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sexta-feira, dezembro 12, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "A PÁGINA DOS ENIGMAS"

Já é conhecida a prova nº 9 (e última) do Torneio “Quem É?”.

Ei-la:

Torneio “Quem é?”                                                           

Prova nº 9

Escritoras e escritores que nasceram em Portugal

Autor: Paulo

1 - É um autor português que nasceu em 1962. Escreveu um largo conjunto de romances, e alguns contos, com um detetive por si criado, pertencente à Polícia Judiciária, o que lhe permitiu colocar a ação quase sempre, mas não só, em Portugal.

Como curiosidade, refira-se o facto de um dos seus romances se localizar no ambiente da Expo 1998, a exposição universal que Portugal organizou.

Escreve também poesia, usando para essa forma de escrita um pseudónimo.

a) Quem é o escritor?

b) Quem é o inspetor da judiciária referido no texto, que tem por iniciais no seu nome J e R?

2- É uma autora nascida na ilha da madeira em 1958. Trata-se de uma escritora com muitas obras publicadas, que surgiu em 1989, vencendo um prémio associado a uma coleção Policiária. Mais tarde, publicou também westerns. Tem uma vasta obra, com mais de 40 livros.

Ganhou o Prémio Caminho Policial, Prémio do PEN Clube Português na categoria de ficção, o Prémio Literário Edmundo Bettencourt; o Prémio Máxima de Literatura, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Oceanos.

a) Quem é esta autora?

b) Qual é o título da obra com que venceu em 1989 o prémio que o texto refere?

3 - Nasceu em Lisboa em 1930 e morreu em 2008. Foi jornalista e diretor da versão portuguesa da revista Tintin durante vários anos. Não escreveu muitos livros, mas houve quatro, que, sob pseudónimo lançou no mercado, descrevendo os casos protagonizados por um assassino profissional. Não serão muitas as situações em que uma série policiária tem um protagonista com este tipo de atividade. 

O último livro desta série foi publicado em 2009, já depois da sua morte, que ocorreu em 2008.

a) Quem é o autor?

b) Qual é o nome do assassino profissional protagonista dos livros referidos? 

4 - Nasceu em Vila Flor em 1942 escreveu em prosa e poesia. Na prosa, surgiu com vários escritos policiários, alguns sob o pseudónimo de Artur Cortez, onde revela uma visão da sociedade portuguesa da segunda metade dos anos setenta.

Indo contra um modelo muito em voga na época, colocou a ação dos seus romances policiários em Portugal.

a) Qual é o nome com o qual este escritor escreve, além do pseudónimo já referido?

b) Qual é o nome, que não é o real, pelo qual é conhecido o protagonista dos livros que escreveu como Artur Cortez?

5 - Autor português que nasceu em Lisboa no ano de 1955. É licenciado em Filologia Germânica, além de escritor, e exerceu a atividade de tradutor. Foi também redator em vários jornais: O Diário, O Jornal, Expresso e Diário de Notícias.

Escreveu vários livros policiais, onde se inclui uma trilogia protagonizada por um ex-agente inspetor da polícia Judiciária, cujos títulos se iniciam todos com a palavra morte.

a) Quem é o escritor?

b) Qual é o nome do ex-inspetor da Polícia Judiciária?

As soluções devem ser enviadas até 31 de dezembro para apaginadosenigmas@gmail.com. 

 
quarta-feira, dezembro 10, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 

TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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PROBLEMA Nº 11

O GORRO VERMELHO, de Fotocópia

SOLUÇÃO DO AUTOR

1)  A modalidade desportiva é Polo Aquático. É facilmente deduzida após leitura deste extrato de texto: “– Peço desculpa, mas estava a arrumar o material de jogo e deparei-me com a falta de bolas de jogo, balizas fora do lugar, garrafas estragadas, quadro tático rachado, toucas desaparecidas… – disse com aflição o delegado. O clube não andava bem de finanças e após a derrota não era este tipo de notícias que se desejava ouvir no seu seio.”. No decorrer do texto também se fala em PISCINA “Já no cais da piscina…”;

2)  O par culpado da agressão são os dois seguranças!

2.1. O treinador e os presentes facilmente chegaram a essa conclusão porque os dois seguranças estão a mentir nas suas declarações quando se referem que viram “...lá essa touca com n.º 12 quando fizemos a ronda...” – disse um - e “...vimos bem a marca e o número...” – disse o outro. Efetivamente, tratando-se de um gorro vermelho ou touca de jogador, o número só podia ser o... 13, a touca do guarda-redes suplente, conforme confirmam as regras do pólo aquático. Para além disso verifica-se no decorrer da história que a touca n.º 1 do guarda-redes titular, também vermelha, já tinha aparecido “– Ok “redes”, o gorro número 1 já está, vão lá encontrar o outro, por favor. – respondera o delegado.”, sendo que só faltava a do suplente!

3) O par de seguranças agrediu o capitão de equipa porque este era responsável por instigar os adeptos a revoltarem-se, conforme nos é dito no texto: “Por sinal, estes dois seguranças já tinham enfrentado problemas com adeptos da própria casa pois o capitão constantemente os instigava, tendo depois os seguranças de sossegar a cólera dos torcedores.”. Por isso, no momento da agressão, exclamaram: “...esta é por tudo aquilo que já nos fizeste passar…”. 

 

Nota: De salientar que os seguranças foram alcunhados pelo adepto suspeito como

“gorilas” sinal do seu elevado porte! E se um dos torcedores, suspeitos, proferiu:

“..., mas não batemos em ninguém.” ... é porque constatou o cenário do capitão agredido! Sintomático.

Fatores de valorização: 

a) A surpresa dos atacantes visualizarem a tatuagem da carta 7 de Espadas no ombro do capitão... se fosse alguém da equipa (guarda-redes suplente) não se admiraria, pois já teria reparado na mesma, durante os jogos e treinos, no balneário;

b) Homens da limpeza são testemunhas e corroboram a versão do adepto que está a ser subjugado pelos seguranças;

c) Para os mais observadores: as várias menções alusivas à cor vermelha ao longo do texto. 

Presença de Concorrente: (3 pontos).

------------------- REGRAS DO POLO AQUÁTICO -------------------

Os equipamentos

Toucas (também chamados de Gorros)

Os jogadores usam toucas (gorros) de pano, com proteções para as orelhas, sendo que uma equipa usa toucas brancas e a outra usa toucas azuis. As toucas dos guarda-redes são vermelhas. As toucas são numeradas de 1 a 13 onde a touca 1 e 13 são sempre do guarda-redes.

ARTIGO 22º - EQUIPAMENTOS

1 – Os jogadores têm que se apresentar no campo de jogo devidamente equipados, entendendo-se como tal, fato de banho não transparente, o respetivo gorro e quando existir o uso de touca de silicone por baixo do gorro deverão ambos ser do mesmo tom, em conformidade com as regras WP 4 e 5 da FINA.

2 –Caso os árbitros considerem que há necessidade, conforme disposto na Regra FINA WP 4, poderão exigir a uma equipa que use gorros brancos ou azuis.

3 – No caso de os clubes apresentarem gorros de cor diferente de branco ou azul, deverão proceder à entrega, na mesa de jogo, de bandeira regulamentar com a cor dos gorros.

4 – Nos Campeonatos da 1ª e 2ª Divisão, e nas Fases Finais dos Campeonatos Nacionais de idades até aos SUB 15 inclusive de ambos os géneros, os jogadores são obrigados, durante todo o jogo, a usar fato de banho da mesma cor, com o mesmo logótipo e/ou patrocinador. A eventual substituição de fato de banho no decorrer do jogo deve ser por outro igual ao usado anteriormente. Os árbitros não devem consentir a entrada na água a um atleta com um fato de banho diferente. Se durante o jogo algum atleta inapropriadamente estiver a usar um fato de banho diferente, será excluído definitivamente do jogo com substituição, ao abrigo da regra WP 21.13.

5 – Quando coexistirem atletas dos dois géneros no mesmo jogo, a igualdade nos fatos de banho estipulado no número anterior, só deverá ser verificada no género respetivo.

6 – Nos Campeonatos da 1ª e 2ª Divisão, e nas Fases Finais dos

Campeonatos Nacionais de idades até aos SUB 15 inclusive de ambos os géneros os restantes agentes desportivos têm que se apresentar no campo de jogo devidamente equipados, entendendo-se como tal, vestuário de igual padrão, devendo usar calças compridas e usar calçado fechado. No caso de não se verificar o cumprimento disposto nesta alínea, o agente desportivo será impedido de participar no jogo.

7 – Os árbitros deverão mencionar no relatório qualquer falta ou ocorrência relacionada com os elementos previstos no presente artigo.

Depois da solução apresentada pelo autor do problema, surgem os critérios de classificação.

a) Indicação da modalidade corretamente - 1 ponto

b) Indicação dos seguranças como autores da agressão - 2 pontos

c) Justificação da indicação dos seguranças como agressores- 2 pontos

d) Indicação correta do motivo para a agressão com a justificação do texto - 2 pontos

e)  Presença - 3 pontos.

Observações: a indicação da mentira dos seguranças no que se refere â touca número 13, mostra que eles não estiveram no balneário dos árbitros e era fundamental na c) indicar essa mentira. No que se refere a d) considerou-se que, desde que devidamente justificado, quem indicou os homens da limpeza como agressores, deveria ter a pontuação referente a esta alínea. 

Finalmente uma última referência, para o facto de Fotocópia ter enviado para classificação uma outra solução, diferente daquela que aqui foi publicada, mais trabalhada, de modo a poder candidatar.se a As Mais Originais e As Melhores.

PONTUAÇÕES

DECIFRAÇÃO

10 pontos

Clóvis, Detective Jeremias, Detective Verdinha, Didão, Fotocópia, Inspector Pevides, Inspetor Detetive, Jesse James, Mali, Mandrake Mágico, O Pegadas e Pintinha. (12 concorrentes).

8 pontos

Arjacasa, Columbo, Detective Silva, Dona Sopas, Ego, Haka Crimes, Inspector 27797, Inspector Aranha, Inspector Mokada, Inspector Moscardo, Inspector Mucaba, JC Al, Joel Trigueiro, Jorrod, Mancha Negra, Mula Velha, Os Super Heróis do Policiário, Pedro Monteiro, Sofia Ribeiro e Visconde das Devesas. (20 concorrentes)

7 pontos

CA7 e Edomar. (2 concorrentes).

6 pontos 

Carluxa, Faria, Inpectora Sardinha, Inspector Rickyi e Marino. (5 concorrentes).

5 pontos

Ana Marques e Margareth. (2 concorrentes).

4 pontos

Bernie Leceiro, Búfalos Associados, Carlos Caria, CN13, Detective Suricata, Inspcctor Cláudio, Molécula, Sandra Ribeiro, Vic Key, ZAB, e Zé Alguém. (11 concorrentes)

3 pontos

Detective Vasofe, Fátima Pereira e Rainha Kátya. (3 concorrentes).

Total de concorrentes: 55

AS MELHORES

Fotocópia- 5 pontos

Mandrake o Mágico - 4 pontos

Detective Verdinha - 3 pontos

Detective Jeremias - 2 pontos

Inspector Pevides - 1 ponto

AS MAIS ORIGINAIS

Fotocópia - 5 pontos

Detective Verdinha - 4 pontos

Dona Sopas - 3 pontos

Bernie Leceiro - 2 pontos

Mali -1 ponto

PRÉMIOS SORTEADOS:

- 1 Livro de Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos, juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.

 PREMIADO: Jesse James

 - 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.

 PREMIADA: Carluxa

CONSULTE TODAS AS CLASSIFICAÇÕES NO SITE CLUBE DE DETECTIVES (clubededetectives.pt)

 
sexta-feira, dezembro 05, 2025
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 5 de dezembro de 2025

                  ENQUANTO O FUTURO SE AVIZINHA, RECORDAMOS O PASSADO

Como prometido, recordamos hoje a solução de autor do enigma vencedor do concurso de problemas policiários “Mãos à Escrita!” de 2019, da autoria de Daniel Falcão, num momento em que está em marcha a próxima edição deste concurso que decorrerá em 2026, em paralelo com mais uma edição do torneio de decifração “Solução à Vista!”. Simultaneamente, passamos em revista a situação dos vários torneios que animam o espaço virtual até ao final deste ano, com destaque natural para o torneio do cinquentenário do nascimento da secção “Mistério… Policiário”, orientada pelo nosso saudoso Mestre Sete de Espadas na também inesquecível revista de banda desenhada Mundo de Aventuras, que fez grande furor sobretudo junto dos mais jovens.

CRIME LEAKS, de Daniel Falcão

Solução do Autor

(enigma vencedor do concurso “Mãos à Escrita! – 2019)

Na opinião de Gustavo Santos, estava-se perante um crime passional. Mais um casal desavindo cuja relação teria terminado, com Alexandre Miguel Duarte a assassinar Manuel José Carvalho.

Possivelmente, tudo teria começado com mais uma discussão, com ameaças mútuas, em que o homicida ao ser ameaçado pelo companheiro com a espátula que ele segurava na mão, poderia ter agarrado no pisa-papéis e desferido o golpe fatal. Ou, talvez, quem sabe, com o homicida a agarrar no pisa-papéis para ameaçar o companheiro, este tenha pegado na espátula para se defender, mas infrutiferamente.

Seja como for, o resultado estava à vista: Manuel José Carvalho morrera em resultado do golpe que apresentava na cabeça. Mas ainda viria a recuperar a consciência. O tempo suficiente para, aproveitando a espátula que ainda segurava na mão, deixar uma mensagem para os investigadores policiais, acusando o companheiro.

O homicida, por seu lado, ao ver o companheiro inanimado no chão e parecendo-lhe que este estava sem pulsação, apressou-se para sair, como se nada tivesse acontecido, ao encontro dos amigos que o esperavam. Seria este o seu álibi.

Pouco passava da meia-noite quando Alexandre Miguel Duarte regressou a casa. Assim que entrou em casa, dirigiu-se ao escritório. Lá estava Manuel José Carvalho, no mesmo local onde caíra horas antes. Aproximou-se e viu os rabiscos no soalho. Parecia ser um número com três algarismos: 942. Pensou um pouco e, inteligente como era, percebeu que se tratava de algo que o incriminava.

O que fazer? Deve ter pensado. Lembrou-se então de percorrer o arquivo de clientes, onde encontrou o nome de dois clientes que o podiam ajudar a, pelo menos, confundir os investigadores: Francisco João Sá e Isidro Diogo Baganha. Tudo iria depender de como seria interpretado aquele 942.

Se, por um lado, 942 fosse interpretado como o número de letras de cada nome do homicida, as suspeitas recairiam sobre Francisco João Sá: Francisco = 9 letras, João = 4 letras e Sá = 2 letras.

Por outro, se 942 fosse interpretado como a posição no alfabeto da primeira letra de cada nome do homicida, as suspeitas recairiam sobre Isidro Diogo Baganha: Isidro = I na 9ª posição, Diogo = D na 4ª posição e Baganha = B na 2ª posição.

A esperança de Alexandre Miguel Duarte era que os investigadores, perante estas duas possibilidades, não se lembrassem das notícias que, quase diariamente, surgiam nos meios de comunicação social: o protesto dos professores com o slogan 942 = 9 anos, 4 meses e 2 dias; o tempo de serviço que pretendiam recuperar.

Pois, se tal acontecesse, perceberiam que o 942 significava o número de anos, de meses e de dias, e que as primeiras letras de cada uma destas palavras correspondiam às primeiras letras de cada um dos seus nomes: Alexandre = A de anos, Miguel = M de meses e Duarte = D de dias.

…………….. /// ………………

A fechar esta edição, passamos em revista o ponto de situação dos vários torneios que animam neste momento o espaço virtual, numa altura em que todos apresentam as últimas provas.

ECOS DO TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

Já é conhecido o décimo-segundo (e último) problema do Torneio do Cinquentenário de “Mistério Policiário”, cujo prazo de apresentação de propostas de solução expira na última badalada do ano 2025, que decidirá finalmente tudo. Pergunta-se: 1) Será que a Detetive Jeremias confirmará a vitória nas vertentes de Decifração e de As Melhores Soluções, que lidera estas classificações desde o início da prova, sempre perseguida de perto por Inspector Aranha, e também acossada por mais um grupo de perseguidores de grande respeito? 2) Quem secundará Mali, a virtual vencedora d´As Mais Originais, na respetiva Tabela Final: Detective Jeremias, Dona Sopas, Arjacasa ou Vic Key? 3) Quem erguerá o troféu de vencedor da vertente de Produção, entre os doze produtores que contribuíram de forma decisiva para o sucesso alcançado por esta iniciativa?

ECOS DO TORNEIO “QUEM É?”

Dentro de cinco dias será também conhecido o último teste do Torneio “Quem É?”, cujo prazo de envio de respostas termina igualmente no último segundo do ano em curso, deixando para os primeiros dias de 2026 a divulgação das pontuações obtidas pelos concorrentes, que definirão o derradeiro escalonamento da classificação geral, que neste momento continua a ser comandada por um quarteto composto por Rodriguda, Detective Jeremias, Mandrake Mágico e Inspetor Moscardo, tendo como adversários mais diretos Bernie Leceiro e Arjicasa, a 2 pontos de distância.

ECOS DO TORNEIO “PORTUGUÊS SUAVE”

Serão conhecidos, entre 16 e 18 de dezembro, os resultados do derradeiro problema do Torneio “Português Suave”, numa altura em que a prova é liderada por um trio composto por Arjacasa, Inspetor Boavida e O Gráfico, enquanto a “revelação do ano”, Detective Verdinha, espreita por alguns pequenos deslizes destes seus mais diretos opositores para se sagrar a grande vencedora.

 
terça-feira, dezembro 02, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 

TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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PROBLEMA Nº 12

O ROUBO DOS DIAMANTES

Autor: Inspector Pevides

O inspector Lourenço levantou-se nesse dia um pouco zonzo. Na noite anterior havia cometido alguns excessos quer na comida quer na bebida.

- Dias, não são dias! Pensava entre dentes.

Bem. Entre dentes não se pensa, mas…

O facto é que os copos tinham produzido um efeito que não lhe trazia grande lucidez.

Ligou a rádio, a telefonia que nunca dispensava e o noticiário lá ia arengando as últimas:

“O novo filme de Charlie Chaplin, Luzes da Ribalta espera-se que estreie em breve …”

“Baptista Pereira (não sei quê…) um recorde de permanência…”

“Houve ontem um terramoto na Califórnia que provocou doze mortos…”

“Os Jogos Olímpicos continuam e Zátopek é favorito às medalhas que aliás já ganhou em jogos anteriores.”

Enquanto escutava, iniciou as rotinas habituais: higiene, pequeno-almoço, etc…

O telefone retiniu: - Lourenço?

Resmungou entre dentes (agora já foi bem aplicado) - quem havia de ser?

Ouviu o recado urgente. Tinha de ir a Évora tratar de um caso de roubo. Continuou a resmungar. Não gostava do nome que lhe tinham dado. Mania dos antigos de dar o nome do santo do dia! Quarenta anos feitos ontem. Daí os copos a mais … bom, vamos à vida.

De Lisboa a Évora era viagem longa e cheia de peripécias naqueles tempos. O agente Mértola foi quem conduziu a viatura policial. Apesar de tudo chegaram a tempo de almoçar e pouco depois já interrogavam a presumível vítima do roubo.

Era um sujeito estranho, de má catadura, semblante fechado e mal disposto, que vivia num casarão isolado e rodeado de criadagem que, habitualmente lhe servia também de guarda-costas ou seguranças como se queira entender.

Dedicava-se ao comércio (legal) de diamantes. Tudo fiscalizado e de contas em dia. Limitava-se a comprar e a vender.

Apurou-se que era uma referência, um “expert” no assunto e depois de interrogado, limitou-se a descrever o assalto de que tinha sido alvo.

Falou então:

Ontem à noite, estava a escolher pedras a fim de lhes fixar preço, quando dois homens entraram subitamente no meu gabinete. Logo por azar tinha dado folga aos meus criados mais decididos. Ficou apenas um velhote que já dormia e não deu por nada.

Os homens vinham com a cara tapada. Barretes negros esburacados no sítio dos olhos e armados de caçadeiras.  Confesso que me assustei e não consegui reagir.

Levaram todas as pedras que estavam, felizmente, no seguro por 320 contos de réis. No entanto, depois de as analisar, considerei o seu valor em pelo menos 400.

Quando saíram, espreitei pela janela e vi-os de roupas escuras dirigirem-se para um automóvel azul-escuro, tipo americano, grande banheira, talvez Dodge ou Pontiac. A noite estava estrelada e limpa e o luar ajudou-me a distinguir estes pormenores.

Fim de depoimento.

As peritagens que foram mais tarde efectuadas, mostraram que havia marcas de dois pares de botas de sola de borracha em ambas direcções do percurso entre os sulcos de pneus acerca de cinquenta metros da casa e o gabinete. Os acessos de terra batida ajudavam a imprimir vestígios quer das botas quer dos pneus.

O rasto dos pneumáticos do referido automóvel, apesar de misturados com outros, puderam ser identificados, mas perdiam-se ao entrar na estrada alcatroada. Impossível saber para onde se dirigiam.

Perguntas:

- Roubo real ou simulado?

- Justifique.

NOTA FINAL :

Os projectos de solução a este problema, deverão ser enviados impreterivelmente até ás 24h00 de 31 de dezembro de 2025, via electrónica (WEB), para o endereço de e-mail: viroli@sapo.pt

ou

por via Postal (CTT) para: Luís Manuel Felizardo Rodrigues (O Gráfico), Praceta Bartolomeu Constantino n.º 14 – 2.º esq.º FEIJÓ | 2810 – 032 ALMADA.

 
terça-feira, novembro 25, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 

TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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PROBLEMA Nº 11

O GORRO VERMELHO

Autor: Fotocópia

Ouviu-se o apito que sinalizava o fim da partida.

Bocas abriam-se proferindo gritos, alguns de apoio outros de escárnio, mantendo o ambiente infernal. Mãos batiam palmas, umas celebrando a vitória outras de agradecimento pelo esforço dos derrotados, ainda que pelo meio umas preferissem mexer certos dedos simbolizando felicidade ou injúria. Vozes roucas, gargantas roxas, juntavam-se ao som de tambores, cornetas e outros objetos que servissem para fazer barulho.   

Era nesta envolvente frenética que se procedia aos habituais cumprimentos entre os intervenientes no final do jogo. Jogadores, treinadores, delegados, árbitros entre outros, trocavam palavras e gestos, uns mais quentes que outros, em que os companheiros mais pacientes acalmavam os ânimos. Um dos árbitros chegou a libertar as mãos enrolando o apito no seu cordel para tirar o cartão vermelho do bolso, mas acabou por não o mostrar a ninguém tendo a situação sido regularizada sem a intervenção dos juízes.

Emoções! O que seria o desporto sem elas?

A desordem ruidosa ia terminando, ficando pequenos grupos de adeptos que ainda deambulavam pelas bancadas. A equipa de arbitragem, chateada e cansada deste jogo renhido difícil de ajuizar, terminara já as suas funções e apressava-se para o seu balneário. Um deles pegara nas suas coisas com rapidez tal que metera tudo na sua mochila sem ordem, deixando a mala mal fechada ficando à vista o que pareciam uns cordéis a baloiçar para fora do fecho. Passaram pelos homens da limpeza, um muito mais velho do que o outro, que estavam encostados à parede da entrada que ligava o campo aos balneários.  

– Boa noite e boa sorte, isto ficou em pantanas. – Diziam os árbitros de fugida aos homens da limpeza enquanto ainda levavam com apupos de dois adeptos da casa que permaneciam na bancada. Um com uma t-shirt com o número 7 nas costas, outro com um gorro que continha duas espadas cruzadas em “X” na zona da testa como símbolo, não respeitavam os avisos dos seguranças.

– Senhores árbitros… – balbuciou de forma sucinta, em jeito de cumprimento, o velho puxando ligeiramente a parte da frente do seu gorro para baixo com o polegar e indicador. Muito vira naquele clube e aguardava impacientemente, com o sua esfregona encarnada e pano encardido, que todos saíssem do recinto para iniciar o que fizera inúmeras vezes.

Os Los Rojos, equipa visitante, tinha vencido. Motivo de grande alegria que faziam questão de a demonstrar no balneário cedido pelo clube visitado. Cânticos eram proferidos, – Vamos levar daqui umas lembranças… lembranças daqui vamos levar… – ao som de palmas que ecoavam pelos corredores dos vestiários, chegando o som abafado, mas ainda audível ao balneário dos derrotados.

– Oiçam-nos! – dizia o treinador da equipa visitada dirigindo-se aos seus jogadores – o que pensam disto? Foram eles que ganharam ou nós que perdemos? Estou a ver que a alegria dos Rojos vos é indiferente…  

Alguns elementos ainda apresentavam olhos enervados e visão turva, faces rubras do esforço físico. Outros misturavam essa cor com a vergonha por terem perdido em casa contra o rival.

– Não foi nada disto que trabalhámos… o que aconteceu no jogo? – continuava o treinador, estando ele próprio abalado pelo desenlace da partida.

Entre este balneário que continha um monólogo e o outro que continuava em festejos, encontravam-se os dois homens da limpeza que tinham iniciado a sua labuta.

– Tolos, todos eles, quero lá saber disto, só me dão é trabalho desnecessário… estávamos bem era no Rouge a virar uns tintos – referindo-se ao bar Maison Rouge situado não muito longe dali, sempre com clientes azarados, taciturnos ou ambos.

– Isso é que era. – concluía o homem da limpeza mais novo. – E aquele idiota do capitão…

– Ainda por cima não recebemos nada de especial… o que vale é que de vez em quando compenso com estes cinco dedos, não é verdade minha encarnadinha? – dirigindo-se à sua esfregona, fazendo no ar um gesto circular com o pulso e dedos em que, à sua vez, cada falangeta tocava na palma da mão, começando pelo mindinho e terminando no indicador.

O homem mais novo ria-se baixinho em concordância quando é interrompido…

– Com licença! – exclamou o delegado da equipa, quase pontapeando os baldes cheios de água e detergente.  

– Eh lá… – exclamou o velho num misto de surpresa e comprometimento – onde vai com tanta pressa? – continuou.

O delegado deixo-o sem resposta dirigindo-se à porta da sua equipa. Ainda com a respiração ofegante rodou a maçaneta, abrindo-a. O treinador, virou-se de repente para trás, num misto de surpresa e repreensão. Não gostava que entrassem assim no balneário, muito menos quando ele falava com a equipa.

– Peço desculpa, mas estava a arrumar o material de jogo e deparei-me com a falta de bolas de jogo, balizas fora do lugar, garrafas estragadas, quadro tático rachado, toucas desaparecidas… – disse com aflição o delegado. O clube não andava bem de finanças e após a derrota não era este tipo de notícias que se desejava ouvir no seu seio.  

– Quando… – respondia o treinador.

– Nós podemos dar uma ajuda quando sairmos daqui – interrompeu o capitão da equipa num misto de coragem e oportunismo.  

O treinador olhou para ele… passou rapidamente os olhos pela restante equipa. Percebeu que o discurso que transmitia à equipa talvez tivesse de o fazer sozinho para consigo… tinha de se debruçar sobre as verdadeiras razões destes comportamentos da equipa em jogo, limpar a cabeça. Tudo o que dissesse agora não ajudaria ninguém. Parou o olhar novamente no capitão, dizendo afirmativamente:

– Equipa, vamos respirar fundo, paremos por aqui. Vamos ajudar o nosso staff a encontrar o material. Amanhã dou folga, voltamos na terça-feira em força!

Alguns jogadores entreolharam-se. Este comportamento não era comum no treinador, embora alguns não tivessem gostado da intervenção do capitão (andavam fartos das suas presunções, especialmente o guarda-redes suplente), outros sorriram timidamente para o capitão em forma de agradecimento. Finalmente estavam libertos daquele ambiente de cortar a respiração.

Já no cais da piscina… – Obrigado maltinha – felicitava o delegado a alguns jogadores – obrigado pelas bolas, vocês agora vão ver o resto ali…, Ò guarda-redes, os dois, vocês venham cá, preocupem-se com os vossos gorros. – ordenava.

– Olhe, desculpe lá, tinha o meu gorro pendurado aqui com os cordéis atados no fato-de-banho e com isto tudo nem dei conta. Mas está aqui!

– Ok “redes”, o gorro número 1 já está, vão lá encontrar o outro, por favor. – respondera o delegado.    

Percebendo a nova azáfama no cais da piscina o velho homem da limpeza e o seu parceiro pararam com os seus afazeres, retirando-se rapidamente, desta feita para o balneário dos árbitros que já se tinham ido embora, aproveitando para limpá-lo…

Assim que terminava um jogo, era costume todos ajudarem a arrumar o campo e o material de jogo nesta modalidade amadora. No entanto, devido às circunstâncias do ardente jogo, praticamente todo o material foi deixado espalhado, à mercê…   

Já poucos permaneciam no local de jogo. Praticamente só estava a equipa da casa a colocar tudo no devido lugar, juntamente com o restante staff e treinador. Os homens da limpeza já se encontravam noutra parte do recinto e dois últimos seguranças da empresa Às Sete Espadas faziam uma última vistoria aos corredores e acessos aos balneários e bancadas. Esta empresa de segurança tudo fazia para manter a ordem, “Seguro Às Sete Espadas”, era o lema. Por sinal, estes dois seguranças já tinham enfrentado problemas com adeptos da própria casa pois o capitão constantemente os instigava, tendo depois os seguranças de sossegar a cólera dos torcedores.

De repente ouvem-se passos rápidos e curtos! Dois homens entram no balneário onde estava o capitão.

– Ei! Oi! O que é isto?! – pergunta o capitão espantado. Este tinha se escapulido da tarefa de ajudar de arrumar o cais da piscina e já se encontrava a tomar banho sozinho, quando foi surpreendido…

– Era mesmo isto que queríamos, apanhar-te sozinho, enquanto a equipa está ali entretida… esta é por tudo aquilo que já nos fizeste passar… – berraram os infratores enquanto davam uma surra ao capitão.

– Olha-me para este com uma tatuagem da carta 7 de espadas no ombro… – dizia um.

– Deve ter a mania, nem que fosse um ás, levava na mesma… – vociferava o outro.  

Os ainda presentes na piscina ouviram a vozearia e acorreram ao balneário encontrando o capitão sozinho deitado no chão em posição fetal derramando sangue de uma das têmporas.

Enquanto o treinador ligava para o 112, o delegado ligava ao médico do clube que tinha acabado de entrar no seu escarlate Porsche no parque de estacionamento, em vista a que ele pudesse acudi-los.

– Inconsciente, mas vivo. – reitera o médico acalmando a restante equipa, continuando com os cuidados médicos.  

– Mas quem terá feito este horror? – diz um dos jogadores.

Entretanto chegam ao balneário os dois seguranças.  

– Vínhamos para aqui, mas ao cá chegar vimos dois indivíduos a fugir do balneário… um deles com uma t-shirt com um sete nas costas. – relata o primeiro segurança, agarrando o outro adepto endiabrado pelo braço esquerdo.

– E este “menino” aqui era o outro delinquente. – continuando o segundo segurança agarrando o braço direito do suposto agressor.

– Larguem-me eu não fiz nada… – gritava o adepto endiabrado enquanto esperneava.

Os ânimos exaltavam-se! Os outros jogadores estavam sedentos por agredir o pilantra!

– Acho que eram estes dois que só vinham aos jogos para cometer delitos, desde roubos e ofensas a todos: árbitros, treinador e até ao capitão da própria equipa… ainda há pouco acho que eram estes dois que insultavam os árbitros. – refere o primeiro segurança.  

– Admito! Eu e o meu “sócio” viemos aqui roubar, esperámos até que estivesse menos gente e menos seguranças…, mas não batemos em ninguém. – grita o torcedor.

– Roubar o quê? – pergunta o delegado da equipa – penso que não haja aqui nada de grande valor…

– Tudo serve… grão a grão… – diz em risos o de gorro com um símbolo de espadas em “X” na zona da testa, esquecendo-se da dor causada pelos seguranças que lhe torciam os braços.

– Levaram alguma coisa? – exaltando-se o treinador com todo aquele teatro.

– Só aquele “capacete” vermelho que alguns de vocês usam, nunca percebi muito bem, só venho para aqui beber e divertir-me com os meus “manos”, mal sei as regras – soltando uma gargalhada – … estava no balneário dos árbitros… – sorria – infelizmente não deu para mais nada, pois ouvimos uma gritaria do outro balneário, parecia que estavam a matar alguém… e fugimos. Não fossem estes dois “gorilas” terem surgido tão rapidamente… e terem me apanhado logo e tinha fugido também com o meu “sócio”.

– Nem mais uma palavra… estás a mentir! – dizia o segundo segurança enquanto lhe torcia mais o braço.

– Amigos… – interrompe o velho homem da limpeza – confirmo a versão desse infeliz. Eu e o meu colega limpámos o balneário dos árbitros e vimos o gorro vermelho lá, nem sabemos como foi lá parar…, mas ficou lá, nem lhe tocámos…

– Não acredito que o deixaram lá, não sabiam que estávamos a arrumar? – responde efusivamente o delegado.

– Queremos lá saber! – grita o velho.

Continuando o homem de limpeza mais novo – Se não fossem estes jogos aos domingos à tarde, já nos estávamos a divertir há muito… no…

– Rouge? – interpela um dos jogadores a rir provocando reação semelhante aos colegas de equipa.

– Calem-se! – remata o velho.

– Sim… – mudando de assunto um dos seguranças – nós também vimos lá essa touca com nº 12 quando fizemos a ronda…, mas não ligámos muito… pedimos desculpa por isso.

– Pois, ainda pegámos nela e vimos bem a marca e o número para perceber se era da nossa equipa, mas depois ouvimos passos rápidos no corredor e fomos investigar, deixando lá a touca – diz o outro segurança.

– Passos rápidos deviam ser os vossos próprios, quando saíram do balneário onde estava o capitão… – gargalhava o adepto já ajoelhado forçosamente pelos seguranças.

– Vamos todos permanecer serenos e aguardar pela polícia. – acalma o treinador, trocando olhares com o delegado e a restante equipa, questionando-se – porque é que eles teriam feito isto? – referindo-se ao crime que acabara de acontecer. O treinador só não compreendia a causa, mas já sabia quem era o par culpado. Ele, o delegado e os jogadores estavam dispostos a serem testemunhas e a dizer quem eram os culpados à polícia.  

1)    Que modalidade desportiva está subentendida no texto?

2)    Quem é o par culpado que o treinador, delegado e jogadores dirão à polícia?

2.1. Como chegaram a esta conclusão?

3) Por que motivo esse par espancou o capitão? 

ENDEREÇOS E PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:

As respostas devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 30 de novembro de 2025, através dos seguintes meios:

a - Por email, correio eletrónico de A Página dos Enigmas: apaginadosenigmas@gmail.com;

b – Entregando em mão ao orientador do Blogue A Página dos EnigmasPaulo, onde quer que o encontrem;

c - Utilizando o Correio Normal (CTT):

Luís Manuel Felizardo Rodrigues

Praceta Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.

FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.

Nota:

Além dos prémios em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes prémios:

- 1 Livro de Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, oferta de Salvador Santos, juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, oferta de José Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.

- 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.

 
quinta-feira, novembro 20, 2025
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de novembro de 2025

                RECORDANDO O PASSADO, PREPARAMOS O FUTURO PRÓXIMO

            A caixa do correio eletrónico do orientador da secção rececionou até ao momento 5 (cinco!) enigmas participantes no concurso de problemas policiários “Mãos à Escrita! – 2026”, sendo de prever que nos próximos dias venham a surgir outros originais, apesar do prazo de envio problemas se estender até final de março de 2026. Mas o importante mesmo é que os potenciais concorrentes deitem “mãos à escrita” logo que sintam a inspiração surgir, tendo sempre presente que o produtor deve ter a preocupação de colocar no texto todos os elementos de que o solucionista precisa para resolver cabalmente o enigma, colocando-os o mais disfarçadamente possível, camuflando-os com pistas que se verifica serem falsas e com outros elementos inócuos, em relação aos quais o solucionista tem de fazer uma cuidadosa triagem. E esta mesma preocupação deve estar presente na escrita de qualquer género de enigma, seja ele de “carácter técnico”, de “estilo dedutivo”, de “eliminatórias”, de “decifração criptográfica” ou de qualquer outro género de tipologia policiária.

Esta preocupação, habitualmente muito reclamada pelo nosso saudoso confrade Gustavo Barosa (Zé Viseu), que reiteradamente dizia que o bom produtor é aquele que não “mente” ao solucionista, evita fundamentalmente que a “chave” proposta permita a abertura de portas para soluções diversas, frustrando assim o labor dos que se debatem com o enigma. Não foi esse o caso da produção que venceu o concurso “Mãos à Escrita! - 2019”, da autoria de Daniel Falcão, que consideramos como um bom exemplo dessa preocupação com o trabalho dos solucionistas, recordando-a, também por isso, nesta edição d´O Desafio dos Enigmas, com o compromisso de apresentar a respetiva solução de autor, aqui no LOCAL DO CRIME, na edição de 5 de dezembro.

CRIME LEAKS

de Daniel Falcão

enigma vencedor do concurso “Mãos à Escrita! – 2019”

Gustavo Santos está sentado, numa solarenga manhã de domingo, na esplanada do Café-Restaurante Sítio do Costume. Continua a rodar a colher dentro da chávena defronte de si, enquanto observa com alguma curiosidade a primeira página do jornal Matutino, pousado sobre a mesa.

Nos últimos dias, as notícias daquele teor têm surgido a conta-gotas. Dia após dia iam sendo libertados fragmentos de relatórios criminais. “Crime Leaks”, assim era apelidada pelos meios noticiosos estas fugas de informação. Mais um “leak” a juntar-se a vários outros, o que levava muitos a perguntarem sobre qual seria o próximo, numa época em que tudo vinha a público, mesmo as informações mais privadas.

Gustavo Santos abre o jornal e lê atentamente a mais recente fuga de informação que aparece reproduzida na terceira página. O texto em causa divulga informações, que deviam ser confidenciais, sobre o homicídio de Manuel José Carvalho, ocorrido em finais de dezembro de 2018.

Pela leitura do texto publicado, ficava-se a saber que a vítima fora encontrada no seu escritório pelo companheiro. Este afirmara que, assim que deparou com o corpo, imediatamente ligara às autoridades. Os agentes destacados para o local não tiveram dificuldade em concluir, pelas peças partidas, pelos móveis deslocados e pelos papéis espalhados pelo chão, que ali ocorrera uma violenta disputa. Disputa que teria terminado com a vítima a ser fortemente golpeada na cabeça com o pisa-papéis, encontrado mesmo ao lado do corpo.

Alexandre Miguel Duarte, assim se chamava o companheiro da vítima, declarara que naquela noite saíra com uns amigos comuns, mas que o Manuel ficara em casa, pois tinha agendado receber uns clientes, situação que ocorria com alguma frequência. Acrescentara ainda que, ao chegar a casa, pouco depois da meia-noite, se apercebera que o companheiro ainda estaria no escritório, pois a luz estava acesa. Decidira não interromper e subira para o quarto, situado no primeiro andar, adormecendo mal se deitara na cama. Seriam umas cinco horas da manhã quando acordou e reparou que o Manuel ainda não se deitara. O que achou estranho. Desceu as escadas, bateu à porta do escritório e, como a luz continuava acesa e não teve qualquer resposta, abriu a porta e entrou. Foi nessa altura que deparou com o escritório todo desarrumado e com o corpo do companheiro.

Segundo o relatório policial, a vítima tinha próximo da sua mão esquerda uma magnífica espátula para abrir cartas, com cabo em madrepérola e lâmina em tartaruga natural. Desta vez, a espátula teria servido para marcar o soalho com o que parecia ser um número: 942. Qual seria o seu significado? Era algo que ainda estava por esclarecer. Se é que significava alguma coisa.

O agente responsável chegou a questionar o companheiro da vítima, ainda no local, sobre quem seria a pessoa ou pessoas com quem Manuel José Carvalho tinha agendado reunir. Num primeiro instante, o inquirido manifestou desconhecimento. Logo depois acrescentou que, nos últimos dias, havia alguns assuntos que ocupavam muito do tempo do companheiro, envolvendo dois clientes: Francisco João Sá e Isidro Diogo Baganha. Suspeitava que a reunião teria sido marcada com algum deles, mas não sabia qual.

As últimas informações disponíveis sobre este caso referiam que o companheiro da vítima, segundo as suas próprias declarações, saíra de casa pouco depois das oito horas, tendo chegado ao local do encontro, a cerca de uma dezena de quilómetros, cerca de meia hora depois, pois era muito cuidadoso na condução.

Gustavo Santos leu e releu os elementos agora divulgados e começava a ter uma ideia do que sucedera na noite do crime.

DESAFIO AO LEITOR:

E o leitor também tem alguma teoria? Em caso afirmativo, desenvolva essa teoria, sustentando-a com os factos disponíveis.

………………. ///// …………………

ECOS DO TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

A encerrar esta edição, recordamos que termina no próximo dia 30 de novembro o prazo para o envio de propostas de solução para o décimo-primeiro (e penúltimo) problema do Torneio do Cinquentenário de “Mistério… Policiário”, que mantém na sua liderança a Detetive Jeremias, logo seguida (com os mesmos pontos) pelo seu conterrâneo Inspetor Aranha, que têm na peugada um pequeno grupo de concorrentes à espreita de um deslize dos líderes nas duas últimas etapas.

 

 

 
terça-feira, novembro 18, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "MOMENTO DO POLICIÁRIO"

 

Já é conhecida a solução do nono problema e as suas respetivas pontuações, bem como a classificação geral atual, do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:

I - Torneio Policiário “Português Suave”

| PROBLEMA N.º 9

BONS VIZINHOS

Solução

Sim, ela estava a falar verdade ao xerife …

… Maria Antonieta conseguiu ver a forma do corpo de Henrique, bem como a forma do homem que se encontrava sobre ele, mas não conseguiu ver mais nada em concreto.

Os seus óculos estavam bastante embaciados porque ela tinha acabado de entrar numa casa quente, vinda do imenso frio que se fazia sentir lá fora. A sua respiração ofegante, bem como a tarte ainda bem quente, criaram ainda mais humidade, tornando a névoa nas lentes grossas, mais densa.

Acrescente-se ainda o facto de ela usar óculos de lentes bastante espessas, sinónimo de miopia o que obviamente condiciona uma clara visão ao longe, motivando a desfocagem!

Entretanto e por isto tudo não só não conseguiu ver o atacante de Henrique, como não conseguiu ver nada com toda clareza até que os seus óculos tornassem a ficar límpidos e se aproximasse de Henrique, o que demorou, em parte, alguns segundos.

Pontuações neste 9º problema

10 PONTOS

Arjacasa, Bela, Bernie Leceiro, Búfalos Associados, Clóvis, Detective Izadora, Detective Jeremias, Detective Verdinha, Dick Tracy, Didão, EGO, Inspector 27797, Inspetor Boavida, Inspector Moscardo, Inspectora Sardinha, Inspector Pevides, Inspector do Reino, Jesse James, Mali, Mandrake Mágico, O Gráfico, O Pegadas, Os Super Heróis do Policiário, Pedro Monteiro, Pintinha e Vic Key.

08 PONTOS

CA 7, Carlinha, Detective Suricata, Fátima Pereira, Inspector Cláudio, Marino, Molécula, Paulo, Sandra Ribeiro, e Zé Alguém.

O5 PONTOS

Agente Silva, Ana Marques, CN 13, Carlos Caria, Carluxa, Detective Silva, Faria, Inspector Ryckyi, Joel Trigueiro, Jorrod, Margareth, Rainha Katya, Sofia Ribeiro e ZAB.

Classificação Geral (após o 9º problema)

88 PONTOS

Arjacasa, Inspetor Boavida e O Gráfico.

86 PONTOS

Detective Verdinha.

84 PONTOS

Búfalos Associados, Clóvis, Detective Jeremias, Mali, O Pegadas e Pintinha.

83 PONTOS

EGO.

81 PONTOS

Inspector Pevides.

79 PONTOS

Faria e Inspector Moscardo.

78 PONTOS

Ana Marques, Dick Tracy e Vic Key,

76 PONTOS.

Jorrod e Mandrake Mágico.

75 PONTOS

Carlinha e Paulo.

74 PONTOS

Bela, Margareth, Pedro Monteiro, Rainha Katya e Sofia Ribeiro.

72 PONTOS

CA 7, Carluxa, CN 13, Detective Silva, Inspector do Reino, Molécula e ZAB.

71 PONTOS

Carlos Caria, Inspector Ryckyi e Joel Trigueiro.

70 PONTOS

Detective Izadora e Inspector Cláudio

69 PONTOS

Inspectora Sardinha.

67 PONTOS

Zé Alguém.

63 PONTOS

Columbo.

60 PONTOS

Detective Suricata

57 PONTOS

Fátima Pereira.

50 PONTOS

Marino e Sandra Ribeiro

48 PONTOS

Inspector 27797.

39 PONTOS

Agente Silva.

33 PONTOS

Detetivesca.

28 PONTOS

Detective Caracoleta

26 PONTOS

Ribeiro de Carvalho.

20 PONTOS

Jesse James

18 PONTOS

Detective Lupa de Pedra

15 PONTOS

Bernie Leceiro

10 PONTOS

Didão, Jorge Amaral e Os Super Heróis do Policiário.


 
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