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terça-feira, novembro 25, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 

TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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PROBLEMA Nº 11

O GORRO VERMELHO

Autor: Fotocópia

Ouviu-se o apito que sinalizava o fim da partida.

Bocas abriam-se proferindo gritos, alguns de apoio outros de escárnio, mantendo o ambiente infernal. Mãos batiam palmas, umas celebrando a vitória outras de agradecimento pelo esforço dos derrotados, ainda que pelo meio umas preferissem mexer certos dedos simbolizando felicidade ou injúria. Vozes roucas, gargantas roxas, juntavam-se ao som de tambores, cornetas e outros objetos que servissem para fazer barulho.   

Era nesta envolvente frenética que se procedia aos habituais cumprimentos entre os intervenientes no final do jogo. Jogadores, treinadores, delegados, árbitros entre outros, trocavam palavras e gestos, uns mais quentes que outros, em que os companheiros mais pacientes acalmavam os ânimos. Um dos árbitros chegou a libertar as mãos enrolando o apito no seu cordel para tirar o cartão vermelho do bolso, mas acabou por não o mostrar a ninguém tendo a situação sido regularizada sem a intervenção dos juízes.

Emoções! O que seria o desporto sem elas?

A desordem ruidosa ia terminando, ficando pequenos grupos de adeptos que ainda deambulavam pelas bancadas. A equipa de arbitragem, chateada e cansada deste jogo renhido difícil de ajuizar, terminara já as suas funções e apressava-se para o seu balneário. Um deles pegara nas suas coisas com rapidez tal que metera tudo na sua mochila sem ordem, deixando a mala mal fechada ficando à vista o que pareciam uns cordéis a baloiçar para fora do fecho. Passaram pelos homens da limpeza, um muito mais velho do que o outro, que estavam encostados à parede da entrada que ligava o campo aos balneários.  

– Boa noite e boa sorte, isto ficou em pantanas. – Diziam os árbitros de fugida aos homens da limpeza enquanto ainda levavam com apupos de dois adeptos da casa que permaneciam na bancada. Um com uma t-shirt com o número 7 nas costas, outro com um gorro que continha duas espadas cruzadas em “X” na zona da testa como símbolo, não respeitavam os avisos dos seguranças.

– Senhores árbitros… – balbuciou de forma sucinta, em jeito de cumprimento, o velho puxando ligeiramente a parte da frente do seu gorro para baixo com o polegar e indicador. Muito vira naquele clube e aguardava impacientemente, com o sua esfregona encarnada e pano encardido, que todos saíssem do recinto para iniciar o que fizera inúmeras vezes.

Os Los Rojos, equipa visitante, tinha vencido. Motivo de grande alegria que faziam questão de a demonstrar no balneário cedido pelo clube visitado. Cânticos eram proferidos, – Vamos levar daqui umas lembranças… lembranças daqui vamos levar… – ao som de palmas que ecoavam pelos corredores dos vestiários, chegando o som abafado, mas ainda audível ao balneário dos derrotados.

– Oiçam-nos! – dizia o treinador da equipa visitada dirigindo-se aos seus jogadores – o que pensam disto? Foram eles que ganharam ou nós que perdemos? Estou a ver que a alegria dos Rojos vos é indiferente…  

Alguns elementos ainda apresentavam olhos enervados e visão turva, faces rubras do esforço físico. Outros misturavam essa cor com a vergonha por terem perdido em casa contra o rival.

– Não foi nada disto que trabalhámos… o que aconteceu no jogo? – continuava o treinador, estando ele próprio abalado pelo desenlace da partida.

Entre este balneário que continha um monólogo e o outro que continuava em festejos, encontravam-se os dois homens da limpeza que tinham iniciado a sua labuta.

– Tolos, todos eles, quero lá saber disto, só me dão é trabalho desnecessário… estávamos bem era no Rouge a virar uns tintos – referindo-se ao bar Maison Rouge situado não muito longe dali, sempre com clientes azarados, taciturnos ou ambos.

– Isso é que era. – concluía o homem da limpeza mais novo. – E aquele idiota do capitão…

– Ainda por cima não recebemos nada de especial… o que vale é que de vez em quando compenso com estes cinco dedos, não é verdade minha encarnadinha? – dirigindo-se à sua esfregona, fazendo no ar um gesto circular com o pulso e dedos em que, à sua vez, cada falangeta tocava na palma da mão, começando pelo mindinho e terminando no indicador.

O homem mais novo ria-se baixinho em concordância quando é interrompido…

– Com licença! – exclamou o delegado da equipa, quase pontapeando os baldes cheios de água e detergente.  

– Eh lá… – exclamou o velho num misto de surpresa e comprometimento – onde vai com tanta pressa? – continuou.

O delegado deixo-o sem resposta dirigindo-se à porta da sua equipa. Ainda com a respiração ofegante rodou a maçaneta, abrindo-a. O treinador, virou-se de repente para trás, num misto de surpresa e repreensão. Não gostava que entrassem assim no balneário, muito menos quando ele falava com a equipa.

– Peço desculpa, mas estava a arrumar o material de jogo e deparei-me com a falta de bolas de jogo, balizas fora do lugar, garrafas estragadas, quadro tático rachado, toucas desaparecidas… – disse com aflição o delegado. O clube não andava bem de finanças e após a derrota não era este tipo de notícias que se desejava ouvir no seu seio.  

– Quando… – respondia o treinador.

– Nós podemos dar uma ajuda quando sairmos daqui – interrompeu o capitão da equipa num misto de coragem e oportunismo.  

O treinador olhou para ele… passou rapidamente os olhos pela restante equipa. Percebeu que o discurso que transmitia à equipa talvez tivesse de o fazer sozinho para consigo… tinha de se debruçar sobre as verdadeiras razões destes comportamentos da equipa em jogo, limpar a cabeça. Tudo o que dissesse agora não ajudaria ninguém. Parou o olhar novamente no capitão, dizendo afirmativamente:

– Equipa, vamos respirar fundo, paremos por aqui. Vamos ajudar o nosso staff a encontrar o material. Amanhã dou folga, voltamos na terça-feira em força!

Alguns jogadores entreolharam-se. Este comportamento não era comum no treinador, embora alguns não tivessem gostado da intervenção do capitão (andavam fartos das suas presunções, especialmente o guarda-redes suplente), outros sorriram timidamente para o capitão em forma de agradecimento. Finalmente estavam libertos daquele ambiente de cortar a respiração.

Já no cais da piscina… – Obrigado maltinha – felicitava o delegado a alguns jogadores – obrigado pelas bolas, vocês agora vão ver o resto ali…, Ò guarda-redes, os dois, vocês venham cá, preocupem-se com os vossos gorros. – ordenava.

– Olhe, desculpe lá, tinha o meu gorro pendurado aqui com os cordéis atados no fato-de-banho e com isto tudo nem dei conta. Mas está aqui!

– Ok “redes”, o gorro número 1 já está, vão lá encontrar o outro, por favor. – respondera o delegado.    

Percebendo a nova azáfama no cais da piscina o velho homem da limpeza e o seu parceiro pararam com os seus afazeres, retirando-se rapidamente, desta feita para o balneário dos árbitros que já se tinham ido embora, aproveitando para limpá-lo…

Assim que terminava um jogo, era costume todos ajudarem a arrumar o campo e o material de jogo nesta modalidade amadora. No entanto, devido às circunstâncias do ardente jogo, praticamente todo o material foi deixado espalhado, à mercê…   

Já poucos permaneciam no local de jogo. Praticamente só estava a equipa da casa a colocar tudo no devido lugar, juntamente com o restante staff e treinador. Os homens da limpeza já se encontravam noutra parte do recinto e dois últimos seguranças da empresa Às Sete Espadas faziam uma última vistoria aos corredores e acessos aos balneários e bancadas. Esta empresa de segurança tudo fazia para manter a ordem, “Seguro Às Sete Espadas”, era o lema. Por sinal, estes dois seguranças já tinham enfrentado problemas com adeptos da própria casa pois o capitão constantemente os instigava, tendo depois os seguranças de sossegar a cólera dos torcedores.

De repente ouvem-se passos rápidos e curtos! Dois homens entram no balneário onde estava o capitão.

– Ei! Oi! O que é isto?! – pergunta o capitão espantado. Este tinha se escapulido da tarefa de ajudar de arrumar o cais da piscina e já se encontrava a tomar banho sozinho, quando foi surpreendido…

– Era mesmo isto que queríamos, apanhar-te sozinho, enquanto a equipa está ali entretida… esta é por tudo aquilo que já nos fizeste passar… – berraram os infratores enquanto davam uma surra ao capitão.

– Olha-me para este com uma tatuagem da carta 7 de espadas no ombro… – dizia um.

– Deve ter a mania, nem que fosse um ás, levava na mesma… – vociferava o outro.  

Os ainda presentes na piscina ouviram a vozearia e acorreram ao balneário encontrando o capitão sozinho deitado no chão em posição fetal derramando sangue de uma das têmporas.

Enquanto o treinador ligava para o 112, o delegado ligava ao médico do clube que tinha acabado de entrar no seu escarlate Porsche no parque de estacionamento, em vista a que ele pudesse acudi-los.

– Inconsciente, mas vivo. – reitera o médico acalmando a restante equipa, continuando com os cuidados médicos.  

– Mas quem terá feito este horror? – diz um dos jogadores.

Entretanto chegam ao balneário os dois seguranças.  

– Vínhamos para aqui, mas ao cá chegar vimos dois indivíduos a fugir do balneário… um deles com uma t-shirt com um sete nas costas. – relata o primeiro segurança, agarrando o outro adepto endiabrado pelo braço esquerdo.

– E este “menino” aqui era o outro delinquente. – continuando o segundo segurança agarrando o braço direito do suposto agressor.

– Larguem-me eu não fiz nada… – gritava o adepto endiabrado enquanto esperneava.

Os ânimos exaltavam-se! Os outros jogadores estavam sedentos por agredir o pilantra!

– Acho que eram estes dois que só vinham aos jogos para cometer delitos, desde roubos e ofensas a todos: árbitros, treinador e até ao capitão da própria equipa… ainda há pouco acho que eram estes dois que insultavam os árbitros. – refere o primeiro segurança.  

– Admito! Eu e o meu “sócio” viemos aqui roubar, esperámos até que estivesse menos gente e menos seguranças…, mas não batemos em ninguém. – grita o torcedor.

– Roubar o quê? – pergunta o delegado da equipa – penso que não haja aqui nada de grande valor…

– Tudo serve… grão a grão… – diz em risos o de gorro com um símbolo de espadas em “X” na zona da testa, esquecendo-se da dor causada pelos seguranças que lhe torciam os braços.

– Levaram alguma coisa? – exaltando-se o treinador com todo aquele teatro.

– Só aquele “capacete” vermelho que alguns de vocês usam, nunca percebi muito bem, só venho para aqui beber e divertir-me com os meus “manos”, mal sei as regras – soltando uma gargalhada – … estava no balneário dos árbitros… – sorria – infelizmente não deu para mais nada, pois ouvimos uma gritaria do outro balneário, parecia que estavam a matar alguém… e fugimos. Não fossem estes dois “gorilas” terem surgido tão rapidamente… e terem me apanhado logo e tinha fugido também com o meu “sócio”.

– Nem mais uma palavra… estás a mentir! – dizia o segundo segurança enquanto lhe torcia mais o braço.

– Amigos… – interrompe o velho homem da limpeza – confirmo a versão desse infeliz. Eu e o meu colega limpámos o balneário dos árbitros e vimos o gorro vermelho lá, nem sabemos como foi lá parar…, mas ficou lá, nem lhe tocámos…

– Não acredito que o deixaram lá, não sabiam que estávamos a arrumar? – responde efusivamente o delegado.

– Queremos lá saber! – grita o velho.

Continuando o homem de limpeza mais novo – Se não fossem estes jogos aos domingos à tarde, já nos estávamos a divertir há muito… no…

– Rouge? – interpela um dos jogadores a rir provocando reação semelhante aos colegas de equipa.

– Calem-se! – remata o velho.

– Sim… – mudando de assunto um dos seguranças – nós também vimos lá essa touca com nº 12 quando fizemos a ronda…, mas não ligámos muito… pedimos desculpa por isso.

– Pois, ainda pegámos nela e vimos bem a marca e o número para perceber se era da nossa equipa, mas depois ouvimos passos rápidos no corredor e fomos investigar, deixando lá a touca – diz o outro segurança.

– Passos rápidos deviam ser os vossos próprios, quando saíram do balneário onde estava o capitão… – gargalhava o adepto já ajoelhado forçosamente pelos seguranças.

– Vamos todos permanecer serenos e aguardar pela polícia. – acalma o treinador, trocando olhares com o delegado e a restante equipa, questionando-se – porque é que eles teriam feito isto? – referindo-se ao crime que acabara de acontecer. O treinador só não compreendia a causa, mas já sabia quem era o par culpado. Ele, o delegado e os jogadores estavam dispostos a serem testemunhas e a dizer quem eram os culpados à polícia.  

1)    Que modalidade desportiva está subentendida no texto?

2)    Quem é o par culpado que o treinador, delegado e jogadores dirão à polícia?

2.1. Como chegaram a esta conclusão?

3) Por que motivo esse par espancou o capitão? 

ENDEREÇOS E PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:

As respostas devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 30 de novembro de 2025, através dos seguintes meios:

a - Por email, correio eletrónico de A Página dos Enigmas: apaginadosenigmas@gmail.com;

b – Entregando em mão ao orientador do Blogue A Página dos EnigmasPaulo, onde quer que o encontrem;

c - Utilizando o Correio Normal (CTT):

Luís Manuel Felizardo Rodrigues

Praceta Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.

FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.

Nota:

Além dos prémios em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes prémios:

- 1 Livro de Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, oferta de Salvador Santos, juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, oferta de José Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.

- 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.

 
quinta-feira, novembro 20, 2025
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de novembro de 2025

                RECORDANDO O PASSADO, PREPARAMOS O FUTURO PRÓXIMO

            A caixa do correio eletrónico do orientador da secção rececionou até ao momento 5 (cinco!) enigmas participantes no concurso de problemas policiários “Mãos à Escrita! – 2026”, sendo de prever que nos próximos dias venham a surgir outros originais, apesar do prazo de envio problemas se estender até final de março de 2026. Mas o importante mesmo é que os potenciais concorrentes deitem “mãos à escrita” logo que sintam a inspiração surgir, tendo sempre presente que o produtor deve ter a preocupação de colocar no texto todos os elementos de que o solucionista precisa para resolver cabalmente o enigma, colocando-os o mais disfarçadamente possível, camuflando-os com pistas que se verifica serem falsas e com outros elementos inócuos, em relação aos quais o solucionista tem de fazer uma cuidadosa triagem. E esta mesma preocupação deve estar presente na escrita de qualquer género de enigma, seja ele de “carácter técnico”, de “estilo dedutivo”, de “eliminatórias”, de “decifração criptográfica” ou de qualquer outro género de tipologia policiária.

Esta preocupação, habitualmente muito reclamada pelo nosso saudoso confrade Gustavo Barosa (Zé Viseu), que reiteradamente dizia que o bom produtor é aquele que não “mente” ao solucionista, evita fundamentalmente que a “chave” proposta permita a abertura de portas para soluções diversas, frustrando assim o labor dos que se debatem com o enigma. Não foi esse o caso da produção que venceu o concurso “Mãos à Escrita! - 2019”, da autoria de Daniel Falcão, que consideramos como um bom exemplo dessa preocupação com o trabalho dos solucionistas, recordando-a, também por isso, nesta edição d´O Desafio dos Enigmas, com o compromisso de apresentar a respetiva solução de autor, aqui no LOCAL DO CRIME, na edição de 5 de dezembro.

CRIME LEAKS

de Daniel Falcão

enigma vencedor do concurso “Mãos à Escrita! – 2019”

Gustavo Santos está sentado, numa solarenga manhã de domingo, na esplanada do Café-Restaurante Sítio do Costume. Continua a rodar a colher dentro da chávena defronte de si, enquanto observa com alguma curiosidade a primeira página do jornal Matutino, pousado sobre a mesa.

Nos últimos dias, as notícias daquele teor têm surgido a conta-gotas. Dia após dia iam sendo libertados fragmentos de relatórios criminais. “Crime Leaks”, assim era apelidada pelos meios noticiosos estas fugas de informação. Mais um “leak” a juntar-se a vários outros, o que levava muitos a perguntarem sobre qual seria o próximo, numa época em que tudo vinha a público, mesmo as informações mais privadas.

Gustavo Santos abre o jornal e lê atentamente a mais recente fuga de informação que aparece reproduzida na terceira página. O texto em causa divulga informações, que deviam ser confidenciais, sobre o homicídio de Manuel José Carvalho, ocorrido em finais de dezembro de 2018.

Pela leitura do texto publicado, ficava-se a saber que a vítima fora encontrada no seu escritório pelo companheiro. Este afirmara que, assim que deparou com o corpo, imediatamente ligara às autoridades. Os agentes destacados para o local não tiveram dificuldade em concluir, pelas peças partidas, pelos móveis deslocados e pelos papéis espalhados pelo chão, que ali ocorrera uma violenta disputa. Disputa que teria terminado com a vítima a ser fortemente golpeada na cabeça com o pisa-papéis, encontrado mesmo ao lado do corpo.

Alexandre Miguel Duarte, assim se chamava o companheiro da vítima, declarara que naquela noite saíra com uns amigos comuns, mas que o Manuel ficara em casa, pois tinha agendado receber uns clientes, situação que ocorria com alguma frequência. Acrescentara ainda que, ao chegar a casa, pouco depois da meia-noite, se apercebera que o companheiro ainda estaria no escritório, pois a luz estava acesa. Decidira não interromper e subira para o quarto, situado no primeiro andar, adormecendo mal se deitara na cama. Seriam umas cinco horas da manhã quando acordou e reparou que o Manuel ainda não se deitara. O que achou estranho. Desceu as escadas, bateu à porta do escritório e, como a luz continuava acesa e não teve qualquer resposta, abriu a porta e entrou. Foi nessa altura que deparou com o escritório todo desarrumado e com o corpo do companheiro.

Segundo o relatório policial, a vítima tinha próximo da sua mão esquerda uma magnífica espátula para abrir cartas, com cabo em madrepérola e lâmina em tartaruga natural. Desta vez, a espátula teria servido para marcar o soalho com o que parecia ser um número: 942. Qual seria o seu significado? Era algo que ainda estava por esclarecer. Se é que significava alguma coisa.

O agente responsável chegou a questionar o companheiro da vítima, ainda no local, sobre quem seria a pessoa ou pessoas com quem Manuel José Carvalho tinha agendado reunir. Num primeiro instante, o inquirido manifestou desconhecimento. Logo depois acrescentou que, nos últimos dias, havia alguns assuntos que ocupavam muito do tempo do companheiro, envolvendo dois clientes: Francisco João Sá e Isidro Diogo Baganha. Suspeitava que a reunião teria sido marcada com algum deles, mas não sabia qual.

As últimas informações disponíveis sobre este caso referiam que o companheiro da vítima, segundo as suas próprias declarações, saíra de casa pouco depois das oito horas, tendo chegado ao local do encontro, a cerca de uma dezena de quilómetros, cerca de meia hora depois, pois era muito cuidadoso na condução.

Gustavo Santos leu e releu os elementos agora divulgados e começava a ter uma ideia do que sucedera na noite do crime.

DESAFIO AO LEITOR:

E o leitor também tem alguma teoria? Em caso afirmativo, desenvolva essa teoria, sustentando-a com os factos disponíveis.

………………. ///// …………………

ECOS DO TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

A encerrar esta edição, recordamos que termina no próximo dia 30 de novembro o prazo para o envio de propostas de solução para o décimo-primeiro (e penúltimo) problema do Torneio do Cinquentenário de “Mistério… Policiário”, que mantém na sua liderança a Detetive Jeremias, logo seguida (com os mesmos pontos) pelo seu conterrâneo Inspetor Aranha, que têm na peugada um pequeno grupo de concorrentes à espreita de um deslize dos líderes nas duas últimas etapas.

 

 

 
terça-feira, novembro 18, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "MOMENTO DO POLICIÁRIO"

 

Já é conhecida a solução do nono problema e as suas respetivas pontuações, bem como a classificação geral atual, do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:

I - Torneio Policiário “Português Suave”

| PROBLEMA N.º 9

BONS VIZINHOS

Solução

Sim, ela estava a falar verdade ao xerife …

… Maria Antonieta conseguiu ver a forma do corpo de Henrique, bem como a forma do homem que se encontrava sobre ele, mas não conseguiu ver mais nada em concreto.

Os seus óculos estavam bastante embaciados porque ela tinha acabado de entrar numa casa quente, vinda do imenso frio que se fazia sentir lá fora. A sua respiração ofegante, bem como a tarte ainda bem quente, criaram ainda mais humidade, tornando a névoa nas lentes grossas, mais densa.

Acrescente-se ainda o facto de ela usar óculos de lentes bastante espessas, sinónimo de miopia o que obviamente condiciona uma clara visão ao longe, motivando a desfocagem!

Entretanto e por isto tudo não só não conseguiu ver o atacante de Henrique, como não conseguiu ver nada com toda clareza até que os seus óculos tornassem a ficar límpidos e se aproximasse de Henrique, o que demorou, em parte, alguns segundos.

Pontuações neste 9º problema

10 PONTOS

Arjacasa, Bela, Bernie Leceiro, Búfalos Associados, Clóvis, Detective Izadora, Detective Jeremias, Detective Verdinha, Dick Tracy, Didão, EGO, Inspector 27797, Inspetor Boavida, Inspector Moscardo, Inspectora Sardinha, Inspector Pevides, Inspector do Reino, Jesse James, Mali, Mandrake Mágico, O Gráfico, O Pegadas, Os Super Heróis do Policiário, Pedro Monteiro, Pintinha e Vic Key.

08 PONTOS

CA 7, Carlinha, Detective Suricata, Fátima Pereira, Inspector Cláudio, Marino, Molécula, Paulo, Sandra Ribeiro, e Zé Alguém.

O5 PONTOS

Agente Silva, Ana Marques, CN 13, Carlos Caria, Carluxa, Detective Silva, Faria, Inspector Ryckyi, Joel Trigueiro, Jorrod, Margareth, Rainha Katya, Sofia Ribeiro e ZAB.

Classificação Geral (após o 9º problema)

88 PONTOS

Arjacasa, Inspetor Boavida e O Gráfico.

86 PONTOS

Detective Verdinha.

84 PONTOS

Búfalos Associados, Clóvis, Detective Jeremias, Mali, O Pegadas e Pintinha.

83 PONTOS

EGO.

81 PONTOS

Inspector Pevides.

79 PONTOS

Faria e Inspector Moscardo.

78 PONTOS

Ana Marques, Dick Tracy e Vic Key,

76 PONTOS.

Jorrod e Mandrake Mágico.

75 PONTOS

Carlinha e Paulo.

74 PONTOS

Bela, Margareth, Pedro Monteiro, Rainha Katya e Sofia Ribeiro.

72 PONTOS

CA 7, Carluxa, CN 13, Detective Silva, Inspector do Reino, Molécula e ZAB.

71 PONTOS

Carlos Caria, Inspector Ryckyi e Joel Trigueiro.

70 PONTOS

Detective Izadora e Inspector Cláudio

69 PONTOS

Inspectora Sardinha.

67 PONTOS

Zé Alguém.

63 PONTOS

Columbo.

60 PONTOS

Detective Suricata

57 PONTOS

Fátima Pereira.

50 PONTOS

Marino e Sandra Ribeiro

48 PONTOS

Inspector 27797.

39 PONTOS

Agente Silva.

33 PONTOS

Detetivesca.

28 PONTOS

Detective Caracoleta

26 PONTOS

Ribeiro de Carvalho.

20 PONTOS

Jesse James

18 PONTOS

Detective Lupa de Pedra

15 PONTOS

Bernie Leceiro

10 PONTOS

Didão, Jorge Amaral e Os Super Heróis do Policiário.


 
segunda-feira, novembro 10, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "A PÁGINA DOS ENIGMAS"

 

São já conhecidos os regulamentos dos torneios que o confrade Paulo se propõe organizar no próximo ano no seu blogue “A Página dos Enigmas” (apaginadosenigmas.blogspot.com), com início a 10 de janeiro de 2026. São eles o Torneio de Fórmula 1 Policiária e o Torneio Paralelo de Homenagem à Geração de 70, que decorrem em paralelo e se prolongam até ao mês de novembro.

Ei-los:

Torneio de Fórmula 1 Policiária 

1. O Torneio Fórmula 1 Policiária será composto por 10 (dez) provas, cada uma delas constituída por um problema policiário, que serão publicados nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, setembro, outubro e novembro.

2. Cada prova corresponderá a um grande prémio, no qual se homenagearão algumas localidades onde existem policiaristas.

3. Os problemas serão todos da minha autoria (Paulo).

4.1. Em cada problema serão selecionadas as 10 melhores soluções totalistas a que serão atribuídas as seguintes pontuações: 25, 18, 15, 12, 10, 8, 6, 4, 2, 1. 

4.2. Caso não haja soluções totalistas, são consideradas, sucessivamente, as soluções com 9, 8 e 7 pontos.

5.1 A solução totalista mais curta será bonificada com 1 ponto, tal como a volta mais rápida também é bonificada em cada corrida.

5.2.  Caso não haja soluções totalistas são consideradas, sucessivamente, as soluções com 9, 8 e 7 pontos.

6.1 Serão ainda bonificados com a pontuação correspondente à corrida sprint: 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 pontos, as soluções totalistas mais rápidas a chegar, sendo contabilizada a hora de chegada, caso a solução venha digitalizada, ou a data de chegada, às 9.00 horas, caso venha por outra via.

6.2. Caso não haja soluções totalistas são consideradas, sucessivamente, as soluções com 9, 8 e 7 pontos.

7.  As propostas de solução de cada prova devem ser enviadas até ao último minuto do mês da publicação, ou seja, até às 24 horas do último dia do mês em que o problema é publicado, através do seguinte endereço:  apaginadosenigmas@gmail.com.

8. Será vencedor o concorrente que reunir um maior número de pontos  no final das 10 provas que constituem o campeonato de Fórmula 1. 

9. Em caso de empate serão aplicados sucessivamente os seguintes critérios de classificação.

a) O concorrente com maior número de classificações máximas nas melhores soluções.

b) O concorrente com maior número de pontuações máximas, incluindo as bonificações.

c) O concorrente com mais pontuação na classificação das corridas sprints.

d) O concorrente mais pontuado na Melhor Volta.

e) Os concorrentes com mais vezes 18, 15, 12, 10, 8, 6, 4, 2 e 1 pontos, sucessivamente, na classificação das Melhores Soluções.

f) O concorrente com mais vezes 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, sucessivamente, nas Corridas Sprint.

g) O concorrente que primeiro enviou respostas, sucessivamente, nas provas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, e 10. 

10. A contabilização das palavras é feita sem a parte inicial do texto, onde o autor da solução indica o problema, o seu pseudónimo ou apresenta cumprimentos, e sem a parte final, onde normalmente se despede. Ou seja, só mesmo a solução é contabilizada.

11. Os casos omissos serão resolvidos pelo orientador de A Página dos Enigmas.

12. Prémios.

a) Serão atribuídas taça ao 1º lugar e medalhas aos 2º e 3º lugares.

b) Os concorrentes até ao 5º lugar receberão um diploma de participação.

 

Torneio Paralelo de Homenagem à Geração de 70

1. O Torneio Paralelo de Homenagem à Geração de 70 decorre em simultâneo com o Torneio de Fórmula 1 Policiária e será composto pelas mesmas 10 (dez) provas.

2. Os problemas serão todos da minha autoria (Paulo).

3. Quem acertar terá 10 pontos, que se somarão de modo a obter a Classificação Geral. 

4. As propostas de solução de cada prova devem ser enviadas até ao último minuto do mês da publicação, ou seja, até às 24 horas do último dia do mês em que o problema é publicado, através do seguinte endereço:  apaginadosenigmas@gmail.com.

5. Em cada problema serão atribuídas às 5 melhores soluções totalistas 5, 4, 3, 2 e 1 pontos, e esta classificação coincidirá com as melhores soluções do Torneio de Fórmula 1 Policiária, caso estas correspondam a soluções totalistas.

6. Em cada problema serão atribuídas às 5 soluções mais originais 5, 4, 3, 2 e 1 pontos

7. O concorrente que reunir um maior número de pontos na Classificação Geral no final das 10 provas será o vencedor do torneio.

8. Em caso de empate serão aplicados sucessivamente os seguintes critérios de classificação.

a) O concorrente com maior número de classificações de 10 pontos.

b) O concorrente com mais pontuação na classificação Melhores Soluções.

c) Os concorrentes com mais vezes 5 pontos na classificação Melhores Soluções.

d) Os concorrentes com mais vezes 4, 3, 2 e 1 pontos sucessivamente, na classificação Melhores Soluções.

e) O concorrente com mais pontuação na classificação Mais Originais.

f) O concorrente com mais vezes 5 pontos na classificação mais originais.

g) O concorrente com mais vezes 4, 3, 2 e 1 pontos sucessivamente, na classificação mais originais.

h) O concorrente com menos palavras no problema 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, e 10, sucessivamente.

9. A contabilização das palavras é feita sem a parte inicial do texto, onde o autor da solução indica o problema, o seu pseudónimo ou apresenta cumprimentos, e sem a parte final, onde normalmente se despede. Ou seja, só mesmo a solução é contabilizada.

10. Os casos omissos serão resolvidos pelo orientador de A Página dos Enigmas.

11. Prémios.

a) Serão atribuídas taça ao 1º lugar e medalhas aos 2º e 3º lugares.

b) Os concorrentes até ao 5º lugar receberão um diploma de participação.

c) Na classificação As Melhores será atribuída uma taça ao 1º classificado e medalhas aos 2º e 3º.

d) Na Classificação As Mais Originais será atribuída uma taça ao 1º classificado e medalhas aos 2º e 3º.

 
sábado, novembro 08, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "A PÁGINA DOS ENIGMAS"

Já é conhecida a solução (e as respetivas pontuações) do oitavo teste do “Torneio Quem É?”, organizado pelo blogue A Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com), assim como a classificação geral atual. Ei-las:

Torneio “Quem é?”                                                           

Prova nº 8

Animais

SOLUÇÃO 

1

a) Alessandro Varaldo

b) A Gata Persa

2

a) Comissário Salvo Montalbano

b) O Cão de Barro

3

a) Willard Huntington Wright

b) Philo Vance

4

a) Patrícia Highsmith

b) O Grito do Mocho

5

a) Jean-Christophe Grangé

b) O Voo das Cegonhas

Pontuações no 8º Teste

10 pontos

Arjacasa, Bernie Leceiro, Columbo, Detective Jeremias, Detective Verdinha, Inspector Moscardo, Inspetor Boavida, Mac Jr., Mali, Mandrake Mágico, O Pegadas,  Pintinha,  Rodriguda e Vic Key. (14 concorrentes.)

9 pontos

Ana Marques, Carluxa, Clovis, Detective Silva, Didão, Inspector 27797, Inspector Ricky, Inspectora Sardinha, Jesse James, Joel Trigueiro, Jorrod, Pedro Monteiro, Rainha Katya e Sofia Ribeiro. (14 concorrentes.)

7 pontos

Carlos Caria, CN13, Edomar Inspector Cláudio, Margareth, Virmancaroli e Zé Alguém. (7 concorrentes.)

6 pontos

CA7, Detective Suricata, Fátima Pereira, Marino, Sandra Ribeiro e ZAB. (6 concorrentes.)

Classificação Geral (após o 8º Teste)

77 pontos

1º Rodriguda

2ª Detective Jeremias

3º Mandrake Mágico

4º  Inspector Moscardo

76 pontos

5º Bernie Leceiro

6ºArjacasa

75 pontos

7ª Detective Verdinha

8º O Pegadas

74 pontos

9º Vic Key

10ª Mali

73 pontos

11º Mac Jr.

71 pontos

12º Clóvis

68 pontos

13º Inspetor Boavida

63 pontos

14º Columbo

56 pontos

15º Inspector Ryckyi

54 pontos

16ª Pintinha

46 pontos

17ª Rainha Katya

45 pontos

18º Abrótea

19ª Ana Marques

42 pontos

20º Virmancaroli

21ª Edomar

38 pontos

22ª Carluxa

36 pontos

23º Inspector 27797

34 pontos

24º Pedro Monteiro

33 pontos

25ª Detective Silva

30 pontos

26ª Detectivesca

28 pontos

27º Joel Trigueiro

25 pontos 

28ª Sandra Ribeiro

29ª Inspectora Sardinha

23 pontos

30ª Margareth

22 pontos

31º Zé Alguém

21 pontos

32º Inspector Cláudio

20 pontos

33ª Detective Suricata

19 pontos

34º Faria

35º Molécula

18 pontos

36º Jorrod

37ª Sofia Ribeiro

38º Jesse James

13 pontos

39º Carlos Caria

40ª CN13

12 pontos

41ª Fátima Pereira

42ª ZaB

43ª CA7

11 pontos

44º Marino

9 pontos

45º Inspector do Reino

46º Didão

 

 
terça-feira, novembro 04, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 

TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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PROBLEMA Nº 10

NA TASCA DO ZEFERINO, de Vic Key

SOLUÇÃO DO AUTOR

Frederico Costa, enquanto esteve em sua casa à conversa com o que viria a ser o seu sequestrador, percebeu que estava em perigo e deixou uma mensagem cifrada, usando as cartas de jogar, cuja temática era de Animais Africanos, da Zebra (Z), Flamingo (F) e Rinoceronte (Rino) =  -  - Rino = Zeferino. – 3 pontos.

("Havia ainda um baralho de cartas de jogar de temática de Animais Africanos, a pisar as cartas da zebra, do flamingo e do rinoceronte, viradas para cima!)

Zeferino, o dono do estabelecimento em que os amigos se reuniam, ouvira a conversa do mirífico motor a água. Os temores do farmacêutico deram-lhe a ideia de raptar o excêntrico inventor e tentar extrair-lhe o segredo, muito provavelmente para o patentear e enriquecer à custa da inteligência e esforço alheios. O malandro!!! – 2 pontos

O Zeferino, tinha uma notável colecção de carros antigos, um admirador nato, pelo que se mostraria interessado no projecto do Frederico.  Factor de Valorização.

PRESENÇA DE PARTICIPAÇÃO: – 5 pontos.

PONTUAÇÕES

DECIFRAÇÃO

TOTALISTAS (10 Pontos):

Bernie Leceiro – Matosinhos 

Búfalos Associados – Lisboa 

Columbo – Bombarral 

Detective Jeremias – Santarém  

Detective Verdinha – Lisboa   

EGO – Loures

Faria – Évora 

Fotocópia – Feijó 

Inspector Aranha – Santarém 

Inspector Detective – ??? 

Inspector Moscardo – Santarém  

Inspector Pevides – Oeiras  

Jesse James – Sintra 

Mali – Lisboa 

Mandrake Mágico – Sobreda

Molécula – Évora   

Pintinha – Lisboa  

Ribeiro de Carvalho – Torres Novas  

Vic Key – Bombarral

»»» 19 Concorrentes.

NÃO TOTALISTAS (9 Pontos):     

JC Al – Londres

»»» 1 Concorrente.

NÃO TOTALISTAS (7 Pontos):   

Carluxa – Lagos 

CN13 – Charneca de Caparica 

Detective Silva – Cova da Piedade

Didão – Sacavém (ESTREIA) 

Dona Sopas – Porto  

Haka Crimes – V. N. Gaia  

Inspector 27797 – Laranjeiro

Inspector Mucaba – V. N. Gaia

Rainha Katya – Charneca de Caparica 

Sofia Ribeiro – Charneca Caparica 

Zé Alguém – Lagos  

»»» 11 Concorrentes.

NÃO TOTALISTAS (5 Pontos):   

Ana Marques – Lisboa 

Arjacasa – Valpaços

CA7 – Sobreda... City   

Carlos Caria – Lisboa

Clóvis – Viseu

Detective Suricata – Braga 

Detective Vasofe – ??? 

Edomar – Montijo   

Fátima Pereira – Vale de Milhaços 

Inspector Cláudio – Lagos 

Inspector Mokada – Porto

Inspector Ryckyi – Amora  

Inspectora Sardinha – Armação de Pêra 

Joel Trigueiro – Costa da Caparica

Jorrod – Burgau  

Mancha Negra – Porto

Margareth – Lagos

Marino – Lisboa 

Mula Velha – V. N. Gaia 

O Pegadas – Braga

Pedro Monteiro – Sobreda  

Sandra Ribeiro – Almada

Visconde das Devesas – V. N. Gaia 

ZAB – Côja   

»»» 24 Concorrentes.

AS MELHORES

1.º – Fotocópia (Feijó) – 5 pontos

2.ª – Detective Verdinha (Lisboa) – 4 pontos

3.ºs – Búfalos Associados (Lisboa) – 3 pontos

4.º – Inspector Moscardo (Santarém) – 2 pontos

5.ª – Detective Jeremias (Santarém) – 1 ponto

AS MAIS ORIGINAIS

1.ª - Mali (Lisboa) – 5 pontos

2.º - Fotocópia (Feijó) – 4 pontos 

3.º - Vic Key (Bombarral) – 3 pontos

4.ª - Detective Verdinha (Lisboa) – 2 pontos

5.º - Bernie Leceiro (Matosinhos) – 1 ponto

PRÉMIOS SORTEADOS:

- 1 Livro de Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos, juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.

 PREMIADO: Inspector Pevides

 - 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.

 PREMIADO: Clóvis

CONSULTE TODAS AS CLASSIFICAÇÕES NO SITE CLUBE DE DETECTIVES (clubededetectives.pt)

 
segunda-feira, novembro 03, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 

TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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PROBLEMA Nº 11

O GORRO VERMELHO

Autor: Fotocópia

Ouviu-se o apito que sinalizava o fim da partida.

Bocas abriam-se proferindo gritos, alguns de apoio outros de escárnio, mantendo o ambiente infernal. Mãos batiam palmas, umas celebrando a vitória outras de agradecimento pelo esforço dos derrotados, ainda que pelo meio umas preferissem mexer certos dedos simbolizando felicidade ou injúria. Vozes roucas, gargantas roxas, juntavam-se ao som de tambores, cornetas e outros objetos que servissem para fazer barulho.   

Era nesta envolvente frenética que se procedia aos habituais cumprimentos entre os intervenientes no final do jogo. Jogadores, treinadores, delegados, árbitros entre outros, trocavam palavras e gestos, uns mais quentes que outros, em que os companheiros mais pacientes acalmavam os ânimos. Um dos árbitros chegou a libertar as mãos enrolando o apito no seu cordel para tirar o cartão vermelho do bolso, mas acabou por não o mostrar a ninguém tendo a situação sido regularizada sem a intervenção dos juízes.

Emoções! O que seria o desporto sem elas?

A desordem ruidosa ia terminando, ficando pequenos grupos de adeptos que ainda deambulavam pelas bancadas. A equipa de arbitragem, chateada e cansada deste jogo renhido difícil de ajuizar, terminara já as suas funções e apressava-se para o seu balneário. Um deles pegara nas suas coisas com rapidez tal que metera tudo na sua mochila sem ordem, deixando a mala mal fechada ficando à vista o que pareciam uns cordéis a baloiçar para fora do fecho. Passaram pelos homens da limpeza, um muito mais velho do que o outro, que estavam encostados à parede da entrada que ligava o campo aos balneários.  

– Boa noite e boa sorte, isto ficou em pantanas. – Diziam os árbitros de fugida aos homens da limpeza enquanto ainda levavam com apupos de dois adeptos da casa que permaneciam na bancada. Um com uma t-shirt com o número 7 nas costas, outro com um gorro que continha duas espadas cruzadas em “X” na zona da testa como símbolo, não respeitavam os avisos dos seguranças.

– Senhores árbitros… – balbuciou de forma sucinta, em jeito de cumprimento, o velho puxando ligeiramente a parte da frente do seu gorro para baixo com o polegar e indicador. Muito vira naquele clube e aguardava impacientemente, com o sua esfregona encarnada e pano encardido, que todos saíssem do recinto para iniciar o que fizera inúmeras vezes.

Os Los Rojos, equipa visitante, tinha vencido. Motivo de grande alegria que faziam questão de a demonstrar no balneário cedido pelo clube visitado. Cânticos eram proferidos, – Vamos levar daqui umas lembranças… lembranças daqui vamos levar… – ao som de palmas que ecoavam pelos corredores dos vestiários, chegando o som abafado, mas ainda audível ao balneário dos derrotados.

– Oiçam-nos! – dizia o treinador da equipa visitada dirigindo-se aos seus jogadores – o que pensam disto? Foram eles que ganharam ou nós que perdemos? Estou a ver que a alegria dos Rojos vos é indiferente…  

Alguns elementos ainda apresentavam olhos enervados e visão turva, faces rubras do esforço físico. Outros misturavam essa cor com a vergonha por terem perdido em casa contra o rival.

– Não foi nada disto que trabalhámos… o que aconteceu no jogo? – continuava o treinador, estando ele próprio abalado pelo desenlace da partida.

Entre este balneário que continha um monólogo e o outro que continuava em festejos, encontravam-se os dois homens da limpeza que tinham iniciado a sua labuta.

– Tolos, todos eles, quero lá saber disto, só me dão é trabalho desnecessário… estávamos bem era no Rouge a virar uns tintos – referindo-se ao bar Maison Rouge situado não muito longe dali, sempre com clientes azarados, taciturnos ou ambos.

– Isso é que era. – concluía o homem da limpeza mais novo. – E aquele idiota do capitão…

– Ainda por cima não recebemos nada de especial… o que vale é que de vez em quando compenso com estes cinco dedos, não é verdade minha encarnadinha? – dirigindo-se à sua esfregona, fazendo no ar um gesto circular com o pulso e dedos em que, à sua vez, cada falangeta tocava na palma da mão, começando pelo mindinho e terminando no indicador.

O homem mais novo ria-se baixinho em concordância quando é interrompido…

– Com licença! – exclamou o delegado da equipa, quase pontapeando os baldes cheios de água e detergente.  

– Eh lá… – exclamou o velho num misto de surpresa e comprometimento – onde vai com tanta pressa? – continuou.

O delegado deixo-o sem resposta dirigindo-se à porta da sua equipa. Ainda com a respiração ofegante rodou a maçaneta, abrindo-a. O treinador, virou-se de repente para trás, num misto de surpresa e repreensão. Não gostava que entrassem assim no balneário, muito menos quando ele falava com a equipa.

– Peço desculpa, mas estava a arrumar o material de jogo e deparei-me com a falta de bolas de jogo, balizas fora do lugar, garrafas estragadas, quadro tático rachado, toucas desaparecidas… – disse com aflição o delegado. O clube não andava bem de finanças e após a derrota não era este tipo de notícias que se desejava ouvir no seu seio.  

– Quando… – respondia o treinador.

– Nós podemos dar uma ajuda quando sairmos daqui – interrompeu o capitão da equipa num misto de coragem e oportunismo.  

O treinador olhou para ele… passou rapidamente os olhos pela restante equipa. Percebeu que o discurso que transmitia à equipa talvez tivesse de o fazer sozinho para consigo… tinha de se debruçar sobre as verdadeiras razões destes comportamentos da equipa em jogo, limpar a cabeça. Tudo o que dissesse agora não ajudaria ninguém. Parou o olhar novamente no capitão, dizendo afirmativamente:

– Equipa, vamos respirar fundo, paremos por aqui. Vamos ajudar o nosso staff a encontrar o material. Amanhã dou folga, voltamos na terça-feira em força!

Alguns jogadores entreolharam-se. Este comportamento não era comum no treinador, embora alguns não tivessem gostado da intervenção do capitão (andavam fartos das suas presunções, especialmente o guarda-redes suplente), outros sorriram timidamente para o capitão em forma de agradecimento. Finalmente estavam libertos daquele ambiente de cortar a respiração.

Já no cais da piscina… – Obrigado maltinha – felicitava o delegado a alguns jogadores – obrigado pelas bolas, vocês agora vão ver o resto ali…, Ò guarda-redes, os dois, vocês venham cá, preocupem-se com os vossos gorros. – ordenava.

– Olhe, desculpe lá, tinha o meu gorro pendurado aqui com os cordéis atados no fato-de-banho e com isto tudo nem dei conta. Mas está aqui!

– Ok “redes”, o gorro número 1 já está, vão lá encontrar o outro, por favor. – respondera o delegado.    

Percebendo a nova azáfama no cais da piscina o velho homem da limpeza e o seu parceiro pararam com os seus afazeres, retirando-se rapidamente, desta feita para o balneário dos árbitros que já se tinham ido embora, aproveitando para limpá-lo…

Assim que terminava um jogo, era costume todos ajudarem a arrumar o campo e o material de jogo nesta modalidade amadora. No entanto, devido às circunstâncias do ardente jogo, praticamente todo o material foi deixado espalhado, à mercê…   

Já poucos permaneciam no local de jogo. Praticamente só estava a equipa da casa a colocar tudo no devido lugar, juntamente com o restante staff e treinador. Os homens da limpeza já se encontravam noutra parte do recinto e dois últimos seguranças da empresa Às Sete Espadas faziam uma última vistoria aos corredores e acessos aos balneários e bancadas. Esta empresa de segurança tudo fazia para manter a ordem, “Seguro Às Sete Espadas”, era o lema. Por sinal, estes dois seguranças já tinham enfrentado problemas com adeptos da própria casa pois o capitão constantemente os instigava, tendo depois os seguranças de sossegar a cólera dos torcedores.

De repente ouvem-se passos rápidos e curtos! Dois homens entram no balneário onde estava o capitão.

– Ei! Oi! O que é isto?! – pergunta o capitão espantado. Este tinha se escapulido da tarefa de ajudar de arrumar o cais da piscina e já se encontrava a tomar banho sozinho, quando foi surpreendido…

– Era mesmo isto que queríamos, apanhar-te sozinho, enquanto a equipa está ali entretida… esta é por tudo aquilo que já nos fizeste passar… – berraram os infratores enquanto davam uma surra ao capitão.

– Olha-me para este com uma tatuagem da carta 7 de espadas no ombro… – dizia um.

– Deve ter a mania, nem que fosse um ás, levava na mesma… – vociferava o outro.  

Os ainda presentes na piscina ouviram a vozearia e acorreram ao balneário encontrando o capitão sozinho deitado no chão em posição fetal derramando sangue de uma das têmporas.

Enquanto o treinador ligava para o 112, o delegado ligava ao médico do clube que tinha acabado de entrar no seu escarlate Porsche no parque de estacionamento, em vista a que ele pudesse acudi-los.

 – Inconsciente, mas vivo. – reitera o médico acalmando a restante equipa, continuando com os cuidados médicos.  

– Mas quem terá feito este horror? – diz um dos jogadores.

Entretanto chegam ao balneário os dois seguranças.  

– Vínhamos para aqui, mas ao cá chegar vimos dois indivíduos a fugir do balneário… um deles com uma t-shirt com um sete nas costas. – relata o primeiro segurança, agarrando o outro adepto endiabrado pelo braço esquerdo.

– E este “menino” aqui era o outro delinquente. – continuando o segundo segurança agarrando o braço direito do suposto agressor.

– Larguem-me eu não fiz nada… – gritava o adepto endiabrado enquanto esperneava.

Os ânimos exaltavam-se! Os outros jogadores estavam sedentos por agredir o pilantra!

– Acho que eram estes dois que só vinham aos jogos para cometer delitos, desde roubos e ofensas a todos: árbitros, treinador e até ao capitão da própria equipa… ainda há pouco acho que eram estes dois que insultavam os árbitros. – refere o primeiro segurança.  

– Admito! Eu e o meu “sócio” viemos aqui roubar, esperámos até que estivesse menos gente e menos seguranças…, mas não batemos em ninguém. – grita o torcedor.

– Roubar o quê? – pergunta o delegado da equipa – penso que não haja aqui nada de grande valor…

– Tudo serve… grão a grão… – diz em risos o de gorro com um símbolo de espadas em “X” na zona da testa, esquecendo-se da dor causada pelos seguranças que lhe torciam os braços.

– Levaram alguma coisa? – exaltando-se o treinador com todo aquele teatro.

– Só aquele “capacete” vermelho que alguns de vocês usam, nunca percebi muito bem, só venho para aqui beber e divertir-me com os meus “manos”, mal sei as regras – soltando uma gargalhada – … estava no balneário dos árbitros… – sorria – infelizmente não deu para mais nada, pois ouvimos uma gritaria do outro balneário, parecia que estavam a matar alguém… e fugimos. Não fossem estes dois “gorilas” terem surgido tão rapidamente… e terem me apanhado logo e tinha fugido também com o meu “sócio”.

– Nem mais uma palavra… estás a mentir! – dizia o segundo segurança enquanto lhe torcia mais o braço.

– Amigos… – interrompe o velho homem da limpeza – confirmo a versão desse infeliz. Eu e o meu colega limpámos o balneário dos árbitros e vimos o gorro vermelho lá, nem sabemos como foi lá parar…, mas ficou lá, nem lhe tocámos…

– Não acredito que o deixaram lá, não sabiam que estávamos a arrumar? – responde efusivamente o delegado.

– Queremos lá saber! – grita o velho.

Continuando o homem de limpeza mais novo – Se não fossem estes jogos aos domingos à tarde, já nos estávamos a divertir há muito… no…

– Rouge? – interpela um dos jogadores a rir provocando reação semelhante aos colegas de equipa.

– Calem-se! – remata o velho.

– Sim… – mudando de assunto um dos seguranças – nós também vimos lá essa touca com nº 12 quando fizemos a ronda…, mas não ligámos muito… pedimos desculpa por isso.

– Pois, ainda pegámos nela e vimos bem a marca e o número para perceber se era da nossa equipa, mas depois ouvimos passos rápidos no corredor e fomos investigar, deixando lá a touca – diz o outro segurança.

– Passos rápidos deviam ser os vossos próprios, quando saíram do balneário onde estava o capitão… – gargalhava o adepto já ajoelhado forçosamente pelos seguranças.

– Vamos todos permanecer serenos e aguardar pela polícia. – acalma o treinador, trocando olhares com o delegado e a restante equipa, questionando-se – porque é que eles teriam feito isto? – referindo-se ao crime que acabara de acontecer. O treinador só não compreendia a causa, mas já sabia quem era o par culpado. Ele, o delegado e os jogadores estavam dispostos a serem testemunhas e a dizer quem eram os culpados à polícia.  

1)    Que modalidade desportiva está subentendida no texto?

2)    Quem é o par culpado que o treinador, delegado e jogadores dirão à polícia?

2.1. Como chegaram a esta conclusão?

3) Por que motivo esse par espancou o capitão? 

ENDEREÇOS E PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:

As respostas devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 30 de novembro de 2025, através dos seguintes meios:

a - Por email, correio eletrónico de A Página dos Enigmas: apaginadosenigmas@gmail.com;

b – Entregando em mão ao orientador do Blogue A Página dos EnigmasPaulo, onde quer que o encontrem;

c - Utilizando o Correio Normal (CTT):

Luís Manuel Felizardo Rodrigues

Praceta Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.

FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.

Nota:

Além dos prémios em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes prémios:

- 1 Livro de Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, oferta de Salvador Santos, juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, oferta de José Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.

- 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.

 
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