Já é conhecida a
prova nº 9 (e última) do Torneio “Quem É?”.
Ei-la:
Torneio “Quem
é?”
Prova nº 9
Escritoras
e escritores que nasceram em Portugal
Autor: Paulo
1 - É
um autor português que nasceu em 1962. Escreveu um largo conjunto de romances,
e alguns contos, com um detetive por si criado, pertencente à Polícia
Judiciária, o que lhe permitiu colocar a ação quase sempre, mas não só, em
Portugal.
Como
curiosidade, refira-se o facto de um dos seus romances se localizar no ambiente
da Expo 1998, a exposição universal que Portugal organizou.
Escreve também
poesia, usando para essa forma de escrita um pseudónimo.
a) Quem é
o escritor?
b) Quem é
o inspetor da judiciária referido no texto, que tem por iniciais no seu nome J
e R?
2- É
uma autora nascida na ilha da madeira em 1958. Trata-se de uma escritora com
muitas obras publicadas, que surgiu em 1989, vencendo um prémio associado a uma
coleção Policiária. Mais tarde, publicou também westerns. Tem uma
vasta obra, com mais de 40 livros.
Ganhou o Prémio
Caminho Policial, Prémio do PEN Clube Português na categoria de ficção, o
Prémio Literário Edmundo Bettencourt; o Prémio Máxima de Literatura, o Grande
Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio
Oceanos.
a) Quem é
esta autora?
b) Qual é
o título da obra com que venceu em 1989 o prémio que o texto refere?
3 -
Nasceu em Lisboa em 1930 e morreu em 2008. Foi jornalista e diretor da versão
portuguesa da revista Tintin durante vários anos. Não escreveu muitos livros,
mas houve quatro, que, sob pseudónimo lançou no mercado, descrevendo os casos
protagonizados por um assassino profissional. Não serão muitas as situações em
que uma série policiária tem um protagonista com este tipo de atividade.
O último livro
desta série foi publicado em 2009, já depois da sua morte, que ocorreu em 2008.
a) Quem é
o autor?
b) Qual é
o nome do assassino profissional protagonista dos livros referidos?
4 -
Nasceu em Vila Flor em 1942 escreveu em prosa e poesia. Na prosa, surgiu com
vários escritos policiários, alguns sob o pseudónimo de Artur Cortez, onde
revela uma visão da sociedade portuguesa da segunda metade dos anos setenta.
Indo contra um
modelo muito em voga na época, colocou a ação dos seus romances policiários em
Portugal.
a) Qual é
o nome com o qual este escritor escreve, além do pseudónimo já referido?
b) Qual é
o nome, que não é o real, pelo qual é conhecido o protagonista dos livros
que escreveu como Artur Cortez?
5 - Autor
português que nasceu em Lisboa no ano de 1955. É licenciado em Filologia
Germânica, além de escritor, e exerceu a atividade de tradutor. Foi também
redator em vários jornais: O Diário, O Jornal, Expresso e Diário de Notícias.
Escreveu vários
livros policiais, onde se inclui uma trilogia protagonizada por um ex-agente
inspetor da polícia Judiciária, cujos títulos se iniciam todos com a palavra
morte.
a) Quem é
o escritor?
b) Qual é
o nome do ex-inspetor da Polícia Judiciária?
As soluções devem ser enviadas até 31 de dezembro para apaginadosenigmas@gmail.com.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 11
O GORRO
VERMELHO, de Fotocópia
SOLUÇÃO DO AUTOR
1) A
modalidade desportiva é Polo Aquático. É facilmente deduzida após leitura deste
extrato de texto: “– Peço desculpa, mas estava a arrumar o material de jogo e
deparei-me com a falta de bolas de jogo, balizas fora do lugar, garrafas
estragadas, quadro tático rachado, toucas desaparecidas… – disse com aflição o
delegado. O clube não andava bem de finanças e após a derrota não era este tipo
de notícias que se desejava ouvir no seu seio.”. No decorrer do texto também se
fala em PISCINA “Já no cais da piscina…”;
2) O
par culpado da agressão são os dois seguranças!
2.1. O treinador
e os presentes facilmente chegaram a essa conclusão porque os dois seguranças
estão a mentir nas suas declarações quando se referem que viram “...lá essa
touca com n.º 12 quando fizemos a ronda...” – disse um - e “...vimos bem a
marca e o número...” – disse o outro. Efetivamente, tratando-se de um gorro
vermelho ou touca de jogador, o número só podia ser o... 13, a touca do
guarda-redes suplente, conforme confirmam as regras do pólo aquático. Para além
disso verifica-se no decorrer da história que a touca n.º 1 do guarda-redes
titular, também vermelha, já tinha aparecido “– Ok “redes”, o gorro número 1 já
está, vão lá encontrar o outro, por favor. – respondera o delegado.”, sendo que
só faltava a do suplente!
3) O par de
seguranças agrediu o capitão de equipa porque este era responsável por instigar
os adeptos a revoltarem-se, conforme nos é dito no texto: “Por sinal, estes
dois seguranças já tinham enfrentado problemas com adeptos da própria casa pois
o capitão constantemente os instigava, tendo depois os seguranças de sossegar a
cólera dos torcedores.”. Por isso, no momento da agressão, exclamaram: “...esta
é por tudo aquilo que já nos fizeste passar…”.
Nota: De
salientar que os seguranças foram alcunhados pelo adepto suspeito como
“gorilas” sinal
do seu elevado porte! E se um dos torcedores, suspeitos, proferiu:
“..., mas não
batemos em ninguém.” ... é porque constatou o cenário do capitão agredido!
Sintomático.
Fatores de
valorização:
a) A
surpresa dos atacantes visualizarem a tatuagem da carta 7 de Espadas no ombro
do capitão... se fosse alguém da equipa (guarda-redes suplente) não se
admiraria, pois já teria reparado na mesma, durante os jogos e treinos, no
balneário;
b) Homens
da limpeza são testemunhas e corroboram a versão do adepto que está a ser
subjugado pelos seguranças;
c) Para os mais
observadores: as várias menções alusivas à cor vermelha ao longo do
texto.
Presença de
Concorrente: (3 pontos).
-------------------
REGRAS DO POLO AQUÁTICO -------------------
Os equipamentos
Toucas (também
chamados de Gorros)
Os jogadores
usam toucas (gorros) de pano, com proteções para as orelhas, sendo que uma
equipa usa toucas brancas e a outra usa toucas azuis. As toucas dos
guarda-redes são vermelhas. As toucas são numeradas de 1 a 13 onde a touca 1 e
13 são sempre do guarda-redes.
ARTIGO 22º -
EQUIPAMENTOS
1 – Os
jogadores têm que se apresentar no campo de jogo devidamente equipados,
entendendo-se como tal, fato de banho não transparente, o respetivo gorro e
quando existir o uso de touca de silicone por baixo do gorro deverão ambos ser
do mesmo tom, em conformidade com as regras WP 4 e 5 da FINA.
2 –Caso os
árbitros considerem que há necessidade, conforme disposto na Regra FINA WP 4,
poderão exigir a uma equipa que use gorros brancos ou azuis.
3 – No
caso de os clubes apresentarem gorros de cor diferente de branco ou azul,
deverão proceder à entrega, na mesa de jogo, de bandeira regulamentar com a cor
dos gorros.
4 – Nos
Campeonatos da 1ª e 2ª Divisão, e nas Fases Finais dos Campeonatos
Nacionais de idades até aos SUB 15 inclusive de ambos os géneros, os
jogadores são obrigados, durante todo o jogo, a usar fato de banho da mesma
cor, com o mesmo logótipo e/ou patrocinador. A eventual substituição de fato de
banho no decorrer do jogo deve ser por outro igual ao usado anteriormente. Os
árbitros não devem consentir a entrada na água a um atleta com um fato de banho
diferente. Se durante o jogo algum atleta inapropriadamente estiver a usar um
fato de banho diferente, será excluído definitivamente do jogo com
substituição, ao abrigo da regra WP 21.13.
5 – Quando
coexistirem atletas dos dois géneros no mesmo jogo, a igualdade nos fatos de
banho estipulado no número anterior, só deverá ser verificada no género
respetivo.
6 – Nos
Campeonatos da 1ª e 2ª Divisão, e nas Fases Finais dos
Campeonatos
Nacionais de idades até aos SUB 15 inclusive de ambos os géneros os
restantes agentes desportivos têm que se apresentar no campo de jogo
devidamente equipados, entendendo-se como tal, vestuário de igual padrão,
devendo usar calças compridas e usar calçado fechado. No caso de não se
verificar o cumprimento disposto nesta alínea, o agente desportivo será
impedido de participar no jogo.
7 – Os
árbitros deverão mencionar no relatório qualquer falta ou ocorrência
relacionada com os elementos previstos no presente artigo.
Depois da
solução apresentada pelo autor do problema, surgem os critérios de
classificação.
a) Indicação da
modalidade corretamente - 1 ponto
b) Indicação dos
seguranças como autores da agressão - 2 pontos
c) Justificação
da indicação dos seguranças como agressores- 2 pontos
d) Indicação
correta do motivo para a agressão com a justificação do texto - 2 pontos
e)
Presença - 3 pontos.
Observações:
a indicação da mentira dos seguranças no que se refere â touca número 13,
mostra que eles não estiveram no balneário dos árbitros e era fundamental na c)
indicar essa mentira. No que se refere a d) considerou-se que, desde que
devidamente justificado, quem indicou os homens da limpeza como agressores,
deveria ter a pontuação referente a esta alínea.
Finalmente uma
última referência, para o facto de Fotocópia ter enviado para classificação uma
outra solução, diferente daquela que aqui foi publicada, mais trabalhada, de
modo a poder candidatar.se a As Mais Originais e As Melhores.
PONTUAÇÕES
DECIFRAÇÃO
10 pontos
Clóvis,
Detective Jeremias, Detective Verdinha, Didão, Fotocópia, Inspector Pevides,
Inspetor Detetive, Jesse James, Mali, Mandrake Mágico, O Pegadas e
Pintinha. (12 concorrentes).
8 pontos
Arjacasa,
Columbo, Detective Silva, Dona Sopas, Ego, Haka Crimes, Inspector 27797,
Inspector Aranha, Inspector Mokada, Inspector Moscardo, Inspector Mucaba, JC
Al, Joel Trigueiro, Jorrod, Mancha Negra, Mula Velha, Os Super Heróis do
Policiário, Pedro Monteiro, Sofia Ribeiro e Visconde das Devesas. (20
concorrentes)
7 pontos
CA7 e Edomar. (2
concorrentes).
6
pontos
Carluxa, Faria,
Inpectora Sardinha, Inspector Rickyi e Marino. (5 concorrentes).
5 pontos
Ana Marques e
Margareth. (2 concorrentes).
4 pontos
Bernie Leceiro,
Búfalos Associados, Carlos Caria, CN13, Detective Suricata, Inspcctor Cláudio,
Molécula, Sandra Ribeiro, Vic Key, ZAB, e Zé Alguém. (11 concorrentes)
3 pontos
Detective
Vasofe, Fátima Pereira e Rainha Kátya. (3 concorrentes).
Total de
concorrentes: 55
AS
MELHORES
Fotocópia- 5
pontos
Mandrake o
Mágico - 4 pontos
Detective
Verdinha - 3 pontos
Detective
Jeremias - 2 pontos
Inspector
Pevides - 1 ponto
AS MAIS
ORIGINAIS
Fotocópia - 5
pontos
Detective
Verdinha - 4 pontos
Dona
Sopas - 3 pontos
Bernie Leceiro -
2 pontos
Mali -1
ponto
PRÉMIOS SORTEADOS:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, Oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, Oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
PREMIADO: Jesse
James
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, Oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
PREMIADA: Carluxa
CONSULTE
TODAS AS CLASSIFICAÇÕES NO SITE CLUBE DE DETECTIVES (clubededetectives.pt)
ENQUANTO O FUTURO SE AVIZINHA, RECORDAMOS O PASSADO
Como
prometido, recordamos hoje a solução de autor do enigma vencedor do concurso de
problemas policiários “Mãos à Escrita!” de 2019, da autoria de Daniel Falcão,
num momento em que está em marcha a próxima edição deste concurso que decorrerá
em 2026, em paralelo com mais uma edição do torneio de decifração “Solução à
Vista!”. Simultaneamente, passamos em revista a situação dos vários torneios
que animam o espaço virtual até ao final deste ano, com destaque natural para o
torneio do cinquentenário do nascimento da secção “Mistério… Policiário”,
orientada pelo nosso saudoso Mestre Sete de Espadas na também inesquecível
revista de banda desenhada Mundo de Aventuras, que fez grande furor sobretudo
junto dos mais jovens.
CRIME LEAKS, de Daniel Falcão
Solução do Autor
(enigma vencedor do concurso
“Mãos à Escrita! – 2019)
Na
opinião de Gustavo Santos, estava-se perante um crime passional. Mais um casal
desavindo cuja relação teria terminado, com Alexandre Miguel Duarte a
assassinar Manuel José Carvalho.
Possivelmente,
tudo teria começado com mais uma discussão, com ameaças mútuas, em que o
homicida ao ser ameaçado pelo companheiro com a espátula que ele segurava na
mão, poderia ter agarrado no pisa-papéis e desferido o golpe fatal.
Ou, talvez, quem sabe, com o homicida a agarrar no pisa-papéis para
ameaçar o companheiro, este tenha pegado na espátula para se defender, mas
infrutiferamente.
Seja
como for, o resultado estava à vista: Manuel José Carvalho morrera em resultado
do golpe que apresentava na cabeça. Mas ainda viria a recuperar a consciência.
O tempo suficiente para, aproveitando a espátula que ainda segurava na mão,
deixar uma mensagem para os investigadores policiais, acusando o companheiro.
O
homicida, por seu lado, ao ver o companheiro inanimado no chão e parecendo-lhe
que este estava sem pulsação, apressou-se para sair, como se nada tivesse
acontecido, ao encontro dos amigos que o esperavam. Seria este o seu álibi.
Pouco
passava da meia-noite quando Alexandre Miguel Duarte regressou a casa. Assim
que entrou em casa, dirigiu-se ao escritório. Lá estava Manuel José Carvalho,
no mesmo local onde caíra horas antes. Aproximou-se e viu os rabiscos no
soalho. Parecia ser um número com três algarismos: 942. Pensou um pouco e,
inteligente como era, percebeu que se tratava de algo que o incriminava.
O que
fazer? Deve ter pensado. Lembrou-se então de percorrer o arquivo de clientes,
onde encontrou o nome de dois clientes que o podiam ajudar a, pelo menos,
confundir os investigadores: Francisco João Sá e Isidro Diogo Baganha. Tudo
iria depender de como seria interpretado aquele 942.
Se,
por um lado, 942 fosse interpretado como o número de letras de cada nome do
homicida, as suspeitas recairiam sobre Francisco João Sá: Francisco = 9 letras,
João = 4 letras e Sá = 2 letras.
Por
outro, se 942 fosse interpretado como a posição no alfabeto da primeira letra
de cada nome do homicida, as suspeitas recairiam sobre Isidro Diogo Baganha:
Isidro = I na 9ª posição, Diogo = D na 4ª posição e Baganha = B na 2ª posição.
A
esperança de Alexandre Miguel Duarte era que os investigadores, perante estas
duas possibilidades, não se lembrassem das notícias que, quase diariamente,
surgiam nos meios de comunicação social: o protesto dos professores com
o slogan 942 = 9 anos, 4 meses e 2 dias; o tempo de serviço que
pretendiam recuperar.
Pois,
se tal acontecesse, perceberiam que o 942 significava o número de anos, de
meses e de dias, e que as primeiras letras de cada uma destas palavras
correspondiam às primeiras letras de cada um dos seus nomes: Alexandre = A de
anos, Miguel = M de meses e Duarte = D de dias.
……………..
/// ………………
A
fechar esta edição, passamos em revista o ponto de situação dos vários torneios
que animam neste momento o espaço virtual, numa altura em que todos apresentam as
últimas provas.
ECOS
DO TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
Já é
conhecido o décimo-segundo (e último) problema do Torneio do Cinquentenário de
“Mistério Policiário”, cujo prazo de apresentação de propostas de solução
expira na última badalada do ano 2025, que decidirá finalmente tudo.
Pergunta-se: 1) Será que a Detetive Jeremias confirmará a
vitória nas vertentes de Decifração e de As Melhores Soluções, que lidera estas
classificações desde o início da prova, sempre perseguida de perto por
Inspector Aranha, e também acossada por mais um grupo de perseguidores de grande
respeito? 2) Quem secundará Mali, a virtual vencedora d´As Mais Originais, na
respetiva Tabela Final: Detective Jeremias, Dona Sopas, Arjacasa ou Vic Key? 3) Quem erguerá o
troféu de vencedor da vertente de Produção, entre os doze produtores que contribuíram
de forma decisiva para o sucesso alcançado por esta iniciativa?
ECOS
DO TORNEIO “QUEM É?”
Dentro
de cinco dias será também conhecido o último teste do Torneio “Quem É?”, cujo
prazo de envio de respostas termina igualmente no último segundo do ano em
curso, deixando para os primeiros dias de 2026 a divulgação das pontuações
obtidas pelos concorrentes, que definirão o derradeiro escalonamento da
classificação geral, que neste momento continua a ser comandada por um quarteto
composto por Rodriguda, Detective Jeremias, Mandrake Mágico e Inspetor
Moscardo, tendo como adversários mais diretos Bernie Leceiro e Arjicasa, a 2
pontos de distância.
ECOS
DO TORNEIO “PORTUGUÊS SUAVE”
Serão conhecidos, entre 16 e 18 de dezembro, os resultados do derradeiro problema do Torneio “Português Suave”, numa altura em que a prova é liderada por um trio composto por Arjacasa, Inspetor Boavida e O Gráfico, enquanto a “revelação do ano”, Detective Verdinha, espreita por alguns pequenos deslizes destes seus mais diretos opositores para se sagrar a grande vencedora.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 12
O ROUBO DOS
DIAMANTES
Autor: Inspector
Pevides
O inspector
Lourenço levantou-se nesse dia um pouco zonzo. Na noite anterior havia cometido
alguns excessos quer na comida quer na bebida.
- Dias, não são
dias! Pensava entre dentes.
Bem. Entre
dentes não se pensa, mas…
O facto é que os
copos tinham produzido um efeito que não lhe trazia grande lucidez.
Ligou a rádio, a
telefonia que nunca dispensava e o noticiário lá ia arengando as últimas:
“O novo filme de
Charlie Chaplin, Luzes da Ribalta espera-se que estreie em breve …”
“Baptista
Pereira (não sei quê…) um recorde de permanência…”
“Houve ontem um
terramoto na Califórnia que provocou doze mortos…”
“Os Jogos
Olímpicos continuam e Zátopek é favorito às medalhas que aliás já ganhou em
jogos anteriores.”
Enquanto
escutava, iniciou as rotinas habituais: higiene, pequeno-almoço, etc…
O telefone
retiniu: - Lourenço?
Resmungou entre
dentes (agora já foi bem aplicado) - quem havia de ser?
Ouviu o recado
urgente. Tinha de ir a Évora tratar de um caso de roubo. Continuou a resmungar.
Não gostava do nome que lhe tinham dado. Mania dos antigos de dar o nome do
santo do dia! Quarenta anos feitos ontem. Daí os copos a mais … bom, vamos à
vida.
De Lisboa a
Évora era viagem longa e cheia de peripécias naqueles tempos. O agente Mértola
foi quem conduziu a viatura policial. Apesar de tudo chegaram a tempo de
almoçar e pouco depois já interrogavam a presumível vítima do roubo.
Era um sujeito
estranho, de má catadura, semblante fechado e mal disposto, que vivia num
casarão isolado e rodeado de criadagem que, habitualmente lhe servia também de
guarda-costas ou seguranças como se queira entender.
Dedicava-se ao
comércio (legal) de diamantes. Tudo fiscalizado e de contas em dia. Limitava-se
a comprar e a vender.
Apurou-se que
era uma referência, um “expert” no assunto e depois de interrogado, limitou-se
a descrever o assalto de que tinha sido alvo.
Falou então:
Ontem à noite,
estava a escolher pedras a fim de lhes fixar preço, quando dois homens entraram
subitamente no meu gabinete. Logo por azar tinha dado folga aos meus criados
mais decididos. Ficou apenas um velhote que já dormia e não deu por nada.
Os homens vinham
com a cara tapada. Barretes negros esburacados no sítio dos olhos e armados de
caçadeiras. Confesso que me assustei e não consegui reagir.
Levaram todas as
pedras que estavam, felizmente, no seguro por 320 contos de réis. No entanto,
depois de as analisar, considerei o seu valor em pelo menos 400.
Quando saíram,
espreitei pela janela e vi-os de roupas escuras dirigirem-se para um automóvel
azul-escuro, tipo americano, grande banheira, talvez Dodge ou Pontiac. A noite
estava estrelada e limpa e o luar ajudou-me a distinguir estes pormenores.
Fim de
depoimento.
As peritagens
que foram mais tarde efectuadas, mostraram que havia marcas de dois pares de
botas de sola de borracha em ambas direcções do percurso entre os sulcos de
pneus acerca de cinquenta metros da casa e o gabinete. Os acessos de terra
batida ajudavam a imprimir vestígios quer das botas quer dos pneus.
O rasto dos
pneumáticos do referido automóvel, apesar de misturados com outros, puderam ser
identificados, mas perdiam-se ao entrar na estrada alcatroada. Impossível saber
para onde se dirigiam.
Perguntas:
- Roubo real
ou simulado?
- Justifique.
NOTA FINAL
:
Os
projectos de solução a este problema, deverão ser
enviados impreterivelmente até ás 24h00 de 31 de dezembro de 2025,
via electrónica (WEB), para o endereço de e-mail: viroli@sapo.pt
ou
por via
Postal (CTT) para: Luís Manuel Felizardo Rodrigues (O Gráfico),
Praceta Bartolomeu Constantino n.º 14 – 2.º esq.º FEIJÓ | 2810 – 032 ALMADA.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
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PROBLEMA Nº 11
O GORRO VERMELHO
Autor: Fotocópia
Ouviu-se o apito
que sinalizava o fim da partida.
Bocas abriam-se
proferindo gritos, alguns de apoio outros de escárnio, mantendo o ambiente
infernal. Mãos batiam palmas, umas celebrando a vitória outras de agradecimento
pelo esforço dos derrotados, ainda que pelo meio umas preferissem mexer certos
dedos simbolizando felicidade ou injúria. Vozes roucas, gargantas roxas,
juntavam-se ao som de tambores, cornetas e outros objetos que servissem para
fazer barulho.
Era nesta
envolvente frenética que se procedia aos habituais cumprimentos entre os
intervenientes no final do jogo. Jogadores, treinadores, delegados, árbitros
entre outros, trocavam palavras e gestos, uns mais quentes que outros, em que
os companheiros mais pacientes acalmavam os ânimos. Um dos árbitros chegou a
libertar as mãos enrolando o apito no seu cordel para tirar o cartão vermelho
do bolso, mas acabou por não o mostrar a ninguém tendo a situação sido
regularizada sem a intervenção dos juízes.
Emoções! O que
seria o desporto sem elas?
A desordem
ruidosa ia terminando, ficando pequenos grupos de adeptos que ainda deambulavam
pelas bancadas. A equipa de arbitragem, chateada e cansada deste jogo renhido
difícil de ajuizar, terminara já as suas funções e apressava-se para o seu
balneário. Um deles pegara nas suas coisas com rapidez tal que metera tudo na
sua mochila sem ordem, deixando a mala mal fechada ficando à vista o que
pareciam uns cordéis a baloiçar para fora do fecho. Passaram pelos homens da
limpeza, um muito mais velho do que o outro, que estavam encostados à parede da
entrada que ligava o campo aos balneários.
– Boa noite e
boa sorte, isto ficou em pantanas. – Diziam os árbitros de fugida aos homens da
limpeza enquanto ainda levavam com apupos de dois adeptos da casa que
permaneciam na bancada. Um com uma t-shirt com o número 7 nas
costas, outro com um gorro que continha duas espadas cruzadas em “X” na zona da
testa como símbolo, não respeitavam os avisos dos seguranças.
– Senhores
árbitros… – balbuciou de forma sucinta, em jeito de cumprimento, o velho
puxando ligeiramente a parte da frente do seu gorro para baixo com o polegar e
indicador. Muito vira naquele clube e aguardava impacientemente, com o sua
esfregona encarnada e pano encardido, que todos saíssem do recinto para iniciar
o que fizera inúmeras vezes.
Os Los
Rojos, equipa visitante, tinha vencido. Motivo de grande alegria que faziam
questão de a demonstrar no balneário cedido pelo clube visitado. Cânticos eram
proferidos, – Vamos levar daqui umas lembranças… lembranças daqui vamos
levar… – ao som de palmas que ecoavam pelos corredores dos vestiários,
chegando o som abafado, mas ainda audível ao balneário dos derrotados.
– Oiçam-nos! –
dizia o treinador da equipa visitada dirigindo-se aos seus jogadores – o que
pensam disto? Foram eles que ganharam ou nós que perdemos? Estou a ver que a
alegria dos Rojos vos é indiferente…
Alguns elementos
ainda apresentavam olhos enervados e visão turva, faces rubras do esforço
físico. Outros misturavam essa cor com a vergonha por terem perdido em casa
contra o rival.
– Não foi nada
disto que trabalhámos… o que aconteceu no jogo? – continuava o treinador,
estando ele próprio abalado pelo desenlace da partida.
Entre este
balneário que continha um monólogo e o outro que continuava em festejos,
encontravam-se os dois homens da limpeza que tinham iniciado a sua labuta.
– Tolos, todos
eles, quero lá saber disto, só me dão é trabalho desnecessário… estávamos bem
era no Rouge a virar uns tintos – referindo-se ao bar Maison
Rouge situado não muito longe dali, sempre com clientes azarados,
taciturnos ou ambos.
– Isso é que
era. – concluía o homem da limpeza mais novo. – E aquele idiota do capitão…
– Ainda por cima
não recebemos nada de especial… o que vale é que de vez em quando compenso com
estes cinco dedos, não é verdade minha encarnadinha? – dirigindo-se à sua
esfregona, fazendo no ar um gesto circular com o pulso e dedos em que, à sua
vez, cada falangeta tocava na palma da mão, começando pelo mindinho e
terminando no indicador.
O homem mais
novo ria-se baixinho em concordância quando é interrompido…
– Com licença! –
exclamou o delegado da equipa, quase pontapeando os baldes cheios de água e
detergente.
– Eh lá… –
exclamou o velho num misto de surpresa e comprometimento – onde vai com tanta
pressa? – continuou.
O delegado
deixo-o sem resposta dirigindo-se à porta da sua equipa. Ainda com a respiração
ofegante rodou a maçaneta, abrindo-a. O treinador, virou-se de repente para
trás, num misto de surpresa e repreensão. Não gostava que entrassem assim no
balneário, muito menos quando ele falava com a equipa.
– Peço desculpa,
mas estava a arrumar o material de jogo e deparei-me com a falta de bolas de
jogo, balizas fora do lugar, garrafas estragadas, quadro tático rachado, toucas
desaparecidas… – disse com aflição o delegado. O clube não andava bem de
finanças e após a derrota não era este tipo de notícias que se desejava ouvir
no seu seio.
– Quando… –
respondia o treinador.
– Nós podemos
dar uma ajuda quando sairmos daqui – interrompeu o capitão da equipa num misto
de coragem e oportunismo.
O treinador
olhou para ele… passou rapidamente os olhos pela restante equipa. Percebeu que
o discurso que transmitia à equipa talvez tivesse de o fazer sozinho para
consigo… tinha de se debruçar sobre as verdadeiras razões destes comportamentos
da equipa em jogo, limpar a cabeça. Tudo o que dissesse agora não ajudaria
ninguém. Parou o olhar novamente no capitão, dizendo afirmativamente:
– Equipa, vamos
respirar fundo, paremos por aqui. Vamos ajudar o nosso staff a
encontrar o material. Amanhã dou folga, voltamos na terça-feira em força!
Alguns jogadores
entreolharam-se. Este comportamento não era comum no treinador, embora alguns
não tivessem gostado da intervenção do capitão (andavam fartos das suas
presunções, especialmente o guarda-redes suplente), outros sorriram timidamente
para o capitão em forma de agradecimento. Finalmente estavam libertos daquele
ambiente de cortar a respiração.
Já no cais da
piscina… – Obrigado maltinha – felicitava o delegado a alguns jogadores –
obrigado pelas bolas, vocês agora vão ver o resto ali…, Ò guarda-redes, os
dois, vocês venham cá, preocupem-se com os vossos gorros. – ordenava.
– Olhe, desculpe
lá, tinha o meu gorro pendurado aqui com os cordéis atados no fato-de-banho e
com isto tudo nem dei conta. Mas está aqui!
– Ok “redes”, o
gorro número 1 já está, vão lá encontrar o outro, por favor. – respondera o
delegado.
Percebendo a
nova azáfama no cais da piscina o velho homem da limpeza e o seu parceiro
pararam com os seus afazeres, retirando-se rapidamente, desta feita para o
balneário dos árbitros que já se tinham ido embora, aproveitando para limpá-lo…
Assim que
terminava um jogo, era costume todos ajudarem a arrumar o campo e o material de
jogo nesta modalidade amadora. No entanto, devido às circunstâncias do ardente
jogo, praticamente todo o material foi deixado espalhado, à mercê…
Já poucos
permaneciam no local de jogo. Praticamente só estava a equipa da casa a colocar
tudo no devido lugar, juntamente com o restante staff e
treinador. Os homens da limpeza já se encontravam noutra parte do recinto e
dois últimos seguranças da empresa Às Sete Espadas faziam uma
última vistoria aos corredores e acessos aos balneários e bancadas. Esta
empresa de segurança tudo fazia para manter a ordem, “Seguro Às Sete
Espadas”, era o lema. Por sinal, estes dois seguranças já tinham enfrentado
problemas com adeptos da própria casa pois o capitão constantemente os
instigava, tendo depois os seguranças de sossegar a cólera dos torcedores.
De repente
ouvem-se passos rápidos e curtos! Dois homens entram no balneário onde estava o
capitão.
– Ei! Oi! O que
é isto?! – pergunta o capitão espantado. Este tinha se escapulido da tarefa de
ajudar de arrumar o cais da piscina e já se encontrava a tomar banho sozinho,
quando foi surpreendido…
– Era mesmo isto
que queríamos, apanhar-te sozinho, enquanto a equipa está ali entretida… esta é
por tudo aquilo que já nos fizeste passar… – berraram os infratores enquanto
davam uma surra ao capitão.
– Olha-me para
este com uma tatuagem da carta 7 de espadas no ombro… – dizia
um.
– Deve ter a
mania, nem que fosse um ás, levava na mesma… – vociferava o outro.
Os ainda
presentes na piscina ouviram a vozearia e acorreram ao balneário encontrando o
capitão sozinho deitado no chão em posição fetal derramando sangue de uma das
têmporas.
Enquanto o
treinador ligava para o 112, o delegado ligava ao médico do clube que tinha
acabado de entrar no seu escarlate Porsche no parque de estacionamento, em
vista a que ele pudesse acudi-los.
– Inconsciente,
mas vivo. – reitera o médico acalmando a restante equipa, continuando com os
cuidados médicos.
– Mas quem terá
feito este horror? – diz um dos jogadores.
Entretanto
chegam ao balneário os dois seguranças.
– Vínhamos para
aqui, mas ao cá chegar vimos dois indivíduos a fugir do balneário… um deles com
uma t-shirt com um sete nas costas. – relata o primeiro
segurança, agarrando o outro adepto endiabrado pelo braço esquerdo.
– E este
“menino” aqui era o outro delinquente. – continuando o segundo segurança
agarrando o braço direito do suposto agressor.
– Larguem-me eu
não fiz nada… – gritava o adepto endiabrado enquanto esperneava.
Os ânimos
exaltavam-se! Os outros jogadores estavam sedentos por agredir o pilantra!
– Acho que eram
estes dois que só vinham aos jogos para cometer delitos, desde roubos e ofensas
a todos: árbitros, treinador e até ao capitão da própria equipa… ainda há pouco
acho que eram estes dois que insultavam os árbitros. – refere o primeiro segurança.
– Admito! Eu e o
meu “sócio” viemos aqui roubar, esperámos até que estivesse menos gente e menos
seguranças…, mas não batemos em ninguém. – grita o torcedor.
– Roubar o quê?
– pergunta o delegado da equipa – penso que não haja aqui nada de grande valor…
– Tudo serve…
grão a grão… – diz em risos o de gorro com um símbolo de espadas em “X” na zona
da testa, esquecendo-se da dor causada pelos seguranças que lhe torciam os
braços.
– Levaram alguma
coisa? – exaltando-se o treinador com todo aquele teatro.
– Só aquele
“capacete” vermelho que alguns de vocês usam, nunca percebi muito bem, só venho
para aqui beber e divertir-me com os meus “manos”, mal sei as regras – soltando
uma gargalhada – … estava no balneário dos árbitros… – sorria – infelizmente
não deu para mais nada, pois ouvimos uma gritaria do outro balneário, parecia
que estavam a matar alguém… e fugimos. Não fossem estes dois “gorilas” terem
surgido tão rapidamente… e terem me apanhado logo e tinha fugido também com o
meu “sócio”.
– Nem mais uma
palavra… estás a mentir! – dizia o segundo segurança enquanto lhe torcia mais o
braço.
– Amigos… –
interrompe o velho homem da limpeza – confirmo a versão desse infeliz. Eu e o
meu colega limpámos o balneário dos árbitros e vimos o gorro vermelho lá, nem
sabemos como foi lá parar…, mas ficou lá, nem lhe tocámos…
– Não acredito
que o deixaram lá, não sabiam que estávamos a arrumar? – responde efusivamente
o delegado.
– Queremos lá
saber! – grita o velho.
Continuando o
homem de limpeza mais novo – Se não fossem estes jogos aos domingos à tarde, já
nos estávamos a divertir há muito… no…
– Rouge? –
interpela um dos jogadores a rir provocando reação semelhante aos colegas de
equipa.
– Calem-se! –
remata o velho.
– Sim… – mudando
de assunto um dos seguranças – nós também vimos lá essa touca com nº 12 quando
fizemos a ronda…, mas não ligámos muito… pedimos desculpa por isso.
– Pois, ainda
pegámos nela e vimos bem a marca e o número para perceber se era da nossa
equipa, mas depois ouvimos passos rápidos no corredor e fomos investigar,
deixando lá a touca – diz o outro segurança.
– Passos rápidos
deviam ser os vossos próprios, quando saíram do balneário onde estava o
capitão… – gargalhava o adepto já ajoelhado forçosamente pelos seguranças.
– Vamos todos
permanecer serenos e aguardar pela polícia. – acalma o treinador, trocando
olhares com o delegado e a restante equipa, questionando-se – porque é
que eles teriam feito isto? – referindo-se ao crime que acabara de
acontecer. O treinador só não compreendia a causa, mas já sabia quem era o par
culpado. Ele, o delegado e os jogadores estavam dispostos a serem testemunhas e
a dizer quem eram os culpados à polícia.
1) Que
modalidade desportiva está subentendida no texto?
2) Quem
é o par culpado que o treinador, delegado e jogadores dirão à polícia?
2.1. Como
chegaram a esta conclusão?
3) Por que
motivo esse par espancou o capitão?
ENDEREÇOS E
PRAZO PARA O ENVIO DE RESPOSTAS:
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 30 de novembro de
2025, através dos seguintes meios:
a - Por email, correio
eletrónico de A Página dos Enigmas: apaginadosenigmas@gmail.com;
b – Entregando
em mão ao orientador do Blogue A Página dos Enigmas, Paulo,
onde quer que o encontrem;
c -
Utilizando o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032
ALMADA.
Nota:
Além dos prémios
em disputa ao longo do torneio, serão sorteados em cada problema os seguintes
prémios:
- 1 Livro de
Problemas Policiários e Soluções de M. CONSTANTINO, oferta de Salvador Santos,
juntamente com um Bloco de Apontamentos da Tipografia Lobão, oferta de José
Silvério, para sortear entre os concorrentes totalistas.
- 1 Conjunto de
12 Postais Ilustrados de Montemor-o-Novo, oferta de Francisco Salgueiro, para
sortear entre todos os concorrentes não totalistas.
RECORDANDO O PASSADO, PREPARAMOS O FUTURO PRÓXIMO
A caixa do correio eletrónico do orientador da
secção rececionou até ao momento 5 (cinco!) enigmas participantes no concurso
de problemas policiários “Mãos à Escrita! – 2026”, sendo de prever que nos
próximos dias venham a surgir outros originais, apesar do prazo de envio
problemas se estender até final de março de 2026. Mas o importante mesmo é que
os potenciais concorrentes deitem “mãos à escrita” logo que sintam a inspiração
surgir, tendo sempre presente que o produtor deve ter a preocupação de colocar
no texto todos os elementos de que o solucionista precisa para resolver
cabalmente o enigma, colocando-os o mais disfarçadamente possível,
camuflando-os com pistas que se verifica serem falsas e com outros elementos
inócuos, em relação aos quais o solucionista tem de fazer uma cuidadosa
triagem. E esta mesma preocupação deve estar presente na escrita de qualquer
género de enigma, seja ele de “carácter técnico”, de “estilo dedutivo”, de
“eliminatórias”, de “decifração criptográfica” ou de qualquer outro género de
tipologia policiária.
Esta
preocupação, habitualmente muito reclamada pelo nosso saudoso confrade Gustavo
Barosa (Zé Viseu), que reiteradamente dizia que o bom produtor é aquele que não
“mente” ao solucionista, evita fundamentalmente que a “chave” proposta permita
a abertura de portas para soluções diversas, frustrando assim o labor dos que
se debatem com o enigma. Não foi esse o caso da produção que venceu o concurso
“Mãos à Escrita! - 2019”, da autoria de Daniel Falcão, que consideramos como um
bom exemplo dessa preocupação com o trabalho dos solucionistas, recordando-a,
também por isso, nesta edição d´O Desafio dos Enigmas, com o compromisso de
apresentar a respetiva solução de autor, aqui no LOCAL DO CRIME, na edição de 5
de dezembro.
CRIME LEAKS
de Daniel Falcão
enigma vencedor do concurso
“Mãos à Escrita! – 2019”
Gustavo
Santos está sentado, numa solarenga manhã de domingo, na esplanada do
Café-Restaurante Sítio do Costume. Continua a rodar a colher dentro da chávena
defronte de si, enquanto observa com alguma curiosidade a primeira página do
jornal Matutino, pousado sobre a mesa.
Nos
últimos dias, as notícias daquele teor têm surgido a conta-gotas. Dia após dia
iam sendo libertados fragmentos de relatórios criminais. “Crime Leaks”,
assim era apelidada pelos meios noticiosos estas fugas de informação. Mais um
“leak” a juntar-se a vários outros, o que levava muitos a perguntarem sobre
qual seria o próximo, numa época em que tudo vinha a público, mesmo as
informações mais privadas.
Gustavo
Santos abre o jornal e lê atentamente a mais recente fuga de informação que
aparece reproduzida na terceira página. O texto em causa divulga informações,
que deviam ser confidenciais, sobre o homicídio de Manuel José Carvalho,
ocorrido em finais de dezembro de 2018.
Pela
leitura do texto publicado, ficava-se a saber que a vítima fora encontrada no
seu escritório pelo companheiro. Este afirmara que, assim que deparou com o
corpo, imediatamente ligara às autoridades. Os agentes destacados para o local
não tiveram dificuldade em concluir, pelas peças partidas, pelos móveis
deslocados e pelos papéis espalhados pelo chão, que ali ocorrera uma violenta
disputa. Disputa que teria terminado com a vítima a ser fortemente golpeada na
cabeça com o pisa-papéis, encontrado mesmo ao lado do corpo.
Alexandre
Miguel Duarte, assim se chamava o companheiro da vítima, declarara que naquela
noite saíra com uns amigos comuns, mas que o Manuel ficara em casa, pois tinha
agendado receber uns clientes, situação que ocorria com alguma frequência.
Acrescentara ainda que, ao chegar a casa, pouco depois da meia-noite, se
apercebera que o companheiro ainda estaria no escritório, pois a luz estava
acesa. Decidira não interromper e subira para o quarto, situado no primeiro
andar, adormecendo mal se deitara na cama. Seriam umas cinco horas da manhã
quando acordou e reparou que o Manuel ainda não se deitara. O que achou
estranho. Desceu as escadas, bateu à porta do escritório e, como a luz
continuava acesa e não teve qualquer resposta, abriu a porta e entrou. Foi nessa
altura que deparou com o escritório todo desarrumado e com o corpo do
companheiro.
Segundo
o relatório policial, a vítima tinha próximo da sua mão esquerda uma magnífica
espátula para abrir cartas, com cabo em madrepérola e lâmina em tartaruga
natural. Desta vez, a espátula teria servido para marcar o soalho com o que
parecia ser um número: 942. Qual seria o seu significado? Era algo que ainda
estava por esclarecer. Se é que significava alguma coisa.
O
agente responsável chegou a questionar o companheiro da vítima, ainda no local,
sobre quem seria a pessoa ou pessoas com quem Manuel José Carvalho tinha
agendado reunir. Num primeiro instante, o inquirido manifestou desconhecimento.
Logo depois acrescentou que, nos últimos dias, havia alguns assuntos que
ocupavam muito do tempo do companheiro, envolvendo dois clientes: Francisco
João Sá e Isidro Diogo Baganha. Suspeitava que a reunião teria sido marcada com
algum deles, mas não sabia qual.
As
últimas informações disponíveis sobre este caso referiam que o companheiro da
vítima, segundo as suas próprias declarações, saíra de casa pouco depois das
oito horas, tendo chegado ao local do encontro, a cerca de uma dezena de
quilómetros, cerca de meia hora depois, pois era muito cuidadoso na condução.
Gustavo
Santos leu e releu os elementos agora divulgados e começava a ter uma ideia do
que sucedera na noite do crime.
DESAFIO
AO LEITOR:
E o
leitor também tem alguma teoria? Em caso afirmativo, desenvolva essa teoria,
sustentando-a com os factos disponíveis.
……………….
///// …………………
ECOS
DO TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
A encerrar
esta edição, recordamos que termina no próximo dia 30 de novembro o prazo para
o envio de propostas de solução para o décimo-primeiro (e penúltimo) problema
do Torneio do Cinquentenário de “Mistério… Policiário”, que mantém na sua
liderança a Detetive Jeremias, logo seguida (com os mesmos pontos) pelo seu conterrâneo
Inspetor Aranha, que têm na peugada um pequeno grupo de concorrentes à espreita
de um deslize dos líderes nas duas últimas etapas.
Já é conhecida a
solução do nono problema e as suas respetivas pontuações, bem como a
classificação geral atual, do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo
Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA N.º 9
BONS VIZINHOS
Solução
Sim, ela estava
a falar verdade ao xerife …
… Maria
Antonieta conseguiu ver a forma do corpo de Henrique, bem como a forma do homem
que se encontrava sobre ele, mas não conseguiu ver mais nada em concreto.
Os seus óculos
estavam bastante embaciados porque ela tinha acabado de entrar numa casa
quente, vinda do imenso frio que se fazia sentir lá fora. A sua respiração
ofegante, bem como a tarte ainda bem quente, criaram ainda mais humidade, tornando
a névoa nas lentes grossas, mais densa.
Acrescente-se
ainda o facto de ela usar óculos de lentes bastante espessas, sinónimo de
miopia o que obviamente condiciona uma clara visão ao longe, motivando a
desfocagem!
Entretanto e por
isto tudo não só não conseguiu ver o atacante de Henrique, como não conseguiu
ver nada com toda clareza até que os seus óculos tornassem a ficar límpidos e
se aproximasse de Henrique, o que demorou, em parte, alguns segundos.
Pontuações
neste 9º problema
10 PONTOS
Arjacasa, Bela, Bernie
Leceiro, Búfalos Associados, Clóvis, Detective Izadora, Detective Jeremias, Detective
Verdinha, Dick Tracy, Didão, EGO, Inspector 27797, Inspetor Boavida, Inspector
Moscardo, Inspectora Sardinha, Inspector Pevides, Inspector do Reino, Jesse
James, Mali, Mandrake Mágico, O Gráfico, O Pegadas, Os Super Heróis do
Policiário, Pedro Monteiro, Pintinha e Vic Key.
08 PONTOS
CA 7, Carlinha, Detective
Suricata, Fátima Pereira, Inspector Cláudio, Marino, Molécula, Paulo, Sandra
Ribeiro, e Zé Alguém.
O5 PONTOS
Agente Silva, Ana
Marques, CN 13, Carlos Caria, Carluxa, Detective Silva, Faria, Inspector Ryckyi,
Joel Trigueiro, Jorrod, Margareth, Rainha Katya, Sofia Ribeiro e ZAB.
Classificação
Geral (após o 9º problema)
88 PONTOS
Arjacasa, Inspetor
Boavida e O Gráfico.
86 PONTOS
Detective
Verdinha.
84 PONTOS
Búfalos
Associados, Clóvis, Detective Jeremias, Mali, O Pegadas e Pintinha.
83 PONTOS
EGO.
81 PONTOS
Inspector
Pevides.
79 PONTOS
Faria e Inspector
Moscardo.
78 PONTOS
Ana Marques, Dick
Tracy e Vic Key,
76 PONTOS.
Jorrod e
Mandrake Mágico.
75 PONTOS
Carlinha e
Paulo.
74 PONTOS
Bela, Margareth,
Pedro Monteiro, Rainha Katya e Sofia Ribeiro.
72 PONTOS
CA 7, Carluxa,
CN 13, Detective Silva, Inspector do Reino, Molécula e ZAB.
71 PONTOS
Carlos Caria, Inspector
Ryckyi e Joel Trigueiro.
70 PONTOS
Detective
Izadora e Inspector Cláudio
69 PONTOS
Inspectora
Sardinha.
67 PONTOS
Zé Alguém.
63 PONTOS
Columbo.
60 PONTOS
Detective
Suricata
57 PONTOS
Fátima Pereira.
50 PONTOS
Marino e Sandra
Ribeiro
48 PONTOS
Inspector 27797.
39 PONTOS
Agente Silva.
33 PONTOS
Detetivesca.
28 PONTOS
Detective
Caracoleta
26 PONTOS
Ribeiro de
Carvalho.
20 PONTOS
Jesse James
18 PONTOS
Detective Lupa
de Pedra
15 PONTOS
Bernie Leceiro
10 PONTOS
Didão, Jorge
Amaral e Os Super Heróis do Policiário.