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quinta-feira, março 20, 2025
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 20 de março de 2025

                 APROXIMA-SE O DIA DA DIVULGAÇÃO DO CONTO VENCEDOR

Quando estamos aproximadamente a dois meses da divulgação do grande vencedor do concurso de contos “Um Caso Policial no Natal”, e numa altura em que procedemos à derradeira fase de contabilização das pontuações atribuídas aos últimos cinco contos a concurso publicados, damos hoje a conhecer as performances pontuais alcançadas pelos originais 11, 12, 13, 14 e 15.

Entretanto, recordamos a classificação geral do concurso quando estavam contabilizados os dez primeiros contos publicados, que tinha no pódio dois originais de Paulo (primeiro e terceiro lugar) e um de Rui Mendes (segundo lugar), todos a pouco mais de uma escassa décima dos contos classificados nos quarto e quinto lugares, o que revela o equilíbrio das avaliações feitas pelo nosso painel de jurados (o orientador da secção e os leitores que se dispuseram a assumir esse papel):

Classificação Geral (até ao décimo conto)

1º - “A Morte do Pai Natal”, de Paulo, com 8,318 pontos;

2º - “Um Sonho de Natal”, de Rui Mendes, com 7,28 pontos;

3º - “A Minha Noite de Natal”, de Paulo, com 7,222 pontos;

4º - “YHWH”, de L. Manuel F. Rodrigues, com 7,133 pontos; 

5º - “A Prenda de Natal da Martinha”, de Paulo, com 7,103 pontos;

6º - “O Contrato”, de António A. F. Aleixo, com 6,925 pontos;

7º - “Prazeres de Natal”, de O Gráfico, com 6,724 pontos;

8º - “O Fantasma do Hotel Infante Sagres”, de Bernie Leceiro, com 6,555 pontos.

9º - “Amem-se Uns aos Outros”, de Inspetor Moscardo, com 6,181 pontos;

10º - “Chegaram os Pais Natais”, de Abrótea, com 5,695 pontos.

Passemos então agora a conhecer as pontuações alcançadas pelos cinco originais seguintes, por ordem de publicação, que determinarão a classificação atual do concurso até ao 15º conto, sendo de destacar mais uma vez o equilíbrio registado na média de pontuação atribuída aos diferentes originais em avaliação, atingindo eles valores entre os 6,428 pontos e os 7,523 pontos:

11.CONTO: UM CONTO DE NATAL, de Paulo

21 pontuações validadas:

7+6+7+7+7+8+8+7+6+5+8+8+7+6+6+6+6+7+8+5+9=144 pontos

pontuação média: 6,85714286

12.CONTO: UM NATAL DOS DIABOS, de O Gráfico

30 pontuações validadas:

7+6+6+5+7+7+7+6+5+6+6+7+6+6+6+5+5+6+6+5+8+8+9+10+10+10+10+10+8+7+210 Pontos

pontuação média: 7

13.CONTO: EM FLAGRANTE! – SHORT STORY, de Investigador Canário

pontuações validadas: 28

9+8+7+7+6+6+7+8+7+7+6+6+5+5+6+6+6+7+6+7+7+7+7+6+10+8+7+9=193 pontos

pontuação média: 6,89285714

14.CONTO: NATAL A DOIS, de Don Naype

pontuações validadas: 21

8+8+7+9+8+8+7+7+8+9+7+8+6+6+7+8+7+8+8+6+8=158 pontos

pontuação média: 7,52380952

15.CONTO: FELIZ NATAL, de Inspetor Al Vy Tã T      

pontuações validadas: 21

7+6+7+8+8+7+6+6+6+7+6+7+6+6+5+5+7+7+8+5+5=135 Pontos

pontuação média: 6,42857143

Eis, portanto, a classificação até ao décimo quinto conto:

1º - “A Morte do Pai Natal”, de Paulo, com 8,318 pontos;

2º - “Natal a Dois”, de Don Naype, com 7,523 pontos;

3º - “Um Sonho de Natal”, de Rui Mendes, com 7,28 pontos;

4º - “A Minha Noite de Natal”, de Paulo, com 7,222 pontos;

5º - “YHWH”, de L. Manuel F. Rodrigues, com 7,133 pontos; 

6º - “A Prenda de Natal da Martinha”, de Paulo, com 7,103 pontos;

7º - “Um Natal dos Diabos”, de O Gráfico, com 7 pontos

8º - “O Contrato”, de António A. F. Aleixo, com 6,925 pontos;

9º - “Em Flagrante-Short Story”, de Investigador Canário, com 6,892 pontos;

10º - “Um Conto de Natal”, de Paulo, com 6,857

11º - “Prazeres de Natal”, de O Gráfico, com 6,724 pontos;

12º - “O Fantasma do Hotel Infante Sagres”, de Bernie Leceiro, com 6,555 pontos.

13º - “Feliz Natal”, de Inspetor Al Vy Tã T, com 6,428 pontos;

14º - “Amem-se Uns aos Outros”, de Inspetor Moscardo, com 6,181 pontos;

15º - “Chegaram os Pais Natais”, de Abrótea, com 5,695 pontos. 

TORNEIOS NO ESPAÇO VIRTUAL

        Nas despedidas, recordamos que termina no próximo dia 31 de março o prazo de envio das propostas de solução referentes ao problema nº 3 do Torneio do Cinquentenário “MP/MA”, que devem ser dirigidas preferencialmente ao confrade Paulo (apaginadosenigmas@gmail.com). Por outro lado, será conhecido no dia seguinte (1 de abril) o problema 4 deste torneio, que será publicado desta feita no blogue do confrade Virmancaroli (momentodopoliciario.blogspot.com), onde decorre paralelamente o torneio policiário “Português Suave”, que tem neste momento em curso o prazo de envio de soluções ao seu problema nº 3, que expira no final do dia 14 de abril.

            Entretanto, regressa ao blogue A Página dos Enigmas (apaginadosenigmas.blogspot.com), no dia 10 de abril, o torneio “Quem é?”, com mais um teste (o terceiro!) sobre escrita policial, desta vez subordinado ao tema “pseudónimos”, supostamente com um grau de dificuldade baixo…

 

 

 

 
segunda-feira, março 17, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "MOMENTO DO POLICIÁRIO"

 Já é conhecida a solução (e as respetivas pontuações) do segundo problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:

I - Torneio Policiário “Português Suave”

| PROBLEMA n.º 2 |

PASSEIO NA ARRÁBIDA

Solução

Sim! Se ambas as pegadas estavam viradas para a beira da Escarpa Verde, Leonardo não podia ter caído para trás, como Mariana dizia. Esta era a CHAVE do Problema.

Há obviamente outros factores que poderiam ser deduzidos, mas nunca alterando a CHAVE do Problema, tais como:

Provavelmente quando estavam sozinhos, Leonardo atirara-se a Mariana. Ele puxara-a com força para si, perto da beira da Escarpa, mas ela libertou-se e ela empurrou-o, desta ou de outra forma, mas sempre empurrado… também poderia muito bem ter sido empurrado quando se colocou à beira da escarpa para vislumbrar a paisagem. Ainda que hipoteticamente possa ter sido um acidente, Mariana teve medo de ser acusada de homicídio e, por isso, mentiu à Polícia.

Pontuações neste 2º problema

10 PONTOS

Ana Marques, Arjacasa, Bela, CA 7, Carlinha, Carlos Caria, CN 13, Carluxa, Clovis, Detetivesca, Detective Silva, Detective Verdinha, Dick Tracy, EGO, Faria, Fátima Pereira, Inspetor Boavida, Inspector Cláudio, Inspector Pevides, Inspector Rickyi, Joel Trigueiro, Jorrod, Mali, Margareth, O Gráfico, O Pegadas, Pintinhas, Rainha Katya, Ribeiro de Carvalho, Sofia Ribeiro e ZAB.

8 PONTOS

Búfalos Associados, Detective Izadora, Detective Jeremias, Paulo, Vic Key e Visigodo.

5 PONTOS

Columbo, Detective Caracoleta, Detective Suricata, Inspector do Reino, Inspetor Moscardo, Inspectora Sardinha, Mandrake Mágico, Molécula, Pedro Monteiro e Zé Alguém.

Classificação Geral (após o 2º problema)

20 PONTOS

Ana Marques, Arjacasa, CA 7, Carluxa, CN 13, Clóvis, Detective Silva, Faria, Inspetor Boavida, Inspector Cláudio, Jorrod. Mali, Margareth, O Gráfico, O Pegadas, Pintinha, Rainha Katya, Sofia Ribeiro e ZAB.

18 PONTOS

Búfalos Associados, Carlinha, Detective Jeremias, Detective Verdinha e Ribeiro de Carvalho. 

16 PONTOS

Vic Key.

15 PONTOS

Carlos Caria, Columbo, Detective Caracoleta, Detetivesca, EGO, Inspetor Moscardo, Inspector Pevides, Inspetor Rickyi, Inspectora Sardinha, Joel Trigueiro, Pedro Monteiro e Zé Alguém.

13 PONTOS

Detective Izadora, Inspector do Reino, Paulo e Visigodo.

10 PONTOS

Bela, Dick Tracy, Fátima Pereira, Mandrake Mágico e Molécula.

5 PONTOS

Bernie Leceiro e Detective Suricata.

 
sábado, março 15, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "MOMENTO DO POLICIÁRIO"

 

Já é conhecido o terceiro problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário (momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-lo:

I - Torneio Policiário “Português Suave”

| PROBLEMA n.º 3 |

Uma morte anunciada

Gregório estava farto de tudo aquilo: do facto de Alice estar sempre a agarrá-lo, dos medicamentos dela, do seu ressonar que não o deixava dormir e das alturas em que ela parava de respirar, pois aí é que não dormia de todo, e isso acontecia umas cinco ou seis vezes por hora. Além disso, desde que Alice entrara na menopausa, a asma ficara ainda pior. Eles eram casados há 34 anos; mais tempo do que a pena máxima de prisão por homicídio. Gregório tinha prometido amá-la até à morte, mas, na altura, não pensou que isso significasse amá-la até à morte dele por irritação.

Gregório! Estás aí? Chamou Alice da cozinha, onde estava, sem dúvida, ainda de camisa de noite e às três da tarde.

Gregório ignorou-a. Os únicos momentos de sossego que tinha eram os períodos que passava na garagem, a fazer trabalhos de marcenaria. Ultimamente, Gregório trabalhava muito mais quando ela estava em casa. Além disso, deixava aberta a porta que dava para a casa enquanto trabalhava, em parte porque sabia que o barulho da serra a enlouquecia. Alice chamou-o mais três vezes, cada vez mais alto e num tom mais choroso do que na vez anterior.

Gregory estava cansado de ter de ir a correr sempre que ela precisava dele. Ele esperava libertar-se daquele tormento em breve. Alguns minutos depois, pousou no banco a lixa que estava a usar e afastou-se para admirar a cadeira de baloiço que estava a retocar. Limpou as mãos às calças de ganga e sorriu a olhar para a quantidade de serradura que estava pelo chão.

Estou a ir, estou a ir, murmurou Gregório, ao entrar em casa. Quase tropeçou na ventoinha que tinha posto à porta. Bolas, estava farto daquilo! Se ele soubesse que Alice iria transformar-se naquela chata, nunca teria casado com ela. O que é que lhe tinha passado pela cabeça?

Gregório entrou em casa, tirou os sapatos e o casaco e pendurou-o no cabide da porta.

O que foi, Alice? O que é que queres?

Mas Alice não respondeu. Gregório deu com ela deitada no chão, com a pele já azulada.

Como é que Alice morreu? Dê a sua opinião… fundamentando-a!

NOTA FINAL:

Os projectos de solução deverão ser enviados até ás 24h00 do dia 14 de Abril de 2025, para viroli@sapo.pt

 
sexta-feira, março 07, 2025
  NOTÍCIAS DO BLOGUE "A PÁGINA DOS ENIGMAS"

TORNEIO QUEM É?

SOLUÇÕES DA PROVA Nº 2

1

a) Rex Stout

b) Nero Wolfe

2

a) Raymond Chandler

b) Philip Marlowe

3 

a) Lisa Gardner

b) Tessa Leoni

4

a) Laura Lippman

b) Tess Monaghan

5

a) James Brendan Patterson

b) Alex Cross

Pontuações nesta Prova:

Com 10 pontos

Abrótea, Arjacasa, Bernie Leceiro, Detectivesca, Detective Jeremias, Columbo, Clóvis, Mac Jr, Detective Verdinha, Inspector Moscardo, Inspector Ryckyi, Inspetor Boavida, Mali, Mandrake Mágico, Rodriguda, Vic Key

Com 9 pontos

Edomar, O Pegadas, Virmancaroli

Classificação Geral (Depois de aplicados os critérios de desempate.)

Com 20 pontos

1º lugar - Clóvis

2º lugar - Arjacasa

3º lugar - Bernie Leceiro

4º lugar- Detectivesca

5º lugar - Detective Jeremias

6º lugar - Columbo

7º lugar - Rodriguda

8º lugar - Vic Key

9º lugar - Mali

10º lugar - Mandrake Mágico

11º lugar - Detective Verdinha

12º lugar - Inspector Moscardo

13º lugar - Inspector Ryckyi 

Com 19 pontos 

14º lugar - Inspetor Boavida

15º lugar - O Pegadas

16º lugar - Mac Jr.

Com 18 pontos

17 º lugar - Virmancaroli

18º lugar - Edomar

Com 17 pontos

19º lugar - Abrótea

Com 9 pontos

20º lugar - Inspector do Reino

 
quarta-feira, março 05, 2025
  O DESAFIO DOS ENIGMAS - edição de 5 de março de 2025

         HOMENAGEM A UM SER HUMANO ESPECIAL QUE NOS DEIXOU

Na sequência do desafio lançado pelo “velho” Detetive Smaluco, em 2003, na secção Policiário, do jornal Público, com vista à criação da Tertúlia Policiária do Norte (TPN), responderam à chamada os históricos policiaristas Jartur e M. Lima e os “novatos” Sargento Estrela e Agente Guima, do Porto; os “veteraníssimos” Daniel Falcão e H. Sapiens, de Braga; o consagrado Dr. Gismond, de Santo Tirso; e… o agora muito saudoso e inesquecível Zé, de Viseu.

Ao primeiro contacto, a simpatia instalou-se entre nós. E depressa fiquei a saber quase tudo sobre este novo Amigo que o Policiário me deu para a vida. Soube que era professor de Português já aposentado, nascido na Marinha Grande, mas há muito residente em Viseu, cidade que ficaria agarrada ao seu nome desde os primeiros passos no policiarismo, ao qual chegou através da BD e pelo prazer de ler, pensar, pesquisar e escrever: hobbies que dividia com outros passatempos, como o modelismo e a pesca, tudo isto sem prejuízo da família, valor que mais preservava acima de tudo.

O seu pseudónimo nasceu como uma homenagem ao seu tio Zé (José era, também, o seu segundo nome: Gustavo José Barosa!), que lhe reconheceu, na adolescência, algumas qualidades e o iniciou no Jornalismo e no Teatro (mais tarde, na Escola onde lecionava, encenou dezenas de peças, com um grupo de Alunos). E na revista Mundo de Aventuras, onde se iniciou nos princípios da década de 1970, ele era o “Zé (Viseu)”, já que o Sete de Espadas (a quem nunca deixou de agradecer o estímulo de sempre) colocava à frente do pseudónimo a localidade do concorrente.

Ficou Zé para sempre, mesmo quando assumiu com o seu grande Amigo Domingos Cabral (Inspetor Aranha) o papel de orientador de secção (Enigma Policiário – 1976/1982). E ao regressar ao policiarismo, no jornal Público, na secção orientada por Luís Pessoa, onde foi o Provedor (lugar em que antecedeu a Lima Rodrigues), como já havia um Zé, juntou ao pseudónimo de sempre a sua localidade. Mas, para os velhos amigos, orgulhava-se de ter sido sempre, simplesmente… Zé! Aliás, os amigos e a ética social foram outros grandes valores que sempre preservou e defendeu!

Com alguma boa gestão do tempo, o Zé conciliou (até à aposentação) as suas duas vocações – o Ensino de Português (Literatura) e o Jornalismo (escrito e radiofónico) – e ainda conseguiu “ganhar” algumas horas a ouvir as músicas de que gostava e a “consumir” todas as outras artes. O desporto também consumiu algum do seu tempo, nomeadamente o automobilismo (confessava-se fanático, doente incurável, pela Ferrari). Admitia ter uma grande paixão por carros antigos, com destaque pelos modelos da Alfa Romeo. E dizia-se masoquista por se assumir como Benfiquista!

O Zé considerava que devia ao trabalho de permanente exercício mental que é o Policiário muita da lucidez que conseguiu manter depois da sua aposentação. E costumava recordar as muitas vezes em que quase desesperou durante semanas na tentativa de descobrir o significado de um pormenor numa prova, para depois concluir que, afinal, essa não era a chave para o problema. Ele e a família, a que recorria frequentemente! A filha é advogada e tirava-lhe algumas dúvidas. E a mulher fazia alguns desenhos para ilustrar as respostas, que costumavam rondar as dez páginas (uma vez chegou a entregar uma solução com doze páginas, mas o seu esboço inicial tinha… 26!).

O Zé chegou a produzir alguns problemas (excelentes, alguns deles), mas nunca ficou satisfeito com o resultado. Na verdade, ele foi sobretudo um excelente solucionista (um dos melhores de sempre!). Mas como Amigo foi ainda muito melhor! Deixou-nos no passado mês de janeiro, depois de uma luta de vários anos contra uma doença terrível. Adeus, Zé! Se vires por aí a pessoa que sabes, a tua companheira de luta e minha companheira de vida, dá-lhe um beijo meu!

                 UM CASO POLICIAL NO NATAL TEM NOVO CONTO NA LIDERANÇA

Na fase final de contabilização das pontuações atribuídas aos últimos contos publicados, passamos a divulgar o veredito dos nossos leitores relativamente aos originais dados a conhecer entre os meses de abril e agosto de 2024. Com um número de 22 a 30 “jurados” que se dispuseram a pronunciar-se, esta segunda meia dezena de contos atingiu também pontuações médias muito equilibradas, o que revela mais vez um nível de qualidade e originalidade geral considerável dos trabalhos, mas com apenas um dos originais a superar a média de 8 pontos… até ao momento!...

Antes, porém, de passar a revelar as pontuações dos autores dos contos n.ºs 6, 7, 8, 9 e 10, recordamos os pontos atribuídos aos primeiros cinco originais, e respetiva classificação daí decorrente, que tinha na liderança o conto “A Minha Noite de Natal”, desta forma assim ordenada:

Classificação Geral (até ao quinto conto)

1º - “A Minha Noite de Natal”, de Paulo, com 7,222 pontos;

2º - “A Prenda de Natal da Martinha”, de Paulo, com 7,103 pontos;

3º - “O Contrato”, de António A. F. Aleixo, com 6,925 pontos;

4º - “Prazeres de Natal”, de O Gráfico, com 6,724 pontos;

5º - “O Fantasma do Hotel Infante Sagres”, de Bernie Leceiro, com 6,555 pontos.

Passemos então agora a conhecer as pontuações alcançadas pelos cinco originais seguintes, por ordem de publicação, que determinarão a classificação atual do concurso até ao décimo conto:

06.CONTO: AMEM-SE UNS AOS OUTROS, de Inspetor Moscardo

22 pontuações validadas:

6+7+6+5+6+5+7+6+5+7+7+5+6+6+6+7+6+8+7+6+6+6=136 pontos

pontuação média: 6,18181818

07.CONTO: YHWH, de L. Manuel F. Rodrigues

30 pontuações validadas: 

6+6+7+7+6+6+6+6+6+8+6+8+6+6+6+7+7+6+6+6+6+7+10+10+7+10+10+8+8+10=214 pontos

pontuação média: 7,13333333

08.CONTO: CHEGARAM OS PAIS NATAIS, de Abrótea

23 pontuações validadas:

5+5+6+6+5+5+6+6+6+7+5+6+5+5+5+6+5+6+5+6+5+6+9=131 pontos

pontuação média: 5,69565217

09.CONTO: A MORTE DO PAI NATAL, de Paulo

22 pontuações validadas:

7+7+8+8+8+7+7+8+8+9+10+9+8+10+9+9+10+8+9+8+8+8=183 pontos

pontuação média: 8,31818182

10.CONTO: UM SONHO DE NATAL, de Rui Mendes

25 pontuações validadas:

8+7+7+8+7+8+6+6+7+7+8+8+7+6+8+7+6+7+7+8+8+8+6+8+9=182 pontos

pontuação média: 7,28

Eis, portanto, a classificação geral atualizada:

Classificação Geral (até ao décimo conto)

1º - “A Morte do Pai Natal”, de Paulo, com 8,318 pontos;

2º - “Um Sonho de Natal”, de Rui Mendes, com 7,28 pontos;

3º - “A Minha Noite de Natal”, de Paulo, com 7,222 pontos;

4º - “YHWH”, de L. Manuel F. Rodrigues, com 7,133 pontos; 

5º - “A Prenda de Natal da Martinha”, de Paulo, com 7,103 pontos;

6º - “O Contrato”, de António A. F. Aleixo, com 6,925 pontos;

7º - “Prazeres de Natal”, de O Gráfico, com 6,724 pontos;

8º - “O Fantasma do Hotel Infante Sagres”, de Bernie Leceiro, com 6,555 pontos.

9º - “Amem-se Uns aos Outros”, de Inspetor Moscardo, com 6,181 pontos;

10º - “Chegaram os Pais Natais”, de Abrótea, com 5,695 pontos.

 
segunda-feira, março 03, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 

   TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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           CLASSIFICAÇÕES DO PROBLEMA Nº 2

             61 CONCORRENTES EM PROVA 61

DECIFRAÇÃO

10 pontos

Ana Marques

Arjacasa

Arnes

Búfalos Associados

CA7

Detective Kivee

Detective Jeremias

Detective Verdinha

Dona Sopas

Faria

Fotocópia

Haka Crimes

Inspector Aranha

Inspector Detective

Inspector Mucaba

Inspector Pevides

Inspetor Moscardo

Inspector Ryckyi

Joel Trigueiro

Jorrod

Mali

Mancha Negra

Mandrake Mágico

O Pegadas

Pintinha

Ribeiro de Carvalho

Visigodo

 9 pontos

Bernie Leceiro

Carlinha

Clóvis

Detective Izadora

Detective Vasofe

Edomar

EGO

Inspector do Reino

Inspectora Mag

Molécula

Pedro Monteiro

Rainha Katya

Vic Key

Visconde das Devesas

ZAB

8 pontos

Carluxa

CN13

Detective Silva

Inspector Cláudio

Inspector Mokada

Inspectora Sardinha

JC Al

Margareth

Mula Velha

Sofia Ribeiro

7 pontos

Carlos Caria

Detective Caracoleta

Detective Suricata

Marino

Sandra Ribeiro

Zé Alguém

5 pontos

Columbo

Detetivesca

3 pontos

Fátima Pereira

AS MELHORES

            Detective Jeremias 5 pontos;

            Detective Verdinha 4 pontos;

Búfalos Associados 3 pontos;

            Inspector Aranha 2 pontos;

            Fotocópia 1 ponto.

AS MAIS ORIGINAIS

            Mali 5 pontos;

            Vic Key 4 pontos:

            Pintinha 3 pontos;

            Arjacasa 2 pontos;

            Inspector Pevides 1 ponto.

PRÉMIOS A SORTEIO

- 1 Livro de Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos, juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.

PREMIADO: Dona Sopas

- 1 Conjunto de 12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para sortear entre todos os concorrentes não totalistas.

PREMIADO: JC AL

CONSULTE TODAS AS CLASSIFICAÇÕES NO SITE CLUBE DE DETECTIVES (clubededetectives.pt)

 
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 


                                TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

                        “MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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SOLUÇÃO DO PROBLEMA Nº 2

UM CRIME PISCATÓRIO EM SESIMBRA, de Repórter SOU EU 

1 – Culpado de assassínio, Fernando Piteira(4 pontos)

2 – Se os ...“testes de “resíduos de pólvora” efectuados às mãos de um dos suspeitos... revelou que ele era o assassino”... -comprovando-se que o analisado tinha disparado uma arma de fogo recentemente... então só podemos culpar o Fernando Piteira... uma vez que se fala em “mãos”... e no caso dos manos Figueira... estes tinham as mãos cobertas de luvas... logo só poderia ser acusado - qualquer deles, como hipótese! - se os “resíduos de pólvora” fossem detectados nas próprias luvas ou restante indumentária. (1 ponto)

3 – Fernando Piteira apresenta algumas declarações que poderemos considerar de verosímeis e aceitáveis, como a referência a uma aiola recentemente adquirida pelo rival Alberto Flores, por um preço superior em relação ao alvitrado por si, sabendo-se que estes tipos de embarcações são utilizadas para a pesca em Sesimbra, mas há uma pista deixada pela vítima que o incrimina e completa a confirmação dos “resíduos de pólvora” encontrados nas suas mãos... que é o facto de Alberto Flores, na hora da morte se ter agarrado com sofreguidão aos aparelhos de pesca que até lhe feriram as suas mãos... este indício serviu para culpar Fernando Piteira, o assassino de Flores, pois os pequenos aparelhos de pesca de chocos e polvos, como são discriminados no texto têm o nome de TONEIRA, POLVEIRA, e/ou... PITEIRA... entre outros nomes (!) e esse foi também um pormenor que não passou despercebido ao Inspector e ao Repórter SOU EU(1 ponto)

4 – “Aquilo que leva alguém a executar uma acção; CAUSA; MOTIVO; RAZÃO: O móbil do crime”.

Fernando Piteira nunca teria perdoado ao Alberto Flores o facto de o mesmo ter comprado uma aiola de valor mais elevado do que aquele que estava destinado a si mesmo, para a sua aquisição – independentemente das discussões relacionadas com a pesca! – e numa pequena discussão assassinou o “rival” Pescador com um tiro de pistola! A arma, posteriormente e certamente, foi entregue às autoridades após a confissão do homicídio. (1 ponto)

5 – Presença de participação: 3 pontos

Comentários do "Blogue RO"...

ESTA prova n.º 2 do “TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO “MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975-2025) continha, além do desafio fictício de problemística policiária destinado ao decifrador/solucionista, uma interessante mensagem – que foi agradavelmente recebida por uma grande maioria de leitores e sobre os seus dizeres e pareceres daremos notícias em próximas publicações! – sobre as notícias de crimes violentos que passam constantemente e diariamente nos ecrãs das televisões do nosso país de um modo, considerado por muitos, exagerado! A sua interpretação agradou aos leitores e o seu autor congratula-se por isso.

EM relação à resolução do texto (questionário) proposto... o cerne da questão – o busílis, como não se cansava de proclamar o saudoso “Sete de Espadas”! – achava-se no facto dos “aparelhos de chocos e polvos” e também lulas, designarem-se, além de outros nomes (toneira, palhaço, polveira, fateixa, etc...) como PITEIRA! E foi, precisamente, para indicar o nome do seu assassino... (Piteira) que o ancião Alberto Flores se agarrou, em último desespero de vida, aos aparelhos de pesca! Um indício!

..Para uns solucionistas este foi considerado como um pormenor... dos chamados “de caras”... para outros visto como de difícil dedução... e somente se pesquisando lá se chegaria... (alguns, especialmente pescadores e/ou descendentes de familiares desta profissão... nem precisaram de pesquisar (Google ou Priberam)... e para muitos nem tão pouco lhes passou pela cabeça... este pormenor (!)... apesar dos seus óptimos e muito bem elaborados relatórios!

...Depois as questões do móbil do crime arrelias e zangas em desfavor de Alberto Flores (a vítima) e os resíduos de pólvora nas mãos do “assassino” a indicar que seria só um – até porque os outros dois suspeitos usavam, sempre, luvas! – compunham o restante do deslindar deste “problema policiário”!

...Como não se pedia, no final do enunciado o “móbil do crime”... não fomos excessivamente rigorosos em classificar esta formalidade, mas os solucionistas deverão habituar-se, no futuro, a encontrar na resolução de problemas policiários esta vertente, pois quando existe um crime, assassínio ou simples roubo... haverá, sempre, uma intenção, um propósito... um móbil.

...Apesar dos bem elaborados relatórios, por parte de muitos dos decifradores com “9 pontos”... não condescendemos em penalizar quem não descortinou o pormenor “aparelho de pesca/PITEIRA”!

 
sábado, março 01, 2025
  TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

 


                            TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

                    “MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)

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PROBLEMA Nº 3

A MORTE DO TRAFICANTE,

de Paulo

Este foi mais dos muitos casos onde marquei presença com a minha participação. Era eu o chefe da equipa da Polícia Judiciária encarregada do caso.

A vítima era um conhecido traficante de cocaína, Alfredo Ramos, um homem baixo, de um metro e setenta, 46 anos, cabelo bem preto, olhos castanhos, ausência total de empatia, e pessoa sem qualquer escrúpulo.

Apesar de estar sujeito da nossa parte a uma grande vigilância, tinha sido assassinado bem perto dos nossos homens, sem eles verem, e, portanto, sem eles poderem intervir.

                                                           *****

Fui conversando com o médico enquanto ele fazia a autópsia. Eu já o conhecia de muitos outos casos. Era o Gilberto Gomes.

– Foi um projétil de calibre 38. Revólver. Observa bem o orifício de entrada.

E eu vi. Era bem visível, logo acima dos olhos, bem centrado na fronte. Também vi perfeitamente uma lesão com bordas irregulares, invertidas, ou seja, voltadas para fora, e uma impregnação centralizada de pólvora.

Não gostava muito de ver aquele cenário, mas fora ficando habituado com o decorrer dos anos. Entretanto o Gilberto cortava a cabeça para poder visualizar o seu interior.

– E quanto à trajetória da bala – perguntei?

– Sempre horizontal – respondeu. Isso está de acordo com o impacto observado na parede.

 – E já sabes se ele estava de pé, de joelhos, sentado, ou em qualquer outra posição?

– Estava de pé. Todos os indícios apontam para essa posição. Um deles é a queda. A cabeça terá caído, desamparada de cerca de um metro e setenta centímetros, fazendo uma fratura óssea na nuca.

– Então, caiu para trás.

– Neste caso, foi! Geralmente vemos, nos filmes, as pessoas a levarem um tiro e a morrerem imediatamente. Nunca é assim, ou melhor, quase nunca, porque nesta situação até foi. Um tiro na cabeça levou a uma morte instantânea. E a energia cinética do projétil fê-lo tombar imediatamente para trás.

Vendo como Gilberto Gomes continuava de volta da cabeça, eu perguntei:

– E na nuca?

O Gilberto observava a parte detrás da cabeça, onde uma outra ferida, maior do que a da fronte, mostrava a trajetória do projétil: a entrada e a saída.

De instrumento de medida na mão, Gilberto dizia:

– Vês? A distância ao topo da cabeça é a mesma na entrada e na saída, e bate certo com o impacto do projétil na parede.

O Gilberto tinha deixado a cabeça e dedicava-se ao abdómen, onde fizera os característicos golpes necessários para a verificação das diferentes vísceras.

– Comida no estômago! Tinha feito uma refeição, não havia muito tempo, e estava a fazer a digestão. Vou mandar para análise o conteúdo. Depois, podes fazer a comparação com outros relatórios e decidires sobre a hora do crime.

Continuou a falar, e eu a fingir atenção, mas tudo entrava a cem e saía a duzentos, porque a minha cabeça estava noutros locais, juntando todos os pormenores e escrutinando os suspeitos.

*****  

Sentado à secretária, eu olhava uma folha manuscrita com alguns elementos respingados dos vários relatórios entretanto recebidos.

“Não foi encontrada nenhuma arma de fogo no local, nem nenhuma cápsula”.

“A vítima estava caída de costas”.

“A queda para trás deixara a vítima com a cabeça a 5 cm da parede”.

“Havia muitas impressões digitais de Alfredo espalhadas pelo local do crime”.

“Havia também algumas impressões da empregada da limpeza e de outras duas pessoas que no dia anterior tinham estado lá em casa”.

“O cadáver fora descoberto no dia 16 de fevereiro, cerca das nove e meia da manhã, quando a empregada de limpeza marcara presença no local. Ela tinha as chaves necessária para entrar na casa”.

"A empregada encontrara a porta da casa apenas encostada".

“A primeira análise, baseada nas temperaturas corporal e ambiental, apontara para a ocorrência do óbito na noite anterior, dia 15, entre as 9 e as 11 da noite”.

“A vítima vivia numa casa que estava permanentemente vigiada”.

“Na noite do crime, no intervalo temporal em que presumivelmente ocorrera a morte, tinha havido quatro as pessoas a entrar na casa da vítima, ou melhor, no seu quintal. Todos eram conhecidos da polícia, pelas atividades exercidas, todas na margem da legalidade”.

“Nenhum dos visitantes, à saída, demonstrara qualquer anormalidade no comportamento, situação expectável daqueles suspeitos”.

“Alfredo era o responsável por um carregamento de cocaína intercetado por nós, e por isso estava a ser vigiado, para ver se encontrávamos mais algum dos chefes”.

“A mercadoria, em elevada quantidade, e por isso muito valiosa, pertencia a outro traficante. Não era do Alfredo”.

“A vítima falava e escrevia fluentemente inglês e alemão, embora quando escrevesse para os alemães, ou estes o fizessem no sentido inverso, a comunicação fosse em língua inglesa”.

" A porta da casa foi encontrada apenas encostada pela empregada".

                                                              *****

Peguei num outro papel onde tinha a descrição dos quatro indivíduos suspeitos. Todos eles tinham entrado na casa e entre eles teria de estar um assassino.

“Meyer estava longe de ser um alemão típico. Media só um metro e cinquenta e cinco centímetros, apesar de muito louro. Era aquilo que normalmente se designa por pessoa má. Não tinha escrúpulos de qualquer espécie. As suas estadias no nosso país eram irregulares. Na véspera quando visitara Alfredo, fora visto entrar com luvas”.

“Hans também era alemão. Este já parecia pertencer à nacionalidade germânica. Com mais de um metro e oitenta de altura, tinha olhos azuis e cabelo louro. Escrúpulos, também não possuía, como o demonstravam as muitas atividades de legalidade duvidosa onde estava envolvido, e também comparecera de luvas na casa da vítima. Vivia em Portugal havia quatro anos”.

Continuei a ler as informações. Agora sobre os dois estadunidenses.

“Campbell era natural do estado do Minesota. Alto, com um metro e noventa e cinco, parecendo um jogador de basquetebol, entrara na casa com luvas colocadas. O cabelo preto, curto, ornava uma cabeça onde se ocultava um cérebro capaz de magicar as mais incríveis manigâncias. Não falava português, como era próprio dos nativos de língua inglesa”.

“Simon era natural de uma cidade grande: Chicago. Talvez, por causa da sua origem, se julgasse um grande gangster. Cabelo castanho, assim como os olhos, marcavam um rosto onde se desenhava a inocência de uma criança. O seu metro e cinquenta e sete de altura ajudava a compor este aspeto infantil. Mas tudo era fictício. Era um homem duro. Havia já três anos, assentara arraiais no nosso país e era bem conhecido por todas as autoridades policiais. Para não variar, visitara a vítima usando luvas”

                                                           *****

Pousei o papel e pensei noutros pormenores. A apreensão da droga ocorrera dez dias antes, e verificara-se, no comportamento de Alfredo, uma elevada preocupação. Conseguíramos capturar uma carta que ele iria receber de um dos suspeitos. Peguei na carta e depois vi alguns excertos, já traduzidos, à letra, da missiva original, escrita em inglês.

O sobrescrito não tinha remetente nem impressões digitais, assim como a carta estava completamente limpa. Tudo apontava para o seu autor ser também o assassino e traficante. A escrita da missiva era motivada pelo facto de Alfredo não poder pagar, nem conseguir, a enorme quantia em dívida. Por isso nós o vigiávamos. Haveria o um contacto, disso nós tínhamos a certeza, mas nunca imaginamos o assassino a correr tantos riscos.  

Ou o assassino tinha sido o quarto a entrar na casa, ou todos, ou alguns, sabiam fingir muito bem uma tranquilidade inexistente, tendo vindo embora quando encontraram o cadáver.

Entraram todos pelo portão do quintal de muros altos, mas lá dentro não se sabia se tinham ingressado na casa ou ficado à porta. Não era possível ter visto, apenas havia a certeza, porque a casa tinha vigias em todo o seu perímetro, de que mais ninguém passara para o quintal da casa.

“Estou preocupado”. “Tem uma semana para me devolver o dinheiro”. “Até poderiam ser 3 mil milhões, 4 mil milhões ou 100 mil milhões”. “Quero os meus 4 milhões”. “A culpa da apreensão foi sua”. “Não tratou do assunto devidamente”. “Se não pagar, morre”. “Já sabe qual será o seu destino se eu não receber o dinheiro,”

Como era óbvio, o dinheiro não fora devolvido.

A Luísa, uma colega de trabalho constituinte da equipa de investigação, aproximou-se.

 – Então, já se sabe mais alguma coisa?

– Penso saber quem foi o assassino. Achas pouco?

– E vais fazer o quê?

– Vou fazer um relatório e enviá-lo para o Ministério Público. Está nas mãos do Procurador a decisão a tomar.

                                                           *****

O Procurador decidiu bem e o juiz julgou, pois tudo veio a ser provado em audiência, apesar de o assassino acabar por confessar. Em tribunal provou-se o modo como foi cometido o crime. Demonstrou-se a legalidade das buscas, ficou evidente a necessidade da vigilância, ficou demonstrado ter sido o matador a escrever a carta, não fingindo ser outra pessoa, revelou-se que uma arma encontrada na posse do assassino tinha servido para abater a vítima e ficou exposta a pertença ao homicida da droga apreendida.

 *****

Aqui, interrompe-se a narrativa e pede-se aos leitores, para, com base nas linhas escritas acima, apresentarem um raciocínio indicador de quem foi o assassino.

ENDEREÇOS E PRAZO PARA O ENVIO DAS RESPOSTAS:

 As respostas devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31 de março de 2025, através dos seguintes meios:

 a - Por email, correio eletrónico, de A Página dos Enigmas: apaginadosenigmas@gmail.com;

 b - Entregando em mão ao orientador do Blogue A Página dos EnigmasPaulo, onde quer que o encontrem;

 c - Utilizando o Correio Normal (CTT):

Luís Manuel Felizardo Rodrigues

Praceta Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.

FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA.


 
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