TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO ENTRA NA SUA SEGUNDA FASE
O Torneio do Cinquentenário de
“Mistério… Policiário” entrou no passado dia 1 de julho sua segunda e
derradeira fase, com o seu sétimo enigma, que tem como autor o confrade Rigor
Mortis. Ao cair do pano dos seus primeiros seis enigmas, as várias tabelas
classificativas da prova são lideradas no feminino, com a Detective Jeremias a
comandar a classificação geral na “decifração” e nas “melhores”, enquanto Mali
avança imparável nas “mais originais”. No pódio das várias categorias, mas a
grande distância das respetivas lideranças, posicionam-se Inspector Aranha e Inspector
Mucaba, na decifração; O Pegadas e Detective Verdinha nas melhores; e Detective
Jeremias, Arjacasa e Dona Sopas, nas mais originais. Mas tudo pode ainda
acontecer nas seis etapas que faltam cumprir até ao termo desta iniciativa que
pretende homenagear um dos mais destacados cultores e divulgadores do
policiário de sempre: o saudoso Sete de Espadas!
Para
já, vamos ver o que nos reservam os resultados dos policiaristas que
responderam ao sétimo enigma ainda em análise, que teve publicação original no
blogue “A Página dos Enigmas” (apaginadosenigmas.blogspot.com) e foi replicado
depois nos blogues “Local do Crime” (localdocrime.blogspot.com), “Repórter de
Ocasião” (reporterdeocasiao.blogspot.com) e “Momento do Policiário”
(momentodopoliciario.blogspot.com), além do site “Clube de Detectives”
(clubededetectives.net), onde se pode aceder também às várias classificações
atualizadas da prova. Porém, até ao final do torneio tudo pode acontecer. Até
porque normalmente é na ponta final das competições que se revelam os grandes
“campeões”. E o que parece impossível acaba muitas vezes por acontecer. Basta
um deslize dos que vão na frente para que tudo mude…
Entretanto,
por aqui, vamos continuando a recordar alguns dos problemas que integraram as
inúmeras provas organizadas por Sete de Espadas na revista de BD Mundo de
Aventuras, que fez furor sobretudo entre a “malta” mais jovem durante onze
anos, começando exatamente por enigmas que integraram o I Grande Torneio (o
primeiro de 25 torneios realizados, após a publicação de problemas isolados),
que decorreu de 4 de setembro de 1975 a 5 de janeiro de 1976.
Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras
I Grande Torneio
NATAL!...
de Big-Ben
(Ao «Dr. Aranha», com um
forte abraço)
Silenciosa
e rapidamente, o vulto avançava na semi-obscuridade do corredor. O seu
objectivo estava perto!... Na sala onde se encontrava colocada a árvore
simbólica da época natalícia, relampejavam, a espaços regulares, as luzes que
enfeitavam o pinheiro. Aquele «acende-apaga» era o seu guia…
O
vulto parou à entrada do compartimento, perscrutando o interior… As lâmpadas
cintilaram e, embora fugidiamente, o vulto viu aquilo que pretendia: lá estava,
junto ao pinheiro, a prenda tão desejada!
O
vulto pulou. De contentamento… Mas, nessa altura, foi infeliz; o seu incontível
salto fê-lo esbarrar contra a mesinha atrás de si, no corredor, e onde se
encontravam o telefone e uma grande jarra.
No
silêncio da noite, ouviu-se um estardalhaço medonho, que teve como epílogo a
jarra a desfazer-se em estilhas no pavimento de tacos. Célere, o vulto correu
para o seu quarto…
Pai
Dinis acordou com o barulho. É certo que ainda há pouco se deitara, pois
estivera à espera que os filhos adormecessem para ir buscar à mala do carro as
prendas que lá estavam escondidas. Mas, a verdade, é que «ferrara» logo no
sono; no entanto, em flagrante contraste com sua esposa, despertava com
facilidade.
Acendeu
o candeeiro da mesinha-de-cabeceira e olhou o relógio despertador: duas e picos
da manhã! «Que diacho seria aquela barulheira toda?», interrogou-se.
Mirou a esposa, que continuava a dormir, sem dar por nada. De imediato, saiu da
cama e foi investigar…
Começou
pelo quarto dos filhos, não fosse dar-se o caso de algum deles ter caído da
cama. Não seria a primeira vez… Acendeu a luz do «hall», para onde
abriam as portas dos quartos – do seu e dos seus filhos. Assim, teria claridade
e não os despertaria…
Dirigiu-se,
primeiramente, ao quarto da Zezinha, cinco anos lindos e rabinos. Quedou-se à
entrada, olhando, amorosamente, a cena que se lhe deparava: de faces rosadas,
quase da cor da sua camisinha, de noite em tafetá, agarrada à boneca favorita,
a filha dormia a sono solto. Pelo menos, assim parecia…
Foi,
depois, ao quarto do Nandinho, dez anos bastante desenvolvidos em idade e
inteligência. Como já esperava, encontrou-o enrodilhado na roupa, quase
totalmente destapado, frio. Que mau dormir tinha aquele rapaz! E o costume que
ele apanhara de não querer dormir com o pijama vestido. Cuidadosamente,
consertou-lhe a posição do corpo e aconchegou-lhe a roupa, entalando-a bem no
fundo da cama, enquanto o filho resmungava um «hum-hum» sonolento. Pelo
menos, assim parecia…
Pai
Dinis prosseguiu nas suas «investigações» e só voltou à cama depois de
descobrir a origem da barulheira que o acordara. Aliás, não foi difícil…
Manhã
cedo ainda, os gritos de contentamento da Zezinha acordaram a casa toda. Como
um furacão, entrou no quarto dos pais, abraçando-os e beijando-os,
agradecendo-lhes a grande boneca e o respectivo carrinho para a passear. Aquilo era,
o seu sonho!
Seguiu-se-lhe
o irmão. Também ele entrou de rompante e, «louco» de alegria, rivalizava
com a mana na gratidão pela prenda recebida: uma bicicleta. «Aquilo» era
o seu sonho!
E toda
a família Dinis se uniu num forte abraço. De felicidade!...
…No
entanto, algo estava por esclarecer… Qual foi o «elemento» causador de a
jarra ter caído?
Querem
os leitores-solucionistas de «Mistério… Policiário» dar uma ajuda ao pai
Dinis? Julgo que só eles o poderão fazer…
1 –
Qual o «elemento» causador da jarra ter caído?
2 –
Escreva a sua dedução?
…………………………….
/// ……………………………….
O
nosso desafio é que o leitor leia com a devida atenção o enunciado do problema,
não dispensando as subsequentes releituras que as dúvidas suscitadas reclamem,
de modo que o decifre com sucesso antes de aqui se publicar, no próximo dia 17
de julho, a respetiva solução de autor.
TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO
“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975 – 2025)
»»» TCMP «««
PROBLEMA Nº 7
O ASSASSINATO DO
VELHO MILIONÁRIO, de Rigor Mortis
Júlia era uma moça atraente, simpática, mas longe de ser bonita. A
verdadeira beleza dela estava na sua inteligência e na extraordinária
capacidade de observação e perceção de pormenores. Como desde ainda pequena
tinha percebido o seu tio, Tiago Rodrigues, inspetor da Judiciária. Devotado à
sua paixão pela investigação criminal, não resistiu a submeter a sobrinha, a
partir dos seus doze aninhos, à descrição pormenorizada dos casos em que ia
estando profissionalmente envolvido. Poupando-a aos aspetos mais violentos ou
sórdidos, colocava-lhe cada caso como um mistério a resolver. E a Júlia, nunca
se fazendo rogada, correspondia com plena vontade, descobrindo invariavelmente
a solução.
Nessa tarde, Tiago conversava com ela sobre o seu último caso.
Um velho milionário tinha sido assassinado em casa, sentado à sua
secretária. Um tiro na cabeça, com o projétil a entrar logo acima da testa,
junto à sutura coronal, e a sair logo abaixo da nuca, por cima da primeira
vértebra. O tiro tinha sido disparado a relativamente curta distância, entre
metro e meio e dois metros, e não havia quaisquer indícios de que o corpo
tivesse sido mexido após o crime. A arma não estava no escritório.
Os suspeitos eram os seus dois filhos, adultos na casa dos vintes e,
obviamente, potenciais herdeiros da sua fortuna. Os dois estavam em casa na
altura do crime, mas era a tarde de domingo e os dois criados, o mordomo e a
empregada, estavam a gozar a sua folga. Como acontecia muitas vezes em casos
semelhantes, não se davam particularmente bem com o pai.
O mais velho, Rui, um homem atlético a roçar os dois metros de altura,
ainda mantinha um relativo contacto com o pai. Não os unia propriamente uma
amizade recíproca, ainda menos um amor filial ou paternal, mas falavam-se
diariamente, com normalidade, e o velho milionário aprovava sem reservas a
atividade profissional do Rui, num cargo de direção na área comercial de uma
das empresas da família.
Mas a irmã, Susana, que parecia uma criança ao seu lado, magra e no seu
escasso metro e sessenta, já nem sequer falava com ele há um bom par de meses,
profundamente revoltada com o facto de o pai se opor ao seu relacionamento com
o namorado. A sua última interação tinha sido uma violenta discussão, em que o
pai ameaçou deserdá-la se ela prosseguisse aquela relação e em que ela,
furiosa, lhe atirou com um livro à cabeça.
Filhos de dois casamentos tardios sucessivos do velho, em ambos os casos
terminados em viuvez. Se as relações deles com o pai eram más, entre eles
também não havia mais do que uma tolerância fria.
– Quando lá cheguei – continuou Tiago – ambos estavam no escritório,
sentados em cadeiras em cantos opostos, com o médico-legista e os peritos que
vistoriavam cuidadosamente toda a divisão. Nenhum deles parecia muito
perturbado… Ambos afirmaram ter ouvido o disparo, mas estavam nos respetivos
quartos e disseram não ter visto ninguém entrar ou sair do escritório.
Relutantemente, segundo as suas palavras, a filha tinha ido ao escritório e
vendo o pai obviamente morto – o orifício de entrada da bala na cabeça era
perfeitamente visível, com o torso do velho deitado na secretária, de frente
para a porta – decidiu chamar a Polícia. O irmão chegou ao escritório pouco
depois de ela acabar o telefonema.
– Não foi difícil descobrir que havia uma pistola em casa, pertença do
Rui. Este foi lesto a dizer que tinha mexido nela uns dias antes, para a
limpar, como fazia regularmente, mas que agora ela não estava no respetivo
estojo, não fazendo ideia onde estaria. Quando ouvira o disparo tinha
instintivamente tirado o estojo do armário onde estava guardado e constatara o
seu desaparecimento.
– Uma rápida busca permitiu encontrar a pistola no quarto da Susana –
continuou o inspetor – por baixo das suas roupas interiores numa gaveta da
cómoda. A Susana não tinha qualquer explicação para a arma ali estar,
limitando-se a repetir que não tinha sido ela a pô-la ali. Com o projétil
extraído do estofo das costas da cadeira onde o velho tinha sido assassinado,
no topo da pequena lomba da zona dos rins, a perícia identificou a pistola como
sendo a arma do crime, mas não havia nela quaisquer impressões digitais. Um
exame rápido às mãos do Rui e da Susana também não revelou quaisquer indícios
de que tivessem disparado uma arma.
– Face às evidências conhecidas, claro que prendemos a Susana e vamos
acusá-la do assassinato do pai…
– Que achas, Júlia?
Júlia manteve-se uns segundos em silêncio, olhando para as mãos no
regaço.
– Acho que se enganaram, tio… – disse, em voz baixa e serena, levantando
o olhar.
****************
E, caro leitor, o que acha você?
As respostas
devem ser enviadas impreterivelmente até às 24h00 do dia 31
de Julho de 2025, através dos seguintes exemplos:
a -Por email, correio
eletrónico, de A Página dos Enigmas: apaginadosenigmas@gmail.com;
b -
Entregando em mão ao orientador do Blogue A Página dos Enigmas, Paulo,
onde quer que o encontrem;
c - Utilizando
o Correio Normal (CTT):
Luís Manuel
Felizardo Rodrigues (O Gráfico)
Praceta
Bartolomeu Constantino, 14, 2.º Esq.
FEIJÓ 2810 – 032 ALMADA
CONVÍVIO
DE CONSAGRAÇÃO DO VENCEDOR DO CONCURSO DE CONTOS
Como é
de conhecimento dos nossos seguidores, a encantadora Vila de Sintra recebeu no
final de maio o convívio de consagração do vencedor do concurso de contos “Um
Caso Policial no Natal”, promovido pela nossa secção. Participaram nesta
jornada um total de quinze convivas, na sua maioria senhoras: Rui Mendes e
Maria José Mendonça (Búfalos Associados); Paulo Viegas e sua esposa e filha,
Ana Henriques e Sofia Viegas; Maria Helena Raposo (viúva do saudoso António
Raposo, com quem formou a dupla A. Raposo & Lena); Maria Antonieta (Tieta,
viúva do saudoso Cloriano) e a sua Amiga Paula Correia; Mimi (viúva do saudoso
Pedro Paulo Faria, mais conhecido por Nove e Verbatim) e seu filho, Paulo
Faria; Rigor Mortis; Luís Rodrigues (O Gráfico); Telmo Rodrigues (Fotocópia) e
sua namorada, Jéssica Costa; e, claro, este vosso Amigo.
Embora
ausente, por motivos imperiosos, a nossa confreira Fátima Correia (Detetive
Jeremias), após o repasto, acabaria por conquistar, com toda a justiça, o
protagonismo absoluto do convívio, na fase que antecedeu a divulgação dos
resultados finais do concurso de contos (vencido por Paulo Pereira Viegas),
pelo seu notável trabalho como responsável pelo ressurgimento do Borda d’Água
do Conto Curto, que regressa após uma paragem de quatro anos, em larga medida
decorrente do falecimento de um dos seus principais mentores, o nosso muito
querido e saudoso A. Raposo, que teve desde sempre como parceira de organização
a nossa estimada Detetive Jeremias, responsável agora “a solo” por coordenar e
dar à estampa o “primeiro número da nova vida” (ano 2025) deste singular e
inovador projeto, que tem já data prevista para a edição de 2026.
Ao
fazer a história (em mensagem escrita) do Borda d´Água do Conto Curto, Detetive
Jeremias recordou que o nascimento desta publicação foi fruto de uma ideia do
acaso em 2018, na sequência de uma conversa com a dupla A. Raposo & Lena, que
teve inspiração num conto passado num determinado mês do ano. E, em jeito de
homenagem ao Almanaque Borda d’Água, as Edições Fora da Lei (mais uma ideia
genial da Detetive Jeremias), que tem como objetivo ressuscitar a desaparecida
Literatura de Cordel, decidiu dar à estampa o primeiro Borda d’Água do Conto
Curto, com originais da própria e de A. Raposo, prosseguindo o projeto em 2019
e 2020 com a colaboração de vários autores. E ei-lo de volta em 2025, com
“memórias do passado, relatos do presente e vislumbres do futuro (sic)”, onde
“cada um dos doze autores traça o seu caminho sem regras”. E sem regras (?...)
nascerá também até ao final do ano o “Borda 2026”, promete Jeremias!
E
enquanto aguardamos mais notícias sobre esta publicação, que promete ser de
novo um “grande sucesso editorial”, por aqui vamos continuando a recordar
alguns dos problemas que integraram as inúmeras provas organizadas por Sete de
Espadas na revista Mundo de Aventuras, que fez furor sobretudo entre a “malta”
mais jovens durante onze anos, começando exatamente por enigmas que integraram
o I Grande Torneio (o primeiro de 25 torneios realizados, após a publicação de
problemas isolados), que decorreu de 4 de setembro de 1975 a 5 de janeiro de
1976.
Mistério…Policiário, da Revista Mundo de Aventuras
I Grande Torneio
A MORTE ENTROU NO CAMARIM…
de Anel
Jim Rogers,
o consagrado actor teatral entrou no seu camarim, depois de mais uma
representação da peça «A Morte Anda Aí…». O êxito estava a ser enorme
e Rogers, embora cansado, sentia-se feliz. Sentou-se num banco e ao mesmo
tempo que começava a desmaquilhar-se, acendeu um cigarro. A porta do camarim
abriu-se nesse momento e Rogers viu reflectida no espelho a
imagem de um homem empunhando uma pistola.
– Tu?... Que
fazes aqui e para que é esse «brinquedo»?...
– Vim
matar-te! Tenho razões para o fazer.
…e disparou!
Depois saiu, levando consigo a arma. No camarim entrara a morte…
Chamaram
o inspector Z. Quando lá chegou, já lá se encontravam o médico
legista e o fotógrafo, com um perito de impressões digitais.
– Inspector, está
tudo na mesma. O corpo está na posição em que o encontraram e nem sequer se
tocou ainda nos objectos do toucador – informou o médico,
continuando: – A morte foi instantânea, numa primeira
análise, claro!, e deve ter ocorrido entre as 23 horas e a uma da
manhã. A bala deve ter-lhe atravessado o coração. Mas só poderei dar-lhe a
certeza e dizer mais coisas, depois da autópsia.
– Já
tinham trocado opiniões, doutor? – perguntou o inspector.
– Não!
–
Certo! Está bem. Podem sair agora por momentos, mas mantenham-se sem
comentários – e voltando-se para o sargento que o acompanhava: – Sabe se alguém
tinha razões pare o matar?... – e indicou o corpo.
– Pelo
que já apurei, parece-me que Rogers, que todos muito bem conhecemos, não
era lá grande coisa para com os colegas… Andava sempre a implicar por tudo e
por nada, e ninguém escapava… Os últimos com quem se zangou, foram os
colegas-actores Bob Denny, Roy Kelly e John Bell.
–
Mande-os entrar já, sargento!
Muito
mais tarde, no seu gabinete, o inspector lia, mais vez, as
declarações assinadas pelos principais suspeitos.
Bob Denny: «Não tenho
álibi, mas não fui eu. Apesar de não gostar de Jim, não o mataria – nem com
veneno por interposta pessoa».
John Bell: «Encontrava-me
no meu camarim a desmaquilhar-me para sair, quando me chamaram… Apesar de odiar
Jim, não o iria matar. Não era capaz! Tem de descobrir o assassino que lhe
meteu uma bala no coração, inspector, para que todos nós possamos
descansar…»
Roy Kelly: «Eram 23 horas
quando saí de cena (fazia na peça um pequeno papel) e estive a falar com
o director até nos irem chamar… Zangamo-nos, mas daí até o matar…
Seria incapaz de o fazer… Sou alérgico às encomendas com detonadores e bombas…»
– Hum,
aqui há gato… Isto encaminha-nos para… – pensava o inspector em voz
alta…
Para,
repetimos nós…
1 –
Para quem?
2 –
Porquê?
…………………………….
/// ……………………………….
O
desafio é que os nossos seguidores leiam com a devida atenção o enunciado do
problema, não dispensando as subsequentes releituras que as dúvidas suscitadas
reclamem, de modo que o decifrem com sucesso antes de se publicar no próximo
dia 7 de julho, a solução escolhida por Sete de Espadas entre todas as soluções
propostas pelos que responderam com total acerto ao enigma.
Já é conhecida a
solução (e as respetivas pontuações) do quinto problema do I-Torneio Policiário
“Português Suave” – Modo Simplex, organizado pelo blogue Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-las:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA N.º 5
|
TRAVAGEM
ACIDENTADA
Solução
NÃO... não
estava a dizer a verdade!
Se Beatriz não
soubesse que estava um carro atrás dela, decerto não saberia também que o
condutor era homem.
Porém, o que ela
disse foi: «Eu não sabia que ELE estava atrás de mim .»
Já o facto de
os texugos serem animais nocturnos torna a sua história ainda
menos convincente, pois estes animais não andariam por ali a meio do dia devido
aos seus hábitos natura...!
Beatriz estava
furiosa com o condutor que, ao longo de dez quilómetros, veio «colado» a ela e,
fazendo algo que lhe era incaracterístico, decidiu dar-lhe uma pequena lição
sobre o quão perigoso é conduzir assim.
Infelizmente, o
homem levaria aquela lição consigo para a cova e Beatriz teria muito tempo para
pensar nas suas acções na prisão.
Pontuações
neste 5º problema
10 PONTOS
Ana Marques,
Bela, CA 7, Carlinha, Carlos Caria, Carluxa, Columbo, Detective Silva, Detective
Verdinha, Dick Tracy, EGO, Inspector 27797, Inspetor Boavida, Inspector
Pevides, Inspector do Reino, Inspector Ricky, Joel Trigueiro, Jorrod, Mandrake
Mágico, Margareth, O Gráfico, Paulo, Pedro Monteiro, Rainha Kátya, Sofia
Ribeiro e Zé Alguém.
8 PONTOS
Agente Silva,
Arjacasa, Búfalos Associados, Clóvis, CN 13, Detective Izadora, Detective
Jeremias, Detective Suricata, Faria, Fátima Pereira, Inspector Cláudio,
Inspectora Sardinha, Inspetor Moscardo, Mali, Marino, Molécula, O Pegadas,
Pintinha, Sandra Ribeiro, Vic Key e ZAB.
Classificação
Geral (após o 5º problema)
50 PONTOS
Ana Marques, Inspetor Boavida, Jorrod
e O Gráfico.
48 PONTOS
Arjacasa, Clóvis,
Detective Verdinha, Faria, Mali, Margareth, O Pegadas, Pintinha, Rainha Kátya e
Sofia Ribeiro.
46 PONTOS
Búfalos
Associados, CN13, Carlinha, Carluxa, Detective Jeremias, Detective Silva e ZAB.
45 PONTOS
EGO e Inspector
Pevides.
43 PONTOS
CA 7, Carlos
Caria, Columbo, Inspector Moscardo, Inspector Ryckyi e Joel Trigueiro.
42 PONTOS
Vic Key.
41 PONTOS
Inspector
Cláudio, Inspector do Reino e Paulo.
40 PONTOS
Dick Tracy e
Mandrake Mágico.
39 PONTOS
Detective
Izadora.
38 PONTOS
Bela, Inspectora
Sardinha, Molécula, Pedro Monteiro e Zé Alguém.
34 PONTOS
Vic Key.
33 PONTOS
Detetivesca.
31 PONTOS
Detective Suricata.
29 PONTOS
Visigodo.
28 PONTOS
Detective Caracoleta
e Fátima Pereira.
26 PONTOS
Ribeiro de
Carvalho.
21 PONTOS
Marino e Sandra
Ribeiro.
10 PONTOS
Inspector 27797.
08 PONTOS
Agente Silva.
05 PONTOS
Bernie Leceiro.
Já é conhecido o
sexto problema do I-Torneio Policiário “Português Suave” – Modo Simplex,
organizado pelo blogue Momento do Policiário
(momentodopoliciario.blogspot.com). Ei-lo:
I - Torneio
Policiário “Português Suave”
| PROBLEMA n.º 6
|
Paixão
assassina
Nazário abriu a
porta e cambaleou para trás, quando foi atingido por um fedor que não se
assemelhava a nenhum outro que já sentira.
Incapaz de
respirar, ligou a ventoinha de teto e correu até uma janela aberta, mas ainda
assim, tapou o nariz com a manga e passou a inspirar e a expirar em movimentos
curtos.
Parecia que
tinha passado por ali um furacão. Não só todos os móveis estavam de pernas para
o ar, como havia jornais espalhados, plantas derrubadas, as duas portas de
vidro que costumavam fechar a estante dos livros estava agora estilhaçada e a
alcatifa estava encharcada. Mas nada daquilo explicava o cheiro.
Nazário foi até
à cozinha, onde deu com mais destruição, e viu o corpo de Helena deitado de
costas no chão do mosaico. A cabeça dela tinha sido esmagada e ele viu logo o
objecto que tinha sido usado como arma do crime: uma pequena estátua de
Poseidon que Helena comprara na Grécia no ano anterior. A estatueta, que se
encontrava junto da mão esquerda dela, estava completamente coberta de sangue.
No fogão estava uma frigideira onde os ovos tinham solidificado, e Helena tinha
uma espátula na mão direita. Pelo cheiro, podia dizer-se que estava morta há
bastante tempo. Nazário tornou a enfiar no bolso a nota que ela lhe enviara.
Perante tudo aquilo, o caso amoroso dele e a discussão que tinham tido deixavam
de ser importantes.
Mais tarde, no
passeio em frente ao apartamento de Helena, um Inspector da Polícia fez
perguntas a Nazário, enquanto a equipa de investigação criminal recolhia provas
dentro de casa.
- Eu vim cá
porque ela me mandou uma carta há uns dias, na qual dizia que já não me amava,
que tinha encontrado outra pessoa e que estava muito feliz – disse ele.
- Então você
matou-a? – Perguntou o Inspector Belo.
Não! Quero
dizer, eu estava chateado, claro. Custou-me ler a carta, mas não a matei.
Liguei várias vezes e deixei uma mensagem, no atendedor, dizendo que percebia e
que podíamos ser amigos – respondeu Nazário.
- Como ela não
atendeu o telefone durante dois dias, resolvi vir cá e falar com ela
pessoalmente.
-Onde está essa
carta?
Nazário tirou o
envelope do bolso, e entregou-os ao Inspector.
- Eu mandei
analisar a carta – disse ele, indicando a análise feita pelo Dr. Pedroso, que
era grafólogo. – Ela não me podia amar. Ela era incapaz de sentir amor.
O Inspector Belo
observou Nazário com cuidado, para ver se encontrava sinais de instabilidade
mental, mas ele não parecia ser louco. Nazário tinha-lhe entregado uma carta
muito bem dobrada. A primeira coisa em que o Inspector reparou quando a abriu
foi de facto a caligrafia se inclinar muito para a esquerda e a tinta estar um
pouco esborratada.
- Quando é que
recebeu isto?
- Há alguns dias
porquê?
- Não me parece
que a sua ex-namorada tenha escrito essa carta.
- Disse o
Inspector.
- O quê? –
perguntou Nazário, confuso.
Porque é que
o Inspector Belo acha que não foi Helena que escreveu aquela carta?
Dê a sua opinião fundamentando-a!
NOTA FINAL:
Os projectos de
solução deverão ser enviados até ás 24h00 do dia 14 de Julho de 2025, para viroli@sapo.pt
Já é conhecida a
Prova nº 5 do Torneio “Quem É?”. Ei-la:
Torneio “Quem
É?”
Prova nº 5
Detetives
Particulares
Autor: Paulo
1 - É um
clássico dos detetives privados, este agente de que não se sabe o nome, apenas
a agência para a qual trabalha e a cidade onde esta está: São Francisco. Como
qualquer detetive que vivesse nos Estados Unidos nos anos 20, fuma muito e bebe
mais. Às vezes colabora com o canadiano Dick Foley.
Em Portugal
surgiu bastantes vezes na Ellery Queen Mystery Magazine e na Vampiro Magazine.
a) Como é
conhecido este detetive.
b) Quem é
o seu criador?
2 - Um
autor com pequena publicação no nosso país. Embora sejam poucos, não são
inéditos os livros deste personagem publicados. Trata-se de um detetive privado
que passou pelo exército americano, tendo estado na Coreia. Também frequentou a
universidade e foi lutador profissional de boxe. O seu carro é um Chevrolet de
1969, descapotável e vermelho. O autor desta personagem foi Robert B. Parker.
a)
Quem é a personagem referida?
b) Rober
B. Parker também escreveu alguns livros do estilo Western. Qual o
nome da dupla que protagoniza essas histórias?
3 - É
um personagem violento, sádico, machista e misógino, não hesitando em disparar
a sua arma. É um detetive privado de Nova Iorque, amigo do capitão da polícia
Pat Chambers.
Participou na II
Guerra Mundial contra o Japão.
Tem um
escritório no edifício Hackard, onde tem uma secretária apaixonada por si.
a) Quem é
este detetive privado?
b) Qual é
o nome da sua secretária,
4 - É um
detetive particular da Califórnia, que não é muito conhecido em Portugal. Foi
polícia em Long Beach antes da II Guerra Mundial, onde chegou a ser sargento.
Surge pela
primeira vez em 1949 em The moving target.
Tem uma
personalidade reservada que lhe permite não fazer juízos sobre os
comportamentos dos seus clientes. É divorciado.
a) Quem é
este detetive particular criado por Ross Macdonald?
b) Qual o
nome da mulher de quem está divorciado.
5 - É um
detetive de Nova Iorque, muito amigo do procurador distrital, o que lhe serve,
por vezes, para se livrar de alguns apuros com a policia. Leva muita pancada
nas diferentes obras, corre risco de vida, é por vezes preso pela polícia e tem
bastante sucesso junto do género feminino. O autor morreu na década de setenta
do século passado.
a) Por
que nome é conhecida esta personagem?
b)
Indique o primeiro nome do autor que é referido no texto.
As soluções
devem ser enviadas até ao dia 30 de junho para apaginadosenigmas@gmail.com.
Já são
conhecidas a solução do problema nº 4 do Torneio “Quem É?” e as respetivas pontuações
alcançadas pelos concorrentes, bem como a classificação geral após a conclusão
da quarta etapa.
Torneio “Quem
É?”
Prova nº 4
Soluções
1)
a) Robert
Galbraith (pseudónimo de J. K. Rowling)
b) Robin
Ellacott (Começa como secretária de Cormoran Strike, passando depois a sua
sócia)
2
a) Patricia
Cornwell.
b) Lucy
(Sobrinha da médica Kay Scapetta)
3
a) Ruth Rendell
(Sob este nome criou a série protagonizada pelo Inspetor Wexford)
b) Barbara Vine
4
a) Camilla
Lackbërg ( Criadora da dupla constituída por Erica Falck e Patrik Hedstöm)
b) Fjällbacka
5
a) Donna Leon
b) Guido
Brunetti
Pontuações
10 pontos: Abrótea,
Ana Marques, Arjacasa, Bernie Leceiro, Carluxa, Clóvis, Columbo. Detective
Jeremias, Detective Suricata, Detective Verdinha, Detective Silva, Edomar, Inspector
Cláudio, Inspector Moscardo, Inspectora Sardinha, Inspetor Boavida, Mac Jr., Mali,
Mandrake Mágico, Margareth, O Pegadas, Pedro Monteiro, Pintinha, Rainha Katia, Rodriguda,
Sandra Ribeiro, Vic Key, Virmancaroli, Zé Alguém (todos os concorrentes
alcançaram a pontuação máxima).
Classificação
Geral (após esta 4ª prova)
40 pontos
1º Clóvis
2º Arjacasa
3ª Detective
Jeremias
4º Rodriguda
5º Mandrake
Mágico
6ª Detective
Verdinha
7º Vic Key
8ª Mali
9º Inspector
Moscardo
39
pontos
10º Bernie
Leceiro
11º O Pegadas
12º Mac Jr.
38 pontos
13º Inspetor
Boavida
14º Columbo
35 pontos
15º-
Virmancaroli
16ª- Edomar
17º Abrótea
30 pontos
18ª Detetivesca
19º Inspector
Ryckyi
20 pontos
20ª Pintinha
21ª Ana marques
22ª Carluxa
23ª Rainha Katia
10 pontos
24ª Inspectora
Sardinha
25ª Detective
Silva
26º Detective
Suricata
27ª Inspector
Cláudio
28º Zé Alguém
29ª Margareth
30ª Sandra
Ribeiro
31ª Pedro
Monteiro
09 pontos
32º Inspector do
Reino