FALTAM MENOS DE 24 HORAS!
NÃO DEIXE DE PARTICIPAR!
Pode enviar a sua proposta de solução até às 24h00 de 31 de janeiro
de 2025.
Até este momento foram recebidas propostas de solução de (por ordem alfabética): Ana Marques, Arjacasa, Arnes, Bernie Leceiro, Búfalos Associados, Clóvis, Columbo, Detective Izadora, Detective Jeremias, Detective Verdinha, Detetivesca, Dona Sopas, Edomar, Ego, Faria, Haka Crimes, Inspectora Mag, Inspector Aranha, Inspector do Reino, Inspector Mokada, Inspector Moscardo, Inspector Mucaba, Inspector Pevides, Inspector Ryckyi, Joel Trigueiro, Mali, Molécula, O Pegadas, Ribeiro de Carvalho, Vic Key e Visigodo.
Se faltar aqui algum nome, quem estiver em falta que se pronuncie…
E cá fica, pela derradeira vez, o enunciado do problema:
PROBLEMA Nº 1
SMALUCO E A
MORTE DO INSPETOR MESQUITA,
de Inspetor
Boavida
Nos últimos dias desta semana, os telefones móvel e de rede fixa de
Smaluco têm tocado insistentemente, sem que ninguém fale. Uns sussurros e
algumas palavras impercetíveis de voz feminina é tudo quanto se ouve. Dir-se-ia
que quem telefona conhece muito bem os hábitos do velho detetive, uma vez que
entre as 15h00 e as 17h00, período de tempo que ele normalmente dedica a uma
retemperadora sesta, aquelas chamadas de número anónimo fazem uma pausa. Mas o
pior é que o nosso “herói” já nem quase consegue fazer a sua habitual sesta e
só muito tarde adormece à noite, por causa daqueles misteriosos telefonemas. À
medida que os dias passam, as insónias arruínam por completo as suas noites. Hoje
eram quase três da manhã e não conseguia pregar olho.
De súbito, uma campainha soou. Levantou-se meio confuso, sem saber muito
bem se aquele toque era do telemóvel ou do telefone fixo. Pegou primeiro num,
depois no outro, e em nenhum obteve resposta. E a campainha continuava a tocar.
Esfregou os olhos, pensando que estava a sonhar. Mas teve a certeza que não,
quando passou a ouvir pancadas e gritos aflitivos, acompanhando a campainha que
não parava de soar. Era lá fora, na porta de sua casa, que tudo acontecia!
“Abre a porta! Abre a porta, por favor!” Apesar dos gritos lancinantes de súplica,
o detetive Smaluco reconheceu aquela voz. Mas ele não queria acreditar, não lhe
parecia possível. Quem tocava à campainha e batia com força à sua porta era
Natália, Natália Vaz, a mulher da sua vida, a sua grande paixão.
Espreitou pelo ralo da porta e todas as eventuais dúvidas se desfizeram. Ali
estava ela, desgrenhada, com um olho negro, marcas de dedos no pescoço, várias
escoriações nos braços. Franqueada a entrada, Natália caiu-lhe nos braços em
choro convulsivo, tremendo que nem varas verdes e balbuciando palavras
impercetíveis. “Ele morreu!” – foi a única frase que Smaluco percebeu no meio
de uma salgalhada de palavras entrecortadas por soluços misturados com lágrimas
e baba. O velho detetive encaminhou-a até ao sofá, sentou-a e providenciou um
copo de água na sua cozinha, que ela ingeriu quase de um trago. “Ele morreu! Ele
morreu! Mataram-no! Mataram-no! Mataram-no!”
“Deixa-me ficar aqui esta noite, por favor” – pediu ela. Ele assentiu,
mas com uma condição: saber primeiro o que tinha acontecido. Já mais calma,
Natália fez, então, o relato dos acontecimentos: “Fomos jantar fora e no
regresso a casa ele fez uma grande cena de ciúmes, por causa de um certo
sujeito que, segundo ele, não tirava os olhos de mim, com sorrisos e trejeitos atrevidos.
Disse-lhe que não dei por nada, mas insistiu que sim, que eu vi muito bem e que
de certeza o conhecia. Depois de estacionar o carro, no jardim perto de casa, ele
começou a bater-me, chamando-me nomes enquanto me apertava o pescoço. Um
sujeito que passava ao longe começou aos gritos, a pedir que parasse de me
fazer mal, mas ele nunca parou, estava louco. O homem aproximou-se um pouco
mais e, de repente, conheceu-o e desatou aos gritos que nem um louco. ‘Ah, és
tu, meu canalha?! Eu sabia que havia de encontrar-te. Vais pagar pelo que me
fizeste passar’”.
Natália estremeceu, mergulhou num choro convulsivo e prosseguiu: “Foi então,
que ele puxou de uma arma, e enquanto dizia ‘canalha, canalha, canalha’, o
Mesquita, sentindo-se perdido, desatou a correr para se refugiar atrás de um
murete que existe no jardim, mas não foi a tempo de se esconder. O homem,
enquanto repetia ‘canalha, canalha, canalha’, disparou uma, duas vezes, fazendo-o
cair no chão”. O choro voltou a interromper Natália, que, em lágrimas, acabaria
por afirmar em desespero: “Estou perdida, ninguém vai acreditar em mim, todos
os seus colegas vão acusar-me de autoria do crime”. Condoído com o relato,
Smaluco tentou acalmá-la: “Vá, vá, agora tenta descansar. Eu amanhã telefono
para o filho do Lopes e logo veremos o que hás de fazer”.
E foi isso que ele fez. Ainda não eram oito da manhã, quando ligou para o agente Ramiro, filho do seu ex-colega Lopes, e ficou a saber o que a PJ tinha apurado. Na sequência de um telefonema de um vizinho de Mesquita, que ouviu os tiros, um piquete deslocou-se de madrugada ao local do crime e encontrou a vítima caída de bruços no canteiro do jardim, perto de um murete. Fora alvejada duas vezes, uma no peito e outra no estômago, e terá morrido muito pouco depois. Smaluco acredita que Natália não tem de se preocupar, que apenas terá de prestar declarações e a vida seguirá como dantes, mas sem a violência de que tem sido vítima. E do lado da PJ, que procedimentos se esperam e que conclusões retirará deste crime de homicídio? O leitor, sempre atento, que nos diga...
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de janeiro de 2025,
através dos seguintes exemplos:
a -
Por email, correio eletrónico, do Inspetor
Boavida: salvadorsantos949@gmail.com;
b - Entregando
em mão ao orientador do Blogue LOCAL DO CRIME, onde quer que o encontrem;
c -
Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de Salvador
Pereira dos Santos;
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes
prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
FALTAM APENAS 8 (OITO) DIAS!
PARTICIPE!
TORNEIO
DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 1
SMALUCO E A
MORTE DO INSPETOR MESQUITA,
de Inspetor
Boavida
Nos últimos dias desta semana, os telefones móvel e de rede fixa de
Smaluco têm tocado insistentemente, sem que ninguém fale. Uns sussurros e
algumas palavras impercetíveis de voz feminina é tudo quanto se ouve. Dir-se-ia
que quem telefona conhece muito bem os hábitos do velho detetive, uma vez que
entre as 15h00 e as 17h00, período de tempo que ele normalmente dedica a uma
retemperadora sesta, aquelas chamadas de número anónimo fazem uma pausa. Mas o
pior é que o nosso “herói” já nem quase consegue fazer a sua habitual sesta e
só muito tarde adormece à noite, por causa daqueles misteriosos telefonemas. À
medida que os dias passam, as insónias arruínam por completo as suas noites. Hoje
eram quase três da manhã e não conseguia pregar olho.
De súbito, uma campainha soou. Levantou-se meio confuso, sem saber muito
bem se aquele toque era do telemóvel ou do telefone fixo. Pegou primeiro num,
depois no outro, e em nenhum obteve resposta. E a campainha continuava a tocar.
Esfregou os olhos, pensando que estava a sonhar. Mas teve a certeza que não,
quando passou a ouvir pancadas e gritos aflitivos, acompanhando a campainha que
não parava de soar. Era lá fora, na porta de sua casa, que tudo acontecia!
“Abre a porta! Abre a porta, por favor!” Apesar dos gritos lancinantes de súplica,
o detetive Smaluco reconheceu aquela voz. Mas ele não queria acreditar, não lhe
parecia possível. Quem tocava à campainha e batia com força à sua porta era
Natália, Natália Vaz, a mulher da sua vida, a sua grande paixão.
Espreitou pelo ralo da porta e todas as eventuais dúvidas se desfizeram. Ali
estava ela, desgrenhada, com um olho negro, marcas de dedos no pescoço, várias
escoriações nos braços. Franqueada a entrada, Natália caiu-lhe nos braços em
choro convulsivo, tremendo que nem varas verdes e balbuciando palavras
impercetíveis. “Ele morreu!” – foi a única frase que Smaluco percebeu no meio
de uma salgalhada de palavras entrecortadas por soluços misturados com lágrimas
e baba. O velho detetive encaminhou-a até ao sofá, sentou-a e providenciou um
copo de água na sua cozinha, que ela ingeriu quase de um trago. “Ele morreu! Ele
morreu! Mataram-no! Mataram-no! Mataram-no!”
“Deixa-me ficar aqui esta noite, por favor” – pediu ela. Ele assentiu,
mas com uma condição: saber primeiro o que tinha acontecido. Já mais calma,
Natália fez, então, o relato dos acontecimentos: “Fomos jantar fora e no
regresso a casa ele fez uma grande cena de ciúmes, por causa de um certo
sujeito que, segundo ele, não tirava os olhos de mim, com sorrisos e trejeitos atrevidos.
Disse-lhe que não dei por nada, mas insistiu que sim, que eu vi muito bem e que
de certeza o conhecia. Depois de estacionar o carro, no jardim perto de casa, ele
começou a bater-me, chamando-me nomes enquanto me apertava o pescoço. Um
sujeito que passava ao longe começou aos gritos, a pedir que parasse de me
fazer mal, mas ele nunca parou, estava louco. O homem aproximou-se um pouco
mais e, de repente, conheceu-o e desatou aos gritos que nem um louco. ‘Ah, és
tu, meu canalha?! Eu sabia que havia de encontrar-te. Vais pagar pelo que me
fizeste passar’”.
Natália estremeceu, mergulhou num choro convulsivo e prosseguiu: “Foi então,
que ele puxou de uma arma, e enquanto dizia ‘canalha, canalha, canalha’, o
Mesquita, sentindo-se perdido, desatou a correr para se refugiar atrás de um
murete que existe no jardim, mas não foi a tempo de se esconder. O homem,
enquanto repetia ‘canalha, canalha, canalha’, disparou uma, duas vezes, fazendo-o
cair no chão”. O choro voltou a interromper Natália, que, em lágrimas, acabaria
por afirmar em desespero: “Estou perdida, ninguém vai acreditar em mim, todos
os seus colegas vão acusar-me de autoria do crime”. Condoído com o relato,
Smaluco tentou acalmá-la: “Vá, vá, agora tenta descansar. Eu amanhã telefono
para o filho do Lopes e logo veremos o que hás de fazer”.
E foi isso que ele fez. Ainda não eram oito da manhã, quando ligou para o agente Ramiro, filho do seu ex-colega Lopes, e ficou a saber o que a PJ tinha apurado. Na sequência de um telefonema de um vizinho de Mesquita, que ouviu os tiros, um piquete deslocou-se de madrugada ao local do crime e encontrou a vítima caída de bruços no canteiro do jardim, perto de um murete. Fora alvejada duas vezes, uma no peito e outra no estômago, e terá morrido muito pouco depois. Smaluco acredita que Natália não tem de se preocupar, que apenas terá de prestar declarações e a vida seguirá como dantes, mas sem a violência de que tem sido vítima. E do lado da PJ, que procedimentos se esperam e que conclusões retirará deste crime de homicídio? O leitor, sempre atento, que nos diga...
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de janeiro de 2025,
através dos seguintes exemplos:
a -
Por email, correio eletrónico, do Inspetor
Boavida: salvadorsantos949@gmail.com;
b - Entregando
em mão ao orientador do Blogue LOCAL DO CRIME, onde quer que o encontrem;
c -
Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de Salvador
Pereira dos Santos;
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes
prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
ECOS
DO CONVÍVIO POLICIÁRIO DO BLOGUE RO
A
“tribo” policiária reuniu-se no passado dia 14 de dezembro em mais um
Almoço-Convívio organizado pelo Blogue RO, que teve desta feita como “prato”
principal a consagração dos grandes vencedores do Torneio Cultores do
Policiário, mobilizando mais de três dezenas de convivas de vários pontos do
país. Entre os policiaristas presentes assinalamos o regresso a estes salutares
eventos, que tiveram em Sete de Espadas o seu grande percursor e impulsionador,
dos confrades Luís Pessoa (Inspetor Fidalgo), Domingos Cabral (Inspetor
Aranha), Maria Alice (Mali) e Paulo (Paulo, simplesmente), que se reencontraram
com Luís Rodrigues (O Gráfico), um dos muitos “jovens” que se iniciaram na
revista Mundo de Aventuras, onde o acima referido “homem das barbas brancas” orientava
a secção “Mistério… Policiário”, e que agora se assume também ele como um dos
maiores dinamizadores deste passatempo. E a estes juntaram-se inúmeros jovens e
menos jovens amantes do policiário (e acompanhantes destes), proporcionando uma
das jornadas mais entusiasmantes em que este escriba (Inspetor Boavida) teve
até hoje o ensejo de participar.
Posto isto, regressemos ao nosso concurso de contos, não sei antes recordar que termina no dia 31 de janeiro o prazo para o envio de soluções ao problema n.º 1 do Torneio do Cinquentenário:
“Um Caso Policial no Natal” – DÉCIMO NONO CONTO
ERA VÉSPERA DE NATAL, de Arjacasa
Numa
pequena povoação transmontana coberta de neve as ruas estavam decoradas com luzes
coloridas, e as pessoas reuniam-se em suas casas para celebrar a festividade.
No
largo principal, a malta mais nova juntou um monte de troncos de árvore e já
estava a arder a tradicional fogueira de Natal, onde depois do jantar se
juntavam as pessoas para confraternizar, até que chegava a hora da Missa do
Galo à qual ninguém faltava.
Estava
uma noite mágica, como era habitual todos os anos.
Os
filhos e os netos vinham de cidades e países distantes para passar a Consoada e
o Natal com os pais.
As
mulheres ainda atarefadas em ter tudo pronto davam os últimos retoques nas sobremesas,
porque a refeição noturna estava pronta para toda a família que se reunia sempre
naquela noite de Consoada.
Os
homens tratavam da fogueira para que o calor familiar não fosse prejudicado
pelo frio habitual da época.
As crianças
também já tinham acabado de enfeitar a árvore de Natal e colocado as prendas
debaixo dele e estavam muito felizes e ansiosas pela chegada da hora da abertura
dos presentes.
Tudo
parecia correr bem e todos estavam felizes.
No
entanto, algo de sinistro aconteceu para abalar a tranquilidade do lugar.
A
pacata povoação vivia em completa harmonia há anos, sem sequer um único crime
registado. No entanto, naquela noite, um crime aconteceu. O corpo de um
homem foi encontrado na sua casa, um local onde deveria prevalecer o espírito
natalício.
O
detetive Morgado, conhecido pela sua dedicação e capacidades de dedução, foi
designado para investigar o caso. Sabendo que a data festiva estava prestes
a chegar e que era importante trazer justiça à comunidade, decidiu começar suas
investigações imediatamente.
A
vítima, identificada como Roberto Ferreira, era um renomado escritor de livros infantis,
conhecido por suas histórias encantadoras. Parecia inconcebível que alguém quisesse
fazer mal a um homem tão adorado por todos na cidade.
Enquanto
interrogava os moradores, o detetive Morgado, logo percebeu que todos tinham
álibis sólidos para a noite do crime. Ninguém parecia ter motivo algum para maltratar
o Roberto Ferreira ou prejudicar o espírito natalício da povoação.
No
meio das pistas escassas, o detetive encontrou um cartão misterioso deixado na casa
da vítima. Nele, havia uma mensagem enigmática escrita à mão: “Feliz Natal, mas
cuidado com as mentiras que se escondem atrás do sorriso. A verdade encontra-se
nas iniciais”.
Essa
mensagem deixou o detetive Morgado intrigado. Começou a analisar todas as pessoas
próximas da vítima, procurando por nomes que correspondessem às iniciais mencionadas.
Logo, ele descobriu que apenas duas pessoas se encaixavam: Sara Teixeira, sua
vizinha mais próxima, e Alfredo Martins, um amigo próximo.
Determinado
a resolver o caso antes do amanhecer de Natal, o detetive convocou tanto Sara
quanto Alfredo para interrogá-los separadamente. Ambos negaram qualquer envolvimento
no crime, mas as suas reações nervosas levantaram suspeitas.
Após
uma meticulosa análise da cena do crime e dos depoimentos dos suspeitos, o detetive
Morgado finalmente desvendou o mistério. Roberto havia descoberto um segredo
sombrio sobre a vida pessoal de ambos os suspeitos e, infelizmente pagou o preço
por isso.
Sara e
Alfredo, que estavam envolvidos num relacionamento secreto, eram os responsáveis
pela morte do escritor. Eles temiam que a verdade viesse à tona e suas reputações
fossem arruinadas.
Ao
revelar suas motivações e provas contra os suspeitos, o detetive conseguiu
trazer justiça à povoação naquela quadra de Natal. A comunidade, embora
abalada, estava grata por ter o espírito natalício restabelecido e por saber
que os seus lares estavam seguros novamente.
E
assim, na véspera de Natal, o detetive Morgado entregou o verdadeiro presente
para a pequena povoação: a tranquilidade de saber que o mal havia sido
desmascarado e que a paz poderia reinar novamente, trazendo um Natal verdadeiramente
feliz para todos.
Feliz Natal!
AVALIAÇÃO-PONTUAÇÃO
Os nossos leitores têm a partir de agora 30 (trinta) dias para proceder à avaliação deste décimo nono conto a concurso e ao envio da pontuação atribuída, entre 5 a 10 pontos (em função da qualidade e originalidade), através do email salvadorsantos949@gmail.com. Recorda-se que o conto vencedor do concurso será o que conseguir alcançar a média de pontuação mais elevada após a publicação de todos os trabalhos, sendo possível (e muito desejada!) a participação dos autores no “lote de jurados”, estando, porém, impedidos de pontuar os seus originais (escritos em nome próprio ou sob a forma de pseudónimo), de maneira a não “fazerem juízo em causa própria”.
Já é conhecido o
primeiro problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex,
organizado pelo blogue Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-lo;
I - Torneio Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA n.º 1
|
NUM DIA DE PESCA
Lamento, não
conseguimos fazer nada disto, disse o Inspector Casanova. Não havia impressões
digitais. Nem na carta nem no envelope.
E a saliva
debaixo da dobra do envelope e do selo? É suficiente para pedir uma análise de
ADN? Perguntou Susana. Tinha de haver uma forma de encontrar este tipo e de lhe
arrancar mais informações. Infelizmente, os nossos técnicos dizem que não,
disse-lhe Casanova, com delicadeza. Susana aceitou a carta de volta. Conte-me
outra vez as circunstâncias em torno da morte dele, pediu o Inspector Casanova.
Talvez me tenha escapado alguma coisa.
Quando eu tinha
10 anos, o meu pai saiu para ir pescar. Como à tarde ele ainda não tinha
voltado, a minha mãe ficou preocupada. Então, ela levou-me ao lago onde o meu
pai costumava pescar, mas não vimos sinais do seu barco. Lembro-me ainda de
entrar na água bastante gelada, como sempre estava, até esta me dar pelos
joelhos, enquanto ia gritando o nome dele. Alguns dias depois, a equipa de resgate
deu as buscas por terminadas. Nunca mais vimos o meu pai.
Receber aquela
carta, tantos anos depois, obrigava-a a reviver os tempos mais difíceis da sua
vida. Apesar das muitas perguntas sem resposta, Susana tinha tentado esquecer o
pai. Agora aquelas perguntas todas estavam outra vez a torturá-la.
O Inspector Casanova tornou a ler a carta em voz alta.
Querida Susana,
Há muitos anos
que quero escrever-te esta carta, mas só agora tive coragem. Eu não passava de
um miúdo quando o meu irmão e eu encontrámos o corpo do teu pai a flutuar no
lago. Um ou dois dias depois de ter desaparecido, nós fomos brincar para o
bosque e lá estava ele.
Ficámos
aterrorizados. Não sabíamos o que fazer. O meu irmão, que era um ano mais
velho, decidiu que ficaríamos em maus lençóis se contássemos a alguém. Ele
disse que a Polícia acabaria por achar que nós tínhamos matado aquele homem.
Por isso, tirámo-lo da água e cobrimo-lo de folhas e de terra para que ninguém
o encontrasse. Guardei este segredo terrível durante anos, mas já não o consigo
esconder. Mereces saber a verdade sobre o que aconteceu ao teu pai. Talvez isto
te ajude a fazer o luto.
O Inspector
Casanova dobrou a carta e sentou-se durante alguns instantes, segurando-a.
Quando finalmente disse:
- Cá para mim,
este homem é um grande aldrabão.
Como é que ele
sabia isso? Dê a sua opinião…fundamentando-a!
Os projectos de solução deverão ser enviados até ás 24h00 do dia 14 de Fevereiro de 2025, para viroli@sapo.pt
SÓ FALTAM 20 DIAS!
PARTICIPE!
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 1
SMALUCO E A
MORTE DO INSPETOR MESQUITA,
de Inspetor
Boavida
Nos últimos dias desta semana, os telefones móvel e de rede fixa de
Smaluco têm tocado insistentemente, sem que ninguém fale. Uns sussurros e
algumas palavras impercetíveis de voz feminina é tudo quanto se ouve. Dir-se-ia
que quem telefona conhece muito bem os hábitos do velho detetive, uma vez que
entre as 15h00 e as 17h00, período de tempo que ele normalmente dedica a uma
retemperadora sesta, aquelas chamadas de número anónimo fazem uma pausa. Mas o
pior é que o nosso “herói” já nem quase consegue fazer a sua habitual sesta e
só muito tarde adormece à noite, por causa daqueles misteriosos telefonemas. À
medida que os dias passam, as insónias arruínam por completo as suas noites. Hoje
eram quase três da manhã e não conseguia pregar olho.
De súbito, uma campainha soou. Levantou-se meio confuso, sem saber muito
bem se aquele toque era do telemóvel ou do telefone fixo. Pegou primeiro num,
depois no outro, e em nenhum obteve resposta. E a campainha continuava a tocar.
Esfregou os olhos, pensando que estava a sonhar. Mas teve a certeza que não,
quando passou a ouvir pancadas e gritos aflitivos, acompanhando a campainha que
não parava de soar. Era lá fora, na porta de sua casa, que tudo acontecia!
“Abre a porta! Abre a porta, por favor!” Apesar dos gritos lancinantes de súplica,
o detetive Smaluco reconheceu aquela voz. Mas ele não queria acreditar, não lhe
parecia possível. Quem tocava à campainha e batia com força à sua porta era
Natália, Natália Vaz, a mulher da sua vida, a sua grande paixão.
Espreitou pelo ralo da porta e todas as eventuais dúvidas se desfizeram. Ali
estava ela, desgrenhada, com um olho negro, marcas de dedos no pescoço, várias
escoriações nos braços. Franqueada a entrada, Natália caiu-lhe nos braços em
choro convulsivo, tremendo que nem varas verdes e balbuciando palavras
impercetíveis. “Ele morreu!” – foi a única frase que Smaluco percebeu no meio
de uma salgalhada de palavras entrecortadas por soluços misturados com lágrimas
e baba. O velho detetive encaminhou-a até ao sofá, sentou-a e providenciou um
copo de água na sua cozinha, que ela ingeriu quase de um trago. “Ele morreu! Ele
morreu! Mataram-no! Mataram-no! Mataram-no!”
“Deixa-me ficar aqui esta noite, por favor” – pediu ela. Ele assentiu,
mas com uma condição: saber primeiro o que tinha acontecido. Já mais calma,
Natália fez, então, o relato dos acontecimentos: “Fomos jantar fora e no
regresso a casa ele fez uma grande cena de ciúmes, por causa de um certo
sujeito que, segundo ele, não tirava os olhos de mim, com sorrisos e trejeitos atrevidos.
Disse-lhe que não dei por nada, mas insistiu que sim, que eu vi muito bem e que
de certeza o conhecia. Depois de estacionar o carro, no jardim perto de casa, ele
começou a bater-me, chamando-me nomes enquanto me apertava o pescoço. Um
sujeito que passava ao longe começou aos gritos, a pedir que parasse de me
fazer mal, mas ele nunca parou, estava louco. O homem aproximou-se um pouco
mais e, de repente, conheceu-o e desatou aos gritos que nem um louco. ‘Ah, és
tu, meu canalha?! Eu sabia que havia de encontrar-te. Vais pagar pelo que me
fizeste passar’”.
Natália estremeceu, mergulhou num choro convulsivo e prosseguiu: “Foi então,
que ele puxou de uma arma, e enquanto dizia ‘canalha, canalha, canalha’, o
Mesquita, sentindo-se perdido, desatou a correr para se refugiar atrás de um
murete que existe no jardim, mas não foi a tempo de se esconder. O homem,
enquanto repetia ‘canalha, canalha, canalha’, disparou uma, duas vezes, fazendo-o
cair no chão”. O choro voltou a interromper Natália, que, em lágrimas, acabaria
por afirmar em desespero: “Estou perdida, ninguém vai acreditar em mim, todos
os seus colegas vão acusar-me de autoria do crime”. Condoído com o relato,
Smaluco tentou acalmá-la: “Vá, vá, agora tenta descansar. Eu amanhã telefono
para o filho do Lopes e logo veremos o que hás de fazer”.
E foi isso que ele fez. Ainda não eram oito da manhã, quando ligou para o agente Ramiro, filho do seu ex-colega Lopes, e ficou a saber o que a PJ tinha apurado. Na sequência de um telefonema de um vizinho de Mesquita, que ouviu os tiros, um piquete deslocou-se de madrugada ao local do crime e encontrou a vítima caída de bruços no canteiro do jardim, perto de um murete. Fora alvejada duas vezes, uma no peito e outra no estômago, e terá morrido muito pouco depois. Smaluco acredita que Natália não tem de se preocupar, que apenas terá de prestar declarações e a vida seguirá como dantes, mas sem a violência de que tem sido vítima. E do lado da PJ, que procedimentos se esperam e que conclusões retirará deste crime de homicídio? O leitor, sempre atento, que nos diga...
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de janeiro de 2025,
através dos seguintes exemplos:
a -
Por email, correio eletrónico, do Inspetor
Boavida: salvadorsantos949@gmail.com;
b - Entregando
em mão ao orientador do Blogue LOCAL DO CRIME, onde quer que o encontrem;
c -
Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de Salvador
Pereira dos Santos;
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes
prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
Já são conhecidas as regras do I Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:
REGULAMENTO
| 12
Problemas |
DATAS:
Salvo motivos de força maior, a publicação dos problemas será efectuada
no dia 15 de cada mês, com início a 15 de Janeiro de 2025.
Os projectos de
soluções aos mesmos deverão ser enviados, por vídeo, foto ou texto, até
ao dia 14 do mês seguinte ao da publicação dos problemas, para: viroli@sapo.pt e
só mesmo para este endereço de Correio Electrónico. A publicação das
soluções terá lugar no dia 20 do mês seguinte ao da publicação do
problema.
AVALIAÇÕES
Sendo um Torneio com características inéditas, as pontuações serão da seguinte
forma:
5 Pontos pela
presença
3 Pontos pela
decifração correcta do problema
2 Pontos pela
decifração mais elaborada
Assim, haverá
apenas três tipos de estatutos em cada problema, sendo esta também uma forma inédita,
e que se dividirão pelas seguintes três categorias:
=» Totalistas
= com 10 pontos
=» Praticantes
= com 8 pontos
=» Aspirantes
= com 5 pontos
As pontuações de
cada problema, divididas pelos estatutos alcançados, serão acumulativas para efeitos
de ranking…!
OUTROS:
Os casos omissos, a haver, serão resolvidos pelo orientador do Torneio.
Já é conhecida a
primeira prova da mais recente iniciativa do blogue coordenado pelo confrade
Paulo. Ei-la:
Torneio “Quem
é?”
Prova nº 1
Autores e
Personagens
Autor: Paulo
1 -
Escritor inglês que nasceu em 1875 e que faleceu em 1932.
Foi um dos mais
populares escritores da sua época, tendo mais de 160 filmes adaptados a partir
dos seus escritos.
Morreu antes de
completar o argumento de um dos principais clássicos do cinema: King Kong.
Criou diversas
séries que se situam entre o puro policial e a espionagem, tendo várias obras
publicadas em Portugal.
Uma das suas
séries foi iniciada com o livro Room 13 publicada em 1924.
a) Quem é o
escritor?
b) Quem é a
personagem que identifica a série que se iniciou com Room 13!
2 -
Este escritor nasceu na Inglaterra em 1931. Os seus romances quase sempre
considerados de espionagem, embora possuam todas as características dos
melhores romances policiários. Essas características, que misturam o policiário
com a espionagem, estão, muito provavelmente, associadas ao seu trabalho
de espião. Não será alheia ao facto a sua experiência no Serviço Secreto
Britânico, função que terminou abruptamente quando o agente duplo Kim Philby
denunciou vários nomes de espiões britânicos ao KGB.
Iniciou a série
que o tornou mundialmente famoso em 1961, tendo-a terminado em 2017.
a) Quem é o
escritor referido no texto (nome ou pseudónimo)?
b) Quem é a
personagem protagonista da série que aí se refere?
3 -
Esta escritora, nascida em 1893, era a filha única de um reverendo
anglicano. Teve uma carreira académica bem preenchida, mas ficou conhecida pela
população em geral, por causa das suas histórias com um detetive, um
aristocrata britânico, que, como o seu título de Lorde lhe exigia, apenas
poderia exercer a sua tarefa de modo amador.
Acompanhado pelo
seu fiel criado Bunter, que participou, como sargento na I Guerra Mundial, este
detetive amador resolve vários casos num estilo muito britânico.
Esta escritora
publicou a sua primeira novela em 1923, apresentando publicamente essa sua
personagem que protagonizaria vários livros publicados nas décadas de 20 e 30
do século passado.
a) Quem é a
escritora?
b) Quem é o
Lorde referido no texto?
4 -
Escritora britânica, conhecida através do seu pseudónimo, nascida em 1938. Esta
escritora teve a particularidade de na juventude ter sido condenada por
assassinato. Após cumprir a pena de prisão, mudou de nome.
Foi a criadora
de diversas personagens. Numa das suas séries criou um polícia inglês do
século XIX, que, logo na primeira aparição, devido a um acidente, sofre um
problema de amnésia. Este livro foi publicado em 1990.
A autora faleceu
em 2023.
a) Quem é esta
autora (Pseudónimo pelo qual é conhecida)?
b) Quem é o
personagem referido?
5 -
Este autor, nascido em 1906 e falecido em 1977, é um clássico da
literatura policiária, sendo considerado um dos mestres do crime em quarto
fechado, tal foi o número de romances que escreveu com as mortes a ocorrerem em
espaços dos quais parecia impossível alguém entrar ou sair, ou seja,
estava-se perante crimes impossíveis.
Criou várias
personagens das quais aqui, se destaca uma: professor e lexicógrafo colabora
regularmente com as forças policiais. é especialista em história do crime e na
análise psicológica do criminoso.
a) Quem é o
escritor referido?
b) Quem é a
personagem sobre a qual se escreveu no texto?
As propostas de solução deverão ser enviadas até ao final do dia 31 de janeiro para apaginadosenigmas@gmail.com.
NOTÍCIAS DO BLOGUE “A PÁGINA DOS ENIGMAS”
Já é conhecida a
solução de autor do 5º (e último) Problema do Torneio Rápido e respetivas
classificações, que passamos a publicar:
O mistério do
roubo noturno
Solução:
A opção D -
Ninguém entrou na casa para roubar as joias.
a) O
homem estava provavelmente a dormir, talvez usando pijama. Se estivesse vestido
com roupas comuns, o seu fato estaria todo amarrotado, e não impecavelmente
apresentável, como foi mencionado.
b) O
homem foi atingido, desmaiou e, ao recuperar a consciência, em apenas cinco
minutos conseguiu vestir-se, verificar o cofre, identificar o que tinha sido
roubado, fechar a porta, chamar a polícia e sentar-se no sofá, onde afirmou ter
“ficado à espera”.
Esse nível de
atividade é excessivo para um período de apenas cinco minutos.
Resultados
7 pontos
Arjacasa
(TPBRO); Bernie Leceiro; Búfalos Associados; Clóvis; Columbo; Detective
Jeremias; Detective Verdinha; Edomar; Fotocópia; Inspector Moscardo; Inspector
Ryckyi; Inspectora Mag; Inspetor Boavida; Karl Marques; Mac Jr.; Mali (TPBRO);
Mandrake Mágico; Mister H; O Pegadas; Rodriguda; Vick Key; Virmancaroli. (22
Concorrentes)
4 pontos
Abrótea (1
concorrente)
POLICIARISTA
PREMIADO
Entre todos os
concorrentes foi sorteado o livro “Último Acto em Lisboa”, de Robert
Wilson, e o premiado foi… Rodriguda.
Classificação
Geral Final
1º Clóvis - 35
pontos
2º
Rodriguda - 35 pontos
3ª Detective
Verdinha - 35 pontos
4º
Arjacasa - 35 pontos
5º Mandrake
Mágico - 35 pontos
6º Inspector
Moscardo - 35 pontos
7ª Mali -
35 pontos
8ª Detective
Jeremias - 35 pontos
9ª Inspector
Boavida - 35 pontos
10ª Fotocópia -
35 pontos
11ª Inspectora
Mag - 35 pontos
12ª
Virmancaroli - 35 pontos
13ª
Edomar - 35 pontos
14º Mister
H - 35 pontos
15º Vic
Key - 35 pontos
16ª Búfalos
Associados - 35 pontos
17º Karl
Marques - 35 pontos
18º Mac
Jr. - 35 pontos
19º Bernie
Leceiro - 32 pontos
20º O Pegadas -
32 pontos
21º
Inspector Ryckyi - 28 pontos
22º Inspector
Pevides - 28 pontos
23º Abrótea - 26
pontos
24ª Rainha Katya
- 21 pontos
25ª Detetivesca
- 11 pontos
26ª Zaida - 11
pontos
27º Columbo - 7
pontos
ACABA DE NASCER O TORNEIO CINQUENTENÁRIO DO MP-MA
Já
está em marcha o Torneio Cinquentenário do Mistério Policiário, secção criada
por Sete de Espadas na revista de banda desenhada Mundo de Aventuras, em 16 de
março de 1975. Os problemas serão publicados no primeiro dia de cada mês do
ano, entre janeiro e dezembro, de forma alternada, nos blogues Local do Crime
(localdocrime.blogspot.com), Repórter de Ocasião
(reporterdeocasiao.blogspot.com), A Página dos Enigmas
(apaginadosenigmas.blogspot.com) e Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Aqui fica a sugestão: Participem!
Entretanto,
prossegue o concurso de contos “Um Caso Policial no Natal”, com a publicação da
conclusão do original de Detetive Jeremias, cuja I parte terminou com a
seguinte passagem:
«(…) os reis magos eram bem maiores do que o camelo, e o burro era mais pequeno do que o Menino Jesus, de todos a única figura harmoniosa. Foi este o alvo da primeira observação do avô. Disse: “Não devia estar aqui! Só vai nascer lá pró dia 24!”. Uma das netas, pespineta, aproveitando a deixa, acrescentou: “Nem o Jesus, nem os reis Magos, que chegaram em janeiro no Dia de Reis”. E deve ter sido aqui que germinou a ideia que iria despoletar um caso policial!»
“Um Caso Policial no Natal” – DÉCIMO OITAVO CONTO
BASEADO NUMA HISTÓRIA VERÍDICA, de Detetive Jeremias
II – PARTE (conclusão)
Todo o
crime decorreu por etapas, ao longo dos dias que faltavam para o Natal. Primeiro, desapareceu o Menino Jesus. Quem reparou, desvalorizou esta
falta, talvez por ter pensado que só voltaria a integrar o
presépio na noite da consoada. O segundo desaparecimento
foi detetado pelo sacristão e indignou o pároco, que se encarregou de avisar de imediato o regedor: os três reis magos e o seu único camelo
foram substituídos por uma grande
tábua, onde se podia ler: “AINDA VIMOS A CAMINHO…”. Ao ter conhecimento desta gravíssima situação, o regedor ficou roxo e espumou
de raiva. Se ele soubesse o que estava para vir, teria
doseado melhor a sua ira, para a poder utilizar
nos roubos que se
seguiriam. Os reis magos levaram sumiço e não foram encontrados, apesar das
buscas minuciosas. Já o camelo, pelo contrário, foi imediatamente visto junto ao
fontanário da vila, com um ar de desprezo pacífico de quem sentia saudades do
calor e da secura do deserto e não estava para transportar no lombo três homens
corpulentos.
Numa
tentativa vã de evitar uma humilhação, o grande erro do regedor foi ter confiado
que conseguiria levar a cabo a identificação do culpado sem ajuda exterior. Começou
por dar ordens aos seus caceteiros para manterem debaixo de olho o maior inimigo
da terra, o avô tipógrafo. Não obteve qualquer resultado prático, porque o homem
até estava retido em casa, por causa de uma entorse grave. O pior é que as figuras
do presépio continuavam a desaparecer, sempre durante a noite e com regularidade,
embora a vigilância fosse apertada. Chamou-se a guarda para investigar o caso,
descobrir os culpados e localizar as figuras, mas o tempo ia passando e nada se
alterou. O presépio “quase real” continuava apenas com o camelo, mas despojado
de seres vivos visíveis a olho nu.
A
primeira surpresa geral (exceto para os envolvidos no esquema) rebentou dois dias
antes do Natal. A Nossa Senhora apareceu sentada à porta do posto de
enfermagem, com uma saca de palha na barriga, para simular a gravidez. O São
José foi encontrado na bancada de trabalho do Aurélio Carpinteiro, com o
serrote de arco a tiracolo e os formões guardados na sacola. A vaca foi deixada
no pasto da vizinha Lita, perto do curral das suas parentes malhadas e, por
fim, o pequeno burro foi visto no mercado, atado com uma corda à banca da Maria
de Deus, com o focinho bem enfiado no meio nas couves portuguesas.
Abro
aqui um parêntesis para partilhar uma inexplicável ironia do destino e paradoxo
das relações amorosas: a Maria de Deus era a mulher do avô ateu tipografo.
Chegados
a este ponto, faltavam ser localizados o Menino Jesus, os reis magos e o anjo.
O regedor puxou para si os louros da descoberta e deitou conta de que haveria tempo
para fazer um Menino Jesus até ao Natal e três reis magos até o dia 6 de janeiro.
Quanto ao anjo pensou que ninguém daria pela sua falta.
Seguiu-se
uma azafama para consertar as figuras e repor tudo no devido lugar em tempo
útil. No dia 24 de dezembro, a noite da Missa do Galo, estava tudo pronto e equipado,
mas nem as lâmpadas instaladas à pressa, conseguiam apagar o aspeto triste do
presépio do regedor. Dois guardas novatos, vindos de fora, fiscalizavam o
presépio para evitar novas fugas indesejadas. Aguardava-se a colocação de um
novo Menino Jesus, na velha manjedoura, uma cerimónia agendada para o final da
Missa, de acordo com a tradição religiosa.
A
segunda surpresa geral (exceto para os envolvidos no esquema, repito) estoirou no
final da missa. O regedor e o padre disputavam o transporte do novo Menino
Jesus, quando deram de caras com o Antigo Menino Jesus envolvido numa mantinha
de lã e já deitadinho no local que lhe competia. O Anjo, pairava sobre a cabana
e empunhava uma faixa azul que dizia em letras douradas: “VIVA A LIBERDADE!”
A
Noite de Paz acabou com uma discussão violenta seguida de confrontos físicos. Começou
com acusação de culpa do regedor ao padre, por ter relegado o presépio para um
canto do adro da igreja. E esse foi o rastilho que se alastrou aos demais
fiéis. No final, desesperado, desencantado e com um olho negro, o regedor
desistiu do projeto e o prior foi atrás. Os guardas só foram encontrados no dia
seguinte, perto da tasca do Almerindo e garantiram terem sido também raptados.
Tinham jurado um ao outro, nunca na vida, contarem a quem quer que fosse, nem
sob ameaça de tortura dos Távoras, que um velho coxo com bigode de pai natal
sem barba e nove miúdos escanzelados e esquivos os tinham levado a provar uma
aguardente de estalo, que os livrara do gelo da noite da consoada. Os reis
magos antigos regressaram no dia de Reis pelos seus próprios meios e
juntaram-se ao camelo que os aguardava há dias.
Esta
história nunca tinha sido divulgada com o rigor merecido.
Uma vez reposta a (quase) verdade dos factos, resta-me terminar dizendo que ainda hoje o sentimento é unânime para aqueles que viveram os acontecimentos, em especial os nove irmãos/primos − nunca se viveu um Natal tão emocionante e prazenteiro como o do Presépio Real!
AVALIAÇÃO-PONTUAÇÃO
Os nossos leitores têm a partir de agora 30 (trinta) dias para proceder à avaliação deste décimo oitavo conto a concurso e ao envio da pontuação atribuída, entre 5 a 10 pontos (em função da qualidade e originalidade), através do email salvadorsantos949@gmail.com. Recorda-se que o conto vencedor do concurso será o que conseguir alcançar a média de pontuação mais elevada após a publicação de todos os trabalhos, sendo possível (e muito desejada!) a participação dos autores no “lote de jurados”, estando, porém, impedidos de pontuar os seus originais (escritos em nome próprio ou sob a forma de pseudónimo), de maneira a não “fazerem juízo em causa própria”
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 1
SMALUCO E A
MORTE DO INSPETOR MESQUITA,
de Inspetor
Boavida
Nos últimos dias desta semana, os telefones móvel e de rede fixa de
Smaluco têm tocado insistentemente, sem que ninguém fale. Uns sussurros e
algumas palavras impercetíveis de voz feminina é tudo quanto se ouve. Dir-se-ia
que quem telefona conhece muito bem os hábitos do velho detetive, uma vez que
entre as 15h00 e as 17h00, período de tempo que ele normalmente dedica a uma
retemperadora sesta, aquelas chamadas de número anónimo fazem uma pausa. Mas o
pior é que o nosso “herói” já nem quase consegue fazer a sua habitual sesta e
só muito tarde adormece à noite, por causa daqueles misteriosos telefonemas. À
medida que os dias passam, as insónias arruínam por completo as suas noites. Hoje
eram quase três da manhã e não conseguia pregar olho.
De súbito, uma campainha soou. Levantou-se meio confuso, sem saber muito
bem se aquele toque era do telemóvel ou do telefone fixo. Pegou primeiro num,
depois no outro, e em nenhum obteve resposta. E a campainha continuava a tocar.
Esfregou os olhos, pensando que estava a sonhar. Mas teve a certeza que não,
quando passou a ouvir pancadas e gritos aflitivos, acompanhando a campainha que
não parava de soar. Era lá fora, na porta de sua casa, que tudo acontecia!
“Abre a porta! Abre a porta, por favor!” Apesar dos gritos lancinantes de súplica,
o detetive Smaluco reconheceu aquela voz. Mas ele não queria acreditar, não lhe
parecia possível. Quem tocava à campainha e batia com força à sua porta era
Natália, Natália Vaz, a mulher da sua vida, a sua grande paixão.
Espreitou pelo ralo da porta e todas as eventuais dúvidas se desfizeram. Ali
estava ela, desgrenhada, com um olho negro, marcas de dedos no pescoço, várias
escoriações nos braços. Franqueada a entrada, Natália caiu-lhe nos braços em
choro convulsivo, tremendo que nem varas verdes e balbuciando palavras
impercetíveis. “Ele morreu!” – foi a única frase que Smaluco percebeu no meio
de uma salgalhada de palavras entrecortadas por soluços misturados com lágrimas
e baba. O velho detetive encaminhou-a até ao sofá, sentou-a e providenciou um
copo de água na sua cozinha, que ela ingeriu quase de um trago. “Ele morreu! Ele
morreu! Mataram-no! Mataram-no! Mataram-no!”
“Deixa-me ficar aqui esta noite, por favor” – pediu ela. Ele assentiu,
mas com uma condição: saber primeiro o que tinha acontecido. Já mais calma,
Natália fez, então, o relato dos acontecimentos: “Fomos jantar fora e no
regresso a casa ele fez uma grande cena de ciúmes, por causa de um certo
sujeito que, segundo ele, não tirava os olhos de mim, com sorrisos e trejeitos atrevidos.
Disse-lhe que não dei por nada, mas insistiu que sim, que eu vi muito bem e que
de certeza o conhecia. Depois de estacionar o carro, no jardim perto de casa, ele
começou a bater-me, chamando-me nomes enquanto me apertava o pescoço. Um
sujeito que passava ao longe começou aos gritos, a pedir que parasse de me
fazer mal, mas ele nunca parou, estava louco. O homem aproximou-se um pouco
mais e, de repente, conheceu-o e desatou aos gritos que nem um louco. ‘Ah, és
tu, meu canalha?! Eu sabia que havia de encontrar-te. Vais pagar pelo que me
fizeste passar’”.
Natália estremeceu, mergulhou num choro convulsivo e prosseguiu: “Foi então,
que ele puxou de uma arma, e enquanto dizia ‘canalha, canalha, canalha’, o
Mesquita, sentindo-se perdido, desatou a correr para se refugiar atrás de um
murete que existe no jardim, mas não foi a tempo de se esconder. O homem,
enquanto repetia ‘canalha, canalha, canalha’, disparou uma, duas vezes, fazendo-o
cair no chão”. O choro voltou a interromper Natália, que, em lágrimas, acabaria
por afirmar em desespero: “Estou perdida, ninguém vai acreditar em mim, todos
os seus colegas vão acusar-me de autoria do crime”. Condoído com o relato,
Smaluco tentou acalmá-la: “Vá, vá, agora tenta descansar. Eu amanhã telefono
para o filho do Lopes e logo veremos o que hás de fazer”.
E foi isso que ele fez. Ainda não eram oito da manhã, quando ligou para o agente Ramiro, filho do seu ex-colega Lopes, e ficou a saber o que a PJ tinha apurado. Na sequência de um telefonema de um vizinho de Mesquita, que ouviu os tiros, um piquete deslocou-se de madrugada ao local do crime e encontrou a vítima caída de bruços no canteiro do jardim, perto de um murete. Fora alvejada duas vezes, uma no peito e outra no estômago, e terá morrido muito pouco depois. Smaluco acredita que Natália não tem de se preocupar, que apenas terá de prestar declarações e a vida seguirá como dantes, mas sem a violência de que tem sido vítima. E do lado da PJ, que procedimentos se esperam e que conclusões retirará deste crime de homicídio? O leitor, sempre atento, que nos diga...
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de janeiro de 2025,
através dos seguintes exemplos:
a -
Por email, correio eletrónico, do Inspetor
Boavida: salvadorsantos949@gmail.com;
b - Entregando
em mão ao orientador do Blogue LOCAL DO CRIME, onde quer que o encontrem;
c -
Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de Salvador
Pereira dos Santos;
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, constantes da Lista Oficial de Prémios que
abaixo se transcreve, serão sorteados em cada problema os seguintes prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
LISTA OFICIAL DE PRÉMIOS
DECIFRAÇÃO -
GERAL:
1.º Lugar – TAÇA
2.º Lugar –
MEDALHA OURO
3.º Lugar –
MEDALHA PRATA
4.º Lugar –
MEDALHA BRONZE
5.º Lugar – LIVRO
Inspector Fidalgo
MELHORES:
1.º Lugar – TAÇA
2.º Lugar –
MEDALHA OURO
3.º Lugar –
MEDALHA PRATA
4.º Lugar –
MEDALHA BRONZE
5.º Lugar – LIVRO
Inspetor Boavida
ORIGINAIS:
1.º Lugar – TAÇA
2.º Lugar –
MEDALHA OURO
3.º Lugar –
MEDALHA PRATA
4.º Lugar –
MEDALHA BRONZE
5.º Lugar – LIVRO
Luís Pessoa
PRODUÇÃO:
1.º Lugar –
TROFÉU LUPA (Detective Misterioso) – Oferta de JARTUR
2.º Lugar – TAÇA
3.º Lugar –
MEDALHA OURO
4.º Lugar –
MEDALHA PRATA
5.º Lugar –
MEDALHA BRONZE
6.º Lugar – LIVRO
Salvador Santos
DIPLOMAS:
Serão atribuídos, de “PRESENÇA”, a todos os participantes tanto na modalidade de decifração como em produção.