fria.

– Quando lá cheguei – continuou Tiago – ambos estavam no escritório, sentados em cadeiras em cantos opostos, com o médico-legista e os peritos que vistoriavam cuidadosamente toda a divisão. Nenhum deles parecia muito perturbado… Ambos afirmaram ter ouvido o disparo, mas estavam nos respetivos quartos e disseram não ter visto ninguém entrar ou sair do escritório. Relutantemente, segundo as suas palavras, a filha tinha ido ao escritório e vendo o pai obviamente morto – o orifício de entrada da bala na cabeça era perfeitamente visível, com o torso do velho deitado na secretária, de frente para a porta – decidiu chamar a Polícia. O irmão chegou ao escritório pouco depois de ela acabar o telefonema.

– Não foi difícil descobrir que havia uma pistola em casa, pertença do Rui. Este foi lesto a dizer que tinha mexido nela uns dias antes, para a limpar, como fazia regularmente, mas que agora ela não estava no respetivo estojo, não fazendo ideia onde estaria. Quando ouvira o disparo tinha instintivamente tirado o estojo do armário onde estava guardado e constatara o seu desaparecimento.

– Uma rápida busca permitiu encontrar a pistola no quarto da Susana – continuou o inspetor – por baixo das suas roupas interiores numa gaveta da cómoda. A Susana não tinha qualquer explicação para a arma ali estar, limitando-se a repetir que não tinha sido ela a pô-la ali. Com o projétil extraído do estofo das costas da cadeira onde o velho tinha sido assassinado, no topo da pequena lomba da zona dos rins, a perícia identificou a pistola como sendo a arma do crime, mas não havia nela quaisquer impressões digitais. Um exame rápido às mãos do Rui e da Susana também não revelou quaisquer indícios de que tivessem disparado uma arma.

– Face às evidências conhecidas, claro que prendemos a Susana e vamos acusá-la do assassinato do pai…

– Que achas, Júlia?

Júlia manteve-se uns segundos em silêncio, olhando para as mãos no regaço.

– Acho que se enganaram, tio… – disse, em voz baixa e serena, levantando o olhar.

****************

E, caro leitor, o que acha você?

As respostas devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de Julho de 2025, através dos seguintes exemplos:  

a -Por email, correio eletrónico, de A Página dos Enigmas: apaginadosenigmas@gmail.com;

b - Entregando em mão ao orientador do Blogue A Página dos EnigmasPaulo, onde quer que o encontrem;

c - Utilizando o Correio Normal (CTT):

Luís Manuel Felizardo Rodrigues (O Gráfico)

Praceta Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.

FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA

 
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