Já é conhecido o
nono problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex,
organizado pelo blogue Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-lo:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA N.º 9
|
Bons Vizinhos
Maria Antonieta
viveu as sete décadas da sua vida na gelada Upper Península do estado do
Michigan, no seio de uma comunidade portuguesa, pelo que aprendera a dar valor
aos bons vizinhos. Com um frio de gelar, o seu vizinho Henrique Mendes
conseguira ainda assim limpar a pesada neve do caminho de entrada de sua casa
esta manhã bem cedo, enquanto ela fazia uma tarte de abóbora, para lhe
retribuir o favor. A tarte ainda estava bem quente, quase saída do forno,
quando ela decidiu entregar-lha.
Maria Antonieta
enfiou os pés num par de botas pesadas, vestiu um casaco grosso de lã e
levantou o capuz para tapar a cabeça. Pôs também os velhos óculos, de
fundo de garrafa, sobre o nariz, meteu as mãos nas luvas, pegou na tarte e
saiu a bambolear pela porta da cozinha. Maria Antonieta avançou com cuidado
pelo caminho recentemente limpo e atravessou a rua, confrontando-se com aquele
imenso frio gélido da manhã, após ter nevado toda a noite.
Respirando de
forma irregular, tocou à campainha de Henrique.
- Bem, não posso
deixar a tarte cá fora. disse ela em voz alta.
Maria Antonieta
debateu-se com as luvas, mas lá conseguiu girar a maçaneta e abrir a porta .
- Alô, alô!
Henrique! Estás aí? – chamou ela ofegante devido ao esforço. Então, resolveu
entrar, mas, ao fazê-lo, ficou completamente paralisada.
Estava um homem
ajoelhado ao lado do corpo imóvel de Henrique.
O homem
virou-se, olhou-a fixamente, pelo menos foi o que lhe pareceu pelo movimento,
durante vários segundos e depois correu pela porta da cozinha, fugindo.
Quando
finalmente a ambulância e o xerife chegaram à cena do crime, Maria Antonieta
disse-lhes o que sabi .
- O Henrique
Mendes foi atacado – explicou ela, numa voz fraca.
Quando o xerife
a pressionou para que fizesse uma descrição do atacante de Henrique, Maria
Antonieta não conseguiu descrevê-lo bem, ao que o xerife estranhou bastante…!
No entanto
estaria Maria Antonieta a falar verdade ao xerife … e porquê? Fundamente a sua
resposta!
NOTA FINAL:
Os projectos de
solução deverão ser enviados até ás 24h00 do dia 14 de Novembro de 2025, para viroli@sapo.pt
Já é conhecida a
prova nº 8 do Torneio “Quem É?”.
Ei-la:
Torneio “Quem
é?”
Prova nº 8
Animais
(Nota: nos livros policiários, os animais podem surgir de diferentes
formas. Neste caso as referências a animais são feitas através do título
da obra)
Autor: Paulo
1- O
autor é italiano, e quando o livro foi publicado em Portugal, em 1954, criou
algum espanto, pois o mundo policiário já começava a estar habituado aos
autores anglo-saxónicos da Coleção Vampiro. A ação decorre na Itália fascista
dos anos 30 do século XX, notando-se alguma crítica do autor à atuação da
polícia. No original, o título do livro é La gatta persiana.
a)
Quem é o autor do livro?
b) Qual o
título do livro em Português?
2 - Continuamos
por Itália, só que agora falamos de um autor mais recente, que se inspirou na
personagem de Pepe Carvalho para criar a sua, natural da Sicília. A primeira
edição deste livro é de 1996 e traz um comissário da polícia, que na busca do
autor de um crime chega a uma gruta onde repousam os cadáveres de dois amantes
ainda abraçados.
Andrea Camilleri
o autor deste romance nasceu em 1925, tendo falecido em 2019.
a) Quem é
a personagem referida anteriormente criada por Andrea Camilleri?
b) Qual é
o título do livro português referido no texto?
3 - Criou
uma personagem que foi publicada em Portugal em mais do que uma coleção. Em O
Crime do Escaravelho existe o assassinato de um milionário que tinha junto de
si um alfinete de gravata, no qual estava incrustada uma pedra preciosa que
representava um escaravelho. A partir daqui foi fácil descobrir quem escreveu,
mas…
a) Quem é
o autor do Crime do Escaravelho? (Não se pretende o pseudónimo com que assinava
os seus livros, mas o nome.)
b) Quem
foi o detetive que descobriu o criminoso?
4 - Esta
escritora nasceu em Fort Worth, no Texas, em 1921 tendo falecido na
Europa, em Locarno, na Suiça em 1995. A sua principal personagem é Ripley, uma
das personagens mais interessantes dentro da literatura policial. Este texto,
que aqui é referido e que tem no título um animal, sofreu uma adaptação
cinematográfica pelo francês Claude Chabrol em 1987.
a) Quem é
a autora referida no texto?
b) Qual o
título em português do filme e do livro?
5 - Foi
publicado em Portugal na coleção Noites Brancas. O seu autor, jornalista,
nasceu em 1961, tendo nacionalidade francesa. Este romance foi publicado em
1994. Teve adaptação para um telefilme com duas partes de 90 minutos.
Narra a aventura
de Louis, um jovem ornitologista que segue desde a Europa até à África do Sul,
passando pela Bulgária e pelos territórios ocupados por Israel, com o objetivo
de desvendar o mistério no qual está envolvido. Mas não será aqui que se encontram
as respostas que procura.
a) Quem é
o autor referido?
b) Qual é
o título em Português do livro referido no texto?
As soluções
devem ser enviadas até ao dia 31 de outubro para apaginadosenigmas@gmail.com.
Já é conhecida a
solução (e as respetivas pontuações) do sétimo teste do “Torneio Quem É?”,
organizado pelo blogue A Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com),
assim como a classificação geral atual. Ei-las:
Torneio “Quem
é?”
Prova nº 7
Polícias
SOLUÇÃO
1
a) Henri
Castang
b)
Checoslováquia
2
a) Lillian O’Donnell
b) Anulada
3
a) Roderick ”Rory” Alleyn
b) Agatha Troy
4
a) Adam Dalgliesh
b) P. D. James.
5
a) Charlie Chan
b)
Kashimo
Pontuações
no 7º Teste
9 pontos
Bernie Leceiro,
Detective Jeremias, Detective Verdinha, Faria, Inspector27797, Inspetor
Moscardo, Jesse James, Joel Trigueiro, Mandrake Mágico, Molécula, Pedro
Monteiro, Rodriguda. (12 concorrentes.)
8 pontos
Arjacasa, Mali,
O Pegadas, Pintinha, Vic Key. (5 concorrentes.)
7 pontos
Clovis, Columbo,
Inspector Ricky, Mac Jr., Rainha Katya. (5 concorrentes.)
6 pontos
Ana Marques,
Detective Silva. (2 concorrentes.)
4 pontos
Inspetor
Boavida. (1 concorrente.)
Classificação
Geral (após o 7º Teste)
Com 67 pontos
1º Rodriguda
2ª Detective
Jeremias
3º Mandrake
Mágico
4º Inspector
Moscardo
Com 66 pontos
5ºArjacasa
6º Bernie
Leceiro
Com 65 pontos
7ª Detective
Verdinha
8º O
Pegadas
Com 64 pontos
9º Vic Key
10ª Mali
Com 63 pontos
11º Mac Jr.
Com 62 pontos
12º Clóvis
Com 58 pontos
13º Inspetor
Boavida
Com 53 pontos
14º Columbo
Com 47 pontos
15º Inspector
Ryckyi
Com 45 pontos
16º Abrótea
Com 44 pontos
17ª Pintinha
Com 37 pontos
18ª Rainha Katya
Com 36 pontos
19ª Ana Marques
Com 35 pontos
20º Virmancaroli
21ª Edomar
Com 30 pontos
22ª Detectivesca
Com 29 pontos
23ª Carluxa
Com 27
pontos
24º Inspector
27797
Com 25
pontos
25º Pedro
Monteiro
Com 24 pontos
26ª Detective
Silva
Com 19 pontos
27ª Sandra
Ribeiro
28º Joel
Trigueiro
29º Faria
30º Molécula
Com 16 pontos
31ª Inspectora
Sardinha
32ª Margareth
Com 15 pontos
33º Zé
Alguém
Com 14 pontos
34ª Detective
Suricata
35º Inspector
Cláudio
Com 9 pontos
36º Inspector
do Reino
37º Jorrod
38ª Sofia
Ribeiro
39º Jesse James
Com 6 pontos
40º Carlos Caria
41ª Fátima
Pereira
42ª ZaB
43ª CA7
44ª CN13
Com 5 pontos
45º Marino
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 10
NA TASCA DO
ZEFERINO, de Vic Key
Às sextas-feiras, na Tasca do Zeferino, depois da hora de encerramento,
havia sempre tertúlia. Jogo da sueca, petiscos, bom vinho e conversa animada
reuniam os quatro amigos de longa data: Alberto, proprietário da única farmácia
da vila, leitor apaixonado de clássicos e diários desportivos; João, tranquilo
agricultor de pomares e vinhas, fornecedor do melhor vinho da casa; Jorge,
carteiro, versejador e fadista amador; e o dono do estabelecimento, que tinha
também um dos mais impressionantes bigodes da Freguesia e uma notável colecção
de carros antigos.
Como de costume, desde que voltara para Vilar da Pedreira, Frederico,
mais conhecido por "Traquitanas", um filho da terra que andara a
correr mundo, deixou-se ficar numa mesa, a arrastar a última cerveja e a
desfiar as suas fantasias. Já em pequeno era assim, e talvez viesse daí a sua
alcunha. O mundo real aborrecia-o um tanto, pelo que se refugiava na sua
actividade preferida de químico auto-didacta e inventor independente. Escusado
será dizer que poucos o levavam a sério, sobretudo desde que em garoto o seu
"aditivo especial para motores a dois tempos" atirou muitas Famel e
V5 para a oficina e os seus donos para a troça pública.
Pelas duas da manhã, o "Traquitanas" ainda monologava o seu
tópico preferido: o "motor a água"! Os da tertúlia sorriam daqueles
devaneios. Menos o farmacêutico, que, de ar pensativo, concentrado no jogo da
sueca, sentenciava: "Tanto fala no motor a água, que um dia ainda é
raptado a mando de alguma petrolífera!".
Passada uma hora, rumaram a casa, bem bebidos e desopilados, uns mais
direitos que outros e o "Traquitanas" muito às curvas, de modo que o
grupo ainda o acompanhou com o olhar, não fosse ele cair nalguma ribeira das
que atravessam a pitoresca povoação.
O sábado amanheceu lindo, primaveril e ensolarado. Só uma pessoa em toda
a vila não estava com disposição para o desfrutar. Pelas onze horas, o Raul,
amigo verdadeiro e benfeitor do autoproclamado inventor, foi convidá-lo para
almoçar. Fartou-se de bater à porta, sem resposta. Acabou por decidir-se a
entrar, não viu o seu protegido e ficou preocupado. E ainda mais quando reparou
numa garrafa de cerveja quase vazia, com meia dúzia de pontas de cigarro no
fundo, sobre a mesa de trabalho de Frederico, mais conhecido como
"Traquitanas", onde se amontoavam os esquemas enigmáticos das suas
máquinas e tralhas diversas. Havia duas cadeiras, uma de cada lado da mesa.
A garrafa de cerveja, cinzeiro improvisado, de estranhar em casa de um
não fumador, inquietou Raul. A sua primeira ideia foi chamar ajuda, mas ao fim
e ao cabo, um homem adulto e celibatário é livre de voltar ou não para casa
sempre que bem lhe apeteça.
No entanto, alguma coisa lhe dizia que o seu amigo não se achava fora de
livre vontade. Considerou os indícios da teoria que começava a germinar no seu
cérebro. De tudo o que estava sobre a mesa do génio incompreendido,
chamaram-lhe a atenção os cigarros, que eram daqueles franceses, com o desenho
de uma bailarina de flamenco na embalagem azul. A caneta esferográfica, com a
inscrição "Ricordo di Venezia" e o desenho de uma gôndola, abonava a
favor da sua fama de viajado. Havia ainda um baralho de cartas de jogar de
temática de Animais Africanos, a pisar as cartas da zebra, do flamingo e do
rinoceronte, viradas para cima, e um frasco ainda por encetar, com um rótulo
que dizia “Xarope de Própolis”. A cama da singela habitação de solteiro estava
por fazer. Dos projectos e esquemas nada entendeu. Talvez fossem apenas
elucubrações de uma mente fantasiosa.
Quando chegou a casa, toda a família lhe estranhou o semblante carregado
e a ausência do esperado conviva, que era sempre garantia de entretenimento
para as crianças, com histórias mirabolantes e gracejos sempre prontos.
Toda a tarde Raul se atormentou: "E eu que gosto tanto de resolver
problemas policiários... em miúdo até participava nos Torneios do “Mundo de
Aventuras”, e agora não consigo desvendar este!". Tentou mostrar-se calmo,
não quis preocupar a Esposa, mas os pensamentos borbulhavam.
Lembrou-se de levar o xarope ao Alberto da farmácia, que confirmou que o
vendera na véspera para tratar a tosse rebelde do "Traquitanas".
Ficou muito abalado com a notícia do desaparecimento, e, enquanto Raul se
afastava, ainda veio à porta da farmácia gritar, levantando os braços: "Eu
avisei que isto havia de acontecer!".
Raul passou pela tasca onde o amigo costumava parar, e todos confirmaram
ainda não o terem visto. A preocupação crescia. Mas o nosso homem não
desistiu. Já era quase de noite quando, depois de muito remoer, deu uma
palmada na testa e correu a chamar a Polícia: "Tenho a certeza de que sei
onde está o Frederico!" - dizia ele em voz alta para si mesmo, apressando
o passo.
E sabia. Foram encontrar o desafortunado inventor numa certa cave,
abandonada, em Vilar da Pedreira, prisioneiro de alguém que queria por força
arrancar-lhe o segredo da sua suposta invenção. Estava esfomeado e
desorientado, mas resistiu galhardamente.
Diz quem passou recentemente na vila que o famoso motor funciona e está
em testes. Se tudo correr bem, Portugal terá alcançado a sua independência
energética e Frederico Costa, o "Traquitanas", terá uma estátua na
praça principal. E o Raul bem merece figurar a seu lado…
***************************************************************
Não contamos aqui como é que o Raul descortinou quem sequestrou o seu
amigo, nem revelamos a identidade do criminoso, porque o detective amador de
Vilar da Pedreira nos pediu que usássemos a sua aventura para testar o
raciocínio dos nossos leitores e recomendar-lhes que se exercitem nos
mistérios... policiários!
APRESENTE A SUA “PROPOSTA DE SOLUÇÃO”!
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de outubro de 2025,
através dos seguintes exemplos:
a - Via Messenger, Facebook, mensageiro
instantâneo e aplicativo de Luís Rodrigues;
b - Por email, correio
eletrónico de Luís Rodrigues:
- reporter.de.ocasiao@gmail.com;
- lumaferoma1958@sapo.pt.
c – Por
mão própria, directa e pessoalmente a “O Gráfico”, em qualquer lugar;
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes
prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
O GRÁFICO FOI O GRANDE VENCEDOR DO TORNEIO DE AGOSTO
Chega
hoje ao fim o Torneio de Agosto, de homenagem ao nosso saudoso confrade Pedro
Paulo Faria (NOVE / VERBATIM), com a publicação da solução do último problema,
a pontuação obtida pelos concorrentes em prova e a classificação geral final,
com O Gráfico a sagrar-se como o seu grande vencedor, após uma luta muito
renhida com Paulo e um grupo de policiaristas que se bateram com galhardia,
rubricando soluções de enorme qualidade, originalidade e criatividade.
Torneio
de Agosto
Problema
nº 3
A
Gaiola Roubada, de Nove
Solução de Mandrake
Mágico
Companheiro
Salvador Pereira dos Santos, esta proposta de solução em Soneto é porque fui
influenciado pelas suas dicas da criatividade e tentei ser poeta tal e qual como o foi D.
Pedro II do Brasil (…), cognominado “O Magnânimo”, segundo e último monarca do Império
do Brasil, que imperou no país durante um período de 58 anos. Foi filho mais
novo do Imperador Pedro I do Brasil e da Imperatriz consorte Maria Leopoldina
da Áustria e, portanto, membro do ramo brasileiro da Casa de Bragança. Nascido
no Palácio Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. A abrupta abdicação do
pai e sua partida para Portugal, tornaram Pedro Imperador com apenas cinco
anos. Obrigado a passar a maior parte do seu tempo estudando em preparação para
reinar, conheceu poucos momentos de alegria e amigos de sua idade. Suas
experiências com intrigas palacianas e disputas políticas durante este período
tiveram grande impacto na formação de seu carácter. O Imperador Pedro II
tornou-se um homem com forte senso de dever e devoção ao seu país e seu povo.
Por outro lado, ressentiu-se cada vez mais de seu papel como monarca. [Como
poeta, escreveu] este seu soneto muito conhecido [:]
Segredo d'alma, da existência arcano,
Eterno amor num
instante concebido,
Mal sem esperança,
oculto a ente humano,
E nunca de quem
fê-lo conhecido.
Ai! Perto
dela desapercebido
Sempre a seu lado,
e só, cruel engano,
Na terra gastarei
meu ser insano
Nada ousando pedir
e havendo tido!
Se Deus a fez tão doce e carinhosa,
Contudo anda
inatenta e descuidosa
Do murmúrio de
amor que a tem seguido.
Piamente ao cru
dever sempre fiel
Dirá lendo a
poesia, seu painel:
"Que mulher
é?" Sem tê-lo compreendido.
(…) e eu aproveitei a última palavra de cada verso para compor a minha proposta de solução. Se reparar, a vermelho, na diagonal, tipo acróstico, está o nome da ladra da gaiola com o canário e a azul está no mesmo sentido o nome do problema policiário do confrade NOVE.
As duas primeiras
letras de cada verso pertencem aos acrósticos do nome do problema e nome da
ladra e é evidente que ela [JOSEFA] se denunciou quando disse que estava há
pouco tempo na aldeia não sabia de nada, mas afinal sabia tudo... canário
roubado, gaiola, senhor baeta, etc, etc... quando o cabo Raposo apenas falou
num furto!
(…) Todos os
versos têm 10 sílabas métricas como é da praxe nos sonetos. (…)
PONTUAÇÕES
3º Problema (“A Gaiola Roubada”) – 51 concorrentes
1ºs - O Gráfico e Paulo (10 pontos); 3ºs -
Búfalos Associados e Mandrake Mágico (7 pontos); 5ºs - Inspetor
Moscardo, Inspetor Mucaba (5 pontos); 7ºs - Arjacasa, Detective
Jeremias, Dona Sopas, Faria, Inspector 27797, O Pegadas,
Virmancaroli e Zé de Mafamude (4 pontos); 15ºs - Bernie
Leceiro, Clóvis, Detetive Lupa de Pedra, Inspector Ryckyi, Mancha
Negra, Mula Velha, Pedro Monteiro e Vic Key (3 pontos); 23ºs - Ana
Marques, CA 7, Carlos Caria, Carluxa, CN 13, Detetive Bruno, Detective Silva,
Detective Suricata, Detective Verdinha, Edomar, Haka Crimes, Inspector Mokada,
Inspectora Sardinha, Jesse James, Joel Trigueiro, Jorrod, Mali, Margareth,
Marino, Mosca, Pintinha, Rainha Kátya, Sofia Ribeiro, Visconde das Devesas e Zé
Alguém (2 pontos); 48ºs - Fátima Pereira, Inspector Cláudio,
Molécula e ZAB (1 ponto).
CLASSIFICAÇÃO GERAL FINAL – 52 concorrentes
1º - O Gráfico (30 pontos); 2º -
Paulo (27 pontos); 3º - Búfalos Associados (17 pontos); 4ª
- Mali (16 pontos); 5ª - Detective Verdinha (14 pontos); 6º- Mandrake
Mágico (13 pontos); 7ª - Dona Sopas (13 pontos); 8ºs -Bernie
Leceiro, Detective Jeremias, Inspetor Moscardo e Inspetor Mucaba (12 pontos); 12ºs -
Inspector 27797 e O Pegadas (10 pontos); 14º - Vic Key (10
pontos); 15ª - Mula Velha (9 pontos); 16ºs - Faria, Haka Crimes e
Zé de Mafamude (8 pontos); 19ºs - Clóvis, Inspector Ryckyi, Pedro
Monteiro, Pintinha (8 pontos); 23º - Arjacasa (7 pontos); 24ºs - Inspector Mokada, Mancha Negra e Mosca
(7 pontos); 27º - Detetive Lupa de Pedra (6 pontos); 28º - Molécula (6 pontos); 29ºs - Ana Marques, Carlos Caria, Carluxa,
Detetive Bruno, Detective Silva, Inspectora Sardinha, Joel Trigueiro,
Jorrod, Margareth, Rainha Kátya, Sofia Ribeiro e Visconde das Devesas (6
pontos); 41ºs - CA 7, Detective Suricata, Marino e Zé Alguém (5 pontos);
45º - Virmancaroli (4 pontos); 46ºs - CN 13, Fátima
Pereira, Inspector Cláudio e ZAB (4 pontos); 50ª - Sandra Ribeiro
(3 pontos); 51ª - Edomar e Jesse James (2 pontos).
Observação: as diferenças de
ordenação na classificação final, em caso de igualdade pontual, resultam da
aplicação do ponto 7 do regulamente do torneio.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PONTUAÇÕES DO PROBLEMA
Nº 9
ALMOÇOS GRÁTIS, de
Detective Jeremias
DECIFRAÇÃO
10 pontos
Arjacasa, Bernie
Leceiro, Búfalos Associados, Clóvis, Columbo, Detective Jeremias, Detective
Lupa de Pedra, Detective Verdinha, Dona Sopas, Edomar, EGO, Fotocópia, Haka
Crimes, Inspector Aranha, Inspector Detective, Inspector Mucaba, Inspector
Pevides, Inspetor Moscardo, Jesse James, Mali, Mancha Negra, Mandrake Mágico, O
Pegadas, Pintinha, Ribeiro de Carvalho e Vic Key.
(26 concorrentes)
8 pontos
Visconde das
Devesas.
(1 concorrente)
6
pontos
Inspector Mokada.
(1 concorrente)
5 pontos
Detective Vasofe
e Mula Velha.
(2 concorrentes)
4 pontos
Ana Marques,
CA7, Carlos Caria, Carluxa, CN13, Detective Silva, Detective Suricata, Faria,
Fátima Pereira, Inspector 27797, Inspector Cláudio, Inspector Ryckyi,
Inspectora Sardinha, Joel Trigueiro, Jorrod, Margareth, Marino, Molécula, Pedro
Monteiro, Rainha Katia, Sandra Ribeiro, Sofia Ribeiro, ZAB e Zé Alguém.
(24 concorrente)
Total de concorrentes: 54
AS
MELHORES
Inspector Aranha:
5 pontos.
Inspector Mucaba:
4 pontos.
Inspetor
Moscardo: 3 pontos.
Bernie Leceiro:
2 pontos.
Mandrake Mágico: 1 ponto.
AS MAIS
ORIGINAIS
Mali: 5 pontos.
Dona Sopas: 4
pontos.
Detective
Jeremias: 3 pontos.
Vic Key: 2
pontos.
Pintinha: 1 ponto.
PRÉMIOS SORTEADOS:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
PREMIADO: O
Pegadas
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
PREMIADO: Inspector Ryckyi
CONSULTE TODAS AS CLASSIFICAÇÕES NO SITE CLUBE DE DETECTIVES (clubededetectives.pt)
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 9
ALMOÇOS GRÁTIS, de
Detective Jeremias
Solução de
Autor
Caro leitor,
Este enigma é em grande parte um desafio lógico, baseado na associação e
exclusão. Além dos cinco factos apurados, há duas pistas valiosas no texto: a
causa de morte e a informação de que a cada suspeito só é possível associar um
único móbil e uma única arma do crime. Considero que preencher uma grelha é o
caminho mais fácil e rápido, mas não é o único. Basta descomplicar, pegar numa
ponta qualquer e ir desenrolado o novelo. Assim, sem perder mais tempo... Temos
os Suspeitos: Ricardina, Severina, Clementino ou Sepúlveda. As possíveis Arma
do Crime: veneno, punhal, estatueta e revólver. E os eventuais Motivos: dívida,
vingança, ciúme e chantagem.
As pistas são fundamentais para resolver este enigma. Relembro:
1. Se o envenenamento fosse a causa de morte, o seu autor teria sido uma
das mulheres.
2. O motivo da D.ª Ricardina estaria relacionado com dívidas de
dinheiros.
3. A estatueta seria o objecto escolhido por alguém motivado pelo ciúme.
4. O Sr. Clementino utilizaria o seu revólver, mas nunca teria a vingança
como motivo.
5. A D.ª Severina era impulsiva e teria usado uma pesada estatueta.
Começando pela arma do crime: Severina está associada à estatueta (ponto
5); logo, Ricardina, por exclusão, está associada ao veneno (ponto 1). Como
Clementino está associado ao revólver (ponto 4), para Sepúlveda só resta o
punhal.
Quanto ao motivo: Severina está associada ao ciúme (pontos 3 e 5);
Ricardina está associada às dívidas (ponto 2); Como Clementino não está
associado à vingança (ponto 4) é possível deduzir que Sepúlveda é que está
associado a este motivo e a Clementino resta-lhe a chantagem.
Em síntese: Severina, estatueta, ciúme. Ricardina, veneno, dívidas.
Clementino, revólver, chantagem. Sepúlveda, punhal, vingança.
Como é inequívoco que “a morte foi consequência de uma lesão cardíaca
extensa, causada por um objecto cortante” está encontrado o culpado: Sepúlveda,
por vingança, cravou um punhal no coração da Etelvina.
É tudo, pela minha parte.
E VIVA O SETE DE ESPADAS!
CRITÉRIOS DE
PONTUAÇÃO
1. - Indicação
certa do autor do crime, motivo e arma utilizada, bem como do motivo-e-arma de
cada um dos outros suspeitos: 10 pontos.
2. – Indicação
certa do autor do crime, motivo e arma utilizada, mas com erro em uma ou duas
das restantes associações “suspeito-arma-motivo”: 8 pontos.
3. – Indicação
certa do autor do crime, motivo e arma utilizada, mas com erro nas três outras
associações “suspeito-arma-motivo”: 6 pontos.
4- – Indicação
certa do autor do crime, mas com a respetiva associação “autor-arma-motivo”
errada: 5 pontos.
5. – Indicação
errada da autoria do crime: 4 pontos.