TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 9
ALMOÇOS GRÁTIS, de
Detective Jeremias
Caro leitor,
Gostaria de partilhar consigo um desafio que me foi lançado um destes
dias. Mas antes, tenho de contar como me veio parar as mãos.
Não sou muito dada a marcar encontros com amigos de longa data e estou
segura de que pensam da mesma forma. Sei que estão presentes para o que for
preciso e eles sabem que podem contar comigo, incondicionalmente. Talvez por
isso, os planos de almoços, passeios, ou outras actividades, foram sempre
adiados e acabaram por ficar em águas de bacalhau.
Agora, depois do domingo passado, sou obrigada a reconhecer que afinal
foi um dia espectacular que passámos juntos. Também não tive grande
alternativa. Nesse dia, pelas nove da manhã recebi uma mensagem a perguntar
onde estava e uma hora depois tive uma invasão na minha casa. Apareceram os
(poucos) velhos amigos munidos de uma saca de carvão, pão caseiro, vinho,
geleiras com peixe fresco, carne, queijo, enchidos e sei lá mais o quê. Sem
hipótese de resistir a este ataque inesperado, rendi-me e meti mãos à obra para
assegurar a parte que me coube: preparar o pátio, as mesas, as loiças, o
grelhador, enfim a chamada logística. E o melhor do dia não foram os petiscos,
mas a música e a conversa animada para relembrar as parvoíces de uma altura em
que todos nós víamos tudo de forma mais corajosa e descontraída.
Era um tempo em que fazíamos das fraquezas, forças. Tantas coisas
divertidas, que já tinha esquecido, vieram à baila. Como daquela vez, em que eu
estava fartíssima de reclamar junto do posto dos correios, porque o telefone da
única cabina telefónica que servia o bairro estava partido há mais de um mês.
Ali, quase ninguém tinha telefone fixo e os telemóveis eram ficção científica.
Resolvi o problema ao enviar, anonimamente, um postal aos CTT denunciando uma
situação “altamente irregular e perturbadora da ordem pública”: o telefone da
cabina X estaria com uma falha técnica e permitia fazer chamadas sem usar
moedas, o que criava um verdadeiro caos de filas de malta nova, principalmente
estudantes de quartos alugados, que passavam horas sem fim em chamadas interurbanas,
quiçá até para estrangeiro, sem desembolsar um único centavo. É claro que não
tardou que aparecessem os técnicos para substituir o telefone partido, que
“supostamente” funcionava de graça. Tudo historietas deste calibre, que muitas
vezes só têm piada para quem as viveu na pele, e que nos deixaram os maxilares
doridos de tanto riso.
Bom, o que me traz agora aqui é o enigma que me foi deixado no fim do
dia, pelo grupo de amigos, acompanhado de uma nota onde ser podia ler o
seguinte:
“Já que gostas tanto de mistérios, descobre quem cometeu o crime, porquê e com o quê. Ganharás almoço, inteiramente grátis, com tudo a que tens direito, num restaurante à tua escolha.”
UM ÚNICO CULPADO,
UMA ÚNICA ARMA DO CRIME
E UM ÚNICO MOTIVO
Num almoço de hipotéticos amigos, para recordar velhos tempos, D.ª
Etelvina, apareceu morta na sua própria biblioteca. Antes de interrogados os
suspeitos, e segundo o testemunho unânime dos empregados, o que se sabe, é que
estalou uma violenta discussão entre os presentes: a D.ª Ricardina, a D.ª
Severina, o Sr. Clementino e o Sr. Sepúlveda, além da D.ª Etelvina, a anfitriã.
Também era consensual que cada um dos convidados tinha alguma coisa contra a
dona da casa, mas a confusão era completa − falava-se, à boca pequena, em
problemas de dívidas, vingança, ciúmes e até chantagem, mas ninguém sabia
exactamente qual fora o móbil do crime, nem se conseguira relacionar os
supostos motivos, com cada um dos suspeitos. Até à chegada do médico legista a
causa de morte também era alvo de especulação − enquanto uns garantiam que a
D.ª Etelvina teria sido envenenada, outros falavam numa pancada ou num tiro na
cabeça. Afinal, primeiro de acordo com o legista e, posteriormente com o
relatório da autópsia médico-legal, a morte fora consequência de uma lesão
cardíaca extensa, causada por um objecto
cortante.
O que se sabe sobre o crime? Muito? Muito pouco? O suficiente para
descobrir o culpado!
Todos eram suspeitos, até prova em contrário e a investigação apurou que,
curiosamente, cada um deles teria um motivo diferente e também um método de
eleição próprio, para cometer o crime: veneno, punhal, objecto pesado e arma de
fogo.
Sem qualquer dúvida, e com absoluta certeza, eis os cinco factos
apurados:
1. Se o envenenamento fosse a causa de morte, o seu autor teria sido uma
das mulheres.
2. O motivo da D.ª Ricardina estaria relacionado com dívidas de
dinheiros.
3. A estatueta seria o objecto escolhido por alguém motivado pelo ciúme.
4. O Sr. Clementino utilizaria o seu revólver, mas nunca teria a vingança
por motivo.
5. A D.ª Severina era impulsiva e teria usado uma pesada estatueta.
Caro leitor,
É tudo. Não é um verdadeiro enigma policiário ─ os meus amigos nem são
sequer policiaristas e temos de dar um desconto. O leitor, se quiser, tem aqui
material para ocupar o tempo livre.
Eu descobri as respostas às três questões. E mais, também relacionei cada
um dos suspeitos com cada “arma do crime” e “motivo”. Consegue fazer o mesmo?
Posso garantir que o meu almoço grátis “está no papo”. E os meus amigos
que se preparem para uma sessão de “7 Problemas Escolhidos”, escritos pelo Sete
de Espadas. Quem sabe não saem de lá verdadeiros policiaristas, com o vício da
decifração e a criar desafios de fazer suar as estopinhas?
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 30 de setembro de
2025, através dos seguintes exemplos:
a -
Por email, correio eletrónico, Salvador Santos:
salvadorsantos949@gmail.com;
b - Entregando
em mão ao orientador do Blogue LOCAL DO CRIME, onde quer que o encontrem;
c -
Via Messenger, Facebook, mensageiro instantâneo e aplicativo de Salvador
Pereira dos Santos;
d -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes
prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
ATENÇÃO
Faltam apenas 15
dias (15 de setembro)! É às 24h00 desse dia que termina o prazo para o envio de
propostas de soluções ao segundo problema (“O Berbequim Voador”) do Torneio de Agosto.
Para facilitar a vida aos retardatários, aqui publicamos de novo esse original
inédito do saudoso NOVE:
Torneio
de Agosto (as melhores, mais criativas e mais originais soluções)
Problema
nº 2
“O
Berbequim Voador”,
de Nove (2006)
O Sr.
Ferreira acabara de pousar um berbequim, perto da porta de entrada do seu
quintal, quando ouviu o telemóvel. Solicitavam a sua presença numa mata próxima
para assinalar as árvores a abater. Chamou o cão, na ideia de lhe proporcionar
umas corridas, e saiu com ele.
O
quintal estava rodeado por um gradeamento difícil de transpor, mas a porta
ficara apenas encostada e, da rua, via-se o berbequim. Decorrida cerca de uma
hora, quando o Sr. Ferreira voltou, a ferramenta já não estava lá, voara! Como
ninguém ficara em casa naquele intervalo de tempo, tudo levava a crer que o
berbequim fora roubado.
O Sr.
Ferreira lembrou-se então de pedir ao seu vizinho Carlos Santos, um jovem que
começara há uns meses a sua carreira profissional na polícia. Sabendo-o de
folga, procurou-o e contou-lhe o sucedido. Não era tanto o valor do berbequim
que o preocupava, mas, sobretudo, o inesperado fruto. O agente Santos
prontificou-se a averiguar o assunto e, depois de pensar um pouco, dirigiu-se
para o café onde se costumavam encontrar as pessoas das imediações. Faltava um
quarto para o meio-dia.
Após
cumprimentar os presentes o agente perguntou: “Então já sabem do assalto ao Sr.
Ferreira?... Foi esta manhã. Coisa séria, segundo parece. Penso que o larápio
não deve andar longe”. E dito isto olhou para um moço de catorze anos ou pouco
mais. O rapaz respondeu de pronto: “Ó Sr. Carlos não olhe assim para mim. Não
tive a última aula e cheguei aqui há cinco minutos”.
O dono
do café, por detrás do balcão, resmungou: “Ó Carlos, tu por seres polícia não
vais agora pensar que todos os outros são ladrões, pois não? Conta o que
aconteceu e deixa-te de acusações”.
O
agente Santos sorriu bem-disposto e tranquilizou o lojista. Mas o Sr. Marques,
um dos clientes, resolveu continuar a protestar: “Caramba! Vir para aqui falar
de um grande assalto, de uma coisa séria, quando não desapareceu mais do que um
simples berbequim, é de quem anda a sonhar com ladrões. Ó Carlos, porque é que
vocês na polícia não se ocupam de coisas realmente graves?”
O
agente Santos, sem perder a calma, dirigiu-se então a todos e disse: “O Sr.
Marques não deixa de ter alguma razão, mas podem ficar descansados quanto ao
tempo gasto porque eu já sei quem roubou o Sr. Ferreira”.
Como é que o Carlos Santos descobriu o larápio? Quem era ele?
NOTA: As propostas de solução devem ser enviadas para o e-mail do orientador
da secção, salvadorsantos949@gmail.com, até ao próximo dia 15 de setembro,
impreterivelmente.
É CONHECIDO HOJE O ÚLTIMO ENIGMA DO TORNEIO DE AGOSTO
Publicamos hoje o último enigma do Torneio de Agosto (as melhores, mais criativas e originais soluções), que se realiza em homenagem ao nosso saudoso confrade Pedro Paulo Faria (NOVE e VERBATIM), com a qual pretendemos colocar à prova a capacidade dedutiva dos nossos leitores, onde o objetivo é premiar não só as melhores, mas também as mais criativas e mais originais soluções dos concorrentes em prova. E a verdade é que esta foi uma aposta ganha! Não só pelo número de propostas de soluções que temos vindo a receber, mas sobretudo pela qualidade demonstrada na sua esmagadora maioria. Sublinhe-se ainda que neste momento, quando continua a decorrer o prazo para o envio de soluções de qualquer dos problemas publicados, temos sido surpreendidos não só pela grande afluência de concorrentes, mas também pela rapidez da resposta de alguns, todos eles apresentando análises cuidadas dos enigmas e grande criatividade.
Torneio de Agosto (as melhores, mais
criativas e mais originais soluções)
Problema nº 3
“A Gaiola Roubada”,
de Nove (2006)
Ao
princípio de uma luminosa tarde de primavera, o Sr. Baeta, dono de uma antiga
barbearia de bairro, denominada “Salão Ideal”, fechou a porta da sua loja
deixando um pequeno cartaz que dizia “Volto já”. Regressou passados vinte
minutos e constatou que lhe tinham roubado um lindo canário e a respectiva
gaiola que, inadvertidamente, deixara pendurada do lado de fora.
Ficou
desolado porque tinha uma grande estima pelo bicho. Mas não cruzou os braços e
dirigiu-se, sem demora, à esquadra que havia ali perto.
O cabo
Raposo tomou conta do assunto e concluiu, ainda nessa tarde, que o furto
poderia ter sido obra ou da Sra. D. Josefa Silveira, chegada há três meses ao
bairro, ou do Sr. Armando Fonseca.
Foram
ambos chamados a depor, tendo sido interrogados em separado.
- Sra.
D. Josefa, roubaram uma gaiola ao dono da barbearia “Salão Ideal”. Há indícios
que levam a suspeitar da senhora como autora do furto. O que me diz?
- Ó
Sr. Guarda, é muito triste o que se passa neste bairro! Como não ando aí metida
em mexericos, estou mesmo a ver que alguém já lhe veio dizer, se calhar por
inveja, que fui eu que roubei o canário da barbearia, que nem sei de quem é nem
onde fica ao certo, pois vivo aqui apenas há três meses e levo uma vida muito
recatada. Mas já agora digo-lhe, se o Sr. Baeta não queria que lhe roubassem o
passarinho não tivesse deixado a gaiola na rua quando fechou a loja. Aquilo foi
obra, com certeza de algum garoto…
O cabo
Raposo fez ao Sr. Armando Fonseca uma pergunta semelhante à que fizera à Sra.
D. Josefa Silveira. Ele respondeu do seguinte modo:
- Eu,
autor de um furto?! Ó senhor guarda, nem sabia que tinham roubado uma gaiola ao
dono do “Salão Ideal”, quer dizer, ao Sr. Baeta, não é verdade? Terá sido
aquela gaiola que ele costuma pôr à porta da barbearia com um bonito canário?
Se foi essa o homem vai ter um desgosto de todo o tamanho. Ainda hoje vi o
bicho, depois do almoço. Fui lá para mostrar ao Baeta um aparelho de televisão
pequeno, que comprei para a cozinha e de que tínhamos falado uns dias antes.
Ele no momento tinha a loja fechada e eu, como não podia esperar, fui-me logo
embora.
Depois
destas duas respostas o assunto ficou resolvido.
Quem é que furtou a gaiola com o canário? De que maneira é que o gatuno se denunciou?
NOTA: As propostas de solução devem ser enviadas para o e-mail do orientador da secção, salvadorsantos949@gmail.com, até às 24h00 do próximo dia 25 de setembro, impreterivelmente.
ECOS
DO TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
Entretanto,
prossegue no espaço virtual o Torneio do Cinquentenário (1975-2025) de
“Mistério…Policiário”, de homenagem a Sete de Espadas e à revista Mundo de
Aventuras, com a publicação da sua 8ª prova, cujo prazo para envio de propostas
de solução expira no próximo dia 31 de agosto. O Torneio regista até ao momento
o envolvimento de 67 concorrentes, mas continua aberto à participação de todos
os que queiram engrossar esse pelotão em movimento rumo à meta (final de
dezembro de 2025), bastando para tal o envio de propostas de solução aos
enunciados dos respetivos problemas, começando para já por responder ao enigma
“A Estreia do Inspector Faria”, através do endereço do blogue A Página dos
Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com).
Concluídas as primeiras SETE (número mítico!) etapas do Torneio, ocupam as três primeiras posições das tabelas classificativas os seguintes concorrentes: Detective Jeremias (69 pontos), Inspector Aranha (67 pontos) e Inspector Mucaba (67 pontos) lideram na Decifração, seguidos muito de perto por um compacto pelotão de excelentes concorrentes; Detective Jeremias (19 pontos), O Pegadas (14 pontos) e Detective Verdinha (9 pontos) comandam nas Melhores Soluções, perseguidos de perto por alguns dos nossos mais destacados e inspirados solucionistas; e Mali (29 pontos), Detective Jeremias (15 pontos) e Dona Sopas (14 pontos) seguem na frente nas Soluções Mais Originais, com um pequeno grupo de criativos a “morder-lhes os calcanhares”.
ECOS
DO TORNEIO “QUEM É?”
No
blogue A Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com) decorre o Torneio
“Quem é?”, que coloca neste momento à prova das cerca de quatro dezenas de
participantes que animam o torneio mais um teste sobre literatura policial,
seus autores, detetives e outros protagonistas, destacando-se nas primeiras
posições um grupo de oito magníficos policiaristas: Detective Jeremias,
Rodriguda, Vic Key, Arjacasa, Mali, Mandrake Mágico, Detective Verdinha e Inspetor Moscardo.
Fica
também aqui o convite aos nossos leitores e seguidores que ainda não deram esse
passo, para se lançarem neste desafio (o sexto!) que nos leva aos meandros da
literatura policial universal, cujo prazo envio de respostas termina também no
último dia deste quente mês de agosto.
ATENÇÃO
Faltam apenas 15
dias (5 de setembro)! É às 24h00 desse dia que termina o prazo para o envio de
propostas de soluções ao primeiro problema (“Crime na Casa Azul”) do Torneio de
Agosto. Para facilitar a vida aos retardatários, aqui publicamos de novo esse
original inédito do saudoso NOVE:
Torneio
de Agosto (as melhores, mais criativas e mais originais soluções)
Problema
nº 1
“Crime
na Casa Azul”,
de Nove (2006)
O
coronel Ferraz vivia com os seus dois sobrinhos, Carlos e João, numa vivenda
chamada “Casa Azul”, da qual fazia parte um vasto terreno que se estendia das
traseiras da moradia até uma linha de caminho de ferro que corria a cerca de
100 metros de distância.
Numa
bela, mas infeliz manhã de maio, o coronel apareceu morto no seu escritório,
uma divisão situada na parte da frente do rés-do-chão da “Casa Azul”. Foi a
empregada quem encontrou o corpo, cerca das 9h10, pouco depois de ter entrado
ao serviço.
A
polícia foi chamada e, pelas 10h20, chegou o Inspector Alves, o agente Dias e o
Dr. Martins, médico legista.
Foi
tudo examinado com cuidado. O coronel Ferraz havia sido atingido no local onde
se encontrava o corpo, com um tiro na nuca, desferido a uma distância entre
0,5m e 1,0m. A morte, segundo a estimativa do Dr. Martins, ocorrera entre as
7h45 e as 8h15. A arma fatal não se encontrava no escritório.
O
Inspector Alves chamou a empregada e os dois sobrinhos para um primeiro
interrogatório.
A
senhora fora ao posto médico daquela povoação, onde estivera, segundo se
comprovou, das 7h40 às 8h30.
O
sobrinho Carlos declarou o seguinte: “Desci para o meu exercício matinal cerca
das oito menos um quarto. O meu primo João estava a tomar o pequeno-almoço com
o tio. Quando eu andava lá por baixo, na nossa quinta, perto da linha do
comboio, ouvi um barulho, semelhante a um tiro, vindo da vivenda. Estranhei o
facto, mas não lhe dei importância. Deviam ser 8h10 porque, no momento em que
senti o tiro, estava a passar o primeiro comboio rápido da manhã, que costuma
ser muito pontual. Regressei a casa já depois das oito e meia e fui para o
duche. Fiquei muito surpreendido ao ouvir os gritos da nossa empregada… tinha
eu acabado de me vestir. Depois de ver o que acontecera telefonei de imediato
para os senhores”.
O
sobrinho João disse: “Vi o meu tio ao pequeno-almoço. Ele estava bem disposto e
encarregou-me de tratar de uns assuntos na cidade. Saí um ou dois minutos antes
das oito. Fui primeiro falar com o empreiteiro com quem ajustámos o arranjo da
garagem e depois desloquei-me ao nosso banco. Quando aí me encontrava, perto
das nove e meia, telefonou-me o meu primo Carlos a dizer que o tio tinha sido
encontrado morto no escritório. Por uns instantes fiquei sem fala. Recompus-me,
pedi-lhe pormenores e vim logo para aqui”.
Após
ter interrogado os dois sobrinhos o Inspector Alves ficou satisfeito. O caso
não parecia complicado.
Foi
acidente? Foi suicídio? Se foi assassínio, quem o terá perpetrado? Justifique a
sua resposta.
NOTA: As propostas de solução devem ser enviadas para o e-mail do orientador da secção, salvadorsantos949@gmail.com, até ao próximo dia 5 de setembro, impreterivelmente.
É
CONHECIDO HOJE O SEGUNDO ENIGMA DO TORNEIO DE AGOSTO
Voltamos hoje ao Torneio
de Agosto (as melhores, mais criativas e originais soluções), com a publicação
do segundo enigma da prova, que se realiza em homenagem ao nosso saudoso
confrade Pedro Paulo Faria (NOVE e VERBATIM) que nos deixou em finais de agosto
de 2018, com a qual iremos colocar à prova a capacidade dedutiva dos nossos
leitores, aliando a essa argúcia um grande espírito criativo e um sentido de
originalidade apurado, já que o objetivo é premiar não só as melhores, mas
também mais criativas e mais originais soluções dos concorrentes em prova.
Escrito pelo nosso homenageado na sua fase inicial de produtor, quando procurava criar uma carteira de enigmas de menor grau de dificuldade que ajudasse a captar novos praticantes para a vertente de decifração policiária, o problema em apreço será talvez de fácil resolução, mas a verdade é que não é apenas isso que se pede aos nossos concorrentes. O que se premeia é efetivamente uma solução acertada, mas… também a criatividade e a originalidade, fatores valorativos na avaliação das propostas recebidas. Portanto, conhecidas as premissas, mãos à obra!
Torneio de Agosto (as melhores, mais
criativas e mais originais soluções)
Problema nº 2
“O Berbequim Voador”,
de Nove (2006)
O Sr.
Ferreira acabara de pousar um berbequim, perto da porta de entrada do seu
quintal, quando ouviu o telemóvel. Solicitavam a sua presença numa mata próxima
para assinalar as árvores a abater. Chamou o cão, na ideia de lhe proporcionar
umas corridas, e saiu com ele.
O
quintal estava rodeado por um gradeamento difícil de transpor, mas a porta
ficara apenas encostada e, da rua, via-se o berbequim. Decorrida cerca de uma
hora, quando o Sr. Ferreira voltou, a ferramenta já não estava lá, voara! Como
ninguém ficara em casa naquele intervalo de tempo, tudo levava a crer que o
berbequim fora roubado.
O Sr.
Ferreira lembrou-se então de pedir ajuda ao seu vizinho Carlos Santos, um jovem que
começara há uns meses a sua carreira profissional na polícia. Sabendo-o de
folga, procurou-o e contou-lhe o sucedido. Não era tanto o valor do berbequim
que o preocupava, mas, sobretudo, o inesperado furto. O agente Santos
prontificou-se a averiguar o assunto e, depois de pensar um pouco, dirigiu-se
para o café onde se costumavam encontrar as pessoas das imediações. Faltava um
quarto para o meio-dia.
Após
cumprimentar os presentes o agente perguntou: “Então já sabem do assalto ao Sr.
Ferreira?... Foi esta manhã. Coisa séria, segundo parece. Penso que o larápio
não deve andar longe”. E dito isto olhou para um moço de catorze anos ou pouco
mais. O rapaz respondeu de pronto: “Ó Sr. Carlos não olhe assim para mim. Não
tive a última aula e cheguei aqui há cinco minutos”.
O dono
do café, por detrás do balcão, resmungou: “Ó Carlos, tu por seres polícia não
vais agora pensar que todos os outros são ladrões, pois não? Conta o que
aconteceu e deixa-te de acusações”.
O
agente Santos sorriu bem-disposto e tranquilizou o lojista. Mas o Sr. Marques,
um dos clientes, resolveu continuar a protestar: “Caramba! Vir para aqui falar
de um grande assalto, de uma coisa séria, quando não desapareceu mais do que um
simples berbequim, é de quem anda a sonhar com ladrões. Ó Carlos, porque é que
vocês na polícia não se ocupam de coisas realmente graves?”
O
agente Santos, sem perder a calma, dirigiu-se então a todos e disse: “O Sr.
Marques não deixa de ter alguma razão, mas podem ficar descansados quanto ao
tempo gasto porque eu já sei quem roubou o Sr. Ferreira”.
Como é que o Carlos Santos descobriu o larápio? Quem era ele?
NOTA: As propostas de solução devem ser enviadas para o e-mail do orientador da secção, salvadorsantos949@gmail.com, até ao próximo dia 15 de setembro, impreterivelmente.
ECOS
DO TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
Entretanto, prossegue no espaço virtual o Torneio do Cinquentenário (1975-2025) de “Mistério…Policiário”, de homenagem a Sete de Espadas e à revista Mundo de Aventuras, com a publicação, no passado dia 1 de agosto, da sua 8ª prova, que tem por base um enigmas do confrade Faria (“A Estreia do Inspector Faria”). O torneio regista até ao momento o envolvimento de 66 concorrentes, mas continua aberto à participação de todos os que queiram engrossar esse pelotão em movimento rumo à meta (final de dezembro de 2025), bastando para tal o envio de propostas de solução ao enunciado daquele problema, até 31 de agosto, e para os que depois se lhe seguirão, aqui, nos blogues Repórter de Ocasião (reporterdeocasiao.blogspot.com), A Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com), Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com) e no site Clube de Detectives (clubededetectives.net). Era muito curioso se conseguíssemos chegar ao fim do nosso Torneio com a participação de SETE (número mítico!) dezenas de concorrentes!
ECOS
DO TORNEIO “QUEM É?”
No
blogue A Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com) decorre o Torneio
“Quem é?”, que acaba de colocar à prova das cerca de quatro dezenas de
participantes que animam o torneio mais um teste sobre literatura policial,
seus autores, detetives e outros protagonistas.
Fica
também aqui o convite aos nossos leitores e seguidores que ainda não deram esse
passo, para se lançarem neste desafio (o sexto!) que nos leva aos meandros da
literatura policial universal, cujo prazo envio de respostas termina também no
último dia deste quente mês de agosto.
Já é conhecida a
prova nº 6 do Torneio “Quem É?”.
Ei-la:
Torneio “Quem
é?”
Prova nº 6
Coleção
Vampiro
Autor: Paulo
Todas as
questões aqui colocadas, se referem a autores publicados nesta coleção.
1 – Este
é um autor que surgiu muito pouco na Coleção Vampiro e nunca com a sua
personagem mais conhecida. Nasceu, pouco passava da metade do século XIX, filho
de pai inglês e de mãe irlandesa, que lhe ensinaria as primeiras letras.
Formou-se em
medicina, o que, muito provavelmente, lhe forneceu elementos que utilizou nos
seus escritos.
A sua personagem
principal tornou-se sinónimo de detetive, tal foi o sucesso que teve logo de
início, e que continuou ao longo dos anos, levando a que muitas das suas
obras tivessem adaptação cinematográfica e televisiva.
Farto da sua
personagem, o criador pretendeu matar a criatura, mas a pressão do público e do
editor, fez com que a morte fosse apenas encenada, surgindo o detetive em mais
algumas histórias após a sua "ressurreição".
Apesar da
dedicação à literatura, continuou a exercer a sua atividade profissional, tendo
também participado na Guerra dos Boers. Morreu em 1930.
a) Quem é o
autor a que se refere o texto?
b) Quem é a
personagem que ele criou e que é referido no texto?
2 – Foi
uma das autoras mais publicadas na Coleção Vampiro. Nasceu ainda no século XIX,
escreveu contos, romances, poesia e peças de teatro. É considerada a rainha do
crime, sendo uma das autoras que mais usa os venenos nas suas obras, situação a
que não será alheio o facto de ter trabalhado num hospital e numa farmácia
durante a I Guerra Mundial. O seu segundo casamento com um arqueólogo também a
levou a localizar algumas das suas obras neste meio, designadamente no médio
oriente.
A sua principal
personagem, um detetive belga, criou a expressão "células cinzentas"
e tem sido adaptado em séries televisivas e no cinema, sendo vários os atores
que o interpretaram, sendo David Suchet aquele que deixou uma marca mais indelével.
Esta autora
faleceu, já a década de 70 do século XX tinha passado a metade.
Sublinhe-se
ainda uma entrevista feita por Artur Varatojo a esta escritora.
a) Quem é a
autora referida no texto?
b) Qual é a
personagem que ela criou e utiliza a expressão "células cinzentas"?
3 – Foi
um escritor belga, cuja vida decorreu totalmente no século XX.
Apesar da sua
nacionalidade, a principal personagem que saiu da sua veia criadora era um
polícia francês, cujo primeiro nome era Jules, que nasceu na localidade
fictícia de Saint-Fiacre, viveu no Boulevard Richard Lenoir, e que quando
começou os seus casos ainda existia pena de morte aplicada pela justiça
francesa. O último episódio com esta personagem surge já na década de 70,
cerca de 40 anos depois do primeiro. A sua fama foi tanta que existe pelo menos
uma estátua, nos Países Baixos, onde surge esta personagem, que resolve os
crimes, não com base em ação, mas no conhecimento psicológico dos suspeitos.
Este autor foi
extremamente prolífico, usando muitos pseudónimos. Além da sua série principal,
com o polícia francês referido, escreveu muitas outras obras. A
Coleção Vampiro publicou imensos títulos com a sua personagem mais conhecida,
que já anteriormente tinha dado origem a uma coleção com o sue nome.
a) Quem é o
escritor?
b) Qual é a
personagem que é referida na pergunta?
4 –
Nasceu em 1904 em Elmer no Minnesota. Publicou sobre os pseudónimos Stephen
Acre, Charles K. Boston e John K. Vedder, mas seria sobre o seu verdadeiro nome
que a coleção Vampiro publicaria livros das suas três séries policiárias, assim
como outros livros fora dessas séries.
A sua principal
série envolve uma dupla de detetives. Um deles é o cérebro do grupo e o outro é
o responsável pela atividade física necessária à resolução dos casos. Têm a
característica de, apesar de em determinados momentos possuírem muito dinheiro,
estão quase sempre sem meios de subsistência, tendo que recorrer à venda de
livros.
a) Quem é este
autor?
b) Quem é esta
dupla?
5 – Esta
autora, nascida em 1933, surgiu com dois livros publicados nesta coleção,
incluindo o segundo de uma das séries da sua criação, que tem como protagonista
um inspetor da polícia. Esta série teve 15 livros publicados.
a) Quem é a
personagem referida?
b) Qual é o nome
desta autora?
As soluções
devem ser enviadas até ao dia 31 de agosto para apaginadosenigmas@gmail.com.
Em aditamento à
edição da secção O Desafio dos Enigmas de 20 de julho de 2025, publica-se a
solução de mais um problema do I Grande Torneio organizado pela secção
“Mistério…Policiário”, orientada por Sete de Espadas, entre 13 de março de 1975
e 1 de abril de 1986, na Revista Mundo de Aventuras.
Mistério…Policiário,
da Revista Mundo de Aventuras em 1975
I
Grande Torneio
O CASO DA PISCINA VAZIA.., de Sir Lock
Solução do
Autor
Havia
um renque de arbustos entre o carreiro e a piscina para a guardar de olhares
indiscretos. O inspector estava junto da cancela e sentia-se
comprometido por ter procurado um local onde pudesse evitar a visão daquela
cena de sangue e horror. O Abel D'Alpuim saiu cheio de pressa e lamentava
não ter passado pela piscina pois «poderia ter evitado o acidente». O Abel
D'Alpuim tinha visto o jardineiro encher a piscina na véspera.
É
evidente que, da cancela, o renque de arbustos tapava a piscina dos tais
olhares indiscretos e, portanto, ninguém poderia verificar se havia água ou
não. Como poderia saber o Abel que a água, que enchia a piscina na véspera, se
tinha escoado? Afinal ele mesmo afirmou que se tivesse passado pela piscina o
acidente se teria evitado.
Logo o
Abel é culpado porque vira o jardineiro encher a piscina e saíra para a cidade
sem saber se ela continuava cheia ou vazia. Quando voltou (ou esperou que o tio
subisse a prancha e se exercitasse para o salto) gritou da cancela e… meteu os
pulsos nas algemas.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 7
O ASSASSINATO DO
VELHO MILIONÁRIO, de Rigor Mortis
SOLUÇÃO DE AUTOR
– Como assim?! – questionou o inspetor. De pé, acendeu o cachimbo
enquanto olhava intensamente para a sobrinha, sentada na poltrona.
– Bom… Dos dois, a Susana é a que parece ter motivos para desejar a morte
do pai. A rejeição por este da relação que ela tem com o namorado e a ameaça de
a deserdar, claro. Uma fortuna como a do pai não será uma coisa a desprezar…
Pelo contrário, o Rui parecia estar relativamente de bem com o pai, é verdade.
Mas valerá a pena investigar isso mais profundamente, tal como o estado das
suas finanças.
– A pistola era do Rui, é um facto – continuou a Júlia. – Claro que teria
sido possível à Susana tirá-la do estojo sem que ele desse por isso, por
exemplo naquela manhã, quando o irmão estivesse na casa de banho. Mas porque é
que a iria esconder a seguir ao crime num sítio onde guardava artigos pessoais
seus? Era de supor que seria encontrada numa busca que a Polícia fizesse, e
isso iria dirigir suspeitas sobre si própria. Deixá-la em qualquer outro sítio,
até mesmo no escritório, seria bem melhor…
– E a ausência de impressões digitais na arma e o facto de em nenhum
deles terem sido detetados indícios de pólvora? – perguntou o inspetor.
– A circunstância de a pistola não ter impressões digitais significa que
qualquer dos dois a poderá ter usado, limpando-a a seguir. E qualquer deles
poderá ter lavado cuidadosamente as mãos e os braços depois do crime. Tiveram
tempo para isso…
– Significará a tua conclusão que de alguma forma simpatizas com a
Susana, por ela ser mulher e fisicamente frágil?... – ironizou o inspetor. –
Olha que já encontrei casos de mulheres minúsculas a cometerem assassínios…
– Não, tio. Mas é precisamente por ela ser muito pequena.
– Como assim?! – repetiu o inspetor.
– Porque, com o metro e sessenta que ela tem, lhe teria sido impossível
atingir o pai, sentado à secretária, com um tiro no alto da cabeça.
– Ora, ora! – O inspetor despediu o argumento da sobrinha com um gesto de
uma mão, enquanto se agachava e, com a outra, usava o cachimbo com o braço
esticado, simulando segurar uma arma à frente da cara, a disparar para o alto
da cabeça da Júlia.
– Não, não, tio! Do outro lado da secretária, o tiro teria que ser dado a
uns dois metros de distância, não menos que metro e meio. Certamente com o
velho ligeiramente dobrado para a frente, pelo espanto de ver uma pistola
apontada a ele, mais ou menos como eu estou.
Mantendo-se agachado, o inspetor afastou-se um passo da sobrinha.
– Pois, daí… Mas note que seria impossível que esse disparo pudesse levar
a bala a alojar-se no topo da pequena lomba da zona dos rins da cadeira onde
estava o morto – continuou Júlia, calmamente, sorrindo com a surpresa estampada
na cara do tio – o que aconteceria com certeza se o tiro fosse disparado pelo
Rui, com os seus dois metros de altura…
PONTUAÇÕES DO
PROBLEMA Nº 7
DECIFRAÇÃO
10 pontos
Clóvis, Columbo,
Dona Sopas, Haka Crimes, Inspector Detective, Inspector Mucaba, Mali, Molécula,
O Pegadas, Rigor Mortis.
9 pontos
Arjacasa, Bernie
Leceiro, Búfalos Associados, Detective Jeremias, Ego, Inspector Aranha,
Inspector Mokada, Inspector Ryckyi, Inspetor Moscardo, Mancha Negra.
8 pontos
Detetive Lupa de
Pedra, Detetive Vasofe, Edomar, Fotocópia, Inspector Pevides, J C Al,
Margareth, Mula Velha, Pintinha, Sandra Ribeiro, Visconde das Devesas.
7 pontos
Ana Marques,
Carluxa, Detective Verdinha, Faria, Inspector 27797, Joel Trigueiro, Mandrake
Mágico, Rainha Katya.
6 pontos
CA7, Carlos
Caria, CN13, Detective Silva, Detective Suricata, Fátima Pereira, Inspector
Cláudio, Inspectora Sardinha, Jorrod, Marino, Pedro Monteiro, Sofia Ribeiro,
ZAB, Zé Alguém.
5 pontos
Vic Key.
AS MELHORES
Rigor Mortis - 5
pontos
O Pegadas - 4
pontos
Columbo - 3
pontos
Mali - 2 pontos
Dona Sopas - 1 ponto
AS MAIS ORIGINAIS
Dona Sopas - 5
pontos
Mali - 4 pontos
J C Al - 3
pontos
Arjacasa - 2
pontos
Vic Key -1 ponto
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