RECORDANDO O I GRANDE TORNEIO DA SECÇÃO “MISTÉRIO…POLICIÁRIO”
No
momento em que foram já contabilizadas as pontuações alcançadas pelos
derradeiros contos, o orientador da secção conhece já a classificação geral final
do concurso “Um Caso Policial no Natal”, que só será divulgada em finais de
maio num grande Convívio a realizar em São Pedro de Sintra, no restaurante
Sabores de Sintra. E recorde-se que o regulamento do concurso prevê a
atribuição de Taças para os autores dos contos classificados do 1º ao 4º lugar
e Medalhas para os classificados do 5º ao 10º lugar. Mas não se pense que ficarão
sem prémio os autores dos contos posicionados do 11º e o 19º lugar. A estes será
atribuído um justíssimo “prémio de consolação”.
Mas há
mais novidades: no dia deste grande Convívio Policiário será apresentada (e
oferecida a todos os presentes) a mais recente edição do Borda d’Água do Conto
Curto, que regressa após uma paragem de 4 (quatro) anos, em larga medida decorrente
do falecimento de um dos seus principais mentores, o nosso muito querido e
saudoso A. Raposo, que teve desde sempre como parceira de organização a nossa
estimada Detetive Jeremias, responsável agora “a solo” por coordenar e dar à
estampa o “primeiro número da nova vida” deste singular e inovador projeto.
Entretanto,
todas as atenções estão voltadas para o grande Torneio do Centenário de
“Mistério…Policiária”, secção criada por Sete de Espadas na revista Mundo de
Aventuras, em 13 de março de 1975, que decorre alternadamente nos blogues Local
do Crime, Repórter de Ocasião, A Página dos Enigmas e Momento do Policiário. No
passado de 1 de abril foi publicado neste último blogue, que pode ser acedido
através do endereço momentodopoliciario.blogspot.com, o problema nº 4 da prova,
que tem neste momento uma liderança no feminino, com Detetive Jeremias no
comando da “Classificação Geral” e “Melhores”; e Mali a liderar as “Mais
Originais”.
E por
aqui vamos recordando, a partir de hoje, alguns dos problemas que integraram as
inúmeras provas organizadas por Sete de Espadas naquela publicação de Banda
Desenhada, que fez furor sobretudo entre a “malta” mais jovens durante onze (11)
anos, começando exatamente pelo enigma que abriu o I Grande Torneio (o primeiro
de 25 torneios realizados, após a publicação de vários problemas isolados), que
decorreu entre 4 de setembro de 1975 e 5 de janeiro de 1976.
O nosso desafio é que o leitor leia com a devida atenção o enunciado do problema, não dispensando todas as subsequentes releituras que as dúvidas suscitadas reclamem, de modo que o decifre com sucesso antes de se publicar no blogue Local do Crime (localdocrime.blogspot.com), a 30 de abril, a respetiva solução de autor e a solução do concorrente Joe Sousa, escolhida por Sete de Espadas entre as demais soluções propostas pelos que responderam com total acerto ao enigma.
Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras
I Grande Torneio
DESCULPE,
MAS NÃO LHE SIRVO DE ÁLIBI!...
de Rapariga Espinho
9 horas e
30.
O Café
Scott encontra-se praticamente deserto àquela hora da manhã, pois somente se vê
um empregado que limpa, pachorrentamente, uns copos.
Pela
enorme porta de vidro voltada ao jardim de terra entra Rosa que, hesitante, não
sabe onde se há de sentar, apesar de o café estar vazio…
Vencida
a indecisão inicial, decide sentar-se ao balcão… Dirige-se ao primeiro e alto
banco…. Na frente sobre o balcão, repousa um copo que, pelos restos, parece ter
servido “Martini”… Rosa, levada por movimentos de rotina, passa a mão pelo
assento do banco como quem o limpa e nos aços e cromados, bem como
no pergamóide do fundo, sente uma sensação de frio e gelo que a faz
arrepiar. Estremece, porque a manhã não lhe parecia tão fresca… Prepara-se para
se sentar quando o empregado lhe diz:
–
Desculpe… Esse lugar está ocupado…
Rosa,
sem uma palavra, dirige-se para o banco ao lado, segura-se à barra, coloca o pé
esquerdo no suporte, elevando-se com impetuosidade, e senta-se… O dia já não
lhe está a correr nada bem…
Pede
um café.
Dez
minutos depois, mais ou menos, vê entrar uma rapariga que, circundando um olhar
indeciso pela sala, fixa-o na porta com uma figura de senhora afixada, e
dirige-se para lá…
Abre a
porta…
…E
logo um grito estridente faz sobressaltar Rosa no alto banco…
Olha…
Pendurada
do suporte do candeeiro está uma rapariga, jovem e magrizela…
…Enforcara-se
com um cinto…
Pedidos
o médico e a Polícia…
Chega
primeiro esta que começa por tentar saber coisas do empregado, que lhe vai
respondendo:
– Não
vi nada… Tenho estado sempre aqui ao balcão… Esta menina pode confirmar, visto
que, quando entrou, aquela menina acabava de entrar no W. C.…
Rosa
ao ouvir o interrogatório e as respostas, disse já quase irada, com os lindos
olhos azuis a fuzilarem:
–
Desculpe, mas não lhe sirvo de álibi!...
1 –
Crime ou suicídio?
2 –
Porquê?
………… /// ……………
E
fechamos a nossa edição de hoje com uma chamada de atenção para as iniciativas que
vêm animando os blogues A Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com) e
Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com), paralelamente ao
Torneio do Cinquentenário: No primeiro será conhecida, no próximo dia 10, a
prova nº 3 do Torneio “Quem é?” (que tem neste momento na liderança um “pelotão”
de 13 confrades totalistas) e no segundo será publicada no próximo dia 15 a
prova n.º 4 do Torneio “Português Suave” (que tem neste momento na liderança um
grupo de 19 confrades totalistas). Entretanto, neste blogue do confrade Virmancaroli,
está também disponível a partir de hoje a 3.ª edição da revista digital Enigmas
e Desafios, a não perder!
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 4
NAQUELA NOITE DE
MAIO,
de Virmancaroli
Nesse mês de
Maio, com temperaturas amenas para a época, mas com manhãs um pouco frias e
ventosas, envolvia-nos com tardes bem agradáveis que se deixavam arrefecer para
a noite e pela madrugada adentro. Era um ciclo meteorológico imperturbável,
este. E foi numa dessas noites, de Maio, quando eram precisamente três horas e
trinta e nove minutos da madrugada, daquele Sábado, véspera de lua nova, por
sinal, que um forte ruído de vidros estilhaçados irrompeu pelo silêncio da
madrugada.
Um início de fim
de semana que se julgava tranquilo, como tantos outros anteriores, já passados,
mas que afinal se previa agora desassossegado! Seria mesmo assim?...
Já há muito
tempo que na ribeirinha cidade do Montijo não se registavam incidentes de
maior, pese embora o facto de uma ou outra ocorrência que rapidamente se
esfumava e das quais nem registo havia sequer, tal a irrelevância das mesmas.
Naquela Praça da
República, aquela Praça velhinha, no centro histórico da cidade, que apesar de
descaracterizada, privilegiava ainda o comércio local, envolta na sua luz
habitualmente ténue, fruto das tecnologias, e aquela hora, não se viam pessoas
nem automóveis, a praça estava completamente deserta sem movimento algum pelo
que dava a impressão de que o incidente iria passar despercebido.
Mas não foi isso
o que realmente aconteceu, imagine-se!
O Inspector Alfama,
em serviço, de turno, nessa noite na Esquadra do Borralhal, estremeceu,
assustado, outra coisa não seria de esperar, enquanto passava pelas brasas, ao
ouvir o telefone tocar de repente. Lá lhe iam estragar a noite, pensou ele.
Pegou no auscultador e simultaneamente olhou para o relógio, oferta da esposa
em dia de aniversário, que marcava nesse preciso momento três horas e quarenta
e um minutos. Depois, então, atendeu o telefonema, não sem com alguma
contrariedade. Chamada concluída e no momento em que colocava o auscultador no
descanso, a porta ao lado abriu-se e o Sargento Boaventura entrou na sala.
Passou-se alguma
coisa, perguntou ele? Pois, foi isso mesmo! Replicou o Inspector Alfama,
acabaram de assaltar a “Cara & Coroa”! A “Cara & Coroa”? Exclamou
Boaventura, atónito.
Aquela loja na
Praça da República que vende e compra moedas?
Alfama anuiu que
sim… essa mesmo.
Foi o próprio
dono da loja, o Zé Bastos quem me telefonou. Vou para lá, agora, ver o que se
passou e já me estragaram a noite. Olha, Boaventura faz-me o favor de acordares
o Sargento Oliveira, para ele me acompanhar.
A ausência
anunciada, nessa noite, do Guarda Nocturno, pago pelos comerciantes da Praça,
já poucos por sinal, possivelmente poderá ter deixado os comerciantes mais
vulneráveis…, mas até porque também já há bastante tempo que não se registava
ali nenhuma ocorrência de roubo, ou de outro abuso qualquer!
Entretanto,
algum tempo depois e quando os dois polícias chegaram junto à loja de
numismática, pertencente ao comerciante Zé Bastos, o sino da Torre da Igreja da
Misericórdia, ali bem perto da Praça da República, batia as quatro horas e
meia, badaladas que bem se fizeram ouvir, nessa noite bem escura e húmida.
Via-se um enorme
buraco no vidro da porta da loja e o Sargento Oliveira juntou com o pé os
estilhaços, formando um monte considerável em frente da entrada.
Nesse preciso
momento a porta da loja abriu-se. Agradeço-lhes terem, assim, vindo tão
depressa. Eu sou o Zé Bastos proprietário da loja. Os polícias entraram na
loja, sem deixarem, contudo, de observar a grande desarrumação de álbuns em
cima do balcão e foram de imediato os três, para uma sala bem iluminada onde o
proprietário começou então as explicações que motivaram a chamada por si feita.
Como resido fora
da cidade, ali na Jardia, portanto, ainda bem longe da loja e quando tenho
mercadoria para arrumar, pois, ontem fiz algumas compras, costumo dormir sempre
aqui, porque tenho de começar bem cedo com as arrumações, antes de a loja
abrir.
Assim, esta
noite, tendo eu o sono leve, ouvi, de repente, tilintar qualquer coisa. Fiquei
um momento à espera, pensando que estava a sonhar, mas depois apercebi-me que
alguém estava a mexer na fechadura da porta da loja. Saltei da cama de
imediato, fui vestindo o roupão e vim logo para aqui. Mesmo no escuro ainda deu
para perceber a silhueta do intruso. Era um homem alto, de óculos escuros e de
gorro pela cabeça, que se pôs logo em fuga assim que se apercebeu da minha
presença. Eu ainda fui atrás dele até ali ao fim da praça, mas ele era jovem e
bem rápido, pelo que desapareceu na noite quando virou à esquina da Praça. Então,
voltei, depois, para a loja e telefonei-lhes.
Após um breve
impasse, quase como que uma cortina para meditação, em que se gerou algum
silêncio, Zé Bastos estendeu a mão, mostrando aos polícias um tijolo. Isto
estava ali, ao pé da porta. O gatuno teria partido o vidro com ele, meteu
a mão pelo buraco e abriu a fechadura pelo lado de dentro.
E conseguiu
levar alguma coisa, pergunta o Inspector Alfama?
Infelizmente,
sim. Levou-me um dos álbuns mais valiosos com moedas romanas que eu tinha
recebido ontem mesmo e que estava ainda aqui em cima do balcão e, que era para
ser arrumado hoje, quando catalogadas as moedas. Não deixa de ser um grande
transtorno para mim, pese embora o facto de já as ter segurado, ontem mesmo,
quando as recebi, como habitualmente o faço com a mercadoria mais valiosa.
Sim, e enquanto
avalia o seu prejuízo, ou seja, neste caso, o produto do roubo? Cerca de cinco
mil euros, respondeu Zé Bastos. Foi mesmo muito azar comentou o Sargento
Boaventura, olhando para Zé Bastos, mas como o seguro vai pagar-lhe tudo,
melhor para si. Na verdade assim o espero e que não demore porque o negócio tem
andado ultimamente mesmo muito mal.
Já o Inspector
Alfama não estava tão confiante quanto Boaventura, pelo que olhando de frente e
bem na cara para Zé Bastos disse-lhe: Olhe, entretanto, vá-se vestindo para me
acompanhar à Esquadra, pois temos de registar a ocorrência.
Vai levantar um
auto, diz Zé Bastos? Sim, isso também.
Também? O que é
que quer dizer com isso? Perguntou Zé Bastos, cuja voz enrouquecera, agora,
subitamente.
É que também temos
de tomar nota das aldrabices que nos quis impingir, tendo o valor do seguro que
pensaria receber, na mente.
Foi tal o susto
de Zé Bastos que os óculos lhes escorregaram pelo nariz abaixo. Com um gesto
nervoso ele tirou-os e começou a limpá-los a uma ponta do roupão.
Mas…, mas o que
é isso? Que brincadeira é essa? Eu vou queixar-me de si aos seus superiores
disse Zé Bastos.
O Inspector
Alfama fez um sorriso. Para quê, se pretendia enganar a Polícia e depois a
Seguradora? É isso mesmo que vai esclarecer no auto.
Pergunta-se
:
Quais os
motivos que teriam levado o Inspector Alfama a duvidar das declarações do
comerciante Zé Bastos, convicto de que tudo não passara de uma encenação deste
para receber o dinheiro do seguro?!
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DAS RESPOSTAS:
As
respostas devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 30 de Abril
de 2025, através dos seguintes meios:
a - Por
email, para o endereço electrónico viroli@sapo.pt;
b – Por via
CTT para o seguinte endereço postal:
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.
APROXIMA-SE O DIA DA DIVULGAÇÃO DO CONTO VENCEDOR
Quando
estamos aproximadamente a dois meses da divulgação do grande vencedor do concurso
de contos “Um Caso Policial no Natal”, e numa altura em que procedemos à derradeira
fase de contabilização das pontuações atribuídas aos últimos cinco contos a
concurso publicados, damos hoje a conhecer as performances pontuais alcançadas
pelos originais 11, 12, 13, 14 e 15.
Entretanto, recordamos a classificação geral do concurso quando estavam contabilizados os dez primeiros contos publicados, que tinha no pódio dois originais de Paulo (primeiro e terceiro lugar) e um de Rui Mendes (segundo lugar), todos a pouco mais de uma escassa décima dos contos classificados nos quarto e quinto lugares, o que revela o equilíbrio das avaliações feitas pelo nosso painel de jurados (o orientador da secção e os leitores que se dispuseram a assumir esse papel):
Classificação
Geral (até ao décimo conto)
1º - “A Morte do
Pai Natal”, de Paulo, com 8,318 pontos;
2º - “Um Sonho de
Natal”, de Rui Mendes, com 7,28 pontos;
3º - “A Minha
Noite de Natal”, de Paulo, com 7,222 pontos;
4º - “YHWH”, de L.
Manuel F. Rodrigues, com 7,133 pontos;
5º - “A Prenda de
Natal da Martinha”, de Paulo, com 7,103 pontos;
6º - “O Contrato”,
de António A. F. Aleixo, com 6,925 pontos;
7º - “Prazeres de
Natal”, de O Gráfico, com 6,724 pontos;
8º - “O Fantasma
do Hotel Infante Sagres”, de Bernie Leceiro, com 6,555 pontos.
9º - “Amem-se Uns
aos Outros”, de Inspetor Moscardo, com 6,181 pontos;
10º - “Chegaram os
Pais Natais”, de Abrótea, com 5,695 pontos.
Passemos então agora a conhecer as pontuações alcançadas pelos cinco originais seguintes, por ordem de publicação, que determinarão a classificação atual do concurso até ao 15º conto, sendo de destacar mais uma vez o equilíbrio registado na média de pontuação atribuída aos diferentes originais em avaliação, atingindo eles valores entre os 6,428 pontos e os 7,523 pontos:
11.CONTO: UM CONTO
DE NATAL, de Paulo
21 pontuações
validadas:
7+6+7+7+7+8+8+7+6+5+8+8+7+6+6+6+6+7+8+5+9=144
pontos
pontuação média: 6,85714286
12.CONTO: UM NATAL
DOS DIABOS, de O Gráfico
30 pontuações
validadas:
7+6+6+5+7+7+7+6+5+6+6+7+6+6+6+5+5+6+6+5+8+8+9+10+10+10+10+10+8+7+210 Pontos
pontuação média: 7
13.CONTO: EM
FLAGRANTE! – SHORT STORY, de Investigador Canário
pontuações
validadas: 28
9+8+7+7+6+6+7+8+7+7+6+6+5+5+6+6+6+7+6+7+7+7+7+6+10+8+7+9=193 pontos
pontuação média: 6,89285714
14.CONTO: NATAL A
DOIS, de Don Naype
pontuações
validadas: 21
8+8+7+9+8+8+7+7+8+9+7+8+6+6+7+8+7+8+8+6+8=158
pontos
pontuação média: 7,52380952
15.CONTO: FELIZ
NATAL, de Inspetor
Al Vy Tã T
pontuações
validadas: 21
7+6+7+8+8+7+6+6+6+7+6+7+6+6+5+5+7+7+8+5+5=135 Pontos
pontuação média: 6,42857143
Eis, portanto, a classificação
até ao décimo quinto conto:
1º - “A Morte do
Pai Natal”, de Paulo, com 8,318 pontos;
2º - “Natal a
Dois”, de Don Naype, com 7,523 pontos;
3º - “Um Sonho de
Natal”, de Rui Mendes, com 7,28 pontos;
4º - “A Minha
Noite de Natal”, de Paulo, com 7,222 pontos;
5º - “YHWH”, de L.
Manuel F. Rodrigues, com 7,133 pontos;
6º - “A Prenda de
Natal da Martinha”, de Paulo, com 7,103 pontos;
7º - “Um Natal dos
Diabos”, de O Gráfico, com 7 pontos
8º - “O Contrato”,
de António A. F. Aleixo, com 6,925 pontos;
9º - “Em
Flagrante-Short Story”, de Investigador Canário, com 6,892
pontos;
10º - “Um Conto de
Natal”, de Paulo, com 6,857
11º - “Prazeres de
Natal”, de O Gráfico, com 6,724 pontos;
12º - “O Fantasma
do Hotel Infante Sagres”, de Bernie Leceiro, com 6,555 pontos.
13º - “Feliz
Natal”, de Inspetor
Al Vy Tã T, com 6,428 pontos;
14º - “Amem-se Uns
aos Outros”, de Inspetor Moscardo, com 6,181 pontos;
15º - “Chegaram os Pais Natais”, de Abrótea, com 5,695 pontos.
TORNEIOS NO ESPAÇO VIRTUAL
Nas despedidas, recordamos que
termina no próximo dia 31 de março o prazo de envio das propostas de solução referentes
ao problema nº 3 do Torneio do Cinquentenário “MP/MA”, que devem ser dirigidas
preferencialmente ao confrade Paulo (apaginadosenigmas@gmail.com).
Por outro lado, será conhecido no dia seguinte (1 de abril) o problema 4 deste
torneio, que será publicado desta feita no blogue do confrade Virmancaroli
(momentodopoliciario.blogspot.com), onde decorre paralelamente o torneio
policiário “Português Suave”, que tem neste momento em curso o prazo de envio
de soluções ao seu problema nº 3, que expira no final do dia 14 de abril.
Entretanto, regressa ao blogue A
Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com), no dia 10 de abril, o
torneio “Quem é?”, com mais um teste (o terceiro!) sobre escrita policial,
desta vez subordinado ao tema “pseudónimos”, supostamente com um grau de
dificuldade baixo…
Já é conhecida a solução (e as respetivas pontuações) do segundo problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA n.º 2
|
PASSEIO NA
ARRÁBIDA
Solução
Sim! Se
ambas as pegadas estavam viradas para a beira da Escarpa Verde,
Leonardo não podia ter caído para trás, como Mariana dizia. Esta
era a CHAVE do Problema.
Há obviamente
outros factores que poderiam ser deduzidos, mas nunca alterando a CHAVE do
Problema, tais como:
Provavelmente
quando estavam sozinhos, Leonardo atirara-se a Mariana. Ele puxara-a com força
para si, perto da beira da Escarpa, mas ela libertou-se e ela empurrou-o, desta
ou de outra forma, mas sempre empurrado… também poderia muito bem ter sido
empurrado quando se colocou à beira da escarpa para vislumbrar a paisagem.
Ainda que hipoteticamente possa ter sido um acidente, Mariana teve medo de ser
acusada de homicídio e, por isso, mentiu à Polícia.
Pontuações
neste 2º problema
10 PONTOS
Ana Marques,
Arjacasa, Bela, CA 7, Carlinha, Carlos Caria, CN 13, Carluxa, Clovis,
Detetivesca, Detective Silva, Detective Verdinha, Dick Tracy, EGO, Faria,
Fátima Pereira, Inspetor Boavida, Inspector Cláudio, Inspector Pevides,
Inspector Rickyi, Joel Trigueiro, Jorrod, Mali, Margareth, O Gráfico, O
Pegadas, Pintinhas, Rainha Katya, Ribeiro de Carvalho, Sofia Ribeiro e ZAB.
8 PONTOS
Búfalos
Associados, Detective Izadora, Detective Jeremias, Paulo, Vic Key e Visigodo.
5 PONTOS
Columbo,
Detective Caracoleta, Detective Suricata, Inspector do Reino, Inspetor
Moscardo, Inspectora Sardinha, Mandrake Mágico, Molécula, Pedro Monteiro e Zé
Alguém.
Classificação
Geral (após o 2º problema)
20 PONTOS
Ana Marques, Arjacasa, CA
7, Carluxa, CN 13, Clóvis, Detective Silva, Faria, Inspetor Boavida, Inspector
Cláudio, Jorrod. Mali, Margareth, O Gráfico, O Pegadas, Pintinha, Rainha Katya,
Sofia Ribeiro e ZAB.
18 PONTOS
Búfalos Associados, Carlinha, Detective Jeremias, Detective Verdinha e Ribeiro de Carvalho.
16 PONTOS
Vic Key.
15 PONTOS
Carlos Caria, Columbo,
Detective Caracoleta, Detetivesca, EGO, Inspetor Moscardo, Inspector Pevides, Inspetor
Rickyi, Inspectora Sardinha, Joel Trigueiro, Pedro Monteiro e Zé Alguém.
13 PONTOS
Detective
Izadora, Inspector do Reino, Paulo e Visigodo.
10 PONTOS
Bela, Dick
Tracy, Fátima Pereira, Mandrake Mágico e Molécula.
5 PONTOS
Bernie Leceiro e Detective Suricata.
Já é conhecido o terceiro problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-lo:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA n.º 3
|
Uma morte
anunciada
Gregório estava
farto de tudo aquilo: do facto de Alice estar sempre a agarrá-lo, dos
medicamentos dela, do seu ressonar que não o deixava dormir e das alturas em
que ela parava de respirar, pois aí é que não dormia de todo, e isso acontecia
umas cinco ou seis vezes por hora. Além disso, desde que Alice entrara na
menopausa, a asma ficara ainda pior. Eles eram casados há 34 anos; mais tempo
do que a pena máxima de prisão por homicídio. Gregório tinha prometido amá-la
até à morte, mas, na altura, não pensou que isso significasse amá-la até à
morte dele por irritação.
Gregório! Estás
aí? Chamou Alice da cozinha, onde estava, sem dúvida, ainda de camisa de noite
e às três da tarde.
Gregório
ignorou-a. Os únicos momentos de sossego que tinha eram os períodos que passava
na garagem, a fazer trabalhos de marcenaria. Ultimamente, Gregório trabalhava
muito mais quando ela estava em casa. Além disso, deixava aberta a porta que
dava para a casa enquanto trabalhava, em parte porque sabia que o barulho da
serra a enlouquecia. Alice chamou-o mais três vezes, cada vez mais alto e num
tom mais choroso do que na vez anterior.
Gregory estava
cansado de ter de ir a correr sempre que ela precisava dele. Ele esperava
libertar-se daquele tormento em breve. Alguns minutos depois, pousou no banco a
lixa que estava a usar e afastou-se para admirar a cadeira de baloiço que
estava a retocar. Limpou as mãos às calças de ganga e sorriu a olhar para a
quantidade de serradura que estava pelo chão.
Estou a ir,
estou a ir, murmurou Gregório, ao entrar em casa. Quase tropeçou na ventoinha
que tinha posto à porta. Bolas, estava farto daquilo! Se ele soubesse que Alice
iria transformar-se naquela chata, nunca teria casado com ela. O que é que lhe
tinha passado pela cabeça?
Gregório entrou
em casa, tirou os sapatos e o casaco e pendurou-o no cabide da porta.
O que foi, Alice?
O que é que queres?
Mas Alice não
respondeu. Gregório deu com ela deitada no chão, com a pele já azulada.
Como é que
Alice morreu? Dê a sua opinião… fundamentando-a!
NOTA FINAL:
Os projectos de
solução deverão ser enviados até ás 24h00 do dia 14 de Abril de 2025, para viroli@sapo.pt
TORNEIO QUEM É?
SOLUÇÕES DA PROVA
Nº 2
1
a) Rex Stout
b) Nero Wolfe
2
a) Raymond Chandler
b) Philip Marlowe
3
a) Lisa Gardner
b) Tessa Leoni
4
a) Laura Lippman
b) Tess Monaghan
5
a) James Brendan Patterson
b) Alex Cross
Pontuações nesta Prova:
Com 10 pontos
Abrótea, Arjacasa,
Bernie Leceiro, Detectivesca, Detective Jeremias, Columbo, Clóvis, Mac Jr, Detective Verdinha, Inspector Moscardo, Inspector Ryckyi, Inspetor
Boavida, Mali, Mandrake Mágico, Rodriguda, Vic Key
Com 9 pontos
Edomar, O Pegadas, Virmancaroli
Classificação
Geral (Depois de aplicados os critérios de desempate.)
Com 20 pontos
1º lugar - Clóvis
2º lugar -
Arjacasa
3º lugar - Bernie
Leceiro
4º lugar-
Detectivesca
5º lugar -
Detective Jeremias
6º lugar -
Columbo
7º lugar -
Rodriguda
8º lugar - Vic
Key
9º lugar - Mali
10º lugar -
Mandrake Mágico
11º lugar
- Detective Verdinha
12º lugar -
Inspector Moscardo
13º lugar -
Inspector Ryckyi
Com 19 pontos
14º lugar - Inspetor
Boavida
15º lugar - O
Pegadas
16º lugar - Mac
Jr.
Com 18 pontos
17 º lugar -
Virmancaroli
18º lugar -
Edomar
Com 17 pontos
19º lugar
- Abrótea
Com 9 pontos
20º lugar -
Inspector do Reino
HOMENAGEM
A UM SER HUMANO ESPECIAL QUE NOS DEIXOU
Na
sequência do desafio lançado pelo “velho” Detetive Smaluco, em 2003, na secção Policiário,
do jornal Público, com vista à criação da Tertúlia Policiária do Norte (TPN), responderam
à chamada os históricos policiaristas Jartur e M. Lima e os “novatos” Sargento
Estrela e Agente Guima, do Porto; os “veteraníssimos” Daniel Falcão e H. Sapiens,
de Braga; o consagrado Dr. Gismond, de Santo Tirso; e… o agora muito saudoso e
inesquecível Zé, de Viseu.
Ao
primeiro contacto, a simpatia instalou-se entre nós. E depressa fiquei a saber
quase tudo sobre este novo Amigo que o Policiário me deu para a vida. Soube que
era professor de Português já aposentado, nascido na Marinha Grande, mas há
muito residente em Viseu, cidade que ficaria agarrada ao seu nome desde os
primeiros passos no policiarismo, ao qual chegou através da BD e pelo prazer de
ler, pensar, pesquisar e escrever: hobbies que dividia com outros passatempos,
como o modelismo e a pesca, tudo isto sem prejuízo da família, valor que mais
preservava acima de tudo.
O seu
pseudónimo nasceu como uma homenagem ao seu tio Zé (José era, também, o seu
segundo nome: Gustavo José Barosa!), que lhe reconheceu, na adolescência,
algumas qualidades e o iniciou no Jornalismo e no Teatro (mais tarde, na Escola
onde lecionava, encenou dezenas de peças, com um grupo de Alunos). E na revista
Mundo de Aventuras, onde se iniciou nos princípios da década de 1970, ele era o
“Zé (Viseu)”, já que o Sete de Espadas (a quem nunca deixou de agradecer o
estímulo de sempre) colocava à frente do pseudónimo a localidade do
concorrente.
Ficou
Zé para sempre, mesmo quando assumiu com o seu grande Amigo Domingos Cabral
(Inspetor Aranha) o papel de orientador de secção (Enigma Policiário –
1976/1982). E ao regressar ao policiarismo, no jornal Público, na secção
orientada por Luís Pessoa, onde foi o Provedor (lugar em que antecedeu a Lima
Rodrigues), como já havia um Zé, juntou ao pseudónimo de sempre a sua
localidade. Mas, para os velhos amigos, orgulhava-se de ter sido sempre,
simplesmente… Zé! Aliás, os amigos e a ética social foram outros grandes
valores que sempre preservou e defendeu!
Com
alguma boa gestão do tempo, o Zé conciliou (até à aposentação) as suas duas
vocações – o Ensino de Português (Literatura) e o Jornalismo (escrito e
radiofónico) – e ainda conseguiu “ganhar” algumas horas a ouvir as músicas de
que gostava e a “consumir” todas as outras artes. O
desporto também consumiu algum do seu tempo, nomeadamente o automobilismo
(confessava-se fanático, doente incurável, pela Ferrari). Admitia ter uma
grande paixão por carros antigos, com destaque pelos modelos da Alfa Romeo. E
dizia-se masoquista por se assumir como Benfiquista!
O Zé
considerava que devia ao trabalho de permanente exercício mental que é o
Policiário muita da lucidez que conseguiu manter depois da sua aposentação. E
costumava recordar as muitas vezes em que quase desesperou durante semanas na
tentativa de descobrir o significado de um pormenor numa prova, para depois
concluir que, afinal, essa não era a chave para o problema. Ele e a família, a
que recorria frequentemente! A filha é advogada e tirava-lhe algumas dúvidas. E
a mulher fazia alguns desenhos para ilustrar as respostas, que costumavam
rondar as dez páginas (uma vez chegou a entregar uma solução com doze páginas,
mas o seu esboço inicial tinha… 26!).
O Zé
chegou a produzir alguns problemas (excelentes, alguns deles), mas nunca ficou
satisfeito com o resultado. Na verdade, ele foi sobretudo um excelente
solucionista (um dos melhores de sempre!). Mas como Amigo foi ainda muito
melhor! Deixou-nos no passado mês de janeiro, depois de uma luta de vários anos
contra uma doença terrível. Adeus, Zé! Se vires por aí a pessoa que sabes, a
tua companheira de luta e minha companheira de vida, dá-lhe um beijo meu!
UM CASO POLICIAL NO NATAL TEM NOVO CONTO NA LIDERANÇA
Na
fase final de contabilização das pontuações atribuídas aos últimos contos
publicados, passamos a divulgar o veredito dos nossos leitores relativamente aos
originais dados a conhecer entre os meses de abril e agosto de 2024. Com um
número de 22 a 30 “jurados” que se dispuseram a pronunciar-se, esta segunda
meia dezena de contos atingiu também pontuações médias muito equilibradas, o
que revela mais vez um nível de qualidade e originalidade geral considerável
dos trabalhos, mas com apenas um dos originais a superar a média de 8 pontos… até
ao momento!...
Antes,
porém, de passar a revelar as pontuações dos autores dos contos n.ºs 6, 7, 8, 9
e 10, recordamos os pontos atribuídos aos primeiros cinco originais, e
respetiva classificação daí decorrente, que tinha na liderança o conto “A Minha
Noite de Natal”, desta forma assim ordenada:
Classificação
Geral (até ao quinto conto)
1º - “A Minha
Noite de Natal”, de Paulo, com 7,222 pontos;
2º - “A Prenda de
Natal da Martinha”, de Paulo, com 7,103 pontos;
3º - “O Contrato”,
de António A. F. Aleixo, com 6,925 pontos;
4º - “Prazeres de
Natal”, de O Gráfico, com 6,724 pontos;
5º - “O Fantasma do Hotel Infante Sagres”, de Bernie Leceiro, com 6,555 pontos.
Passemos
então agora a conhecer as pontuações alcançadas pelos cinco originais
seguintes, por ordem de publicação, que determinarão a classificação atual do
concurso até ao décimo conto:
06.CONTO: AMEM-SE
UNS AOS OUTROS, de Inspetor Moscardo
22 pontuações
validadas:
6+7+6+5+6+5+7+6+5+7+7+5+6+6+6+7+6+8+7+6+6+6=136
pontos
pontuação média:
6,18181818
07.CONTO: YHWH, de
L. Manuel F. Rodrigues
30 pontuações
validadas:
6+6+7+7+6+6+6+6+6+8+6+8+6+6+6+7+7+6+6+6+6+7+10+10+7+10+10+8+8+10=214
pontos
pontuação média: 7,13333333
08.CONTO: CHEGARAM
OS PAIS NATAIS, de Abrótea
23 pontuações
validadas:
5+5+6+6+5+5+6+6+6+7+5+6+5+5+5+6+5+6+5+6+5+6+9=131 pontos
pontuação média: 5,69565217
09.CONTO: A MORTE
DO PAI NATAL, de Paulo
22 pontuações
validadas:
7+7+8+8+8+7+7+8+8+9+10+9+8+10+9+9+10+8+9+8+8+8=183 pontos
pontuação média:
8,31818182
10.CONTO: UM SONHO
DE NATAL, de Rui Mendes
25 pontuações
validadas:
8+7+7+8+7+8+6+6+7+7+8+8+7+6+8+7+6+7+7+8+8+8+6+8+9=182 pontos
pontuação média:
7,28
Eis,
portanto, a classificação geral atualizada:
Classificação
Geral (até ao décimo conto)
1º - “A Morte do
Pai Natal”, de Paulo, com 8,318 pontos;
2º - “Um Sonho de
Natal”, de Rui Mendes, com 7,28 pontos;
3º - “A Minha
Noite de Natal”, de Paulo, com 7,222 pontos;
4º - “YHWH”, de L.
Manuel F. Rodrigues, com 7,133 pontos;
5º - “A Prenda de
Natal da Martinha”, de Paulo, com 7,103 pontos;
6º - “O Contrato”,
de António A. F. Aleixo, com 6,925 pontos;
7º - “Prazeres de
Natal”, de O Gráfico, com 6,724 pontos;
8º - “O Fantasma
do Hotel Infante Sagres”, de Bernie Leceiro, com 6,555 pontos.
9º - “Amem-se Uns
aos Outros”, de Inspetor Moscardo, com 6,181 pontos;
10º - “Chegaram os Pais Natais”, de Abrótea, com 5,695 pontos.